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Gungnir

O poder, de Odin, e de Fenrir, destrói as estruturas do palácio como meros pedaços podres de madeira. Causando explosões alarmantes e estrondos severos.

Fenrir olha seu inimigo com frivolidade e ironia.

Odin segurou a lança, firme, na altura do ombro, apertando-a ao ponto das veias saltarem na pele. A arremessa contra o Cão. A lança que nunca erra seus inimigos, pela terceira vez, há errado Fenrir. O Cão acaba não escapando da explosão que a arma mística ocasiona.

O poder estrondoso dos raios parece se unir a uma magia de fogo que empurra Fenrir a parede. Caído ao chão, seu corpo pesa para respirar, mas o semblante risonho na face diz o contrário das dores. Aquilo incomoda Odin, e deixá-lo irritado é a principal fonte de êxtase de Fenrir.

— Lutamos faz pouco tempo... — o cão se ergue — mesmo assim você está usando tudo que tem para me destruir.

— Você seria algo mal para Asgard, e ambos sabíamos disto. Não é por menos que estamos lutando aqui. — Odin desce alguns degraus.

— Não... — Fenrir ri, limpando a sujeira na roupa — Não é isso. Você considerou que eu seria seu inimigo, e me tornei. Você apenas temia que alguém pudesse ser mais poderoso do que você. — Fenrir abre os braços, indicando o ambiente. — E aqui estamos. Está com medo de mim, e deste homem ao qual habito. Tu nunca tiveste medo do mal aos homens, só tinha medo daquilo que ameaçava o teu poder! E para isso, tudo que era uma ameaça a ti, era um inimigo das bondades do destino! — Fenrir berra.

Assim que se recupera, força os pés contra o piso, com a força capaz de afundá-los. Salta em direção a Odin. Diferente de Dylan, que usa a beleza da arte de um espadachim. O cão tem um modo animalesco de instruir a espada, como um porrete.

A espada encontra-se contra Gungnir. O impacto das armas explode numa onda de vento que faz qualquer fragmento de pedra voar pelos ares. Eles batem as armas consecutivas vezes, e cada pancada surte num impacto temeroso. A própria estrutura do salão — já exposta ao ambiente externo — não é capaz de aguentar tamanho poder.

Odin usa dos punhos para abrir a guarda do cão. Assim que o faz ficar de braços abertos atravessa a lança em seu peito, com raiva. Ele ergue o cão, deixando-o empalado. A princípio, Fenrir grita de dor, e em sequência amolece o corpo, não aguentando o ataque.

O pai de todos fica ali, contemplando a morte da fera, como certo desgosto e alívio.

Seus olhos esbugalham, em seguida ele dá um sorriso que movimenta toda a barba grisalha. A espada do inimigo está aos poucos apunhalando sua barriga, enquanto o cão segura a lança com uma das mãos.

— Poder... por se considerar perfeito, diferenciou as almas, os deuses, os homens. Seu poder não está na sua capacidade de exercê-lo. — um filete de sangue desce no canto do sorriso avermelhado. — Está no fato de que ninguém tem tantos direitos quanto você! Pai... de... todos!

Fenrir se solta da Gungnir, e com o salto para trás corta o quanto pode a barriga de Odin, deixando-o ferido.

"Há muito tempo alguém não me fere..." o deus pensa, enquanto toca no machucado. Ele fica animado com a batalha, ao passo que, em muitos anos, não sua tão frio.

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