Capítulo 14
Capítulo 14
...
Henrique precisou fazer uma viagem, a trabalho, deixando Safira sozinha então resolvi convidar a mesma para passar um tempo comigo em meu apartamento.
Acabei comprando o livro indicado por Rogério.
-ele te falou que vai confessar o que fez?. Safira questiona, na mesa do café da manhã que se seguiu após a última entrevista.
-Pois é Safira, estou nervosa. -ao mesmo tempo em que as provas apontam contra ele, algo dentro de mim custa a acreditar nessa culpa pois ele me disse palavras tão bonitas, conselhos que eu precisava ouvir e acho que se não fosse dito por alguém de fora teria ignorado.
-Eu imagino filha, mas o meu conselho é que você coloque Deus na frente dessas investigações e que tenha o fim, independente da inocência do Rogério. -quando você volta para lá?.
-amanhã, vou deixar para ir às 17:00. -Será que depois dessas investigações a Lisandra, vai me dar outro trabalho?. Questiono, com medo de ficar desempregada.
-Provavelmente sim querida, mas vamos ver, depois que você entregar o que ela pediu pergunte.
-a Lisandra tem aquele jeitinho mais rígido, desde que vocês se conheceram ou isso ela foi adquirindo com o tempo?. Estou tentando descobrir mais sobre minha chefe, aquela mulher é tão enigmática.
-ela sempre foi assim, eu nunca entendi uma raiva que ela tinha da minha mãe e a minha mãe também tinha dela, a amizade das duas durou até meus 15 anos. -meu pai era pior do que ela, Lisandra sempre justificou esse jeito duro dela baseado em acontecimentos do passado que a transformaram na mulher que é hoje, tanto profissional quanto pessoalmente
-mas por que ela tinha esses problemas com a sua mãe?. Questiono intrigada.
-minha mãe dizia que a Lisandra, tentava suprir a carência materna dela comigo, o passado dela é muito triste. -Lisandra colocou em risco a amizade que tinha com meu pai e me abrigou, contrariando sua vontade que por sua vez rompeu laços tanto com ela quanto comigo. A história dessa mulher poderia dar um livro ou até mesmo uma série, o que Safira está me contando Com certeza é apenas a ponta do iceberg.
-Você conhece esse passado conturbado dela?. Mania de jornalista ficar perguntando tudo sem nem perceber, mas minha curiosidade não me permite fazer o contrário.
-- ela nunca me contou, mas eu tenho certeza que já foi mãe, na casa dela tem algumas fotos de uma família, tem crianças no meio isso me faz concluir que ela ou tem ou já teve um filho.
Me sinto em uma novela mexicana, meu deus.
...
Não preciso dizer que passei a noite inteira em claro, ansiosa pelo amanhecer com o intuito de terminar as Investigações relacionadas ao caso Rogério Arantes.
É certo que minha conversa com Safira ontem me despertou o instinto investigativo, mas por se tratar da minha chefe, não posso querer inventar de bancar a Sherlock Holmes pois isso não é da minha conta.
Ao descer do carro, corro o mais rápido que posso até a parte interna do manicômio judiciário, ignorando completamente a lama que molha meus pés devido a forte chuva que está caindo.
Entro no quarto mais esbaforida do que gostaria, um misto de ansiedade e inquietação vai tomando conta de mim aos poucos.
É clara como a água, a insônia que Rogério e eu dividimos, está mais abatido do que nunca.
-Pode ligar a câmera, quero acabar logo com isso. Antes que pudesse dizer qualquer coisa, ele toma a frente com uma impaciência quase palpável.
Ignorei a expressão aflita, meu lado humano insistindo para que eu lhe tranquilize dizendo que podemos deixar sua confissão para um outro momento. Seu estado emocional é capaz de dar pena a qualquer um!.
Deixo todo o equipamento preparado, dando início a reportagem, fazendo uso da linguagem formal para explicar o que eu estou fazendo aqui.
-pode começar a contar o que aconteceu naquela noite, por favor. Ele respira profundamente, fechando os olhos por alguns instantes, por um momento parece ter viajado ao passado.
-antes de explicar os detalhes, Me declaro culpado de todas as acusações, por mais que isso me doa. Suas palavras causam em mim um primeiro impacto que provoca uma exclamação de desespero, em seguida traz o nojo dele e de mim mesma por ter me deixado envolver por sua mente doentia. -Nós voltamos para casa, me lembro como se fosse ontem de ter chegado e logo depois ter passado mal, estava exausto e jurava que minha vida acabaria ali mesmo, se soubesse qual seria o final das coisas teria preferido a morte. -eu e a Letícia tivemos um pequeno atrito, pois eu queria saber o que ela escondia de tão grave, uma mensagem enviada a mim por alguém que até hoje não sei quem é foi capaz de deixar ela mais estressada do que de costume e eu estava desconfiando de alguma coisa ruim. -mesmo queimando de febre, comecei a perguntar para ela se alguma coisa que me mandaram estava incomodando ela, minha esposa me respondeu apenas que aquilo não deveria me afetar tanto pois ela resolveria o problema.
Ao ouvir o relato, não consigo conter minha indignação. Então quer dizer que ele acabou com a vida da esposa só porque ela não quis dizer o que tinha encontrado no celular dele?.
--eu pedi desculpa a ela por ter levantado a voz no primeiro momento, ela me deu um remédio que eu tomava para dormir durante essas crises, que eram frequentes devido aos meus problemas de saúde, o remédio é muito forte, me dizendo que só iria desmarcar nossas próximas duas agendas e avisar no Instagram que nós daríamos uma pausa na carreira, depois voltaria para ficar comigo. -me deu um beijo demorado e se retirou do quarto, não aguentei esperar muito e acabei apagando. -- não me lembro exatamente do que aconteceu, mas Suponho que tenha matado ela durante algum Delírio por causa de pesadelos que tenho, passei por um trauma de infância que não vem ao caso no momento e desde Essa época nunca tive um sono muito normal e a febre deve ter piorado a crise de sonambulismo que eu também tinha de vez em quando. -a única lembrança que tenho é de acordar de manhã, ao lado dos pedaços dela, completamente sujo de sangue. Sua voz é vacilante ao concluir a história, não é possível ver lágrimas em seus olhos pois provavelmente elas devem ter secado.
-Você lembra do que aconteceu com a Emanuelle?. Questiono, tentando disfarçar a surpresa pois imaginava alguém declarando Inocência ou um psicopata se vangloriando do crime que cometeu.
-não, eu não lembro. -as especulações da polícia em relação ao canibalismo foram porque encontraram só as roupinhas dela no chão ensanguentado, mas eu não sei se entreguei ela para alguém ou se fis outra coisa, na verdade eu nem quero imaginar o que posso ter feito com a minha pequena. Ele não está fazendo alarde, derramando Lágrimas e desesperado. Mas é possível ver a culpa em seu rosto, comprovando que tudo que diz a verdade pois ele poderia utilizar-se da situação mental para justificar o crime se realmente fosse psicopata, coisa que não fez.
-por que você não se defendeu no julgamento, sendo que você não teve a intenção de matar?.
-me responda você, para quê?, eu acabei com a minha família, matei a joia que Deus colocou nas minhas mãos e ainda Fiz sei lá o quê com o fruto desse amor, não acabei com a minha vida naquele momento porque nem a morte eu mereço
Não teve o fim esperado por todos, tudo que eu consigo sentir é pena.
-gostaria de acrescentar mais alguma coisa antes de encerrarmos?. Faço o possível para manter o profissionalismo na voz, levando em conta a gravação.
-só quero que vocês me deixem cumprir o resto da minha pena, eu já dei o que vocês queriam e agora tudo que eu quero é ficar livre das câmeras, da mídia, tudo isso me lembra a minha joia e a minha princesa, as duas melhores coisas que aconteceram comigo, os presentes que Deus me deu e eu fiz o favor de destruir.
Com muita dor no coração, encerrei a reportagem, compreendendo os sentimentos que tinha em relação a Rogério.
-eu sinto muito, nós já acabamos.
Ele me parece exausto, guardo todo meu material enquanto uma luz parece se acender em minha mente. Se ele não estava lúcido, Existe alguma possibilidade de outra pessoa ter entrado na casa e matado a Letícia?. Isso poderia justificar o desaparecimento da Emanuelle.
Tenho a sensação de que isso ainda não acabou, ainda pode existir outro cenário que até mesmo ele não saiba ou não se lembre.
As mensagens de ameaça só confirmam a minha teoria, alguém matou a Letícia e sumiu Com a Emanuelle. Mas a questão é. Quem E por quê?
-Por que você resolveu contar para mim, e não para os outros jornalistas?. -E por que você fez aquilo de querer que eu te conhecesse antes de me contar o que aconteceu?. Ele me lança um olhar suplicante, não diz uma palavra Mas compreendo que está praticamente me mandando sair do quarto. -você não quer me responder ou não sabe o que dizer?. Ele balança a cabeça de forma negativa, me fazendo compreender que não quer mais conversa comigo.
Me Retiro do quarto, com um misto de sentimentos. Pena, uma sensação de que ainda não acabou e aquele pequeno medo de enfrentar o suposto assassino.
Na volta ao meu carro, surpreendo-me com a visão de Lisandra, parada ao lado dele.
-a senhora aqui?. A mulher forte foi substituída por uma pessoa completamente diferente, o olhar frágil direcionado a mim.
-meus informantes disseram que você concluiu a entrevista com o Rogério, quero te dar os parabéns por isso e ao mesmo tempo te avisar que com certeza essa história não terminou, chegou a hora de você ouvir a minha versão dos fatos que aconteceu muito antes do que toda a mídia afirma e também descobrir o motivo de eu ser como sou e Porque eu ando tão empenhada em desvendar o desfecho desse caso. Suas palavras frágeis me provocam um arrepio na espinha. -Não precisa ter medo Camila, se você está especulando que eu tenho algo a ver com isso já vou avisando que está muito enganada, para te provar isso vou te dar a localização da minha casa e Você dirige seu carro até lá
Algo que percebi foi a ausência da maquiagem, das joias e da postura firme e altiva. Estou diante de uma idosa de 75 anos, não da imponente Lisandra Rocha.
-Se quiser pode tomar a direção do carro, confio na senhora como a senhora confiou em mim.
...
Lisandra estaciona o carro em frente a enorme casa.
Depois de abrir o portão com o controle, me fez entrar por uma porta revelando a extensão da mansão em que mora.
Passamos por uma sala imensa, o silêncio ensurdecedor me mostra que provavelmente dispensou os inúmeros empregados que conseguem manter essa casa limpa e organizada.
Entramos em seu escritório, ela está desde o início do trajeto até a casa no mais completo silêncio.
-sente-se, essa história vai ser longa Tanto para você quanto para mim. Me indica a cadeira ao seu lado.
-porque a senhora me trouxe aqui?. Questiono, ela respira profundamente, com certeza buscando coragem.
-meus pais tiveram duas filhas, eu fui a primogênita. -os dois ainda não eram convertidos na época, fui Concebida em uma noite de porre, e como naquela época tudo era muito rígido foram obrigados a se casar. Ela começa a jogar as informações em cima de mim, antes que possa dizer mais alguma coisa para impedir ela de fazer isso.
-a Marina veio Três anos depois, o amor platônico dos dois já estava consolidado. -ela era a filhinha preferida, o orgulho dos dois, o que me fez crescer uma menina completamente insegura mas ao mesmo tempo tentava agradar eles de qualquer maneira. -minha irmã era muito calculista, a cada ano que passava a psicopatia ficava óbvia mas os meus pais me diziam que era coisa da minha cabeça, que eu tinha inveja da minha irmã e que ela não era uma pessoa ruim.
Ela parecia estar desabafando com um psicólogo e não com uma funcionária, tamanha a dor que demonstra ao falar.
-Manuel tocava e cantava em um bar que eu precisei começar a trabalhar, minha faculdade de jornalismo não seria paga sozinha e meus pais também não me ajudariam, Marina estudava em uma escola particular e durante o início da minha faculdade era muito caro para os dois pagarem. -aqueles olhinhos Claros me conquistaram a primeira vista, a vozinha linda também, eu tinha o verdadeiro Eric de O Fantasma da Ópera cantando para mim todas as noites. -meus pais Ficaram felizes quando souberam que eu iria morar com ele, poucos meses antes da minha formatura pois assim a minha irmã teria mais privacidade, não precisaria dividir o quarto com a irmã mais velha.
Algo começa a me deixar intrigada. Ela disse o nome do namorado, o nome da irmã mas não mencionou em nenhum momento o nome dos pais.
Mesmo diante da constatação, deixo que ela prossiga.
-apesar de não ser o pai mais amoroso do mundo, meu pai enxergava em mim o dom para o jornalismo, me dizia que eu era capaz de decifrar enigmas antes mesmo que aparecesse -- Infelizmente não fui capaz de decifrar o que acontecia diante dos meus olhos naquela época. -Depois do primeiro crime que investiguei, aquele do qual eu te falei, do marido que morreu sendo inocente depois do assassinato da esposa, minha carreira cresceu muito e eu trabalhei durante 3 anos na minha primeira emissora de televisão. -aos meus 25 anos, engravidei do Eliseu, dando a ele apenas o sobrenome do pai, não queria ter mais contato com a minha família. Eliseu?. Ela disse Eliseu?. Não pode se tratar da mesma pessoa!.
-meu príncipe é uma cópia viva minha, mesmo nem imaginando que foi de mim que herdou toda aquela sabedoria apesar da condição em que vive, a esquizofrenia não o impediu de parecer com a mamãe na questão de esperteza. Não é possível encontrar palavras para descrever a doçura em sua voz ao falar no filho, ao mesmo tempo em que não consigo esconder o choque com a informação de que conheço a neta de Lisandra.
-três aninhos se passaram e eu já estava começando a ganhar um salário bem alto, quando engravidei novamente. -minha gravidez foi de risco e precisei me demitir, passava todo o tempo deitada o que provocou uma crise enorme em meu casamento, Manoel exigia de mim coisas que eu não podia dar pois queria preservar a vida do meu filho, fui proibida de ter relações com ele. -o excesso de estresse fez com que eu tivesse o Rogério com menos de 6 meses de gestação, todos os problemas de saúde que ele tem até hoje provocaram em mim uma depressão pós-parto.
Lisandra é mãe de Rogério?. Rogério é irmão de Eliseu e também tio de Manuela?.
-Manoel já queria um motivo para se separar de mim, Então me largou na casa dos meus pais e levou o Rogério e o Eliseu embora, Foi viver com outra mulher e a pouco tempo atrás soube que se tratava da minha própria irmã.
Lágrimas descem livremente por seu rosto, Eu me permito derramar as mesmas lágrimas discretamente..
-diferente do que foi comigo, eles se casaram no papel e hoje se ela leva o sobrenome alves, é graças a ele. -o rogério não tinha o sobrenome dos meus pais, por consequência, também não tinha o meu. -a troca de alves para arantes foi feita muito tempo depois, e eu já te explico os motivos, agora vou te falar um pouquinho de como eu fiquei depois disso.
-me recuperei da depressão, questão de dois anos depois conheci o homem que me deu o sobrenome que tenho hoje, me apresentou o amor de Deus, me dando o mesmo amor que Cristo deu a igreja. -além de um excelente jornalista, Miguel foi um anjo colocado por Deus na minha vida, lutou até seus últimos dias para encontrar os meus filhos e realmente conseguiu fazer isso, pouco tempo antes de morrer. -ele fez o irmão dele fazer amizade com os avós paternos dos meus filhos, responsáveis pela criação do Eliseu e graças a isso hoje eu sou avó de uma linda policialzinha. -mas vamos voltar a parte ruim da história, Eu tenho um coração muito mole quando se trata da minha família isso já está me atrapalhando um pouco na hora de explicar.
Ela enxuga as lágrimas com o dorso da mão e tenta esconder o sorriso.
-depois do meu casamento com o Miguel, meus pais simplesmente deixaram de ter contato comigo, eu não os visitava mais e eles também nunca me procuraram. -eu não pude ter contato nenhum com o Eliseu quando meu cunhado se aproximou dos meus ex-sogros, meu filho poderia entrar em choque ou até mesmo eles poderiam querer manter o menino longe de mim por acharem que eu era igual a minha irmã. -através deles eu vim a descobrir que a Marina matou o Manuel na frente dos Meus dois filhos quando o Eliseu tinha nove anos e o Rogério tinha seis, da mesma forma que o Rogério supostamente matou a esposa, os meus pequenos ficaram vendo enquanto a suposta mãe esquartejava o corpo do pai deles e graças a isso O Eliseu desenvolveu a esquizofrenia pois não aguentou ver a cena. -meus sogros e meus pais fizeram um acordo, cada casal cuidaria de um dos meus filhos, foram tomando as decisões sem me consultar e totalmente escondidos de mim. -meus pais colocaram o sobrenome deles no rogério, o adotando literalmente como um filho pois senhor álvaro e dona marta ficaram conhecidos como os pais dele. -não sei se a culpa foi o que fez eles criarem o rogério tão bem quanto criaram, a única coisa que eu sei foi que os dois casais criaram os meus filhos muito bem, isso eu não posso negar. -senhor joão e dona marinete não assumiram a paternidade e a maternidade do eliseu, mas pelo que me contaram ele foi muito bem cuidado. -a Marina deixou bem claro para eles que fez tudo aquilo com o único prazer de matar e também de saber que seria a figura materna ruim que os dois conheceriam, se eu me aproximasse ela daria cabo da vida dos dois, além de matar os próprios pais também. -Depois disso ela fugiu e a polícia Nunca conseguiu encontrar, provocou o medo em todo mundo e me privou de acompanhar o resto do crescimento dos meus filhos.
Então era esse o trauma que a Manuela vivia me dizendo, esse provavelmente foi o motivo que fez o Rogério se afastar da família e o segredo que a Letícia teve que esconder!.
-eu quis ser a primeira a fazer a entrevista com meu filho depois da morte da esposa, Seria a primeira vez que eu veria o Rogério, a última lembrança que eu tinha do meu filho foi nas crises de depressão, em que o desprezava e depois só fui revê-lo aos 27 anos. lágrimas molham seu rosto, durante vários minutos ela tenta recuperar o fôlego
aquela frase dele pedindo justiça foi o que me impulsionou há sempre mandar alguém atrás de respostas, não foi a ambição nem o dinheiro, foi amor de mãe. -a única pessoa que conhece essa história além de mim é você, minha neta não sabe disso, aliás, ela nem sabe que tem um tio chamado rogério, a família acabou protegendo ela de certos detalhes de sua vida para não traumatizar a menina e de certa forma eu até entendo. -minha ex-nora também não, muito menos o Rogério e o Eliseu -no caso do Eliseu eu ainda consigo visitar naquele Manicômio que ele está por culpa da Marina, eu vou em um horário que sei que ninguém da família vai, costumo dizer que vou lá para buscar conselhos e acabo contando algumas coisas do meu trabalho para ele como se se interessasse por essas coisas, Ele disse que eu sou enigmática, tenho seguranças guardando ele lá dentro pois está confirmado que a pessoa que está mandando mensagem tentando te assustar é a minha irmã, ela realmente visita O Eliseu fazendo com que todos pensem que é apenas uma Alucinação boba. -está confirmado que o raul era cúmplice da marina, e por ele ter dito que ela pagava pela proteção do rogério, foi morto. -eu acabei contratando o daniel como meus olhos e meus ouvidos dentro daquele manicômio judiciário, foi ele que me contou que você conseguiu a confissão dele, obviamente, não disse ao policial que ele é meu filho e nem contei a história mas ele está sendo muito bem pago por mim como o raul foi pago pela marina para infernizar a vida do meu filho.
-talvez eu conte a verdade para eles depois da prisão da Marina, tenho quase certeza de que foi ela que matou a Letícia E sequestrou a Emanuelle, o cenário do crime foi muito parecido e tudo está apontando para essa minha teoria.
ela conclui, me deixando completamente incrédula com a única certeza de que essa história está longe de acabar.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro