O nirvana de Leona.
Leona desperta, como se estivesse prendendo sua respiração por muito tempo. O terror de uma lança atravessada em seu pomo ainda existe. Toca no centro do peito em busca do buraco feito. Ele não está lá, tirando as vestes brancas de seda fina que circundam seu corpo.
Ela levanta da cama enorme e macia, e toca nos pisos gelados do quarto vazio.
"Que lugar é esse? Não me lembro de estar aqui em algum momento".
Ela caminha pelos corredores. Observando as árvores que formam a paisagem do castelo de corredores vazios. Por onde quer que vá, ou qual o portão que abra, não acha ninguém.
Até encontrar num dos enormes salões do palácio uma escadaria. Cada vez que se sobe ela. Outra aparece em adjacente. Dando três — não. —, quatro andares a mais.
Leona chega ofegante ao último andar, e aliviada em saber que está respirando. Naquele lugar, a ponta do corredor dá a um desfiladeiro, que cede a paisagem da floresta agigantada. Ali estão os moradores do palácio. Duas pessoas que vislumbram a beleza do ambiente, sem tomar ciência da existência da amazona.
Ela caminha, sem fazer alardes, tentando chegar sorrateira atrás dos desconhecidos. Vendo os cabelos brancos de um, e os loiros, da mulher, que tem as costas colossais comparadas ao do rapaz.
— Pensamos que você dormiria por mais tempo. — Ele olha traz, dando uma leve visão do seu rosto. — Que bom que está bem. — sorri.
— O-o-oh! — A mulher loira, animada, deu tapas grosseiros no rapaz sentado ao lado. — Viðga! São Huginn e Muninn! — Aponta para os dois corvos que voam acima da copa das árvores, e dançam no céu limpo.
— Bjorn! — Ele interrompe os tapas chamativos. — Você não precisa deslocar minha coluna para me avisar!
— Vocês... — Leona se intromete, confusa. — Quem são? E onde estamos?
Ele sorri para Bjorn, que lhe cede um selinho delicado.
— Sou Viðga, filho de Beadohild e Velent... — ele dá uma pausa. — E amigo de Dylan. Um galês imbecil e chato que você também deve conhecer. — Assim que vê o rosto da amazona corar, o rapaz dá mais uma risada. — E estamos em Vanaheim. Lar da deusa Freya, e das valquírias. Freya não existe mais... Então, sou eu o... — ele dá uma pausa curta, e dá uma leve risada — Príncipe. Deste lugar lindo.
— Dylan, você diz... O meu Dylan? — Leona está emocionada.
— Você foi feita Valquíria por desejo de Odin, mas Freya cogitava a ti ser uma deusa Vanir. Pelos feitos heroicos ao longo de sua vida. — Viðga responde a ela.
— Por que está me dizendo isso? — ela toca no peito. — Eu senti a dor da guerra, e se esse é meu destino, fico em paz, quero saber como ele está, bem!? — Logo se recorda da fala do amado, sobre o filho. — Meu filho! Meu filho está bem!?
Viðga se levanta, apoiando-se nos ombros largos de Bjorn, e caminha até Leona, ficando na frente dela.
— Digo por que este não é seu destino. É sua escolha. Você pode ficar aqui, comigo e Bjorn, sendo uma deusa Vanir. Ou terminar o resto de sua vida com eles. — ele toca no braço de Leona. — E sim, seu filho está bem... Ele não deixou com que nenhum mal ocorresse ao garoto.
As lágrimas escorregam mesmo que ela não queira. Os sentimentos falam mais forte, e ver aquela emoção deixa Viðga mais feliz.
— Eu sabia que ele me ajudaria a encontrá-lo. — Leona não contém o sorriso.
— Então Leona. O que decide? Ficará conosco, e juntos faremos os nove mundos viverem em harmonia e paz. — Viðga se vira contra ela, e abraça Bjorn pelas costas, dando um aperto forte. — ou ir até eles, e mostrar a ambos que suas jornadas não foram em vão.
— Amiga! — grita Bjorn, eufórica — eu escolheria a segunda opção! Aqui a vida é parada é chata!
— Bjorn! — Viðga dá uma moca leve na amazona.
— Vou dizer a nossos futuros quinze filhos que minha vida de guerra era muito superior a isso. Eles nunca vão respeitar o pai nobrezinho deles. — A mulher começa a rir da cara emburrada do príncipe Abutre.
Digo, suponho que agora, essa atribuição não lhe é mais justa.
Deus Vanir. Cabe-lhe melhor.
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