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Capítulo 24 - Alma Forte

Uma mulher na calçada franziu o rosto confusa para o jovem resmungando sozinho no meio da rua. O jovem era Alec, obviamente. Ao que parecia, ter passado tanto tempo falando com um anjo em coma, fez ele adquirir o hábito de falar sozinho em público também, sem se importar se alguém estaria prestando atenção nele ou não. No entanto, falar sozinho parecia mais sensato do que o que ele estava prestes a fazer.

-Eu devo ter ficado maluco. - ele disse para si mesmo andando apressado pelas ruas, com menos confiança do que sentia quando saiu de casa. -Não é por que Luce parece gostar de mim que vai aceitar isso. Nem os outros capitães.

Tentou afastar a incerteza quando se viu diante das portas duplas do castelo de Luce, então renovou a coragem. Não tinha por que hesitar, o máximo que poderia receber era um não, disse a si mesmo. O que estava prestes a fazer tinha sido uma decisão completamente impulsionada pelas visões estranhas que teve poucos momentos atrás, mas embora aterrorizantes, elas também tinham sido uma coisa boa. Por mais derrotado que se sentisse, não podia continuar naquele estado. E verdade seja dita, estava na hora de parar de ser um completo hipócrita.

Uma vez tinha dito a Lynx que ele não podia deixar a angústia consumi-lo, e era exatamente isso que estava fazendo consigo mesmo. Escolhendo se afundar na desolação em vez de lutar. Ele tinha o direito de se sentir mal com a situação de Lynx, tinha o direito de sentir falta dele e sofrer por isso, mas não podia ficar simplesmente vegetando em casa esperando alguma coisa mudar milagrosamente. Sem contar que, do jeito que as coisas estavam, ele sentia que nada de bom aconteceria nas próximas semanas, e era melhor se preparar do que ser pego de surpresa.

Tinha essa impressão antes, de que algo ruim se aproximava, mas depois das visões, a sensação se intensificou quase como se fosse algo concreto. Ele não era ninguém, mas faria o que estivesse em seu alcance para ser útil, para ajudar a impedir ou, pelo menos, amenizar o que estava por vir. Querendo ou não, Alec estava no centro de tudo isso, e não queria ficar se escondendo como um covarde.

Pessoas eram máquinas complexas de sentimentos, e ele certamente poderia arrumar energia para sentir algo além de tristeza e desânimo, por mais difícil que fosse.

-Luce! - demorou apenas uma fração de segundos para ele chegar a conclusão de que deveria ter batido na porta da sala de reuniões, pois interrompeu o que parecia ser um assunto muito importante.

Principalmente porque ele estava sendo guiado pela adrenalina, trazendo consigo um assunto não tão importante assim.

-Alec. - o tom de voz dela não era rude, mas continha um quê de questionamento.

Quase todos os capitães estavam presentes, com exceção de Lynx obviamente, e Cadu, ele reparou também. Gabriel, o braço direito de Luce também estava lá, assim como dois jovens idênticos que Alec não conhecia. Eles compartilhavam os mesmos cabelos longos escuros e olhos da cor de carvão, como duas bolas de gude cravadas no rosto.

-Desculpa, posso voltar depois, não é importante. - ele se preparou para sair, mas Luce o deteve.

-Espere. - disse ela se acomodando de volta no próprio assento na cabeceira da mesa. -Pode ficar. Você é muito bem-vindo nas nossas reuniões. Pra ser sincera, estou surpresa. Lilith disse que você recusou o convite, então não achei que fosse aparecer. Sente-se.

-Certo... - um tanto acanhado, Alec escolheu uma cadeira ao lado de Angela, perto da cabeceira da mesa. Ela olhou para ele e deu um aceno de cabeça cumprimentando-o. Lilith de frente para ele acenou e sorriu.

-Que bom que mudou de ideia. - Lilith disse num sussurro nada discreto.

Alec não tinha comparecido na reunião por ter sido chamado antes. Mas ninguém precisava saber. Então ele apenas sorriu de volta para ela.

-Alec, esses são os Irmãos Sombras, nossos espiões. - apresentou Luce com um floreio de mão na direção dos gêmeos. -Por enquanto são os únicos que conseguem se infiltrar no inferno, por causa dos seus poderes. Aliás, acabaram de voltar, mas estão desvendando as barreiras e logo poderemos usar os portais para lá também.

-Oi. - Alec acenou para os gêmeos de aparência sombria. Eles lembravam personagens do Tim Burton, seus olhos completamente pretos, sem íris ou pupilas, eram inquietantes. Como se fossem pequenos buracos negros em seus rostos.

-Olá, Alec. - disseram os dois em uníssono, suas vozes eram baixas e suaves.

-Bem, - começou Levi com um sorriso irônico. - voltando a questão do traidor, que estávamos discutindo antes do nosso querido Alec interromper a reunião como se estivesse prestes a anunciar que o céu estava se partindo em dois.

-Na verdade, pela cara dele achei que algo tinha acontecido a Lynx. - Lilith se virou para ele preocupada. -Não aconteceu, né?

Todos olharam para o humano, em expectativa.

-Não, ele está bem. - a resposta soou tão superficial quanto Alec se sentia. Mas era verdade, Lynx estava bem, só não estava consciente.

-Até agora tudo que temos é um broche, que pode ou não ter a ver com ele. - continuou Levi. -Os Irmãos sombras também não rastrearam nada, certo?

-Não. - respondeu um dos gêmeos. -Ele tem se mantido quieto, acho que é porque voltamos e sabe que podemos detectar qualquer movimento que faça.

-A central também reforçou a segurança em relação a comunicação de dentro para fora da cidade, então ele está sendo cauteloso. - complementou o outro.

-Isso é ótimo. - Cain expressou algo entre tédio e exasperação. -Nos leva de volta a uma grande caixa de nada.

-Talvez vocês devessem sair da cidade de novo. - Levi lançou seu olhar bicolor e um sorriso superficial para os gêmeos que estavam de pé ao lado da cadeira de Luce. Do outro lado estava Gabriel com a postura reta como um arco esticado.

-Não seja ridículo, Levi. - disse Gabriel, mas suas palavras eram muito mais suaves do que teriam sido alguns dias atrás. -Sem os gêmeos aqui, nossas chances de encontrar esse traidor diminui drasticamente.

-Honestamente, não sei como ainda não conseguimos encontrá-lo, são poucas coisas que escapam do nosso alcance. - um dos irmãos sombras disse. -Talvez esteja usando poderes além da nossa compreensão.

-Mas, pelo menos, - continuou o outro. - descobrimos algo sobre o outro assunto que nos pediu, Luce.

-O demônio perseguindo Alec. - foi o outro gêmeo que falou. -Ele trabalha sozinho, mas está reunindo cada vez mais subordinados com a promessa de poder. Descobrimos isso capturando dois de seus empregados no mundo mortal, seguindo seu rastro para fora do inferno.

-O problema é que eles tem um tipo de feitiço que faz eles morrerem antes de revelar qualquer coisa útil. - era engraçado a forma como eles ficavam complementando a fala um do outro.

-Porém, temos nossos meios. - o outro gêmeo tomou a frente da explicação, e parecia haver certo orgulho em sua voz, apesar da falta de emoção com a qual eles falavam. -Fingimos deixar um deles escapar e descobrimos uma base deles no mundo mortal. Ouvimos algumas conversas, e aparentemente, esse demônio que persegue Alec está atrás de uma fonte de poder inesgotável.

-E por algum motivo, ele quer Alec para isso. - Alec gostaria de saber os nomes deles, pois estava começando a chamá-los de gêmeo um e gêmeo dois. Quem falava agora era o dois. -Ele precisa de muito poder para conseguir sair do inferno e se manter no mundo mortal sem que seu corpo comece a deteriorar.

-Mas... Eu sou apenas humano. - Alec olhou ao redor e encontrou um mar de expressões sérias e preocupadas. -Que poder...

-Nunca subestime o poder de uma alma. - Luce se pronunciou, até então ela apenas ouviu atentamente. -Almas humanas são energia pura, Alec. Faz sentido que ele queira alguém como você.

-Alguém como eu? - ele franziu tanto a testa que achou que a expressão poderia ficar enrugada permanentemente. -O que isso quer dizer? Almas não são todas iguais?

-Não exatamente. Algumas tem mais força e poder que outras. - ela inclinou a cabeça analisando Alec do jeito que fez quando se conheceram. -Ao contrário do que você pensa, você não é tão ordinário quanto acredita. Você só não consegue perceber porque não se vê da mesma forma que as outras pessoas. Olhe para todos aqui, acha mesmo que aceitariam treinar você se fosse um humano comum? Nenhum humano nunca foi treinado aqui, pra começo de conversa.

Ele simplesmente não conseguia entender. Nunca se sentiu diferente. Sempre se achou uma das pessoas mais comuns do mundo. Talvez isso tenha mudado um pouco depois que ele conheceu o mundo sobrenatural, mas achou que era porque sua percepção das coisas tinha mudado, nunca imaginou que talvez essa sensação tivesse algo a ver consigo mesmo. Mas afinal, o que significava ter uma alma forte?

-Mas voltando ao assunto, - Luce desviou seu olhar enigmático de Alec. - o que aconteceu depois?

-Ouvimos toda informação que conseguimos, e depois destruímos a base. - respondeu o Gêmeo Um. Ou talvez fosse o Dois.

-Isso foi tudo que descobrimos sobre o demônio, mas quanto ao traidor, vamos nos esforçar mais. - adicionou o Gêmeo Dois? Alec não sabia quem era quem.

Alec tinha muito para processar com essa nova história de sua alma forte ser desejada por um demônio maníaco, mas de repente, ele se lembrou de algo, e se sentiu envergonhado por não ter sequer cogitado trazer essa informação a eles antes. Honestamente, se não fosse aquelas visões e o surto repentino de querer sair do buraco que tinha se enfiado, Alec não planejava ver nenhum deles tão cedo.

-Castiel me contou hoje cedo que o traidor trabalha para esse demônio que está me perseguindo, mas perdi o contato com ele antes que pudesse me dizer como descobriu isso. - a atenção de todos se voltou para ele. -Não sei se isso ajuda em algo, mas... ele sabe que estou escondido aqui.

Ele sentiu uma onda de culpa, talvez a Cidade não estivesse sob tanta ameaça se ele não estivesse ali.

-Agora que sei que ele me quer por que precisa de uma alma forte, tem algo que comecei a pensar... - Alec se virou para Levi e Cain. -Aquele Ladrão de Almas que vocês mencionaram aquele dia na casa de jogos. Vocês disseram que é um demônio roubando almas humanas, e que em muitos casos as pessoas ficam em coma. Na mesma época que comecei a ser perseguido, aconteceram muitos ataques na região que moro, muitas pessoas estão em coma. Talvez o demônio e o Ladrão de Almas sejam a mesma coisa, é muita coincidência eu ser perseguido por ele e esses ataques acontecerem logo perto de onde eu moro.

-E faria sentido ele estar roubando almas como uma medida temporária até conseguir capturar você. - disse Luce com um aceno positivo como se concordasse com a linha de pensamento de Alec. -Só não conseguiu por causa de Lynx, que estava te protegendo o tempo todo.

Com menção a Lynx, ele sentiu uma pontada, que logo reprimiu.

-É, mas tem algo que não se encaixa com essas coisas que os gêmeos contaram. - Alec olhava para a superfície da mesa, vidrado, revirando os próprios pensamentos. -No dia em que ele me atacou no beco, disse que ia me matar e me ver renascer. Não disse nada sobre usar minha alma.

-Bem, para conseguir o poder completo da sua alma, ele realmente precisaria te matar. - Luce falou sem preâmbulos. -Mas a parte de renascer... Talvez ele planeje trazer você de volta como uma marionete.

-Eu vou querer saber o que é isso? - perguntou Alec temeroso, mas conformado.

Recebeu um coro de "Não". Mas mesmo assim, Luce explicou:

-Existe uma forma de separar a alma da consciência. É muito difícil, mas é possível. Você não teria mais vontade própria, não se importaria com nada e nem ninguém, mas ainda estaria consciente, assistindo a tudo a sua volta e sendo controlado por quem possuir sua alma.

-Uau, isso é bem pior do que eu esperava. - Alec estava nervoso. Confuso. Irritado. Antes não sabia as intenções do demônio stalker, mas agora que sabia não se sentia nem um pouco melhor.

Houve um momento de silêncio reflexivo. Alec lentamente processava tudo que tinha ouvido.

-Isso já é alguma coisa, então o traidor trabalha para esse Ladrão de Almas. - Lilith quebrou o silêncio tentando soar positiva. O sorriso em seu rosto vacilou enquanto ela tentava animar a turma. -E com os gêmeos aqui, vai ficar muito mais fácil. Essa pessoa não vai conseguir se esconder por muito mais tempo. Temos que focar em proteger o Alec também, o traidor pode tentar levá-lo a qualquer momento. Se conseguiu entrar na cidade pode sair daqui levando alguém.

-Não quero dar mais trabalho para vocês. - Alec recostou na cadeira.

-Trabalho. - bufou Cain. Todos eles tinham a mesma expressão de escárnio. Alec se sentiu bobo. Claro, para eles, isso não seria nada. Já tinham enfrentado coisas piores na vida. Proteger um humano dentro de seu próprio território era moleza.

-E, pelo menos, agora sabemos também que o traidor não tem a ver com Azazel. - Gabriel comentou pensativo. -Parecem detalhes pequenos, mas já nos ajudam a ter uma direção.

-Talvez não tenha a ver com Azazel. Até onde sabemos eles podem estar trabalhando juntos, já que eles têm um interesse em comum. - Angela falou olhando diretamente para Alec. Não pela primeira vez, Alec olhou para seu tapa olho imaginando como ela havia perdido o olho, mas obviamente, não seria educado perguntar.

-Até onde sabemos? Caso não tenha reparado, não sabemos de muita coisa. - Cain olhou para ela, que retribuiu o olhar dele com firmeza e mais alguma coisa. -Temos um broche perdido, e dai? Qualquer soldado cabeça oca pode ter deixado cair e provavelmente nem percebeu. Saber quem é o chefe dele não ajuda em nada se não sabemos como chegar a nenhum dos dois.

-Seu otimismo é contagiante, Cain. - ela rebateu inabalada. Alec notou que ela olhava para Cain de um jeito diferente, com afeto, mas... o afeto que uma criança perturbada daria a um animal de estimação. -E caso você não tenha reparado, pelo menos agora sabemos para quem o traidor realmente trabalha, isso nos dá um ponto de partida mais concreto, como Gabriel disse.

-Sou apenas realista. - Cain retrucou ela com a mesma calma da moça. -E saber isso não torna mais fácil descobrir quem é.

-Você esperava o quê? - Angela cruzou as mãos em cima da mesa. -Que o nome dele e todas as outras informações simplesmente caíssem no nosso colo?

-Na verdade, sim. - a resposta dele foi honesta. -Essa coisa de investigação é muito chata, prefiro ser envolvido só quando já tiver um rosto pra socar.

-Bárbaro.

-Chata.

-Chata? - Angela ergueu uma sobrancelha, sua risada era como um sino tocando. -Esse é seu melhor xingamento?

-Não xingo mulheres.

Ela revirou o olho.

-Nossa, que cavalheiro. - o tom dela era arrastado com deboche. -Vai botar seu casaco no chão pra eu passar, caso houver uma poça de lama na minha frente?

-Talvez eu jogue a lama em você.

-Talvez eu jogue você na lama e passe por cima.

Os dois se olhavam de um jeito que era como se pequenos raios disparassem entre os olhares, embora seus rostos estivessem quase inalterados. Os presentes ao redor da mesa observavam como se estivessem assistindo uma partida de ping-pong.

-Alguém gostaria de se juntar a essa discussão idiota? - a pergunta de Luce quebrou o contato visual entre eles, mas ninguém respondeu. -Podemos não ter muita informação, mas não significa que vamos ficar agindo como um bando de derrotados. Não vamos deixar um traidor solto de baixo do nosso teto, ou melhor, das nossas barreiras. E as informações que Alec e os gêmeos trouxeram foram sim muito relevantes. - ela voltou seus olhos brancos para o cara de cabeça raspada. -Cain, não sei que bicho te mordeu porque apesar de você nunca ter sido a alma da reunião também nunca foi tão pessimista, mas pare com isso, comentários assim não ajudam em nada.

-Desculpa, Luce. - Cain com todos aqueles músculos e tatuagens, pareceu uma criança resmungando.

-Concordo com Luce. - Levi falou. -Mas agora... Estou mesmo é curioso porque Alec entrou aqui todo desesperado. O que tinha para falar, afinal? Não parecia que estava aqui apenas pela reunião...

Droga. Pensou Alec. Então alguém tinha notado, afinal, e tinha que ser logo Levi. Agora que o assunto tinha sido trazido a tona de novo, ele só conseguia pensar que era idiota o que estava prestes a pedir. Achava que eles provavelmente iriam rir da sua cara. Contudo, já estava ali mesmo...

-Eu quero pedir que vocês me treinem e me deixem entrar no esquadrão. - ele soltou de uma vez, sentindo o rosto esquentar.

Esperou pelas risadas e pelas recusas. Afinal, sua alma podia ser forte - seja lá o que isso significasse - mas seu corpo não. Como poderia cogitar que sua força ínfima seria de grande ajuda diante de guerreiros com sangue angelical e demoníaco? Era uma piada. No entanto, ninguém estava rindo. Pelo menos, a princípio.

-Rá! - Levi bateu na mesa, provocando um estalo alto, então esticou a mão para Cain. -Vamos amigo, passa pra cá.

Cain bufou, tirou algo do bolso e colocou na mão de Levi, era dinheiro. Alec ficou confuso, e então completamente chocado quando Angela também estendeu a mão por cima da mesa na direção de Cain, ela tinha um sorriso discreto nos lábios.

-Vocês apostaram que eu ia pedir isso? - perguntou Alec entendendo a situação.

-Apostamos, era questão de tempo. - disse Angela arrumando as pulseiras de couro no pulso.

-Droga, eu devia ter apostado também. - Lilith parecia decepcionada por ter ficado de fora. -Mas achei que ele não pediria isso tão cedo.

-Baseado em quê? - Alec perguntou.
Os capitães trocaram um olhar, mas ninguém respondeu diretamente.

-Intuição. - Angela deu de ombros. A resposta foi muito vaga e deixou ele intrigado. Seria por causa de sua alma, ou outro motivo oculto?

De repente Luce soltou uma risada.

-Tem certeza disso, menino? - ela perguntou colocando os pés na mesa. -Eles não vão pegar leve com você.

-Tenho. - respondeu Alec decidido. -Lynx ia me ensinar a lutar, de qualquer forma, mas...

Um silêncio se abateu sobre a mesa. Alec podia ver que não era o único sentindo falta de Lynx.

-Enfim, só quero ser útil enquanto estou aqui.

-Ninguém espera nada de você, até mesmo porque esses problemas não são seus. - Luce disse, sem nenhum indicio de grosseria, apenas constatando o que ela achava ser verdade, mas...

-Você está enganada. - disse Alec. -Os problemas são meus também. O Ladrão de Almas e Azazel estão atrás de mim, e eu estou aqui, o que só traz ainda mais risco para a cidade. Não quero ficar trancado em casa enquanto outras pessoas lutam para me proteger.

Alec não sabia se era impressão dele ou não, mas todos pareciam observá-lo com um certo respeito. Até mesmo os Irmãos Sombras, que pareciam mais estatuas do que pessoas.

-Então está combinado. - Luce falou com um tom de voz que sugeria que ela estava tentando se manter neutra, mas seus olhos pálidos pareciam brilhantes. -Vamos montar um cronograma com cada um dos capitães, e vocês começam semana que vem. Cedo.

-Falando nisso, onde está o Cadu? - perguntou Alec.

-Ele está doente, Rebeca disse que ele não poderia vir. - Lilith respondeu com o rosto franzido de preocupação.

-Ah. - Alec deduziu que Rebeca então estaria cuidando dele, por isso não tinha aparecido na mansão. Ele começou a se levantar. -Bom, eu vou indo então...

-Tem mais uma coisa. - Luce disse fazendo Alec parar no meio do movimento de se levantar. Ele apoiou as palmas da mão na mesa olhando para ela, algo em seu tom fez o estômago dele se contrair. -Como sua primeira missão do esquadrão, quero que faça algo para nós.

-O quê? - ele tentou manter o espanto longe da voz. Nem tinha começado a treinar ainda, o que ele poderia fazer?

Luce tirou os pés da mesa e se levantou, um sorriso pairando nos lábios.

-Quero que você, Alec, descubra quem é o traidor e traga ele para nós.

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