Estamos fodidos.
— Ele ficará bem? — Angrod questiona a Velent, após acender a lenha de sua chaminé.
O azulado bate o seu martelo mais algumas vezes, próximo ao rapaz. Limpa o suor do rosto, e passa um pano molhado, com o fim do serviço, para tirar a sujeira. Ele joga o martelo para o lado, e sai de perto para se sentar no sofá do camponês.
— Ficará sim... Ele matou Niðhad, se encontrou com Gram e foi até Valhalla. — Velent olha para Angrod, pegando um copo de água servido na mesa — O destino dele com certeza não é em sua casa.
— Esse pivete aí se encontrou com Gram? — Questiona um encapuzado, que adentra a casa. — Esse moleque está fedendo a magia élfica, tem certeza que não é um dos nossos?
Velent ri.
— Não Egill, é a Eloen, a espada dele tem a alma da filha de Angrod. — toma um gole de água — Mas não imaginei ninguém ser capaz de usar tanto dela. — Ele oferta o copo para Egill, que pega para beber. — Ele quer ir para Alfheim, enterrar ela.
— Humpf... — Egill toma um último gole, e vai até o barril de vinho de Angrod. — Quem diria que eu encontraria um humano gentil. — Sua voz é grossa e ressecada. — A foda, é que não dá para ir a Alfheim agora.
— Não é só reconstruir nosso reino? — Angrod questiona, confuso.
— Quando fugi, acabei me encontrando com Loki, ele estava se preparando para enfrentar Odin. — Egill enche outros copos para ofertar aos elfos. — Ele me disse que Odin matou Hel, sua filha, e depois acabou matando Jomungard e Njord. Loki se vingou matando Frigg e Balder. Ele ainda me disse que criou uma conexão de Jotunheim a Asgard, e os gigantes estão pretendendo liberar Surt lá em cima.
— Que merda confusa. — Angrod pega seu vinho. — Por que isso está ocorrendo?
— Como se alguém em sã consciência pudesse confiar em Loki... — Egill ri de si, mas bufa incrédulo nas próprias palavras — Freya era amante de Odin, e, ao mesmo tempo, em que dormia com Loki. Quando o supremo descobriu acabou matando ela. Para despertar ela sem que se lembrasse de tudo buscou a alma dela em Nilheim. Matando a Hel, e pondo numa Valquíria que aguentasse aquele poder.
— Beadohild... — Velent logo compreende os motivos para a princesa ter ido embora.
— Então... meu sobrinho... seu filho... é do clã Vanir. — Egill bebe o vinho. — E também, estamos fodidos...
— O que podemos fazer agora? — Angrod questiona, mesmo sabendo que não se aventurará em combate.
— Existem três opções... a primeira é irmos a Alfheim. Reconstruí-lo e vermos o resto de Midgard ser consumido pela Valhalla. O que eu acho justo. — Egill toma um gole — A segunda... — se engasga — A segunda, é irmos até Odin ou até Loki. Prestarmos nossa serventia, e esperarmos vencer para ficarmos vivos. — Egill joga o capuz para trás, deixando suas madeixas prateadas caírem sobre o rosto abatido — A terceira... a mais bizarra... é irmos até Valhalla. Interrompemos os deuses. E damos alguma chance de Midgard continuar com alguns humanos, e elfos.
— Puta merda... — Velent acomoda as costas no assento. — Estamos fodidos...
— Viðga... — A voz do adormecido faz-se presente na conversa.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro