Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

Capítulo 34

Dado os últimos acontecimentos, Cristiano decidiu acompanhar a busca e apreensão na propriedade pertencentes à família de Gabriela. Ou Red, como já sabia o rapaz e os investigadores. A casa ficava em um bairro nobre da cidade e tinha um belo espaço arborizado ao redor.

Assim que entraram, notaram um cheiro forte tomar conta do ambiente. Os policiais armados que iam a frente, sinalizaram uns para os outros enquanto esperavam os cães farejadores averiguarem o espaço. Os cães estavam bastante agitado. Eles arranhavam e latiam para a porta da área de serviço sem parar.

Com todos à postos, os policiais da dianteira arrombaram a porta. No comunicador, Cristiano escuta uma informação nada surpreendente

- Há dois corpos aqui, senhor. Uma mulher e homem já de idade. Estão em extremo estado de decomposição

Chagas, que estava ao lado de Cristiano, trocou algumas palavras com outro colega na operação antes de se dirigir ao amigo.

- O acesso à sala da casa está liberada. Podemos entrar.

Seguindo os passos do amigo, entraram na casa e cada um seguiu para um cômodo diferente: Chagas foi para o escritório e Cristiano, para os quartos.

A primeira coisa que notou, foi a extrema limpeza e organização do espaço. Não havia nenhum sinal visível de que alguém havia morado ali nos últimos anos, mesmo sabendo que a mulher vivia ali.

Cristiano tirou do bolso as luvas entregues a equipe de busca , abriu uma das gavetas da cômoda e passou a avaliar o conteúdo, mas não encontrou nada relevante. Em seguida, passou para o guarda-roupas e abriu todas as gavetas. Vasculhou entre as prateleiras e as araras mas não obteve melhores resultados.

Com as mãos, tateou pelo fundo do móvel e acabou achando uma parte oca. Utilizando a chave do carro, Cristiano conseguiu furar o compartimento. De dentro dele, tirou um álbum de fotos.

Ao abrir o álbum, percebeu que eram fotos de uma viagem a Pirenópolis e em todas as imagens, Red estava na companhia de um rapaz. Não era possível ver o rosto dele em nenhuma delas, apenas o tronco ou bem pouco do perfil.

Cristiano continuou examinando o conteúdo até ver algo que o deixou abalado. Eram imagens de Clarice em cativeiro. Algumas delas, tiradas quando a jovem estava inconsciente. De imediato, reconheceu uma das imagens que recebeu antes da bomba em seu escritório. Foi difícil para ele não explodir de raiva ali mesmo.

Sabendo que teria de entregar o álbum para a polícia, Cristiano fotografou as imagens que mais lhe chamaram a atenção. Precisaria delas para dar continuidade às suas investigações pessoais.

- Tudo limpo no escritório, encontrou alguma coisa por aqui?

Cristiano guardou o telefone o mais rápido que conseguiu para que Chagas não desconfiasse de nada. Erguendo a evidência que encontrou, caminhou até o amigo.

- Encontrei algo que conecta a jovem com o assassinato de Clarice. - entregou o objeto nas mãos de Chagas - Precisa de mim para mais alguma coisa?

- Por enquanto, não. Agradeço a disponibilidade. A propósito, recebi notícias sobre o jovem Apolo. Parece que ele está disposto a testemunhar o que sabe desde que você apareça para vê-lo. Ele estará onde trabalho às 18h.

Surpreendido pela notícia, Cristiano assentiu com a cabeça em agradecimento. Ambos estavam saindo do quarto quando um dos homens da equipe de Chagas apareceu. Seu rosto estava pálido e ele mal conseguia falar.

- O que houve, rapaz? Diga logo! - ordenou Chagas

- Ac-acharam u-uma coisa na caixa de correios.

- Que coisa? - perguntou Cristiano

- Uma língua humana.

「• • •「 • • • 」• • •」

Giuliana estava mais uma vez deitada no sofá, tentando deixar o corpo o mais relaxado possível. Raul, como fez na sessão anterior, guiou a mente da jovem até o passado, na esperança de que ela acessasse as memórias de Clarice.

Porém, conforme a sessão progredia, Raul notava que o corpo de Giu sofria muito com o processo: espasmos, tremores e vermelhidão nas pontas dos dedos. Por vezes, Giu parecia pálida como um cadáver.

- Giu, você precisa voltar! - disse Raul ao notar a intensidade com que Giuliana se contorcia.

- N-não! Eu preciso saber... - dizia ela com dificuldade pois sua mandíbula estava começando a travar. Segundos depois, Giuliana se debatia violentamente

Raul se levantou, segurou o corpo da jovem para que ela não se ferisse. Giuliana começou a gritar desesperada, um grito longo, alto e gutural. Qualquer pessoa a quilômetros de distância escutaria aquilo e ficaria com medo. Aquele som transmitia um desespero e um pavor muito reais.

- Giuliana, acorde! Escuta a minha voz e tente se acalmar - dizia Raul mas sem sucesso. A mente de Giu estava presa demais na experiência, dificultando o trabalho do médium em fazê-la voltar.

Os gritos iam se intensificando, Giuliana estava toda vermelha pela falta de ar e o esforço que seu corpo fazia com todos os movimentos bruscos e violentos. Raul continuava chamando pela jovem, apertando-lhe os pulsos e deitando seu tronco sobre a barriga dela para evitar algo pior. Com muito esforço, Raul conseguiu colocar um pano entre os dentes da jovem para que ela não morresse a língua e sufocasse.

Os minutos iam se passando e o quadro da regressão só piorava. Raul já não sabia o que fazer para trazer a consciência de Giuliana para o presente.

De repente, o rapaz escuta a porta ser aberta com violência. Raul escuta passos apressados e em instantes, Cristiano está diante dos dois, visivelmente angustiado.

- O que foi que você fez? - vociferou para Raul

- Não sou eu, é a mente dela. Giuliana se permitiu mergulhar demais na memória da regressão e não consegue voltar. Para ela, a memória é a realidade.

- E o que a gente faz? - disse Cristiano enquanto ajudava Raul a conter a agitação de Giuliana

- Ela precisa de algo que quebre a realidade do sonho. Algo forte o suficiente para a consciência dela se concentrar e Giuliana acordar.

- Se eu tentar, há chances de dar certo? - perguntou Cristiano aflito

- A conexão de vocês é única. Acredito que sim. Faça exatamente como eu lhe orientar.

Ainda segurando a jovem, Cristiano começou a repetir as palavras de Raul, pedindo para que Giuliana se acalmasse e se concentrasse em sua voz. Alguns minutos se passaram até Raul e Cristiano notarem o corpo de Giuliana relaxar. Os espasmos e contrações diminuíam gradativamente e os gritos, diminuíam também.

- Giuliana? - perguntou Cristiano, acariciando os cabelos da jovem - Acorde... Está tudo bem agora, você está a salvo.

Giuliana murmuravam baixinho, gemendo de dor e desconforto. Seu corpo estava pesado e cada músculo dele, estava dolorido. Aos poucos, sentiu mais firmeza em sua mente. As vozes distantes que ouvia estando presa na regressão pareciam reais e mais próximas.

- Giu?

A jovem sentiu alguém apertar sua mão com força, encorajando-a a responder. Giuliana abriu os olhos e encarou um Cristiano bastante abatido e preocupado. Devagar, com a ajuda dele e de Raul, ela se sentou.

- Preciso de água e um remédio pra dor de cabeça - a voz dela saiu rouca, a garganta ardendo de dor.

Cristiano prontamente atendeu ao pedido da amada e se sentou próximo a ela. Raul, por sua vez, observava calado sentado mais distante do casal.

- Obrigada... - partiu o comprido com os dentes e bebeu o líquido devagar. Depois, virou-se para Raul.

- Amanhã, faremos de novo!

Indignado, Cristiano pensou em protestar mas foi interrompido por Raul.

- Não acho boa ideia, Giuliana. Seu corpo está padecendo com as sessões.

- Ele tem razão, Giu. Olha só o seu estado. Por favor, escute Raul!

- Vocês não entendem... Eu preciso voltar. Até agora eu só consigo acessar uma única memória de Clarice. Se eu não voltar, não vou saber o resto da mensagem que ela quer me dar! - disse com certo desespero na voz

- Giuliana, entenda... Seu corpo, sua mente e a espiritualidade estão te dizendo o limite. Tentar ultrapassá-lo pode ser perigoso. Eu não consegui te trazer de volta e se não fosse Cristiano, você teria ficado demente, delirando com o passado estando desacordada.

- Raul, eu te imploro! Vamos fazer outra sessão. Eu sei que estou perto de descobrir, só preciso alcançar Clarice antes que... - a jovem parou de falar. As imagens do algoz de Clair perseguido-a mata a dentro, cantando e rindo às suas costas e torturando a jovem de todas as formas, ainda estavam claras e vívidas em sua memória. - Tenho que voltar, ok?

Cristiano tomou o rosto de Giuliana em suas mãos e encarou seus olhos. Ao fitá-los, notou o tamanho da dor que ela escondia, o que o deixava mortificado por dentro.

- Por que estava sofrendo tanto? Ouvi seus gritos antes mesmo de chegar em casa. O que você viu?

Giu abaixou os olhos, moveu as mãos de Cristiano para longe de si e abraçou as pernas. Se ela contasse o conteúdo da regressão, Cristiano ficaria transtornado demais.

- Prefiro que não saiba. Isso te abalaria demais e não suportaria te ver em tal estado - respondeu ela tocando o rosto do amado. - E então Raul? O que diz - voltou sua atenção para o amigo.

- Mantenho minha palavra. Não posso fazer isso com você, não sozinho.

- Cristiano pode acompanhar. Ele conseguiu me trazer de volta, não foi? O que me diz, amor?

Cristiano fechou o rosto assim que Giuliana terminou de falar. Encorajado por Raul, se pronunciou.

- Vamos encontrar outra forma de chegar ao culpados. Não posso permitir que continue fazendo isso.

Enfurecida, Giuliana se levantou do sofá e subiu as escadas. Da sala, Raul e Cristiano ouviram o som da porta batendo.

「• • •「 • • • 」• • •」

Focado em conectar as pistas, suspeitos e indícios do caso Clair, Cristiano não reparou na hora. Já era quase meia-noite. Por conta do ocorrido mais cedo, não tinha subido para o quarto para conversar com Giuliana. Conhecia o humor dela, sem contar que ele estava exausto demais do dia para iniciar uma discussão, principalmente sabendo que Giuliana era tão teimosa quanto ele.

Após desligar seu notebook, subiu para o quarto. Ao abrir a porta, encontrou Giuliana deitada na cama, toda torta e dormindo profundamente. Cristiano sorriu de canto de boca, esquecendo a pequena chateação que estava sentindo por ter passado o dia se falarem.

Tendo cuidado para não acordá-la, entrou no banheiro, tomou um rápido banho quente, trocou-se e se deitou ao lado dela. Giuliana não se mexeu nenhum pouco, mal percebeu o peso a mais ao seu lado. Exausto do dia, não demorou muito para que Cristiano dormisse.

As horas se passaram em silêncio, com o casal dormindo tranquilamente. Porém essa tranquilidade não durou muito pois Giuliana começou a sonhar com as lembranças da regressão.

Quando deu por si, ela estava no meio da floresta correndo, os pés cortados pelo solo íngreme e as pedras do caminho e os tornozelos doloridos. Tudo que ela ouvia era a voz de Clarice cortando a escuridão, um grito apavorante. Giuliana acelerava o passo, tinha de chegar até Clarice e perguntar o que significa a data da festa e o número dois que ela sempre mostrava nas regressões

Giuliana vê a figura do homem que também aparecia nas sessões. O mesmo homem do carro com a tatuagem de escorpião escondida na pulseira de couro que usava no pulso. Ele estava agachado próximo a um corpo feminino. Giuliana sabia que era Clarice. Ela havia chegado tarde demais assim como nas sessões com Raul.

De repente, Giu sente uma mão gelada lhe tocar o ombro, forçando-a a se virar para ela. Giuliana contém a vontade de gritar ao ver o rosto de Clarice machucado, com uma aparência fantasmagórico, se aproximar dela e sussurrar

Dois dias.

Giuliana abriu os olhos ainda impressionada com o sonho. Ao seu lado, Cristiano ainda dormia, deixando Giu aliviada por não tê-lo acordado. Ele ficaria mais preocupado com a saúde dela e, apesar de gostar dos cuidados, estava ficando aborrecida de não ser levada a sério sobre sua demanda.

Devagar, a jovem saiu da cama e decidiu ir até a cozinha beber ou comer algo. Após pegar algo na geladeira, olhou para onde ficava o escritório de Cristiano. Rapidamente, a imagem de Clarice veio a tona em sua cabeça. Aproveitando o momento, caminhou até o local e sentou-se diante do notebook dele.

Como suspeitava, o notebook era protegido com senha. Giuliana não ficou nenhum pouco frustrada pois se havia algo que aprendeu ao longo dessa jornada, foi sobre descobrir códigos e segredos. Ela só teria de colocar a cabeça para funcionar por mais tempo até descobrir a senha de acesso. Giuliana começou pelo básico: datas de nascimento, datas importantes mas todas foram negadas. Depois, tentou a combinação dessas datas e, mais uma vez, errou todas as tentativas. Prosseguiu com o nome da esposa, o dela e o de Clarice e nada. Pensou nas filhas e tentou o nome de Michele. Na tela, outra vez o aviso de senha inválida.

- Mas que inferno... - disse ela. Foi então que se lembrou de Maria. - Será possível?

Giuliana digitou o nome no espaço. Senha inválida.

- Porra, que diabo de senha é essa? - disse frustrada enquanto avaliava a mesa de Cristiano. Seus olhos foram examinando tudo até encontrar um porta retrato com a família dele toda unida: ele, Ester e as meninas. Em uma última tentativa, colocou as iniciais de cada um em ordem e colocou o ano em que a imagem foi tirada, que estava no canto inferior da foto. Giuliana sorriu satisfeita ao ver o notebook iniciar.

Imediatamente, Giu vasculhou pela pasta do caso Clair. Não foi difícil achar pois havia um atalho na área de trabalho. Giuliana clicou e foi fazendo sua pesquisa. A jovem ficou impressionada com a quantidade de informações contidas ali.

Para não perder tempo, temendo que Cristiano acordasse, Giuliana buscou pelos documentos mais recentes. No fim da página, havia uma subpasta com imagens. Sem pensar duas vezes, abriu o arquivo.

Giuliana quase grita quando vê o conteúdo. Várias imagens de Clarice presa em uma espécie de cativeiro. A cabeça da jovem estava confusa pois até aquele momento, achava que Clarice havia morrido no mesmo dia em que sumiu.

Olhando a imagem com atenção, reparou em um calendário no cenário. Era um daqueles em que se tirava o encarte dia após dia. Dando zoom na imagem, Giu conseguiu ver a data. Exatamente dois dias antes da morte dela. Exatamente o mesmo dia do convite da festa que viu em sua regressão.

- Era isso que ela queria me dizer! Ela foi capturada antes de ser morta. Isso significa que... - desesperada, ela conferiu no calendário atual a data do dia. Contou dez dias a partir do seu primeiro sonho com Clarice. Giuliana segurou o choro ao entender o que precisaria fazer para que o assassino fosse descoberto.

O barulho de uma caixa caindo assustou a jovem. Giu desligou o computador, e, para deixar tudo como estava, foi guardar a caixa no seu devido lugar.

Assim que se aproximou, reparou em algumas fotos caídas. Demorou um pouco até perceber que eram da viagem que Cristiano fez com Clarice. Curiosa, analisou alguma dessas imagens. Não demorou até ela encontrar uma bastante peculiar: uma jovem ruiva abraçada em um rapaz usando uma pulseira de couro, igual ao homem do seu sonho. O casal estava na foto de grupo onde estava os outros jovens da viagem, inclusive Cris e Clair.

O assassino estava entre eles o tempo todo, como suspeitou Cristiano desde o início. Mas se não era Túlio, já que a fisionomia na foto era bem diferente da dele, quem seria?

Sabendo da sua demora, Giuliana desligou o notebook e guardou a caixa no lugar. Apesar de ter descoberto algo atordoante, estava aliviada por obter a resposta que queria.

A jovem voltou para o quarto, aninhou-se junto ao amado e esperou o sono voltar. Infelizmente, aquele seria o dia em que ela viraria a noite em claro.

「• • •「 • • • 」• • •」

Cristiano acordou com o despertador tocando. Ainda sonolento, desligou o alarme e se espreguiçou na cama. Como de costume, ia virando-se para beijar Giuliana, que sempre estava dormindo quando ele levantava, mas foi surpreendido por uma Giu bastante acordada, olhando para o teto.

- Bom dia... Perdeu o sono? - perguntou curiosos

- Algo do tipo. Acordei e fiquei pensativa demais... Acho que isso espantou meu sono.

Cristiano assentiu compreensivo.

- Ainda tenho alguns minutos antes de sair... - disse ele puxando Giu para si embaixo das cobertas, beijando seu rosto - Está tudo bem?

- Tirando a dor muscular e o seu leve bafo matinal, sim. Tudo bem - ela riu.

- Infelizmente, é algo que você vai ter que conviver enquanto estiver comigo - Cristiano envolveu os braços no corpo de Giu e abraçou, dando um beijo na testa dessa vez.

Giuliana ficou olhando para Cristiano, alisando seu rosto enquanto tentava decifrar o olhar intenso que ele lhe dirigia. Além disso, Giu queria gravar o rosto do amado antes de fazer o que pretendia. Seria doloroso mas necessário, como Clarice mesmo avisou.

- Por que tá me olhando assim?

- Nada... Só te admirando mesmo - desconversou ela. - Decidi mudar de ideia sobre a regressão. Acho que não vai fazer mais diferença. Vou aceitar a opinião de vocês! Mesmo que eu não goste disso - fingiu estar contrariada.

- Finalmente parando de teimar! - riu Cristiano logo recompondo a seriedade - Que bom que decidiu isso. Fico mais tranquilo.

Cristiano dessa vez beijou Giu na boca e foi surpreendido com um beijo intenso demais, quase como uma despedida. O rapaz não conseguiu disfarçar o que sentiu e encarou a amada por um longo período. Quis perguntar a razão daquela atitude mas no fundo, temia receber a resposta. Algo lhe dizia que ele não iria gostar.

- Não faça nada arriscado hoje, ok? - foram suas únicas palavras. Era tudo que o seu peito apertado conseguia dizer naquele momento

Giuliana sorriu mas falhou em sua tentativa de convencer que estava tudo bem e de que, em algumas horas, algo aconteceria com ela.

- Estarei segura. Não se preocupe! Se quiser saber de mim, pode me procurar na casa da Mari. Vou almoçar lá! - disse empolgada.

Cristiano concordou sem acreditar, havia algo de suspeito na história mas não quis contradizer Giu. Na verdade, ele queria ficar ali deitado, passar o dia com Giuliana para se certificar disso. Mas ele precisava trabalhar, precisava cumprir suas obrigações com Chagas.

- Pode ir. O trabalho te chama! - disse Giu com firmeza - Vou ficar bem.

Mesmo a contragosto, Cristiano se arrumou e partiu para mais um dia longo e cansativo de investigações.

「• • •「 • • • 」• • •」

Giuliana havia saído de casa cedo para visitar Mariana. A amiga havia lhe prometido um almoço maravilhoso e uma tarde "clube da luluzinha" com ela. Considerando as novidades da sua vida, Giu achou uma boa ideia para atualizar a amiga. Sem contar que Mariana seria de grande valia caso algo acontecesse com ela.

Assim que chegou, foi bastante mimada e bombardeada pela euforia da amiga. Até que Mariana se acalmasse e fechasse a boca, foram longos trinta minutos. Giuliana contou sobre sua relação com Cristiano e lá se foram mais meia hora de Mariana gritando e a interrogando. Giuliana só fazia rir da reação da amiga. Depois, resumiu seu passado e o envolvimento de Miguel. Ficaram nisso, revezando entre fofocas e filmes até seis horas da tarde.

- Tô impressionada... Quem diria que alguém tão quieta tivesse um passado tão maluco!

- Eu te disse... Eu sou complicada

- Mas estou feliz de saber que agora você se abre mais comigo. Mesmo demorando - disse Mariana jogando o travesseiro em Giu - Você é uma péssima melhor amiga!

Giuliana soltou uma gargalhada e retribuiu a agressão leve. Mas então, Giu voltou a ficar séria pois havia acabado de ver o vulto de Clarice do lado de fora da casa. Era o sinal que Giu precisava.

- Mari... Posso te pedir um favor?

- Claro!

- Se por acaso eu sumir de novo, quero que entregue isso a Cristiano - a jovem estendeu um envelope - Por favor, não abra antes! Só caso algo me aconteça, ok?

- Por que este dizendo isso, Giu?

Giu sorriu sem graça.

- Não posso dizer agora. Mas prometo que vou aparecer para explicar tudo. Confia em mim?

Mariana concordou e aceitou o pedido da amiga, mesmo se sentindo mal com a forma que ele foi feito.

- Já vou indo, ok? A gente se vê em breve.

Mariana acompanhou Giuliana até a porta e observou a amiga caminhar até o ponto de ônibus.

「• • •「 • • • 」• • •」

Giuliana estava sozinha na parada desde as seis e pouco e nem uma viva alma aparecia, nem de carro, nem de transporte público. Achou estranho pois não estava em um horário tão ruim para circulação de veículos.

O vento frio de junho fazia seu nariz arder e seus dedos formigarem. Odiou não ter saído agasalhada pois, durante o dia, a temperatura não estava tão baixa.

Impaciente com a demora, decidiu caminhar até outro ponto da estrada e, quem sabe, conseguir uma carona.

Já estava andando há dez minutos quando ouviu uma buzina de carro próximo a ela.

- Licença, jovem! Quer uma carona?

Giuliana sentiu o coração acelerar quando encarou o veículo e a forma que o rapaz a abordou. E continuou ali parada, sem saber o que responder.

O homem, vendo a reação da jovem, decide tranquilizá-la

- Eu conheço você. Estava no mesmo hospital em que levei Maria, filha do Cristiano, não é? Estava no pátio assim que ele foi embora. Vocês se falaram por um tempo antes dele ir. Sou Eduardo, amigo de infância dele. - sorriu amigável - Anda, entra aí. Posso te levar até em casa.

Giuliana cedeu ao pedido, mesmo desconfiada. Se ele era mesmo quem dizia ser, não teria porquê temer. Além disso, ele não tinha nenhuma semelhança com o rapaz da foto que viu no escritório de Cristiano, nem mesmo a tatuagem no pulso.

Deixando a paranoia de lado, Giuliana abriu a porta do carro e entrou.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro