26 - Segredo
E de novo: Olha lá quem vem virando a esquina é a autora com toda a alegria atualizando🎶💃
Oooooi, gente, como "noite" foi mais votado na pergunta de ontem, cá estou eu esse horário hausaia😌😌
--------------------------------
-- É Russo! – Normani afirmou, vendo Barba Negra se jogar no assento à sua frente.
-- Quantas vezes eu vou precisar te dizer que é japonês? – Dinah alegou, levando mais uma colherada de sopa até sua boca.
-- Ela não parece japonesa. Não seja mentecapta! – A negra refutou.
-- E daí? – Dinah indagou com desdém. – Quem me garante que o avô dela não era?
-- Não teime comigo. Sou eu a dona da absoluta razão. – Normani avisou e Dinah riu alto.
-- Eis que seu dedo do pé afetou sua capacidade de raciocínio. – Um pigarro fez as duas olharem na direção do Barba Negra, que estava sentado fitando-as. O homem nada disse e então elas voltaram a se fitar, prontas para mais um debate, até que a risada rouca de Edward chamou-lhes a atenção.
-- Do que tanto ri, seu... – Normani se calou ao ver o olhar furioso de seu velho amigo em sua direção. -- Capitão...? -- Tentou amenizar.
-- De vocês duas sempre discutindo. -- Explicou. -- Mas não vim falar disso.
-- E então? -- Dinah questionou. -- Porque se não for importante não nos atrapalhe, pois eu tenho um bom insulto para a Normani. -- A negra lhe encarou perplexa, mas o homem voltou a pigarrear, ganhando o silêncio delas.
-- Bem... – Ele iniciou, alisando sua barba comprida, vendo Dinah ajeitar seu chapéu. – Eu averiguei em meio a conversas e temos madeira suficiente por aqui para consertar nosso navio. – Ele disse seriamente, mas um pequeno sorriso de canto e seus olhos azuis faiscando fizeram Normani franzir o cenho.
-- Qual é a diversão? – O homem riu baixo, feliz por Normani o conhecer tão bem.
-- Tem um navio muito bom ancorado lá fora e outro à caminho daqui, chega aproximadamente pela noite, de acordo com as minhas contas. – Dinah piscou confusa.
-- Estaria, você, nos sugerindo roubar coisas do navio? – O homem sorriu e fitou uma bela mulher, gorda e negra que se aproximava da mesa com roupas de pano bem curto.
-- Estou sugerindo que roubemos um dos navios em si. – Ele afirmou, se levantando antes de ajeitar suas vestimentas e acenar para a mulher. Àquela noite ele gastaria muito bem suas moedas de ouro. – Pensem sobre isso e informem à Lauren quando a virem, porque tenho o leve pressentimento de que nos próximos dias essa garota estará bastante ocupada com Camila. – Dinah riu baixinho e assentiu, vendo um vinco se formar no rosto de Normani.
-- Vocês estão sabendo de algo que eu não sei? – Normani questionou franzindo os olhos.
-- Sim. – Dinah afirmou sorridente, analisando o olhar de expectativa de Normani sobre si. – Camila não é uma sereia. – Revelou após bons segundos de suspense. A negra deixou seus ombros caírem ao receber a notícia.
-- Mas disso eu já sabia. Isso de sereia é tudo uma babose... – Pigarreou ao lembrar seu amigo ali. – Camila não combina com sereia.
-- Isso é uma mentira! – Dinah discordou. – Convenhamos de que ela seria uma bela sereia.
-- Lauren quem o diga. – Barba Negra disse rindo, vendo Normani lhe fitar cética.
-- Me digam já o que é que... – O homem pigarreou, enlaçando o braço ao redor da bela mulher robusta que parou ao seu lado. De longe ele viu a pequena atendente se aproximar; sabia que ela não tolerava meretrizes em seu estabelecimento.
– Não a interrompa enquanto ela fala. – Dinah defendeu Normani, vendo o homem franzir o cenho em surpresa. – É hilário vendo-a se debater em plena curiosidade. – Finazilou, rindo escancaradamente. O homem tossiu em disfarce, ganhando a atenção das duas novamente, que o encararam. Só então elas se deram conta de que ele tossiu pois Ally estava parada diante delas com a expressão fechada no rosto e com a panela debaixo do braço.
-- Querem algo mais? – A mulher indagou e Dinah assentiu.
-- Mais uma porção de sopa. – Ally fitou perplexa o homem em pé, mas ainda assim junto a elas, negando com a cabeça por ter que ir até os fundos, na casa de seu avô para buscar mais alguns legumes. Ninguém pedia tanta sopa e já era a sétima porção daquela sua cliente loira esfomeada.
-- E se encontrar a moça que nos acompanhava diga-lhe que a procuramos. – Normani pediu. – Dinah pagará três moedas de ouro se nos fizer esse favor.
-- Por que eu? Pague você. – Protestou e Normani cruzou os braços a encarando seriamente. – Está bem! – Dinah disse, se dando por vencida. – Mas só dessa vez.
-- A moça de calças? – Ally perguntou e ambas assentiram. Bufando, ela marchou para fora dali.
O caminho até a casa do seu avô, que ficava na parte de trás da taberna, era tão conhecida por ela que, ainda que se porventura ficasse cega, conseguiria chegar lá facilmente. O ambiente era humilde, construído de madeira e possuía o teto de palha. Com cuidado, Allyson abriu a porta, começando a reclamar no momento seguinte:
-- Oh, vovô, você acredita que tem uma comilona em nosso estabelecimen... – Sua fala foi cortada ao chegar na sala. Seus olhos se depararam, surpresos, com Lauren, quem a olhou por um milésimo de segundos antes de voltar sua atenção para onde estava antes.
-- Li... vro. – Camila disse, percorrendo seus dedos pelas folhas amareladas de um dos livros de Iroh. O homem estava parado ao seu lado, sorrindo orgulhoso por ela ter conseguido repetir a palavra que ele lhe havia ensinado.
-- Você é boa nisso. – Ele disse sorridente, vendo Camila fitar Lauren e suspirar confusa.
-- Camila non deslumbrante. – Ela disse apontando para o livro. O homem, sábio e paciente, entendeu. Ele então pigarreou e a fitou repleto de compaixão, desviando os olhos para Lauren.
-- Se você quiser... – Ele disse, levemente envergonhado. – Eu posso ensiná-la a ler. – Lauren sorriu amavelmente.
-- Seria interessante e eu agradeço, mas temo não poder encontrar livros no idioma dela.
-- Oh, não! – Ele disse levemente constrangido. – Eu quis dizer que a ensino ler em seu idioma. Ensino a pronúncia e os principais verbos. Ela aprende rápido. – Lauren pousou seu olhar em Camila, quem encarava encantada o livro em sua mão.
-- Isso levaria muito tempo? – A maior indagou curiosamente e Allyson cruzou os braços analisando tudo.
-- Quanto mais tempo tivermos, melhor. – A maior assentiu e pareceu pensativa. Sabia que levariam apenas alguns poucos dias ali. Precisariam partir em breve.
-- Acha que em cinco dias ela aprende algo pelo menos razoável? – Indagou e o homem sorriu, vendo Lauren ajeitar as mangas de sua camisa para evitar olhar bobamente para Camila.
-- Eu farei o meu melhor. – Ele disse sorrindo.
-- Muito obrigada. Eu lhe pagarei por isso. – Ela afirmou. – Significa muito para mim. – O homem assentiu, vendo uma de suas velas chegando ao fim. Ele se locomoveu até o local, sem jamais abandonar seu bastão, e com um palito de fósforo, acendeu outra. Os olhos de Lauren brilharam ao ver aquilo e sua curiosidade se aguçou.
-- Eu farei com muito prazer. – Ele replicou e voltou para o lado de Camila, sussurrando algo para a moça que, intrigada, encarou a pequena prateleira atrás de si, repleta de outros livros.
-- Se me permite perguntar... – Lauren começou. – O que é isso que lhe foi de tremenda agilidade para acender a vela?
-- Se chama fósforo. – Ele disse, surpreso por uma pirata ainda não conhecer, afinal, já havia sido inventado havia quase cinquenta anos. Sim, ele sabia que ela era pirata, por dedução, uma vez que ela usava calças e carregava consigo uma espada e uma luneta. Naquele cais chegavam muitos piratas todos os meses.
-- Posso obter isso?
-- Ainda é difícil encontrar, porque não é tão fácil a produção, mas no mercado de trocas acredito que você ache, sim. – Confessou e ela assentiu, voltando a fitar Camila, quem deixava seus olhos passearem por todos os livros lentamente.
-- Vovô... – Ally interrompeu, vendo o senhor lhe encarar tranquilamente. – Vou em sua horta pegar alguns legumes, tudo bem? – O homem assentiu de forma branda antes de falar algo no idioma de Camila, chamando a atenção da mesma para si. Lauren sorriu com o aparente entusiasmo da garota. – Tenho um recado para você... – Ally anunciou.
-- De quem? – A maior perguntou com curiosidade.
-- De suas amigas com quem estava até algumas horas atrás. – Explicou. – Elas querem falar com você e parecia ser meio urgente. – Lauren assentiu, vendo Ally sumir no instante seguinte pela porta dos fundos.
-- Camila... – Chamou, vendo os olhos cor chocolate se direcionarem atentos para a direção de sua voz. Lauren fez uma careta e a menor franziu o cenho.
-- Lolo já volta? – Lauren riu sem graça, afinal, Camila a conhecia bem, pois aquela era a careta que fazia quando diria algo assim, entretanto, daquela vez Camila iria com ela, mas quando abriu a boca para explicar, a voz do homem a interrompeu.
-- Eu estarei bem aqui com ela, não se preocupe. – Informou e Lauren suspirou em dúvida.
-- Não irá te incomodar? – O homem negou e então Lauren assentiu após algum tempo, encarando Camila, que esperava por uma resposta. – Sim, Camz... – Disse, deixando um doce sorriso enfeitar seus lábios. – Lolo já volta. – Finalizou, acenando com a cabeça para o homem antes de dar as costas para ambos.
-- Lauren? – A voz doce fez a maior se virar, encontrando um brilho diferente nos olhos da menor.
-- Sim? – Indagou em expectativa, vendo Camila correr para lhe alcançar, ficando a apenas alguns passos da maior. Seus olhos caíram para a mão de Camila, que se moveu até a frente do próprio corpo.
-- Sh... – Camila murmurou, sinalizando o colar de pedra polida. – Dinah! – A maior assentiu e mordeu o próprio lábio inferior, impedindo a si mesma de sorrir escancaradamente.
-- Seu segredo será guardado. – Camila franziu o cenho e entortou ligeiramente a cabeça para o lado, tendo o homem perplexo, se apoiando em seu bastão, enquanto assistia as duas conversando tão naturalmente como se elas até falassem o mesmo idioma.
-- Segredo? – Camila indagou e Iroh apenas observou Lauren levar seu dedo indicador da mão direita até a altura dos próprios lábios antes de murmurar um " Shh".
-- Shh! – Lauren repetiu. – Segredo. – Camila entreabriu a boca e sorriu, assentindo.
-- Oh... -- Murmurou quando entendeu. -- Segredo Dinah. – Lauren riu docemente e assentiu, ganhando o mais lindo sorriso de Camila. – Obrigada. – A menor pediu e Lauren assentiu.
-- Já volto. – Ela respondeu, se inclinando e depositando um beijo na testa da menor, sentindo Camila aquiescer.
-- Camila espera Lolo. – Lauren definitivamente adorava aquela interação, mas se limitou em sorrir antes de dar as costas e sair da casa. Não queria parecer boba demais diante do senhor que acabara de conhecer, portanto, apenas caminhou em direção à taberna, mas com um sorriso rasgando seus lábios.
-------------------------------------
Quase 45K de views já, vocês são muito maravilhosos, eu não aguento 😍😍
Obrigada❤
Amanhã tento voltar de novo, um beijoo😘😘❤
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro