Capítulo 11 - Aquele Dia no Beco
Era um jovem, mais especificamente. Parecia não ter mais do que dezessete ou dezoito anos.
Ele era um pouco mais baixo que Alec, tinha cabelos ruivos cacheados e seus olhos verdes estavam escondidos atrás de óculos de aro preto quadrado. Ele usava uma camisa xadrez, jeans azul e All-Stars preto, por baixo da camisa xadrez vestia uma camiseta vermelha desbotada do Super Mario. Lynx relaxou, ele e o invasor trocaram um olhar e então sorriram um para o outro. O anjo ruivo se aproximou em passos largos e apressados e deu um abraço apertado e demorado nele.
Alec ergueu as sobrancelhas.
Não sabia que anjos trocavam afeto tão casualmente quanto humanos. Porque não havia dúvidas de que esse jovem magricela era um anjo. Na visão formada por Alec baseada em seu contato com anjos até agora, com exceção de Lynx, anjos se assemelhavam mais a máquinas do que pessoas. Exceto por Azazel que se parecia mais com um demônio psicopata. No entanto, a cena a sua frente era bem diferente dessa imagem fria criada em sua cabeça por causa de Amarantha e Azazel. Lynx e esse outro anjo pareciam muito próximos, e Lynx parecia muito feliz em vê-lo. Alec nem tanto. Esperava chegar em casa e dormir para não ter que pensar em nada, e não dar de cara com outro ser celestial invadindo seu espaço.
—Você sumiu, Lynx! Não entrou em contato desde aquele dia e eu não consegui te achar, achei que algo tinha acontecido com você. Tive que ir até Luce pra saber seu paradeiro, inclusive ela pediu pra eu chutar sua bunda quando te visse. — O anjo ruivo reclamou com uma voz manhosa. —Não faça mais isso. Tem sido entediante demais sem você.
—Desculpa, mas não consegui mais entrar em contato depois daquilo. — Lynx explicou.
—Mentiroso. — O anjo fez uma expressão ferida. —Você esqueceu que eu existo, isso sim.
—Claro que não. — Lynx revirou o olhos, mas sorria. —Não seja dramático.
—Não estou sendo dramático! Tem noção de como é tentar ter uma conversa agradável com Amarantha e Uriel? Eles nem dão risada das minhas piadas. — O anjo reclamava com o rosto franzido de desgosto. —Não é a mesma coisa sem você. Nem lá em cima, e principalmente lá na Cidade dos Mestiços.
O anjo ruivo tagarelava sem parar, mas seu ritmo diminuiu quando ele notou o clima pesado.
—Tá tudo bem? — Ele ajeitou os óculos.
—Acabamos de ser atacados por demônios. — Lynx contou com a voz sombria. —Tentei falar com você por telepatia, mas você não respondeu.
—Tive que dar um pulo no inferno, estava em missão lá. — Ele deu um tapa na própria testa. —Por isso você não conseguiu falar comigo antes também. Estava sem sinal. Eu voltei de lá não faz muito tempo, fui até Luce e então vim pra cá.
—Ah! — Lynx disse como se isso explicasse tudo. O palpite de Alec era que poderes angelicais não funcionavam no território do capiroto.
—Mas o quê aconteceu exatamente? Você está machucado? Já falei que o território de Luce é a melhor alternativa... — O outro anjo parecia preocupado, mas parou de falar ao ver a expressão de Lynx.
—Estou bem, e nós vamos pra lá, mas não agora. — Explicou Lynx sem mais detalhes. —Falando nisso, como está Luce?
—Do mesmo jeito de sempre, baixinha e sem paciência. — O anjo riu. —Ela não vai admitir, mas também sente sua falta. Nós dois sentimos.
—Também senti sua falta... — Lynx disse dando um afago no ombro dele.
Alec sentiu que era hora dele intervir já que, aparentemente, tinham se esquecido de sua presença.
—Detesto interromper o que parece um reencontro emocionante, mas quem é você? — Ele perguntou e se assustou com o tom ácido na própria voz sem saber exatamente porque estava falando assim. Talvez fosse o estresse da situação. Lynx se virou para Alec ainda sorrindo.
—Alec, esse é...
—Castiel. — O anjo se apresentou estendendo a mão. Alec levantou a mão lentamente e o anjo agarrou ela chacoalhando seu braço vigorosamente. Ele analisou Alec com um sorrisinho meio debochado nos lábios. —Ouvi falar bastante de você, Alexander...
Lynx tossiu. Castiel olhou para ele e revirou os olhos. Ah. Então esse é Castiel. Pensou Alec se sentindo menos rabugento, pois sem esse anjo eles talvez não tivessem saído vivos da Cidade Fluorescente. Quando Lynx o mencionou, Alec esperava um anjo tipo Amarantha, sério e robótico, com uma pose de superior, e não um jovem desleixado que parecia o tipo de pessoa que frequentaria o lugar que Alec trabalhava para jogar LOL.
—Castiel é meu melhor amigo. — Contou Lynx realmente parecendo ter muito carinho pelo tal Castiel. —Ele é meio sem noção as vezes, mas é o único anjo que eu confio de verdade.
—Quem é você pra me chamar de sem noção? Eu sou o único que atura você e suas trinta e cinco personalidades. — Disse Castiel dando um soquinho no braço de Lynx.
Eles começaram a rir e a brincar, e Alec ficou ali sentindo como se ele fosse o intruso dentro de sua própria casa. Ele lutou contra o sentimento amargo ao ver a interação amigável dos dois.
—E por que você tá aqui? — Alec cortou o clima deles, e se repreendeu de novo por soar tão seco. Ele não era assim, mas não estava conseguindo se controlar. —Minha casa virou algum tipo de ponto de encontro de anjos ou o quê?
—Eu vim porque Lynx me chamou. Quer dizer, não hoje, mas ele me chamou um tempo atrás pra cuidar desse probleminha aí na sua cabeça. Vim cumprir o favor. — Respondeu Castiel passando o braço pelo ombro de Lynx e sorrindo para Alec, alheio ao mau humor do humano.
—Que problema na minha cabeça? — Alec ficou confuso, e somado ao seu humor azedo, a voz saiu ríspida.
—O bloqueio mental, suas memórias... — Lynx parecia sem jeito, empurrando o braço de Castiel e dando um olhar receoso para Alec, percebendo que ele não estava com uma cara muito boa.
Então Alec lembrou e ficou ainda mais perturbado com mais aquele problema sendo trazido a tona.
—Pensei que você não queria que eu me lembrasse daquela noite. — Falou para Lynx cruzando os braços. Ele não queria que outro anjo se metesse nisso, mas pelo visto, não tinha outra solução.
—Não importa o que eu quero, as memórias são suas e você têm direito de saber sobre elas... Castiel pode ajudar, além de ele ser mais forte que eu agora, ele também tem habilidade com esse tipo de coisa.
Alec olhou para Castiel que deu um sorriso hesitante, mas amigável. Seu rosto era cheio de sardas, e seus olhos eram grandes dando a ele um ar de inocência, mas também havia sabedoria anciã ali, o que fez Alec se perguntar quantos anos ele realmente tinha.
—Entrar na cabeça de humanos é minha especialidade. — Castiel parecia orgulhoso disso. —Também sou espião da Cidade Fluorescente, alguém precisa ficar de olho nas coisas no submundo pra depois contar as novas pro chefe, né?
—Tipo um fofoqueiro celestial. Entendi. Bom, vamos acabar logo com isso então. — Alec suspirou cansado demais para fazer perguntas. —Estou muito cansado, e gostaria de dormir antes que mais alguém tente me matar.
—Meus poderes angelicais não funcionam lá embaixo, por isso não pude vir ajudar vocês. Desculpa. — Castiel parecia se sentir culpado, o que amenizou um pouco o mau humor de Alec, não era culpa do anjo.
—Como isso vai funcionar? — Perguntou Alec cautelosamente. —Você não vai abrir minha cabeça com nenhuma ferramenta mágica, né?
—Infelizmente, esqueci minha maleta de ferramentas mágicas pra abrir crânios humanos em casa. Você tem um serrote? — Castiel ajeitou os óculos, o rosto sério. Lynx cobriu o rosto e suspirou com desgosto. Alec encarou o anjo ruivo.
—Cala a boca, Castiel. Isso é sério. — Lynx falou erguendo o rosto que estava franzido.
—Desculpa, foi só uma tentativa de amenizar a tensão. — Castiel deu de ombros coçando os cachos ruivos. —Fico mal vendo as pessoas estarem mal, e aí me sinto na obrigação de fazer algo para melhorar o humor.
—Agradeço muito por isso, mas não estou no clima de piadas. — Alec falou sem energias, mas com sinceridade. —A noite já foi muito longa.
—Tudo bem, vamos direto ao ponto então. — Castiel pediu de novo sem graça. A expressão dele se tornou séria. Ele pegou uma das cadeiras da mesa e posicionou a sua frente.
—Melhor se sentar, Alec. — Ele sorriu e deu um tapinha no encosto da cadeira.
Alec hesitou. Um demônio havia mexido com sua cabeça e bagunçado suas memórias, e se na tentativa de consertar isso, o anjo fizesse algo errado? Ele se sentia como um paciente em um laboratório clandestino prestes a passar por um procedimento de origem duvidosa.
—Está tudo bem, Alec. — Lynx se aproximou com a voz gentil e encorajadora, acariciando os braços de Alec com as duas mãos de modo reconfortante. —Castiel sabe o que está fazendo. Nesse quesito, você pode confiar mais nele do que em mim.
—Fácil pra você dizer isso, não é no seu cérebro que ele vai fuçar. — Alec disse mau humorado.
—Se preferir, podemos fazer isso amanhã depois que você descansar, ele ainda vai estar aqui. — Sugeriu Lynx.
—Não. Vamos fazer agora, mas saiba que se algo der errado, e eu morrer e virar um demônio, vou te perseguir pelo resto da sua vida. — Alec estava tentando tranquilizar a si mesmo com o comentário bobo.
—Você jamais poderia de tornar um demônio, mas se for assim... Não me parece tão ruim ser perseguido por você.
Alec riu se sentindo menos tenso.
—Queria pedir uma coisa. — Continuou Lynx com um humor diferente. A expressão dele era de nervosismo.
—O quê? — Quis saber Alec com curiosidade.
—Promete que independente do que você ver lá... — Ele hesitou. —Não fique com medo de mim, nem me mande embora de sua vida ainda. Depois que estiver tudo resolvido e eu garantir que ninguém mais vai tentar te matar... Eu vou embora se quiser.
—Pra variar, não entendo o que você quer dizer com isso, mas... — Alec suspirou. —Tá bom.
Alec se virou para Castiel.
—Não vai doer, você pode sentir uma leve pressão na cabeça apenas. — Tranquilizou Castiel, sua expressão era sincera. —E se está preocupado em algo dar errado, o máximo que pode acontecer é eu não conseguir remover o bloqueio. As vezes só a pessoa que fez pode tirar, mas vou tentar.
Alec assentiu ainda meio inseguro, mas se sentou na cadeira. Castiel deu a volta ficando na sua frente enquanto Lynx sentou no sofá observando a cena. Não havia dúvidas de que Castiel era uma boa pessoa considerando o quanto Lynx parecia estimar e confiar nele, porém, havia algo nele que causava certa irritação em Alec. O que era muito incomum para ele, Alec não era do tipo que pegava ranço de alguém sem motivo nenhum. Talvez ele apenas estivesse mau humorado pelo que tinha acontecido no bar, e porque estava mesmo cansado e com fome, não havia comido quase nada aquele dia. O problema era que toda vez que ele pensava na forma como Castiel abraçou Lynx, essa irritação sem nome queimava mais forte.
—Relaxe. — Falou Castiel se aproximando, ele tirou os óculos guardando-os no bolso da camisa. Ele ergueu a mão próxima ao rosto de Alec, e quando estava prestes a segurar seu queixo, ele parou. —Posso?
—Sim. — Alec reprimiu a expressão de surpresa pela sensibilidade do anjo em pedir permissão para tocar em seu rosto. Mas era o mínimo, já que ele ia invadir sua mente. Ele olhou de esguelha para Lynx e percebeu que o anjo olhava para Castiel sem piscar. Ele também parecia extremamente nervoso, quicando a perna sem parar e girava freneticamente o anel em seu dedo indicador.
Castiel segurou o queixo de Alec com cuidado e alinhou seu olhar com o dele, então levantou a outra mão e com a palma aberta e pressionou ela na testa de Alec. A leve pressão mencionada por Castiel veio subitamente. Alec sentiu como se seu cérebro estivesse sendo sugado pelos ouvidos com um aspirador de pó. Então o mundo a sua volta começou a se desintegrar, pedaço por pedaço, como pixeis de um jogo com defeito, mas em seguida, da mesma forma que se desfez, o cenário começou a se refazer.
De repente, Alec não estava mais em seu apartamento. Um céu nublado tomou conta de seu campo de visão, a garoa fina caia do céu, mas ele não a sentia. Ele esticou o braço olhando para a própria mão e viu que estava transparente como um fantasma. Através de sua pele translúcida ele notou um movimento, viu alguém seguir outra pessoa em uma rua escura, com surpresa percebeu que uma dessas pessoas era ele mesmo. Ele estava assistindo a cena não só como se estivesse assistindo a um filme, mas estivesse fazendo parte dele, embora não fosse capaz de tocar em nada e nem ser visto. Quanto a outra pessoa na visão, ele não conseguia distinguir quem era, e quando se esforçava para enxergar o sujeito, sentia uma dor excruciante na cabeça. Castiel havia mentido, aquilo doía sim, mas só quando ele tentava forçar sua mente a enxergar quem era aquela pessoa.
Quando o Alec de sua memória entrou naquele mesmo beco onde tudo aconteceu, o stalker seguiu logo atrás e o atacou pegando-o pelo pescoço. Ele sacou uma faca longa e preta e quando estava prestes a cortar a garganta de Alec, algo aconteceu.
Mas não foi um tijolo caindo do céu.
Foi uma sombra de cabelos brancos e olhos amarelos que pareciam brilhar no escuro como dois pontos de luz dourada cortando a noite. Como se fosse nada mais que um borrão ele se lançou contra o stalker prestes a esfaquear Alec e então os dois, Lynx e o stalker, saíram rolando pelo chão. Lynx se ergueu ameaçadoramente, sem piadas ou comentários irônicos, apenas um ódio imensurável distorcendo suas feições angelicais, enquanto sua foice se materializava em sua mão. O stalker disse algo, mas sua voz parecia um áudio corrompido. Era impossível identificar qualquer coisa em relação a sua pessoa. A faca preta em sua mão então se transformou, crescendo até virar uma lança com a ponta extremamente afiada. Lynx atacou. O choque de suas armas deve ter feito um barulho que rasgou a noite, porém, para Alec tudo parecia abafado como se ele estivesse com tampões nos ouvidos. Lynx investiu contra o stalker que bloqueou o ataque com sua lança. Os dois logo se tornaram um borrão de movimentos complicados e perigosos. A luta estava sendo difícil, mas Lynx estava quase encurralando o stalker contra a parede no final do beco, porém, o demônio enxergou uma brecha em sua defesa e desviou atacando diretamente a Alec atrás deles.
Naquele momento, o Alec assistindo aquela memória bloqueada se sentiu grato por ter esquecido tudo, pois aquilo deve ter doído muito. A lança perfurou diretamente seu peito. Ele ouviu o grito abafado de Lynx, enquanto o demônio ria. Lynx parecendo ter juntado todo seu ódio e força, atacou novamente, sua foice fez um rasgo no peito do stalker destruindo suas roupas, mas ele ainda ria enquanto o sangue escorria de sua pele em frangalhos. Lynx atacou novamente e cortou seus braços, os membros caíram no chão e o sangue jorrava, mas o demônio continuava rindo. Ele estava debochando de Lynx, porque em seguida, os cotocos que eram seus braços começaram a se regenerar. O demônio olhou para os braços que estavam crescendo de volta, mas então franziu o rosto quando o processo parou no meio do caminho deixando para trás dois membros deformados e incompletos.
Ignorando a dor perfurando seu crânio, Alec se esforçou para conseguir enxergar o rosto dele, mas conseguiu apenas ouvir sua voz distorcida.
—Tsc, não consigo me curar completamente aqui... Vou ter que interromper nossas atividades, mas em breve volto, Lynx. Enquanto isso você pode choramingar e fazer sua mágica, mas não se esqueça que mesmo que você consiga salvar ele agora, não vai poder salvá-lo para sempre. — Uma névoa vermelha começou a se formar ao redor demônio. —Não tenho forças o suficiente ainda, mas logo vou ter. E quando chegar o momento vou matá-lo e fazer você assistir enquanto ele renasce para mim.
Depois disso, o demônio sumiu em um redemoinho de fumaça vermelha. Lynx correu para Alec que estava com um buraco no meio do peito fluindo sangue, seus lábios também estavam manchados de vermelho. O Alec do presente deu a volta para enxergar melhor o rosto de Lynx na luz escassa do beco e a expressão do anjo lhe causou um sentimento complicado.
—Não. Isso não pode... Não... Ele... Preciso... — Lynx não falava nada coerente. Seus olhos estavam vidrados e cheios de desespero enquanto ele tentava remover a blusa de Alec cuidadosamente para examinar o ferimento. Seu rosto estava completamente encharcado de lágrimas que não paravam de fluir rolando até o queixo. A cena foi chocante para Alec. Era como se Lynx estivesse vendo a morte de um ente querido e não de um humano aleatório que mal conhecia.
Por fim, ele foi obrigado a rasgar as roupas de Alec. O ferimento era grotesco, insuportável de se olhar. Um buraco fundo sangrento com as bordas enrugadas. Por incrível que pareça, Alec estava consciente, ele olhava para Lynx com os olhos escuros assustados no rosto pálido como um pedaço de papel. Alec tentou falar, mas saiu apenas um engasgo e mais sangue escorreu de sua boca.
—Shh, está tudo bem. Não fale, vai ficar tudo bem. — Lynx tentou tranquilizá-lo, mas suas mãos tremiam enquanto acariciavam o rosto de Alec.
Lynx estendeu as duas mãos sobre o peito dele. Um brilho fraco que logo se apagou saiu delas, ele já devia ter sido banido naquele momento e seus poderes angelicais estavam fracos. Lynx xingou e então tentou de novo com mais afinco, ele fechou os olhos e as veias saltaram em sua testa com o esforço. Um brilho incandescente ascendeu a noite, seria surpreendente se ninguém tivesse notado aquilo. Era como se o sol estivesse nascendo no meio da escuridão noturna. Quando a luz finalmente apagou, o ferimento de Alec tinha se curado completamente como se nunca tivesse existido. Lynx tombou para o lado ofegante e se virou vomitando um bocado de sangue no chão, seu rosto estava esbranquiçado.
O Alec no chão se sentou, mas ainda estava pálido, encarava Lynx como se tivesse visto um fantasma, então seus olhos reviraram e ele desmaiou.
Vendo que Alec estava bem, o anjo o pegou com tanto cuidado que era como se ele fosse de vidro. Ele voou com Alec até seu apartamento entrando pela janela aberta, acomodou ele na cama, limpou o sangue e trocou sua camiseta, depois o cobriu com as cobertas. Deu um beijo em sua testa, e saiu pela janela de novo, mas antes deu uma última olhada em Alec, com o rosto ainda manchado de lágrimas.
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