3- "Obrigada de coração!"
Helena Mendonça
São Paulo| 20/12/2024
Meu olhar corre por todo o hall de entrada do enorme apartamento, analiso cada detalhe da decoração minimalista e de um bom gosto incrível.
As cores ornavam bem e deixavam os ambientes confortáveis e aconchegantes.
Escuto barulho de patinhas batendo no chão, olho para baixo e encontro um lindo filhote de Golden Retriver com a língua de fora e o rabinho abanando.
Me abaixo e faço carinho na cabeça dele.
— Oi garoto. Como você é lindo! — Ele deita para eu fazer carinho em sua barriga e aí me toco que estou na casa do meu ídolo, levanto rapidamente arrumando a minha roupa que estava amarrotada.
— Aí que vergonha, me desculpa! Eu nem pedi se podia. — Ele solta um pequeno riso e fala:
— Calma, não tem problema. Valdivia ama ser o centro das atenções, só que eu fiquei impressionado que ele não avançou em você. Ele geralmente não deixa qualquer pessoa fazer carinho nele, ele tem que pegar confiança, sabe? — Eu concordo com a cabeça e sinto Veiga me observar.
—Vamos sentar ali no sofá e aí você me explica tudo. — Apenas concordo com a cabeça e sigo ele até o grande sofá branco dele. Vejo a pequena bolinha de pelos subir com um pouco de dificuldade, sentando esparramado no meio do sofá.
Nos sentamos e ali pude admirara-lo mais de perto, aquela barba bem feita, os lábios grandes, as covinhas, o cabelo...tudo! Ele era simplesmente perfeito, nem nos meus maiores sonhos eu poderia imaginar que estaria vivendo isso.
— E então? — Ele me faz despertar dos meus pensamentos e da a abertura para que eu comece a explicar essa minha ideia maluca.
— Eu nem sei por onde começar — Coloco o cabelo atrás da orelha, nervosa e escuto ele falar:
— Acho que com o seu nome e depois você pode começar do começo — Ele solta no meio de um riso se divertindo com o meu nervosismo. — É, eu acho que seria uma boa mesmo — Sorrio e ele retribui.
— Bom, eu me chamo Helena! E é um prazer poder te conhecer pessoalmente Raphael! — Estendo a minha mão para cumprimenta-lo e ele aceita de bom grado retribuindo o gesto.
— Muito prazer Helena! Bom, você já me conhece, então acho que não tenha tanta a necessidade de eu me apresentar. Mas vamos lá! — Ele ri e passa a mão pelos cabelos, que cena de filme! Eu sei que não era o momento de pensar isso, mas lembrei-me na hora daquela cena de Sherek onde o Lord Farquad faz esse mesmo movimento, alinhando os fios da cabeça.
— Me chamo Raphael! — Ele aperta a minha mão e aquela mesma corrente energética que eu havia sentido no carro, volta a percorrer o meu corpo e eu quase tive a impressão de que ele havia sentido o mesmo que eu.
Saio dos meus pensamentos, balançando discretamente a minha cabeça.
— Olha, antes de tudo eu queria te agradecer por não ter me expulsado e por não ter chamado a polícia. Obrigada de coração! Foi uma ideia maluca e eu sei disso. Mas eu precisava! —
Falo de uma vez e ele franze o cenho.
—Precisava? — Questiona confuso e eu passo a mão pelos fios do meu cabelo, sentindo o meu coração acelerar e a sudorese ficando cada vez mais presente.
—É, eu precisava... — Suspiro e então começo a falar — Eu não sei explicar, mas desde que você chegou no Palmeiras eu não consigo parar de pensar em você, não sei dizer, mas toda vez que eu olho pra você eu sinto algo, uma sensação boa. É como se eu te conhecesse de outra vida, sabe? — Vejo ele franzir o cenho novamente. — E isso estava me deixando louca, eu precisava te conhecer pessoalmente pelo menos alguma vez na vida. — Vejo sua cara de assustado, merda! Onde eu tava com a cabeça?
— Olha Helena...eu, eu nem sei o que dizer —Olhar para aqueles olhos me deixava hipnotizada — Eu realmente achei essa sua ideia de entrar no meu carro escondida, uma ideia maluca, arriscada e que poderia te custar uns bons anos na cadeia! — Abaixo a cabeça pela pequena "bronca", só que eu mereci também né? — Mas não posso negar que eu achei criativa demais! — Ele continua me fazendo levantar a cabeça e encará-lo.
— Eu agradeço muito pelo carinho que você tem por mim e pelo Palmeiras, e pode ter certeza que eu nunca vou esquecer de você! — Ele fala e eu sinto meu coração aquecer um pouquinho.
— Vamos tirar a foto? — Ele sorri se levantando e eu falo surpresa pela reação dele.
— Você não vai me expulsar da sua casa? E nem chamar a polícia? — Ele balança a cabeça e fala
— Porque eu faria isso? Não tem porque você ir presa, você não roubou e nem matou ninguém. — Ele brinca e eu solto uma risada envergonhada.
Fico com os meus braços grudados no meu corpo e então ele fala:
— Me abraça logo. — Eu analiso ele novamente e então me aproximo sentindo a sensação que eu esperara por tanto tempo.
O abraço dele era acolhedor e carinhoso, e tudo ficou ainda melhor quando eu pude sentir de perto a fragrância do seu perfume amadeirado, realmente ali eu tinha zerado a minha vida. Essa aqui vai para a minha professora Cleusa que duvidou que eu nunca seria ninguém na vida, olha eu aqui abraçando o meu ídolo que também é o homem mais cobiçado do futebol brasileiro. Brincadeiras à parte, soltei-me do abraço e então senti algo molhado escondendo pelo meu rosto.
Eu estava chorando.
Sim! Chorando de emoção, era um sonho realizado.
— Ei, não chora! Eu tô aqui contigo, não tô? — Ele resmunga todo fofo e eu apenas nego com a cabeça.
— Você não tem noção do quanto eu tô feliz. — Sorrio e então ele passa a mão na lateral do meu braço, num carinho gostoso.
— Vamos tirar a foto? — Ele repete e então me aproximo com o meu celular.
Ele se posiciona ao meu lado e sorri para a foto.
— Diga X — Ele brinca e eu acabo rindo.
Depois da pequena sessão de fotos, decido me despedir e agradecer imensamente.
— Eu acho melhor eu ir, obrigada de verdade. Você é incrível!! — Ele sorri e então continua.
— Não posso deixar você ir sozinha a esse horário, deixa que eu te levo. — É O QUE? meu cérebro entra em pane.
Eu ouvi isso mesmo? Raphael Veiga tá me oferecendo uma carona? Isso já tá bom demais pra ser verdade.
— Raphael, olha, eu agradeço muito você querer me levar. Mas eu não posso aceitar isso, você já me aguentou muito por hoje, sem nem me conhecer! — Ele me olha e diz
— Sabe, Helena? Eu confesso que também senti uma coisa boa quando eu te vi, e essa sensação não vai me deixar dormir sossegado se eu não te levar pra casa e saber que você está segura.
CARALHO! QUE HOMÃO DA PORRA
O cara acabou de me conhecer, disse que sentiu uma sensação boa e ainda falou que só ia conseguir dormir sossegado se eu chegasse em segurança em casa. PUTA QUE PARIU, acho que a minha pressão tá baixando...
— Veiga, eu não quero te atrapalhar mais ainda, deixa que eu pego um uber. Minha casa é perto daqui. — Mentira! Minha casa está bem longe daqui, mas ele não precisava saber disso.
— Helena, fica tranquila. Você não vai atrapalhar e nem está atrapalhando, e eu não vou deixar você pegar um uber à noite. É muito perigoso! — Ele fala sério e então eu suspiro.
— Raphael... — Ele caminha até mim e pega no meu braço de maneira delicada.
— Raphael nada! Vamos logo! — Ele me puxa até a porta, pega as chaves e enquanto isso pude ouvir os passos apressados do Valdivia.
—Tchau neném! Foi um prazer te conhecer. — Acaricio a cabeça do filhote peludo que lambe a minha mão e solta um pequeno latido de aprovação.
— Já volto Valdivia, cuida da casa! — Veiga brinca com o cachorro que responde com um latido.
— Vamos? — Ele fala.
— Vamos! — respondo saindo pela porta e seguindo ele até o elevador.
Notas da autora:
Eu sei que está parecendo confuso, mas logo vocês vão entender. Essa sensação que eles dizem pode ter muito a ver com um "amor à primeira vista? ".
Espero que vocês tenham gostado do capítulo, curtam e comentem.
Fiquem agora com a foto tirada pelo Veiga:
E aqui está uma imagem representativa do irmão gêmeo do Raphael Veiga vulgo Lord Farquaad HAHAHA
Obrigada por tudo, amo vocês minhas flores e maracujá!!💜🥹
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