Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo I

Londres, Inglaterra – 1810


Era mais uma noite de festa na cidade. Um baile oferecido pelo Duque de Hendrickton era um evento para o qual nenhum convidado poderia declinar o convite. O Duque era o homem mais influente do país que permanecia em Londres naquela época do ano, por isso renunciar um convite seu era quase um motivo de traição, e ele levava muito a sério qualquer questão. Era um homem distante e sério, que não aceitava bem um não, muito menos uma desfeita. Todos que foram convidados estavam lá, na mansão Hendrickton.

O salão ostentava um estilo georgiano clássico, demonstrando a riqueza e superioridade do dono da casa. A madeira que revestia as paredes era clara, pintada de azul para destacar os móveis de mogno e, como adorno, espelhos, retratos e relógios refinados estavam espalhados pelo salão. Catarina, porém, não se importava com nada daquilo. Ela estava apenas à espera de um único convidado.

A jovem estava descontraída, alegre e demonstrava simpatia para com todos que chegavam para conversar com ela. Estava decidida a permanecer feliz durante toda a noite. Afinal, nada poderia desfazer a alegria de ser pedida em casamento. Estava praticamente noiva, só faltava o pedido oficial, que o homem em questão tinha prometido fazer naquele baile. Ela estava loucamente apaixonada e nada poderia arruinar aquela alegria.

Cada vez que anunciavam um nome ou que ela percebia alguém entrar no salão, Catarina observava, esperando ver o homem por quem se apaixonara perdidamente. Kenneth Robinson também pertencia a uma das famílias mais influentes da Inglaterra e, apesar de não possuir nenhum título por ser o segundo filho do Marquês, ainda era considerado um ótimo partido.

Mas Catarina não estava interessada em nada que tivesse a ver com dinheiro. Ela simplesmente amava Kenneth por ser um homem simpático e alegre, capaz de fazer todos ao seu redor se sentirem muito bem. Ele estava sempre sorrindo e, a cada vez que o fazia, despertava mais ainda o amor de Catarina. Ela não podia acreditar que seus sonhos se tornariam realidade naquela noite.

― Catarina ― chamou Jamie, uma de suas irmãs, desviando a atenção de Catarina da entrada do salão. ― Poderíamos conversar a sós um minuto?

― Certamente, minha irmã.

Já estava acostumada com tudo aquilo. Quando sua irmã lhe pedia atenção, não era capaz de negar. Jamie era sua melhor amiga, mesmo sendo apenas um ano e três meses mais nova que ela. Não poderia negar nada para sua irmã e melhor amiga. Assim, as duas se dirigiram para um canto isolado do salão.

― O que deseja, Jamie?

― Preciso de sua ajuda ― respondeu rapidamente, como se estivesse desesperada. Aquilo aguçou a atenção de Catarina.

― Tudo o que precisar.

― Eu estive na casa de Joan ontem à noite.

― Por quê? ― Perguntou chocada.

Catarina conhecia a natureza gentil e doadora da irmã, mas sempre acabava atordoada ao saber das loucuras que a pequena Jamie era capaz de fazer para ajudar o próximo – como ir à casa de uma serviçal no meio da noite, provavelmente sem o consentimento de seu pai, o Duque.

― Eu precisava ajudá-la ― respondeu Jamie, dobrando ligeiramente os joelhos e olhando para cima, um gesto característico de quando explicava algo que sabia que ninguém entenderia. ― Seu irmão está doente e eu precisava levar-lhe a receita do chá para a febre que a cozinheira me deu. Mas esse não é o problema, ― ela respirou fundo antes de continuar. ― Quando tentei sair de lá, fui pega por um homem que passava pela rua. Ele frequenta o clube de papai! ― Finalmente Catarina entendeu o desespero da irmã e teve certeza de que a visita noturna não havia sido autorizada. ― Não sei mais o que fazer, Catarina. Esse homem me disse que falará com papai e eu nem quero imaginar o castigo que irei receber por ter ido a casa de uma criada, principalmente à noite.

― Certo, entendi, ― e Catarina realmente entendia. Ser filha do Duque de Hendrickton implicava conhecer os castigos que um homem frio podia aplicar a uma mulher, e Catarina odiaria saber que sua querida irmã seria vítima de algum deles. ― O que eu poderia fazer para ajudar?

― O homem está aqui. ― Jamie começou a retorcer as mãos, o que indicava que ela estava ainda mais nervosa do que parecia. ― Eu disse a ele que esperasse no escritório de papai e que eu viria buscar alguém para falar com ele.

De repente, Jamie parou de retorcer as mãos e agarrou os braços da irmã.

Apesar de serem irmãs, Jamie e Catarina eram muito diferentes. Enquanto Catarina tinha cabelos loiros cacheados e era mais alta que a maioria das mulheres – aumentando ainda mais sua elegância esbelta –, Jamie tinha cabelos lisos e negros como a noite e era, pelo menos, uns quinze centímetros mais baixa que a irmã mais velha. Por causa dessa diferença, o gesto de Jamie fez Catarina se sentir desconfortável, pois a filha mais velha do Duque sabia que a aparência que aquele gesto deu a conversa era de que ela era a dama fria e maldosa que as outras senhoritas de Londres insistiam que ela era.

No entanto, como sua aparência nada significava para ela em comparação com a felicidade da irmã, Catarina simplesmente ouviu o pedido de Jamie sem se afastar.

― Por favor, fale com ele. Tente convencê-lo a não contar nada a papai.

― Tem tanta fé em mim que me acha capaz de conseguir isso?

― Você é muito persuasiva, ― Jamie finalmente abriu um sorriso e, mesmo sendo o sorriso que ela costumava usar quando fazia alguma travessura, aquilo deixou Catarina mais tranquila e motivada a ajudar. ― Por favor, Catarina. Eu não sei mais o que fazer.

Catarina observou a irmã durante alguns segundos. Jamie era boa, tímida e completamente destemida, exceto, é claro, pelo medo que tinha de seu pai. Não levou muito tempo para tomar sua decisão – já sabia que ajudaria quando Jamie chamou seu nome –, mas ainda precisava descobrir como faria aquilo.

Olhou ao redor do salão antes de responder ao pedido da irmã. Ela era, sim, persuasiva, mas até Catarina conhecia os seus limites, então sabia que precisaria de ajuda.

Kenneth ainda não havia chegado, desse modo precisaria encontrar outra pessoa em quem confiasse completamente. Foi então que encontrou alguém que não via há anos, mas que tinha certeza de que ajudaria: Timothy Burton, Conde de Bilford.

Um sorriso surgiu no rosto de Catarina ao avistar o filho da prima de sua mãe, que fora seu companheiro de infância e de Jamie. Apesar de não vê-lo pessoalmente há mais de cinco anos, pois havia viajado para as Américas com sua mãe após a morte de seu pai, Catarina sabia que ele a ajudaria.

Voltou a olhar para a irmã e finalmente respondeu ao seu pedido:

― Tive uma ideia. ― O rosto de Jamie se iluminou com esperança e aquilo valeu mais do que qualquer coisa para Catarina.

Ela segurou no braço da irmã mais nova e as duas começaram a andar para o meio do salão em direção a Timothy.

Dando um pequeno puxão no braço da irmã, Catarina acrescentou:

― Mas preciso que me faça um favor, também. ― Jamie concordou prontamente com a cabeça. ― Quando Kenneth chegar, diga a ele que estarei na biblioteca e peça que ele vá conversar comigo lá. Eu darei um jeito nesse senhor de quem me falou e irei direto para a biblioteca. Mas não lhe diga onde estarei, apenas que vá a biblioteca para ver-me.

― Tudo bem, ― mais uma vez Jamie concordou sem discutir ou reclamar.

Sorrindo, Catarina soltou o braço da irmã e foi, praticamente correndo, ao encontro de Timothy. Queria acabar com aquilo o mais rápido possível e encontrar-se com seu amado, que apagaria todos os momentos desesperadores daquela noite.

Kenneth chegou ao salão muito mais tarde do que pretendera. Estava com muita pressa para ver sua Catarina, mas recebeu uma mensagem de seu melhor amigo e precisou ajudá-lo com sua carruagem, por isso chegou ao salão junto com Vincent MacLamna e um pouco aborrecido por ter posto a mão na obra.

― Sinto muito por tê-lo atrasado ― disse Vincent enquanto entravam no salão.

― Não tem problema ― respondeu, observando as pessoas à procura da filha mais velha do Duque ―, jamais te negaria ajuda.

― Sim, eu sei ― respondeu Vincent sorrindo, parecendo ignorar o modo como o amigo vasculhava o salão com os olhos à procura de Catarina. ― Foi exatamente por isso que pedi que o chamassem. Eu realmente precisava chegar nessa festa. ― Deixando o ar descontraído de lado, Vincent também começou a procurar alguém no meio da multidão de nobres espalhada pelo grande salão da residência do Duque de Hendrickton. ― O Conde está um pouco embriagado esta noite e não quero que fique pior.

― Não entendo por que vem a esses bailes com a intenção de segurar seu pai ― comentou Kenneth.

Como primo e amigo de infância de Vincent, Kenneth conhecia muito bem o pai dele, o Conde de Widletown, e seu gosto exagerado pelo Brandy. Ainda assim, ele não conseguia entender por que o amigo ainda tentava proteger a reputação do homem.

― Venho porque minha família tem uma reputação a zelar e meu pai a está destruindo aos poucos ― respondeu Vincent, confirmando os pensamentos de Kenneth. ― Portanto, eu faço o possível para impedi-lo.

― Tem todo o meu apoio.

Os dois homens sorriram em cumplicidade. Só os dois sabiam o quanto Kenneth já ajudara a proteger a reputação dos McLamna – desde retirar discretamente a garrafa de Brandy de perto do Conde até carregar o nobre desmaiado para casa.

― Perdão, senhor Robinson. ― Kenneth se virou para ver Jamie Hendrickton cumprimentando-o e, em seguida, Vincent. ― Senhor MacLamna.

― Senhorita Jamie Hendrickton ― cumprimentou Kenneth com um sorriso para a irmã mais nova de Catarina. Era difícil não sorrir para a pequena Jamie com aquela personalidade gentil. ― A que devemos a honra?

― Vim trazer-lhe um recado de minha irmã ― respondeu Jamie ruborizando-se.

Kenneth se surpreendeu. Não esperava que Catarina fosse enviar um recado pela irmã, esperava que ela mesma fosse falar com ele. Sua amada ficara tão feliz quando lhe dissera que pediria sua mão naquela noite, e ele também não via a hora de resolver aquele assunto para tê-la completamente para si.

― O que Catarina pediu para dizer-me? ― Perguntou.

― Ela pediu para o senhor encontrá-la na biblioteca.

Kenneth ficou esperando que Jamie terminasse o recado, ou que pelo menos explicasse o motivo por trás daquele pedido de Catarina, mas a senhorita Hendrickton ficou parada olhando para ele como se esperasse que ele lhe dissesse algo. Por fim, Kenneth cansou de esperar e perguntou:

― Somente isso?

― Sim, esse era seu recado.

Se Jamie não iria lhe explicar as intenções de Catarina, restava-lhe apenas fazer o que a dama havia pedido. Após agradecer a Jamie pelo recado, Kenneth cumprimentou-a e ao amigo, despedindo-se, e foi em direção à biblioteca da mansão Hendrickton.

Sua mente parecia estar funcionando a mil por hora. Ignorou completamente toda a movimentação dos convidados ao seu redor enquanto saia do salão de baile por uma porta lateral, que Catarina lhe mostrara uma vez. Kenneth podia vislumbrar o momento decisivo de sua vida diante de si. Ele pediria Catarina em casamento e passaria o resto de sua existência ao lado dela.

Na semana anterior, recebera o convite para se juntar ao exército – sua maestria e pontaria nos eventos de caça do Príncipe finalmente chegaram aos ouvidos do Chefe do Gabinete de Defesa –, mas nem isso fizera com que se sentisse tão exaltado. Obviamente, sua decisão de permanecer na capital fora tomada com rapidez, mas não sentira ser aquela a decisão de sua vida, tanto que ainda nem se dera ao trabalho de responder ao convite.

Porém já estava decidido e não voltaria com sua palavra.

Sorriu, esperançoso e feliz. Um sorriso que se desvaneceu ao passar pela porta do escritório do Duque. A voz que ouviu sair dali tão alegre e envolvente era a de Catarina.

Parou e se aproximou da porta, que estava aberta poucos centímetros, mas era o suficiente para ver Catarina com outro homem, que caia em seu encanto tão facilmente quanto ele caíra.

Foi como se tivessem parado o tempo para ele assim que viu o homem abraçando e beijando sua futura noiva. O pior, todavia, foi ver como Catarina retribuía o abraço e sorría carinhosamente para o homem após o beijo. O fato daquele ter sido um beijo na bochecha e de saber que Catarina conhecia o homem desde a infância não serviu de nada para aplacar o forte sentimento de traição que Kenneth sentiu ao testemunhar aquela cena. Não ficou nem mais um segundo parado ali.

Decidiu, sem deixar que a parte racional de seu cérebro argumentasse com seu coração ferido, que não poderia conservar sua palavra quanto ao casamento... Nem quanto à sua permanência na capital.

Enojada e alegre, Catarina rumava para a biblioteca. O primeiro por ter conhecido e enfrentado um homem tão maldoso para salvar sua irmã da ira de seu pai. O segundo por ter resolvido o problema facilmente graças à ajuda de Timothy, podendo, assim, retomar a amizade como se nunca tivessem se separado, e por estar prestes a realizar seu sonho de se tornar a futura esposa de Kenneth Robinson.

Entrou na biblioteca com calma para não demonstrar seu entusiasmo, mas estava sorrindo exageradamente.

Observou o cômodo de teto muito alto com paredes revestidas de madeira avermelhada. Todos os móveis eram desenhados mostrando a influência clássica do estilo georgiano, mas o que lhe chamou a atenção foi o homem parado de costas para ela, concentrado no fogo da lareira ornamentada com motivos barrocos. Catarina caminhou até ele, mas, antes que pudesse tocá-lo para chamar sua atenção, Kenneth se virou.

Ele sustentava um olhar diferente em seu rosto viril. Não parecia feliz em vê-la. Na verdade, seus olhos demonstravam desgosto. Aquele não devia ser o olhar de um homem que está a ponto de pedir uma mulher em casamento.

― O que houve? ― Perguntou Catarina sem demorar a chegar ao assunto, afinal não estava acostumada a isso.

Kenneth ficou olhando sério para ela durante alguns minutos antes de responder:

― Decidi aceitar o convite para me juntar ao exército.

Catarina ficou momentaneamente surpresa e piscou várias vezes enquanto tentava raciocinar.

― Não entendo ― disse ela por fim, retorcendo as próprias mãos com o nervosismo que tomou conta dela. ― Vamos nos casar antes de se juntar ao exército? Vai levar-me contigo?

De repente, ela sorriu de novo. Óbvio que Kenneth teria pensado naquilo. Ele era um homem honrado e quereria lutar por seu país. Além disso, seria ainda mais patriótico levar alguém com conhecimento em medicina natural que pudesse e estivesse disposta a ajudar.

― Não posso ir para o exército se estiver casado. ― Mais uma vez Kenneth a surpreendeu.

― Então nos casaremos quando voltar? ― Catarina estava tentando se agarrar ao sonho.

― Não haverá casamento.

A sensação de Catarina foi de que seu coração havia parado. De todas as possibilidades para as quais ela podia imaginar que a conversa levaria, aquela era a última delas. Kenneth era um homem honrado que sempre cumpria sua palavra, por isso ela jamais esperaria o contrário do homem que amava.

― O que quer dizer? ― Perguntou com um fio de voz.

― Não haverá casamento e eu me juntarei ao exército.

O desespero tomou conta de Catarina e ela se lembrou do que acabara de conversar com Timothy no escritório do pai. Ela sabia que devia contar a Kenneth primeiro, mas estava esperando pelo pedido de casamento para lhe revelar a surpresa, pois ela sabia que seria muito bem vinda.

― Não pode fazer isso, Kenneth. Não se lembra do que aconteceu entre nós?

― Eu me lembro de tudo muito bem.

― E acredita que vou poder me casar com outra pessoa depois do que fizemos? ― Perguntou ela, nervosa. O pior de tudo era que ele continuava calmo como se nada tivesse acontecido, como se o que fizeram não importasse e, além disso, como se não tivesse consequências.

― Como eu disse ― respondeu Kenneth, sempre tranquilo ―, lembro-me muito bem do que aconteceu. Você me pediu para fazer amor com você e depois me seduziu. Acho que não pude resistir. Porém acredito que poderá se casar com quem desejar. Nenhum homem em sã consciência poderia dizer-lhe não por um detalhe tão ínfimo, principalmente com sua beleza.

― Então, está dizendo que não poderemos ter um futuro juntos?

― Exato.

Catarina queria gritar com ele e dizer-lhe que não era um detalhe tão ínfimo como ele pensava. Ela queria sacudir-lhe os ombros e obrigá-lo a cumprir o seu dever, mas a imagem da mãe chorando todos os dias durante a noite invadiu sua mente e Catarina simplesmente deixou o corpo cair sobre a poltrona às suas costas.

― Isso não pode ser verdade ― sussurrou desconsolada.

― É bem mais que a verdade. ― A frieza em Kenneth era algo tão novo que Catarina pensou estar falando com um estranho. ― Sei que não terá problemas em arranjar um marido e não sou o único a pensar desta maneira.

― Quero que vá embora, ― foi o que ela conseguiu dizer depois de tudo.

― Sei que foi inesperado, Catarina. ― De repente, a voz de Kenneth assumiu o tom doce e solidário que ele sempre usara com ela. Mas Catarina se recusava a acreditar de novo naquela voz. ― Mas creio que seja a melhor decisão para ambos. Além disso...

― Vá embora! ― Gritou, cortando a explicação que ele tentava dar.

Não queria ouvir mais nada. Não queria uma afirmação de como fora tola e apaixonada. Sonhara que tudo daria certo e que nunca mais sofreria de amor pois estaria ao seu lado, mas se enganou sobre tudo. Enganou-se sobre como ele era gentil, cavalheiro e como ele cumpriria sua palavra. Enganou-se ao acreditar que sonhos podiam se tornar realidade. Mas, principalmente, se enganou ao acreditar no amor.

Nem se lembrava mais por que acreditava no amor. Seus pais não se amaram, ao contrário, tiveram um casamento que fora um desastre. Ela ainda conhecia muitos outros casamentos desastrosos, mas queria acreditar, de verdade, que o amor poderia acontecer... que poderia acontecer com ela. Nunca se enganara tanto em sua vida. O pior é que acabaria arrastando outra pessoa para seu desastre particular.

― Catarina...

― Vá embora, por favor ― continuou dizendo, mas desta vez não estava gritando, estava quase chorando. ― Eu não quero mais olhar para você. Quero que vá embora.

Estava sentada na poltrona com a cabeça baixa e apenas ouviu a porta bater. Deixou, então, as lágrimas rolarem, sentindo o desespero transbordar a alma. Seu sonho estava acabado. Tudo o que sempre quis não iria acontecer.

Por fim, Catarina gritou de novo. Soltou todo o ar de seus pulmões em um apelo desesperado para acabar com a dor que sentia no peito. Estava acabado... definitivamente acabado... e ela precisava urgentemente de um marido.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro