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Capítulo 108

950 PALAVRAS

Wynn, caminhava por aquela estrada com alegria e o coração de um pai que ama sua filha, seguia alegremente para a escola, carregando guloseimas para ela. Seu coração estava leve, entoando uma canção suave enquanto antecipava o sorriso de Elizabeth, sua querida Beth, ao receber as surpresas que sua mãe havia feito no forno. No entanto, o destino estava prestes a entrelaçar sua jornada com uma escuridão inesperada.

Os gritos de pavor romperam o canto animado de Wynn, perfurando seus ouvidos como adagas afiadas. Um calafrio gelado varreu sua espinha, e ele correu em direção à escola... um pressentimento sinistro obscurecendo a alegria que o envolvia momentos atrás.

Ao chegar à porta, ele tentou abri-la, mas estava trancada com chave. Seu coração afundou ao ver a cena devastadora através do vidro da janela.

Willian Thatcher, uma figura sinistra, estava sobre sua filha, cujas roupas estavam rasgadas e cujos gritos ecoavam pela sala. Uma fúria incandescente inflamou os olhos de Wynn, transformando a melodia de sua canção em um rugido de ira. Com determinação implacável, Wynn chocou seus ombros contra a porta trancada. Cada batida reverberava como um trovão, ecoando a angústia de um pai desesperado. A cena dentro da sala era um pesadelo do qual ele queria despertar. Wynn gritava por sua filha, enquanto investia seu corpo contra a porta, e a cada minuto a visão que viu pela janela revelando a vulnerabilidade de Elizabeth, presa nos braços daquele monstro.

Wynn, xingava e praguejava, ele gritava por sua filha... ele não estava com sua arma, porque não estava a serviço mountie aquele dia, mas agora ele se culparia por toda a vida por tê-la deixado na sua caixa de proteção no quarto.

A raiva fervilhava dentro de Wynn, um pai cujo instinto protetor se transformou em uma força imparável. Finalmente, com um estrondo ensurdecedor, a porta se cedeu, lançando Wynn ao chão da sala de aula. Seus olhos encontraram os de Elizabeth, que, em seus olhos, pedia socorro e demonstrava pavor, ainda irradiava uma faísca de coragem.

Ele olhou e viu as mãos de Willian, tentando levantar a saia de sua filha, que tinha marcas no rosto e roupas rasgadas.

A cólera de Wynn explodiu, quando ele agarrou Willian com uma ferocidade alimentada pelo amor paterno. Em um ato de força bruta, lançou o agressor para longe, a raiva manifestando-se em cada movimento. O silêncio momentâneo pairou na sala, quebrado apenas pelos gemidos abafados de Willian no chão.

Willian levantou e partiu para cima de Wynn, a luta entre eles desencadeou –se como um furacão, uma dança caótica de socos e grunhidos ecoando pela sala de aula. A ferocidade confronto lançava sombras ainda mais densa sobre o ambiente já tenso. Willian, impulsionando por uma mistura de raiva e desespero, encontrou forças para resistir...

A cada golpe trocado, a sala testemunhava a dualidade de forças opostos. Wynn, determinado a proteger sua filha, empregava suas forças paterna contra a fúria descontrolada de Willian.

Sem aviso, Willian avançou com um soco poderoso em direção a Wynn, que, com reflexos rápidos, se esquivou habilmente, deslizando para o lado e contra-atacando com um chute certeiro em direção ao abdômen de Willian.

O impacto do chute ecoou pelo beco, fazendo com que o bandido cambaleasse momentaneamente, mas logo recuperou o equilíbrio e revidou com uma sequência de socos direcionados ao rosto de Wynn. Cada golpe era uma demonstração de força e raiva acumulada.

Wynn, com determinação nos olhos, bloqueava os socos com perícia, desviando-se dos ataques mais perigosos. Em um movimento hábil, aproveitou uma brecha e desferiu um soco certeiro no queixo de Willian, fazendo-o recuar.

A luta continuava intensa e desafiadora. O suor e sangue escorria pelo rosto dos dois combatentes, seus corpos exibindo os sinais da batalha. Cada movimento era calculado, cada golpe desferido com precisão.

O som de socos e chutes ecoava pelo beco, misturado aos grunhidos de esforço e dor. Ambos estavam determinados a vencer, a superar o adversário.

Com um último golpe certeiro, ele derrubou o bandido, que caiu no chão com um estrondo surdo.

Ofegante e com a adrenalina ainda pulsando em suas veias, Wynn se afastou do corpo caído de Willian, observando-o com uma mistura de triunfo e exaustão. A luta havia chegado ao fim, mas as marcas da batalha permaneceriam em suas memórias.

Wynn, movido pela compaixão mesmo em meio a luta, estendeu a mão para ajudar aquele homem a se levantar, na esperança de encerrar a violência e o prender sem mais problemas.

Entretanto, a traição lançou uma sombra sobre esse breve momento de compaixão. Num gesto traiçoeiro, Willian Thatcher, com olhos selvagens, sacou uma faca que permanecia oculta em sua roupa. A luz da lâmina reluziu, prenunciando uma reviravolta sinistra.

A dor rasgou o ar quando Willian, em um movimento traiçoeiro, enfiou a faca no corpo de Wynn. O grito de agonia ecoou, reverberando através das paredes da escola. Wynn, surpreendido pela traição, caiu ao chão, a expressão de perplexidade misturada com dor.

O sangue manchava o chão, testemunhando a virada brutal da situação.

Willian, aproveitando que Wynn, estava no chão estrebuchando de dor, pegou o vaso enorme de flores ao chão e levantou mirando direto em sua cabeça.

O eco da traição ainda estava no ar, o gemido agonizante de Wynn, o ar impregnado pela intensidade da batalha, o odor de sangue a escorrer no chão... o tempo parou por um breve momento, como se o próprio ambiente prendesse a respiração em antecipação ao que estava por vir.

De repente, um estrondo cortou o ar...

Um tiro ecoou, sua explosão ressoando pelas paredes da escola. O som se misturou ao ruído de um corpo colidindo com o chão. O suspense pairava no ar, denso e palpável.

A sala, agora imersa na penumbra da traição, tornou-se um palco sombrio onde o destino daquelas pessoas pendia no fio da incerteza.

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