O fim do Ragnarok.
No chão, as espadas se encontram, deitadas uma sobre a outra. Elas não estão sujas do sangue, nem do galês, pouco do príncipe.
Eles estão abraçados ao chão. Viðga não tem forças para se mantiver de pé, e tão pouco para atacar o único amigo que têm em vida.
— Por quê? — fraquejando, Viðga fica sem entender. — Por que você não me matou?
— Fiz a promessa a um velho homem. Que não mataria mais nenhum humano em minha vida. — Dylan segura o amigo no colo — E mesmo que ele tenha sido atacado por você, manterei minha palavra.
— Não... — Viðga balança a cabeça em negação, enquanto um filete de sangue desce na sua boca. — Não fui eu. — o príncipe conclui. Ele olha para a ponte, onde está sua mãe, e a criança. — O garoto... é filho dela, não é? Loki foi quem atacou a aldeia, pois descobriu sobre nós. — O príncipe tosse mais sangue.
— Eu sinto muito... — Dylan chora no peito do amigo. — Eu queria tanto te salvar...
Viðga põe as mãos ensanguentadas no rosto do cão, limpando com os dedos as lágrimas do amigo. — Você me salvou... amado amigo.
Beadohild e Velent se sentam ao lado dos dois, dando ao seu filho os últimos momentos de alegria.
— Por quanto tempo eu te procurei... — Viðga diz a mãe. — E depois de descobrir quem era você, fiquei tão aliviado por ser amigo de Dylan. Pai.
— Meu filho... — Velent não consegue conter as lágrimas, tocando com delicadeza no rosto de Viðga.
— Pequeno. — Beadohild aconchega sua boca à orelha do rapaz. Dando as últimas palavras num sussurro sublime. Os olhos dele parecem tremer a cada momento que ela cita algo a mais em seu ouvido, abrindo nele um pequeno sorriso. — Vá em paz.
— Dylan. — abutre e cão se olham. Uma última vez. — Obrigado.
O galês tenta reconsiderar o agradecimento. Mas é tarde demais. Os olhos fechados, e a respiração que não existe mais dão a entender a maior das dores. Viðga está morto, e não há mais nada a ser dito.
O sol se sobrepõe as nuvens, iluminando toda Dromling.
E o Ragnarok chega ao seu fim.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro