Cap. 25 - ※Caso Encerrado※
No departamento estava tudo corrido, pois agora eles acreditavam ter encontrado a assassino de Ellen Green. Santos e o Oficial Maccurteney iriam para o hospital ver Davys e depois iriam diretamente para o endereço informado por Bryan Singer.
Os dois então entram no carro e foram em direção ao hospital. Não se passou muito tempo para a dupla chegar lá, já que o trânsito em San Diego costuma ser bem organizado, assim evitando congestão, ainda mais em um dia de semana. Quando chegaram ao hospital, avistam Érika levando comida para o quarto de Davys. Eles seguiram ela, e Santos perguntou se eles poderiam fazer uma visita bem rápida para Mariana, pois estavam somente de passagem e precisavam ir para um local, Érika como já os conheciam concordou.
Quando entraram no quarto avistaram a mulher deitada, mas acordada, ela estava olhando para seus braços que estavam cheios de soro, porém agora sem bolsas de sangue.
— Bom dia, Davys. - disse o Oficial Maccurtney se aproximando para cumprimenta-la.
— Olá Mari, como está? - perguntou o detetive com um sorriso no rosto.
— Bom dia, Ofical e Santos. Eu vou bem e vocês como estão? - Davys estava animada.
— Parece animada. - comentou o oficial percebendo o tom empolgado de sua colega.
— Os médicos me disseram que é provável que eu receba a liberação do hospital para ir pra casa... E eu estou muito feliz.
— Uau, ficamos felizes com essa notícia Mari. - falou Santos abrindo um enorme sorriso.
— Estamos ansiosos por sua volta Davys, mas agora devemos ir para um local, só estamos de passagem mesmo, para poder de dar um abraço. - Complementou Maccurtney.
— Vocês vão para onde? - Davys apesar de estar internada, queria muito ir junto tomar depoimento do suspeito, por isso eles tiveram que mentir sobre esse assunto.
— Na verdade vamos ver o resultado de alguns exames... - Disse o detetive coçando a fina barba que lhe estava crescendo.
— Ah... Certo, me mantenham informada sobre o assunto. - falou a detetive em um tom desconfiado.
— Até mais Davys, se cuida. Voltamos depois. - o oficial se despediu com um aceno de mão.
— Fica bem. - Santos se despediu com outro beijo na testa de Davys, antes que ela pudesse responder, eles viram as costas e sairam.
O caminho do hospital até a escola High School San Diego não era muito longe, uns quatro quilômetros, para chegar no endereço descrito por Bryan Singer eram mais quinhentos ou seiscentos metros de carro. A dupla ia em direção a saída da cidade, pois lá, indo para o Conorado era o endereço descrito.
— Você gosta da detetive, não gosta? - o oficial interrogou Louis.
— É, digamos que eu esteja. - sorriu sem graça.
— Espero que vocês fiquem juntos. Ela é uma grande mulher e você um grande homem. - ele ainda mantinha seus olhos fixados na estrada e suas mãos no volante.
— Torço por isso. - o detetive sorriu.
Chegaram em uma casa alaranjada, com porta branca e telhado em um estilo europeu, não havia portão, apenas cercas bem baixas, os dois então invadiram o quintal. Santos mandou uma mensagem para Sanchez na qual dizia que daqui quarenta e cinco minutos, o mesmo deveria ir naquele local acompanhado por três policiais, Sanchez mandou um sinal positivo, então ambos continuaram indo para dentro.
O detetive bateu na porta, uma senhora de aparentemente cinquenta anos atendeu. Ela era média de cabelos negros e lisos na altura do ombro.
— Olá, em que posso ajudar? - sua voz era frágil e calma.
— Senhora Singer? - perguntou Maccurtney.
— Sim, me chamo Aline Singer, em que posso ajudar? - ela contraiu a mão para junto de seu coração.
— Seu filho Jeremias Singer se encontra? - perguntou o detetive.
Alguém atrás de Aline repondeu de forma séria.
— Deixe eles entrarem, mamãe... - Era Jeremias, ele estava sentado em um sofá.
— Bem, cavalheiros, entrem... - Aline deu brecha para que eles adentrem a residência.
Quando Santos pisa para dentro da casa, ele levou um susto ao ver que Jeremias era ninguém menos que o professor de música de Ellen, o mesmo na qual Ellen estava estudando quando passou mal, o mesmo que gritou com o oficial.
— Você... - ambos estavam surpresos.
— O professor de música histérico... - Maccurteney estava pasmado, abriu sua boca em forma de "o".
— Mamãe, poderia me deixar a sós com esses senhores? - A voz de Jeremias era melancólica.
— Claro filho, vou preparar um chá para os senhores. - Aline saiu da sala com um grande aperto em seu coração, porém ela não sabia de nada.
Jeremias fez um sinal com as mão para que os dois se sentem no sofá, eles sentaram e ficaram encarando o assassino por alguns segundos.
— Onde está sua mulher? - Perguntou o oficial.
— Eu não sou casado, eu menti. - ele estava cabisbaixo.
— Não sei nem por onde começar o interrogatório. - o detetive estava realmente surpreso.
— Pode começar nos contando como conheceu a Ellen. - pediu o policial.
— Quando eu tinha dezoito anos, eu queria ser alguém, alguém como meu irmão mais velho, ele bebia, fumava, tinha várias tatuagens, várias garotas, ele era incrível ao meu ver. Eu então comecei a sair com ele, ficamos inseparavéis, ele era como um pai para mim... Em uma dessas saídas Bryan me levou para conhecer a garota dele, Joanne Green, os dois eram amantes, Bryan me contou que ele havia matado o ex de Joanne, pois queria viver com ela e a filha Ellen... - engoliu seco. - Quando chegamos na residência dela, ele me mostrou a casa e lá estavam duas garotinhas, uma de oito e uma de seis, elas estavam brincando, Joanne disse que estava cuidando da sobrinha, eu fiquei no quarto da menina enquanto ela e Bryan... Bem, vocês podem imaginar.
— Não precisa entrar em detalhes Jeremias. - pediu Santos em um tom irônico.
— Continue, por favor. - pediu Maccurteney que estava gravando tudo.
— Eu então fiquei brincando com a garotinha menor, enquanto a maior estava lendo um livro. Os meses se passaram, e dois anos depois de ter ocorrido o acidente dos Green, meu irmão fugiu e deixou Joanne sozinha, eu acabei indo visita-la todos os dias e com isso eu sempre brincava e cuidava da Ellen... Quando a garota completou seus quinze anos, eu me apaixonei por ela... Era algo extremamente esquisito, pois ela era tão frágil... Parecia ser de porcelana, e foi aos quinze que ela disse a Joanne que estava namorando. Eu pirei, eu amava aquela garota e agora ela estava namorando. O tempo passou e eu achei um vídeo no celular da Ellen, um vídeo dela com o namorado... Eu fiquei irado, enviei para mim e com isso mandei para a tia de Ellen e para alguns contatos meus. - ele mexia as mãos e tremia as pernas.
— Então foi você quem destruiu o namoro de Ellen e Luís? - Santos estava vermelho de ódio, mas precisava se conter.
— Sim, eu não suportava vê-la com ele, eu então vi ela conversando com o Rick, senti mais raiva ainda, porque ele não merecia ser amigo dela, só eu era amigo dela de verdade... Atirei meu carro contra ela mas me senti horrível e por sorte ela só quebrou o fêmur... Tive sorte, pois eu quem cuidou dela.
— Por sorte? Eu sinceramente espero que você pegue uma pena máxima. - o detetive falou em um tom grosseiro.
— Eu sou uma escória... mas, eu realmente amava ela. - seu tom de voz era baixo.
— Tenho que concordar na primeira parte. - Santos falou de forma séria.
— Prossiga sua história. - pediu Maccurteney.
— Ellen era uma verdadeira boneca, tão linda... há alguns meses atrás, Ellen estava no banheiro, tomando banho, quando eu resolvi entrar em seu quarto, eu tranquei a porta, quando ela saiu eu tranquei sua boca e bati nela... Enquanto... - Jeremias abaixou sua cabeça, ele não teve coragem de dizer explicitamente o que ele havia feito.
— De graças que Davys não está aqui, ela já teria feito algo contra você seu desgraçado... E eu não teria impedido. - falou Santos com um tom de voz elevado.
— Conte sobre como matou Ellen. - Maccurtney não era sangue frio, só que em seus quase vinte anos na polícia ele já estava acostumado com histórias como aquelas.
— Eu soube que Ellen iria fugir, ela e a avó, pode-se dizer que eu monitorava ela... Então contei para Joanne que acabou ficando com ódio, e dois dias antes da Ellen morrer ela espancou a Ellen, eu vi tudo... Me arrependi de ter dito, então vendo que Ellen sofreria eternamente nas mão de Joanne e nas minhas eu resolvi que daria a Ellen uma chance de ser feliz... Dei a ela um presente.
— E qual seria? - perguntou Santos.
— Sua morte...
— Isso foi um presente? - Maccurtney estava paciente.
— Sim, sua morte foi o melhor presente que eu pude dar a ela... - ele suspirou.
— Como o fez? - perguntou o oficial.
— Eu disse a Joanne meu plano, ela concordou. Nós dois matamos Ellen Green. Eu já fiz aulas de botânica, ao fundo da minha casa eu tenho uma estufa recheada de flores, lá tem uma chamada Oleandro, que é original do norte da África, ela era usada como chá abortivo antigamente, mas junto com a morte do feto, também havia a morte da mãe, a planta causa a aceleração dos batimentos cardíacos, causando os sintomas de um infarto na vítima, dor de barriga, queimação, vertigem etc. Então eu gostaria de que todos tivessem pensado que sua morte foi natural... Mas infelizmente vocês foram rápidos na autópsia, eu e Joanne fizemos um pacto, nós matariamos Ellen e fugiriamos juntos, mas também queriamos o arquivamento do caso, então resolvemos assustar a Davys, que não desistiu do caso... Também assustamos alguns outros amigos, principalmente o Lewis...
—Certo, então era você quem mandava as mensagens para Davys? - perguntou o oficial em um tom bravo, em sua testa algumas gotas de suor o molhavam.
— Não só para ela, mas também para Rick e Luís...
— Como conseguiram os números?
— Eu era professor deles e tinha acesso a varias informações... A detetive deixou seu número na diretoria, eu então adentrei e peguei o cartão.
— Ah, entendo. Mas continue, como foi o dia da morte da Ellen?
— Eu levei algumas flores de Oleandro e pedi a Joanne que misturasse na comida de Ellen, e ela o fez, Ellen comeu seu almoço no intervalo e passou mal minutos depois... Vindo a óbito instantaneamente, essa flor comida em uma pequena quantidade já mata, porém usamos em grande quantidade, já que estava dentro de sua comida. Para não ser notado, batemos a flor no liquidificador.
Os quarenta e cinco minutos haviam se passado e Sanchez chegou com a policia, eles algemaram Jeremias, Aline correu para saber o motivo disso tudo, ela se debulhava em lágrimas, então Santos se aproximou dela.
— Senhora Singer, está era Ellen, sua neta, fruto de Bryan e Joanne, e seu filho a matou, sinto muito. - delicadeza não era seu forte, mas ele tentou ser cuidadoso.
— Meu Deus... - Aline chorava sem entender direito aquela situação, ela se senta no sofá e chora.
Mas não havia tempo para consolo, eles entraram no carro e levaram Jeremias preso, seu julgamento seria daqui duas semanas, pois o caso estava aberto fazia semanas. Quanto antes eles resolvessem esse assunto, melhor.
Uma semana depois...
Davys acordou feliz, pois agora estaria de volta a ativa, rcebeu Alta do hospital, e assim que pisou para fora de seu quarto viu Santos que foi buscá- la com uma xícara de café.
— Agora você pode bebe-la, não é? - ele estava de terno, nem parecia o mesmo detetive.
— Acho que sim! - Davys sorriu ao ver seu grande amigo, ela foi até ele.
Caminhavam lado a lado no hospital, sem trocar nenhuma palavra, toda aquela situação dos últimos dias, causou alto estresse em ambos. Então decidiram não falar mais nada por enquanto, apenas seguiram o caminho para fora do hospital até o carro do detetive. Ele abriu a porta para ela, e a ajuda a adentrar o veículo, dando partida assim que ele fez o mesmo.
Os dois foram juntos para a casa de Davys. Durante o percurso, o detetive estava com um brilho nos olhos e um pequeno sorriso no rosto, a detetive ao ver a reação do homem acabou sorrindo junto.
— Tive tanto medo de te perder. - ele continuava com o olhar fixado na estrada.
— Tive medo de não acordar mais, e nunca mais poder ouvir sua voz. - ela olhava para fora, através da janela. Com apenas uma das mãos, o homem acariciou a nuca da Mariana, que o olhou e sorriu ainda mais.
Assim que chegaram na residência da detetive, avistaram de longe alguns carros, de amigos e parentes que vieram de longe somente para recepcionar Davys. Ele estacionou o carro, em seguida ambos desceram.
Lá estava sua família e o pessoal do departamento a sua espera. Todos correram para abraçar delicadamente a mulher.
Eles entram dentro de casa, lá estava bexigas de todas as cores, um bolo e muita guloseima, para recepcionar e parabenizar Davys pela segunda chance de vida a qual ela teve. A festa foi íntima para amigos e família, a mãe da detetive se aproximou.
— Mari, tenho boas novas, você teve seu caso encerrado, não foi? - ela abraçou sua filha por trás.
— Sim mamãe. Por que o interesse? - sorriu e correspondeu o abraço.
— Suas férias, meu amor. Vamos conosco passar uns dias no Japão? - em um tom empolgado ela disse.
— Ah, mãe... Eu não sei...
— Ela vai sim, Maressa. E eu vou com ela. - Santos colocou a mão sobre o ombro de Davys. A detetive olhou para o rosto do homem, ela fechou seu sorriso de forma surpreendente, já o homem sorriu de forma sincera.
— Certo, mas só depois do julgamento de Jeremias. - ela sorriu de volta.
Aproveitaram pelo restante do dia a festa da mulher, ambos felizes, agora haviam dois motivos pelos quais comemorar. A volta de Davys e a justiça de Ellen Green.
UMA SEMANA DEPOIS...
O julgamento de Jeremias seria aberto para o colégio assistir, foram selecionados alguns alunos e funcionários do colégio, tais como Lia Kim, Rick Lewis, Janette Martínez, Luís Müller, o diretor Herb e a psicóloga Ohana, também estavam lá Davys, Santos, Sanchez, Lancaster, Júlia Mendez e Maccurtney, o DR. Loam, Hellena, Érika e a família Walker.
O culpado entrou para iniciar o julgamento. Todos se sentaram assim que o juiz fez o mesmo. Ele iniciou ali o depoimento das testemunhas do caso. Primeiro Rick Lewis.
— Ellen sofria muito nas mãos da tia e do namorado... - ele contou todos os fatos narrados anteriormente.
Depois foi a vez de Lia Kim, e assim por diante. Suas palavras e a confissão do homem não havia mais nada a não ser dar sua merecida pena. Depois de um mês de caso Jeremias Singer pegou a pena máxima, a cadeira elétrica. Todos suspiraram de alegria pela justiça sobre o Caso de Ellen Green ter sido feita.
ALGUNS DIAS DEPOIS...
Davys e Santos foram para o Japão tirar férias, com toda sua familia, inclusive a mãe do detetive, aproveitaram e muito sua viagem (Convido a todos a fazerem a leitura do livro 2 para saber o que houve com a dupla.)
Rick Lewis acabou se tornando grande amigo de Janette, pois viu o quanto ela precisava de alguém e ele também, acabou que o rapaz conheceu um homem que o fez muito feliz durante um longo tempo.
Lia Kim e Luis Müller voltaram a namorar, mesmo depois de tantas brigas, eles decidiram que não importava mais nada, além da felicidade e o momento o que estavam juntos.
Maccurtney e sua filha Miranda viajaram para New Orleans, passar longas férias lá, porém acabaram ficando para sempre. O homem acabou conhecendo uma mulher que também o fez muito feliz, já sua filha conseguiu uma ótima oportunidade de trabalho e independência por lá mesmo.
Hellena havia decidido entrar na carreira de policial quando acabasse o ensino médio, ela, assim como a detetive Davys, viu sua vida mudar completamente após um caso de polícia.
Os pais e irmãs de Melânia resolveram fazer trabalho voluntário em hospitais, os quais faziam muitas pessoas felizes, mesmo as quais estavam com pouco tempo de vida. Eles deram a eternidade a quem não era eterno.
FIM
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