19 - Posse do Rei!
Adeeeeeus ano velho, feliiz ano novo, que tudo se realize no ano que já nasceu🎶🎶❤
Mds, eu não publicava desde o ano passado (ok, só tem graça quando é Camila com esse tipo de piada ausuausu)
Como foi a virada de vocês? Beberam? Comeram? Transaram? Dormiram? Espero que tenham desfrutado.
Mas é isso aí, primeiro capítulo do ano sz
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Camila sentiu a atmosfera se converter em algo tenso, notou os gritos aumentarem e a agitação dos marujos por todos os lados. Segundos depois outra bola de canhão atingiu as águas próximas ao navio, causando a inundação de toda a parte antes já seca. A garota sentiu braços a puxarem dali, mas não conseguia identificar muita coisa, porque seus olhos estavam presos nos homens do próprio navio se enfiando atrás dos grandes canhões intocados desde que ela chegara ali.
Seu pavor aumentou quando ela identificou de longe a bandeira do navio que se acercava, aquilo não podia ser real. Ela não poderia voltar para lá, Lauren não deixaria.
-- Camila! – Ela ouviu Lauren gritar e desviou seus olhos na direção do som, mas fechou os olhos fortemente quando ouviu o grito estridente de Paul.
-- Eles estão com flechas. Todos se escondam! – Dinah ordenou, mas Camila ainda não podia identificar o que falavam, apenas sabia que estavam no meio de uma guerra. Assustada, deixou-se ser guiada por Lauren até um quarto escuro, contudo, não era o delas e Camila tinha essa certeza ainda no escuro, pois sabia muito bem o caminho de onde dormiam.
-- Fique aqui. – Lauren pediu, levantando uma enorme lona e apontando com a cabeça para Camila se enfiar ali debaixo. – Por favor... – Implorou quando viu incerteza nos olhos castanhos.
-- Non, por favor... – Camila sussurrou. Ela odiava lugares escuros e aquele ainda estava empoeirado, para piorar tudo.
-- Por favor... Eu preciso ajudá-los. – Lauren insistiu, olhando aflita para a porta. Camila queria chorar, aquilo não era bom; aquela gritaria não era agradável, tampouco o medo que crescia em seu interior ao imaginar o que eles poderiam fazer com ela se a agarrassem após ter fugido.
-- Lolo volta? – Ela indagou, vendo Lauren respirar de forma irregular e se aproximar, apenas para depositar um beijo sobre sua testa.
-- Eu sempre vou voltar. – Afirmou, vendo Camila engolir em seco e se enfiar no lugar onde Lauren a pediu para entrar. – Shh... Eu vou voltar, ok? – Repetiu, deixando finalmente a lona cobrir Camila por completo.
Desesperadamente, Lauren correu para fora do ambiente. Seus olhos se arregalaram quando viram pequenos botes se aproximando e alguns homens do navio inimigo já escalando a corda da escada deles. Ela, agilmente, pegou o objeto pontiagudo que guardava em seu bolso dianteiro naquele dia para futuros contratempos com a bagunça que a tempestade causara, e correu até a beira do navio, começando a cortar a corda por onde alguns homens já escalavam.
-- Normani! – Ela gritou enquanto cortava. Os olhos da negra, que disparava flechas descontroladamente, se voltaram para sua amiga. – Onde está o Edward?
-- Não sei! – Avisou, se escondendo atrás de uma pilha de barris. Ela praguejou mentalmente quando viu a velocidade com que o outro navio se aproximava. Em poucos minutos aquele navio estaria lado a lado com o delas e, se naquele navio houvesse tantas pessoas quanta a capacidade do navio permitia, muito maior que o delas, Normani e sua equipe estariam em maus lençóis.
A corda se rompendo na mão de Lauren fez a morena olhar para baixo, sorrindo por ter se livrado de pelo menos cinco deles, que haviam caído no mar.
Aquela era sua primeira vitória do dia, mas sentia que aquilo não iria muito longe, uma vez que, mesmo em alta velocidade, o outro navio se aproximava rapidamente.
[...]
Camila respirou fundo uma última vez antes de sair debaixo daquela lona. Era evidente que ela sabia o que o navio inimigo queria e, tendo ficado tantos anos naquele lugar, sabia exatamente a estratégia deles. Ela se limpou com as mãos para afastar o pó e correu em direção da porta.
Precisava avisar ao Barba Negra que ele precisava se esconder, que eles não afundariam aquele navio, afinal precisavam levá-lo ao rei.
Seus olhos percorreram o navio inteiro e, ao não encontrar o homem tão valente, decidiu procurá-lo no lugar onde costumavam ir em tempos de guerra, no navio onde ela passara parta da vida: A sala de pólvoras. Ela suspirou ao vê-lo ali, enfiando o máximo de flechas possíveis em sua bolsa, tendo um arco nas mãos. Claramente pronto para uma guerra. O homem se virou para ela bruscamente.
-- Macacos me mordam! – Expressou irritado. – Você não deveria estar aqui, pequena sereia. – Alertou. – Vamos, vou te esconder em algum lugar seguro antes de acabar com esses verm...
-- Non! – Camila gritou quando o homem segurou em seu braço.
-- Eu não tenho tempo para isso, vamos lá! – Ele disse seriamente. Precisava ir lutar, mas não poderia deixar a moça desprotegida.
-- Non! Bellum. – Camila disse, apontando para ele.
-- Garota, você agora é uma das nossas! – Disse, buscando uma paz que já não havia em si. – Deixe-me te esconder, pois preciso acabar com aqueles...
-- Edward Teach! – Ela vociferou, vendo o homem arregalar os olhos surpreso. Ninguém sabia seu nome. Como Lauren ousou contar? – Bristol. – Prosseguiu, dizendo coisas que se lembrava de estar escrito no cartaz. O homem coçou a barba intrigado. Era onde ele tinha nascido, afinal. Lauren perderia o tempo dela falando sobre isso com Camila quando claramente ela não entendia o idioma deles?
-- Como sabe disso? – Ele indagou, deixando seu semblante rude dominar sua expressão.
-- Uh... Camila mar... – Falou, apontando para a direção do navio. – Mau... Por favor, non!
-- Que eles são maus eu sei, sereia! – O homem disse já nervoso, bufando no momento seguinte. – Eu preciso ir e já que você não está facilitando, fique aqui, se esconda aqui, eu voltarei por você! – Completou determinado, mas ao tentar sair sentiu uma mão em seu braço.
-- Alexander Teach. – Camila repetiu, não tendo a mais mínima ideia de quem era aquele ser, apenas repetia o que sua memória trazia à tona. O homem estacou no lugar, deixando seu olhar feroz cair sobre Camila no instante seguinte. Ninguém nunca antes ousara tocar no nome de seu falecido pai.
Um enorme tremor fez Camila se desiquilibrar e quase cair, se não fosse pelas mãos fortes e atentas do homem em sua frente. O homem, evidentemente bem mais alto do que a garota, desviou seus olhos para fora, vendo que a rampa do navio inimigo estava sobre parte de seu navio, fazendo o mesmo parar bruscamente sua viagem entre as águas.
-- Inferno! – Gritou. – Qual o seu plano, garota? – Ele questionou interiormente desesperado. Camila agarrou seu braço e o puxou para fora, se escondendo atrás de canhões e barris até chegarem na popa do navio. Camila apontou para uma pequena janela do navio vizinho, esquecida e em uma parte mais baixa, fazendo o homem negar com a cabeça.
-- Você quer que entremos ali? – Ele perguntou baixo, vendo a menor apontar novamente para a pequena entrada. – Mas eu não passo ali. – Um pequeno sorriso se formou no rosto de Camila, causando uma súbita surpresa no homem. – Você quer entrar lá e se arriscar por nós?
-- Camila non deslumbrante. – Ela sussurrou. – Lauren deslumbrante. Lauren boa. – O homem acharia aquilo insano, mas ao ler naqueles olhos aflitos o desejo de ajudar Lauren, ele pôde entender como Camila se sentia, porque ele faria o mesmo por Lauren.
-- Eu vou te ajudar a ir até lá, mas você terá que levar todas as minhas flechas. – Ele avisou contrariado, apontando para as mesmas. Camila franziu o cenho entendendo. Ela assentiu, mesmo sabendo que não saberia usar aquilo nem em mil anos. – Assim que eu matar todos os da parte mais vazia do navio deles, prometo ir por você.
-- Camila volta. – Ela disse, assustada interiormente, mas precisava ajudar Lauren e os amigos da mesma, e ela sabia exatamente como.
-- Tome cuidado, peixinha! – Ele disse com pesar, levantando uma das vigas de madeira que havia ali para posicioná-la em ambos os navios, levantando Camila em seus ombros no momento seguinte.
[...]
Lauren se continha para não mirar na testa daquele imbecil e acertá-lo em cheio, unicamente porque ele tinha Dinah consigo. A mulher estava sendo enforcada por um homem loiro e alto e Lauren estava com os braços para cima, tendo doze outros homens apontando flechas para eles.
-- Nos dê o que queremos e vamos embora sem matar mais ninguém. – Ele disse. Lauren mordeu o interior da bochecha para não mandar aquele homem para o espaço, pois muitos de seus homens haviam morrido e ela não queria que Dinah fosse mais uma.
-- Se está falando do nosso capitão, não sei onde ele está. – Ela alertou sinceramente.
-- Oh, não! – O homem disse com uma carranca no rosto. – Também o queremos, mas viemos por algo mais urgente. – Lauren franziu o cenho em pura confusão.
-- Do que se trata? – Indagou.
-- Há alguns dias um dos nossos marujos idiotas perdeu alguém pertencente ao Rei. – Falou com propriedade. – O imbecil foi executado, mas viram em seu navio essa pessoa através da luneta e passamos dias seguindo vocês, traçando um plano para atacar e obtermos a vitória.
Lauren se mexeu desconfortável. Estaria, ele, falando de Camila?
-- O rei manda avisar que Barba Negra será morto se não devolver o que ele roubou. – Avisou. – Mas também manda dizer que ele será absolvido de seus crimes, caso a devolva.
-- Não temos absolutamente nada do rei – Lauren afirmou quase fora de si. O homem riu com escárnio ao ouvir tamanho absurdo.
-- Claro que vocês têm! – Gritou, já quase perdendo a paciência. Era certo que o homem não era conhecido por ser um dos mais amáveis marujos do mundo. – Vocês têm sob sua posse a filha perdida da rainha Anne! – Aquela informação com certeza atingiu em cheio todo mundo que a ouviu, inclusive, Lauren.
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Como assim que Camila é uma princesa? Não era uma sereia? Ué... Estou chocada aussuauaua
Até 😘
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