Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Epilogo

Dois Anos Depois

—Beatrix! Toma cuidado! Não se pendura na janela desse jeito!

Lynx entrou no quarto rapidamente. Estava descalço e com os cabelos bagunçados pela correria. A garotinha deu um gritinho e saiu correndo aos risos, passou por ele empurrando-o, e disparou pelo corredor. Ele olhou para as estrelas amarelas pintadas na parede roxa, e questionou a própria existência. O capitão mais forte do esquadrão, e um dos anjos caídos mais respeitado da cidade... que não era capaz de dar conta de uma menina de nove anos. Ele não tinha nenhuma experiência com crianças, e nunca imaginou que algum dia criaria uma. Especialmente, uma tão enérgica quanto Beatrix. A garota vivia fazendo ele de bobo, e Lynx estaria mentindo se dissesse que isso também não o divertia as vezes, mas em alguns momentos, ele ficava mais irritado do que entretido.

—A brincadeira acabou. — ele avisou seguindo pelo corredor atrás dela. —Você precisa ir tomar banho! O Alec está voltando da escola...

—Você não me pega!

Quando chegou na dobra do corredor, ouviu os pezinhos dela descendo as escadas correndo, e então a porta da frente se abriu. Lynx ouviu mais risos enquanto ia para o saguão.

—Papai, Alec! — ela disse animada, e Lynx não pôde deixar de sorrir. No começo ela os chamava de Tios, mas a pouco passara a chamá-los de Pai ou Papai. A primeira vez que aconteceu, Alec chorou, e Lynx sentiu um tipo de emoção que até agora não sabia descrever.

—Oi, anjo. — disse a voz que fazia o coração do outro disparar mesmo depois de tanto tempo. —O que você está aprontando hoje, hein?

Toda a irritação de Lynx se dissipou ao ver Alec ajoelhado, abraçando a menina enquanto sorria.

—Estava brincando com o Pai Lynx.

—Sim, brincando. — Lynx desceu as escadas. —Mas eu tinha dito que íamos brincar só por mais dez minutos, e depois era para você ir tomar banho...

—Não quero! — Beatrix bateu o pé. —Banho é ruim! Vai acabar a água do planeta e vamos todos morrer.

Alec riu, pensando que ela era dramática exatamente como alguém que ele conhecia. Disfarçou a risada com uma tosse quando percebeu que Lynx olhava de cara emburrada para ele.

—Margarida, por favor. — disse Alec com suavidade, mas também firmeza. —Vai tomar banho. Você é pequena, não vai gastar tanta água assim, estamos seguros por enquanto.

—Tá bom. — a menina mudou da água para o vinho. Subiu as escadas e foi para o banheiro. Lynx ficou encarando de boca aberta.

—Ela me odeia. — ele suspirou com as mãos na cintura.

—Ela não te odeia, amor. — Alec levantou e puxou ele para um beijo. —No mínimo, ela não tem um pingo de respeito por você. Mas não te odeia.

—Isso não é muito reconfortante. Sou péssimo nisso.

—Claro que não. — Alec segurou o rosto dele nas mãos. —Você é ótimo, e esse é o jeito dela de demonstrar o quanto gosta de você.

—Me fazendo de otário?

—Sim, é o que os filhos fazem com os pais.

Alec estava tentando manter uma expressão séria, mas não teve sucesso, o que fez Lynx revirar os olhos e rir também.

—Vai ficar menos pior quando ela crescer mais... — Alec falou, imaginando que Lynx provavelmente não estava nem um pouco preparado para criar uma adolescente temperamental. Mas ele não precisava saber disso ainda.

Beatrix era uma dos órfãos da guerra. A maioria das crianças tinham ficado com algum parente ou sido adotadas, mas ela não tinha ninguém. Após o retorno de Alec e Lynx da Cidade Fluorescente, a garota simplesmente grudou na perna de Alec, e quando eles perceberam, estavam comprando móveis infantis para um dos quartos da mansão e uma pilha de brinquedos. A menina carregava um grande trauma. No começo, ela mal comia e passava o dia sentada no sofá, olhando para o nada, e quase todas as noites acordava gritando com pesadelos, mas aos poucos estava voltando a ser a criança que fora um dia.

Alec fazia de tudo para que ela fosse feliz. Inúmeras vezes ficou acordado a noite toda fazendo companhia a ela, muitas delas com Lynx ao lado contando histórias, ou apenas abraçando-a enquanto chorava de saudade dos pais. Já a relação dela com Lynx era muito engraçada, e toda vez que Alec via os dois interagirem, seu coração se enchia de um amor imensurável. Muitas vezes ele sentia como se tivesse duas crianças. Sem o véu da depressão, Beatrix era travessa como qualquer outra criança, e Lynx era o maior alvo de suas sapequices. Alec via isso como a forma dela de demonstrar o carinho que sentia por ele. As vezes, também via os dois agindo normalmente, como por exemplo, Lynx na cozinha ensinando sobre culinária, embora Alec tivesse que lembrar a ele, repetidamente, que ela era muito nova para usar o fogão ou mexer com facas. Outro dia, ele notou que os dois estavam muito quietos e quando entrou no quarto da menina, Lynx estava com a cara toda pintada de tinta guache. Alec quase sufocou de tanto rir.

Beatrix era parte anjo e parte demônio, o que significava que além de seus olhos diferentes, ela também tinha poderes peculiares. Um dia ele e Lynx ficaram em pânico procurando a menina pela casa, quando de repente, ouviram uma risadinha como a de uma criança fantasma. Era ela invisível, fazendo os dois de palhaços. Alec nunca tinha se imaginado criando um ser humano tão pequeno e vulnerável, até então achava que não levava jeito para isso, mas estava se saindo melhor do que esperava. Lynx também, apesar de ele não acreditar nisso.

Enquanto isso, as coisas no esquadrão estavam extremamente tranquilas. Nos últimos dois anos tinham acontecido um total exato de zero tentativas de invasão demoníaca. O que havia sido ótimo, pois tinham muito trabalho pela frente para ainda ter que se preocupar com os inimigos. Reconstruir a cidade depois da guerra, não era uma tarefa fácil, mal sabiam por onde começar. O único lugar que tinha permanecido de pé fora o castelo de Luce por causa dos feitiços de proteção, mas a maioria dos prédios na cidade eram novos, assim como a escola que Alec fundou para acolher as crianças órfãs e guiá-las, dar um refúgio. Ensinando não apenas sobre luta, mas sobre música também. Com a ausência de ataques, as coisas estavam calmas e até entediantes, então ele passava boa parte do tempo dando aulas. Lynx também era um dos instrutores, mas eles revezavam para cuidar de Beatrix nos dias que ela não tinha aula.

Alec também tinha ajudo bastante na reconstrução da nova cidade. Ele tinha aprendido muito — e continuava aprendendo — sobre os próprios poderes e sobre como magia funcionava no geral, então também tinha decifrado como Castiel usou a energia mágica para criar aquele celular, e estava usando o novo conhecimento para implementar mais tecnologia na cidade. Os dias sem TV e internet tinham acabado. Embora isso tenha dado mais trabalho do que parecia.

De algum modo, a notícia da morte dos pais dele havia chegado no mundo mortal, Alec acreditava que os anjos tivessem algo a ver com isso, mas tudo fora arrumado para parecer um acidente de carro. E com os pais marionetes que Azazel tinha criado, mortos, Alec havia herdado a empresa e toda a fortuna. Eles podiam ser falsos, mas todo patrimônio da família era real, ao que parecia. Então, Alec usou a influência da família no mundo mortal, e o dinheiro para fundar uma companhia de comunicações, e assim trazer a tecnologia para a Cidade dos Mestiços. Tendo a própria empresa, seria mais fácil esconder a existência da Cidade, pois lá trabalhavam apenas nefilins de confiança.

Existia a possibilidade de simplesmente roubar o sinal do mundo mortal, mas ele achou que isso era como roubar Wi-Fi do vizinho, e não gostou da ideia. Era engraçado verem os híbridos que não sabiam direito a função de uma TV aprenderem sobre coisas do mundo mortal, e os que já conheciam essas coisas ficaram agradecidos.

Alec gostava de sua nova vida, ele sentia que finalmente estava fazendo algo que valia a pena.

O círculo de Luce continuava o mesmo, um bando de idiotas unidos e fiéis uns aos outros. Luce havia acordado depois de tomar o antídoto, embora Amarantha ainda estivesse doente, e elas corressem contra o tempo para encontrar uma cura, pois o veneno estava consumindo-a lentamente. As barreiras foram reconstituídas com força total, ainda mais poderosas que antes. Levi e Gabriel também tinha adotado um menino, e ele e Beatrix viravam o mundo de cabeça para baixo quando se juntavam. Angela e Cain eram instrutores na escola também, servindo de modelo para muitas crianças que desejavam ser como eles. Rebeca e Cadu estavam ocupados com o bebê... os bebês. Gêmeos. Nem mesmo Rebeca sabia que seriam gêmeos, e Alec nunca tinha visto a amiga tão acabada, e nem tão feliz.

E a vida de todos eles nunca foi tão comum. Se reuniam quase todas as noites, e a maioria dos eventos eram invenção de Lynx. Dessa vez, ele havia inventado A Noite da Fogueira, e o palco principal era o gramado da própria mansão, onde uma fogueira gigantesca foi construída. Muitas mesas de comida e bebida se espalhavam pelo espaço, e muita gente havia sido convidada. Lanternas mágicas flutuavam espalhando luz amarela pelo céu. Os grupos riam e conversavam entre si, enquanto as crianças brincavam e corriam ao redor da fogueira apagada.

—Parabéns. — Alec parou ao lado de Lynx, observando o movimento alegre ao redor. —Já pode ser promotor de eventos.

—Aposto que até o final da festa, Beatrix vai tentar jogar algum dos amiguinhos dentro da fogueira. — Lynx sorriu e ofereceu um copo de bebida a ele.

—Com certeza. — Alec riu olhando para Beatrix, que no momento estava ocupada comendo doces de uma mesa junto com um garotinho. Júnior, o menino que Levi e Gabriel tinham adotado.

—Vou ver se já está tudo pronto para acender a fogueira. — Lynx deu um selinho nele e se afastou.

—Oi, amigo! Amei a festa! — Rebeca vinha na direção deles, segurando um dos bebês e Cadu vinha atrás com o outro. Duas crianças bochechudas com cabelos claros e olhos azuis, que eram a coisa mais fofa.

—Vem com o titio Alec! — falou animado pegando Tiago do colo dela. —Como você está? Chorando bastante na cabeça da mamãe? Espero que sim. — ele estendeu a mão para o bebê no colo de Cadu, que segurou seu dedo e soltou um gritinho agudo. —Oi Tobias! Tudo bem, neném?

—Nossa, eu estou bem também, obrigada por perguntar. — Rebeca falou com amargura.

—Calma, amiga, eu já ia chegar lá. — Alec riu devolvendo Tiago para ela, pois o garoto tinha começado a se debater esticando os bracinhos na direção da mãe. —Você está bem? E diga isso de novo na frente de Lynx, foi tudo organizado por ele.

—Como sempre. — Rebeca riu. —Que isso? Ele desenvolveu algum fetiche por festas?

—Ele fica feliz fazendo isso, então deixa.

—Então tá, né. — ela riu de novo e deu de ombros, então entregou Tiago para Cadu também. —Segura ele, amor. Eu quero beber um pouco. Eu mereço.

—Não exagera, você é mãe de dois agora! — Alec gritou.

—Ah, fica quieto! — ela gritou de volta e mostrou a língua. —Você também virou pai! Aposto que agora nem pode mais brincar de cavalinho com o Lynx na mesa de jantar! Babaca!

Alec deu um tapa na própria testa. Não seria Rebeca se ela não falasse algo sem noção, e o melhor; em alto e bom som para todos ouvirem.

Cadu ficou com os gêmeos no colo, rindo, enquanto observava ela se afastar.

—É fogo, cara. — disse com um suspiro. —Rebeca e eu não temos tempo para brincar mais também.

Alec olhou para os gêmeos e ficou com pena do casal. Ao menos Beatrix era mais crescida, e agora que a fase dos pesadelos tinha passado, dormia como uma pedra. E as vezes, ela ficava com alguém do esquadrão quando ele e Lynx queriam sair.

—Se quiserem, qualquer dia desses, eu e Lynx podemos cuidar dos gêmeos para vocês saírem e se divertirem. — sugeriu Alec. —Não pode ser tão difícil.

Cadu começou a gargalhar tanto que lágrimas escorreram pelos olhos.

—Magina, é super de boa. — disse, mas antes que Alec pudesse responder, viu um grupo de pessoas chegando até eles.

—Lynx está mesmo animado com essa coisa de comemorações. — Luce que já estava por ali a um tempo, se aproximou com Amarantha no encalço. —Provavelmente, a próxima será uma festa a fantasia.

—Se você der essa ideia a Lynx, provavelmente vai mesmo. — Alec sorriu ao olhar para Lynx de longe. —Mas ele está certo, merecemos muitas comemorações, sempre.

—É uma boa ideia, tipo, a festa a fantasia. — Angela surgiu acompanhada de Cain. —Levi nem vai precisar de uma, é só ele vir com essa cara de palhaço que ele já tem.

Levi e Gabriel vinham atrás deles. Gabriel segurava o riso.

—Você está me ofendendo de graça? Ou é porque dei uma surra em você no... como é o nome daquele negócio mesmo, Gabs? — Levi se virou para o namorado com o rosto franzido.

—PlayStation, vocês estavam jogando King of Fighters. — Gabriel riu.

—Isso! Angela perdeu para mim, agora fica me xingando toda vez que tem a oportunidade.

—Ah, cala a boca! — Angela apontou o dedo na cara dele. —Você fica roubando! Seu pilantra!

—Como eu poderia roubar? Você é que é ruim nisso, da última vez quebrou o controle de Alec.

—Dá próxima vez vou quebrar ele na sua cabeça.

—Querida, tudo bem. — Cain consolou ela esfregando seu braço. —Eu jogo com você e te deixo ganhar quantas vezes quiser.

Angela revirou os olhos.

—Cala boca você também, Cain.

—Vocês dois me devem um controle, — Alec acusou. — e uma janela nova.

—Mas foi a Angela que jogou o controle pela janela, não eu! — Levi se defendeu indignado.

—Mas foi você quem ficou zombando dela, Levi. — Gabriel falou distraidamente.

—De que lado você está? — o capitão perguntou incrédulo. Gabriel abriu a boca para responder, mas foi interrompido pela tosse brusca de Amarantha que cortou o clima de descontração. Luce — que estava estranhamente mais alta agora — segurou ela pelos ombros com uma expressão preocupada.

—Estou bem. — Amarantha tentou descartar a aflição de Luce com um sorriso.

—Não encontraram nada ainda? — perguntou Alec preocupado também.

—Não... — Luce respondeu depois de ter certeza que Amarantha estava bem... Tão bem quanto qualquer um com veneno correndo nas veias pudesse ficar. —Mas tenho algumas pistas, porém, acho que terei que viajar para fora da Cidade.

—Se precisar de algo, conte comigo. — Alec disse, e Luce assentiu.

—Está pronto! — gritou Lynx se aproximando. —Olhem!

E então, a enorme fogueira erguida no meio do gramado se acendeu, disparando faíscas para o céu roxo escuro. O fulgor das chamas alaranjadas se misturando ao brilho das lanternas amarelas trouxe uma luz quente para os arredores, e as faíscas pareciam vaga-lumes de fogo dançando pelo ar. Era uma vista linda, e as pessoas ao redor estavam maravilhadas. Um sentimento de paz se assentou em Alec, e seu sorriso foi tão largo que sentiu que o rosto poderia rasgar.

—Tenho um presente para você mais tarde. — Lynx sussurrou em seu ouvido.

—É mesmo? — Alec Sorriu. —Se envolver você usando alguma roupa sexy, eu vou adorar.

Lynx riu.

—Não era isso, mas já que você gosta da ideia...

Foi a vez de Alec rir, em seguida ele disse:

—Todo mundo gostou da festa, você se superou dessa vez. Como você montou essa fogueira gigante?

—Segredo. — os lábios dele se curvaram. —Mas fico feliz que tenham gostado. E gosto de ver as pessoas felizes.

Alec se virou para ele.

—Mas você está feliz?

—Como não estaria? Eu tenho você.

Alec voltou a olhar para a fogueira, sentindo um nó na garganta. Ele amava tanto Lynx que era impossível não sentir medo, as vezes. Medo de que algum dia ele escapasse entre seus dedos como areia ou água. Quase tinha acontecido. Duas vezes.

—Obrigado por existir. — ele falou de repente, seu tom de voz emocionado fez a atenção de Alec se voltar para ele novamente. —Sei que vivo dizendo isso, mas você me salvou.

—Você também me salvou. — Alec respondeu. —Em vários aspectos. Você me deu um lar e uma família. Me deu mais do que eu jamais teria ousado desejar. Eu te amo.

—Também te amo. Para sempre. — Lynx se inclinou e o beijou. Alec sentiu uma lágrima escorrer do olho dele, molhando o próprio rosto e se segurou para não chorar também. No próximo instante, Beatrix veio correndo e trombou nos dois, separando-os.

—Eca! Beijo não, sua boca vai ficar cheia de germes e apodrecer! — ela gritou.

—Meus pais disseram que isso só acontece com crianças, Bea. — disse Júnior que tinha vindo mais devagar atrás dela. —Por isso, vamos ter que esperar a gente crescer. Ai vou poder te beijar.

Beatrix encarou o garoto como se ele tivesse dito uma atrocidade.

—Que nojo! Se você fizer isso eu te mato! — falou e empurrou o menino, fazendo-o cair de bunda na grama, então ela saiu correndo. Mas Júnior sorria.

Os adultos imediatamente encararam Levi.

—O quê? — ele ergueu as mãos, na defensiva.

—Não sei o que você anda ensinando a esse menino, — Lynx disse sombriamente. — mas mantenha ele longe da minha filha.

—Concordo. — Alec se virou para encarar o capitão que ficou sem palavras. De repente, o grupo irrompeu em risadas, provocações e piadas. Um bando de idiotas, para sempre.

Alec achava que sua vida não era perfeita, mas estava tudo bem pois a de ninguém era. Haviam noites que ele ainda acordava assombrado por Azazel, e todas as outras memórias ruins. Memórias confusas e distantes de suas vidas passadas, muitas dolorosas, que pareciam pertencer a outra pessoa. Nas primeiras semanas, ficou tão marcado pelas mortes de Lynx que mal pregava os olhos, com medo de acordar e ele ter desaparecido. As vezes ligava o chuveiro e chorava sozinho no banheiro, e nem sabia por qual motivo exatamente estava chorando.

Mas aos poucos, tudo se encaixaria em seu devido lugar. Os traumas e as dores desbotariam como fotografias antigas em um álbum velho, e ele sabia que dali a um tempo, não doeriam tanto. Alec sabia que era capaz de superar qualquer coisa porque tinha Lynx, Beatrix e sua família ao seu lado. Ele também tinha algo muito importante, uma força maior que qualquer poder, e que em sua essência era poder, pois era algo capaz de transformar pessoas e curar feridas profundas, mesmo que levasse um tempo. Uma força pela qual as pessoas faziam coisas belas e terríveis. Seu próprio pai tinha sido um exemplo disso, mas felizmente para Alec, essa força lhe trouxe apenas coisas bonitas.

Essa força era o amor. E enquanto houvesse amor genuíno entre as pessoas, haveria salvação independentemente de qualquer coisa.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro