Leona, a loba vermelha.
— Óbvio que não palerma. Teremos visitas apenas. — O senhor se solta dele assim que não pisam mais em solo íngreme.
As pessoas de Wolfsburg mandam saudações para ambos. Após muito tempo de convívio, simpatizam com o último corvo de Cimbric. Assim que entram para casa o senhor vai guardar as espadas.
O pupilo lava as mãos no balde de água para iniciar a preparação dos legumes para por na caldeira. A carne há sido assada de ontem, e se mantém quente em cima do caldeirão aquecido pelas brasas. Dylan a tira para desfiá-la e jogar junto aos legumes.
Assim que o idoso retorna a cozinha, lava suas mãos e dá duas tapas no ombro de seu ajudante. Deixando-o livre para tomar um banho na cachoeira. Dylan sai apressado de casa. Pronto para banhar-se nas margens de uma cachoeira escondida na floresta. O rapaz quase se punha a correr para poder chegar logo ao lago.
Próximo das florestas, urina numa das árvores antes de ir para a cachoeira. Quando vê aquela água límpida tira suas vestes, e se joga na água como um peixe em retorno ao habitat. Ele segue no lago adentro até que suas mãos encostarem-se a algo curvilíneo e macio.
Dylan abre os olhos ao mesmo instante que puxa aquela estrutura para dentro da água. Pode se ver o rosto vermelho do galês nas águas cristalinas. Ele ainda segura a cintura daquela mulher nua.
De cabelos pretos tão cheios e longos que dançam em busca da superfície. Seus seios fartos têm aureolas rosadas que alcançam o rosto do rapaz.
Ele evita olhar para baixo na intenção de não ficar mais afogado.
Eles se olham com tonalidades diferentes. Dylan perdia o ar em admiração. A mulher prepara um soco para surrá-lo. O Cão sai do transe, soltando-a e evitando ser atacado. Ambos sobem a superfície.
— Seu tarado filho da puta! — Ela mira o soco.
— Me perdoa! Não foi por mal, me perdoa! — Ele segura o pulso dela.
A tentativa de permanecer vivo o faz ficar mais morto do que pode. A mulher trinca os dentes. Ela emerge da água sua mão fechada, e em cheio soca o queixo do Cão.
— Como ousa segurar uma general seu filho da puta!? — Grita enraivecida.
— Você poderia para de me chamar de filho da puta? — Dylan se sente tonto devido o soco. — Eu já te disse que não sabia. — Ele a solta, e se afasta pela água. — Nós podemos tomar banho, cada um numa distância adequada. De acordo?
— Estrangeiros filhos da puta que vem para Wolfsburg atazanar minha vida... — Ela sussurra em reclamação.
— Disse que é general. — Dylan indaga.
— A líder dos lobos vermelhos de Wolfsburg. Por que quer saber? Não vai me dizer que além de tarado também é um dos defensores dos Valhallarianos. Olha. Eu tenho trinta e três anos e não preciso ficar ouvindo merda de maníaco...
— Não! — Dylan dá um pequeno sorriso. – Na verdade, eu ia dizer para você tomar cuidado. — ele observa o vazio — É um ambiente que ninguém deveria ir.
— Humpf... — Bufa — Demônios, monstros, entes queridos pútridos. Não precisa se preocupar com a minha carne, sei me cuidar. — Sua voz é tão forte quanto suas atitudes. — você já esteve lá?
O questionamento o deixa surpreso. — Sim... No castelo de Alrune. Foi à única vez. Por isso quando vejo alguém querendo adentrar aquele lugar, desejo a pessoa que pense duas vezes.
— Nunca chegamos lá. As frotas de Odin estão localizadas ao sul, bem distante de Müritz, mas tudo dá a entender que se encaminham para lá. Contudo, seus olhos não me parecem passar medo. — Ela o encara no fundo da alma — São ferozes, você mais me parece um animal agressivo do que alguém entristecido.
— Quem diria... — Dylan sorri. — Estou tentando controlar minha raiva...
O homem começa a nadar para o beiral do lago, e dele mostra seu corpo esculpido. A mulher cora, mas evita mostrar seu fascínio submergindo metade do rosto na água.
Aos poucos o Cão começa a se arrumar, prontificando-se de estar seco e limpo para voltar ao almoço ofertado pelo seu mestre. Doravante algo o interrompe. O nadar da general até a beira do lago. Ela sai da água como as poéticas retratam as deusas que saem de seus longos banhos. Com um pedaço de pano enxuga seu corpo, e envolve seu cabelo para tirar o excesso de água. Ainda nua, deixa Dylan babando, e imóvel.
Ela coloca sua roupa avermelhada.
— Para aonde vai? — Ela questiona.
— A casa de Fritz — Dylan dá um tapa em sua cabeça. — É um velho resmungam que mora próxima a ferroaria.
— Velho resmungam? É assim que você chama o antigo general dos lobos vermelhos? — Ela fica espantada.
— Antigo general? — Dylan não sabia disso. — Ele nunca me contou nada.
— Imagino. Ele não é muito aberto, mas para um estrangeiro, até que ele deve ter gostado de ti, para deixá-lo entrar na casa dele. — Ela se aproxima, estendendo a mão para um aperto. — Então é você que vai ler as poesias para mim, espero que sejam boas. Prazer, Leona.
Leona... A amazona mais poderosa e incisiva que Dylan encontrou em vida. Ele está sentindo emoções que jamais sentiu, e no meio delas, uma vergonha absurda.
Ler poesias para ela.
Dylan está apavorado.
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