1- "Como você entrou aqui?"
Raphael Veiga
São Paulo| 20/12/2024
Já eram cinco e meia, o dia já estava anoitecendo e com ele as luzes da grande São Paulo estavam cada vez mais evidentes. Eu estava no vestiário amarrando o cadarço do meu tênis enquanto via meus companheiros de equipe se arrumando, prontos para irem para casa. Hoje o treino terminaria mais cedo do que o normal, porque o natal se aproximara e com ele as tão esperadas férias.
Abel fez questão de que nós treinássemos até o ultimo dia antes das férias, já que nesse ano de 2024 não tivemos um bom desempenho, conquistando apenas o campeonato estadual.
Mas esse ano que está por vir será completamente diferente, vamos jogar garra e determinação. 2025 será o ano do Palmeiras!
Vou até o meu armário e ali guardo as minhas coisas, pego minha mochila, meu celular e o meu boné. Sigo em direção a porta enquanto escuto algumas conversas paralelas entre os meus amigos.
Me viro e então me despeço deles:
— Até amanhã cambada! Obrigado pelo treino de hoje. — Escuto alguns "tchau Veiga!" e vejo Piquerez, Zé Rafael e Estevão se aproximarem.
Faço um toque de mão com cada um deles e então escuto Piquerez falar:
— Fiquei sabendo que tá cheio de torcedores ali no frente do portão do CT, hermano. — Ele comenta já sabendo como é puxado e cansativo ter que atender todos aqueles torcedores, mesmo que eu ame fazer isso, às vezes saio do CT cansado demais e quando isso acontece geralmente eu só quero o meu quarto e o Valdivia (meu cachorrinho).
— Vish, cara, hoje vai ser difícil sair daqui né? — Zé Rafael comenta coçando a sobrancelha. — Vai ser complicado mesmo, mas vai dar tudo certo. Meu piloto particular vai dar conta né Pique? — Estevão tira onda com o camisa 22 que dá um tapa na cabeça no menino.
— Me respeita, moleque! — Soltamos uma risada coletiva.
— Acho melhor irmos indo, se está tão cheio de torcedor lá fora, quanto antes irmos melhor! — Falo e eles concordam com a cabeça.
Saímos juntos pela porta principal do CT, seguimos até o estacionamento. Já conseguia ouvir as vozes das pessoas que estavam do lado de fora do portão. Vou até meu carro e destranco as portas.
— Amanhã tem treino de novo, hein? Não se esqueçam! — Escutamos João Martins - auxiliar técnico do Abel - Comunicar.
— Pode deixar professor, não vamos esquecer. — Zé Rafael fala e então João entra no carro e sai em direção ao portão.
— Tchau parceiros! — Me despeço pela ultima vez. — Tchau Veiguinha! — escuto eles me responderem e então entro no carro.
Ligo o rádio e já conecto no bluetooth do meu celular, entro na minha playlist de sertanejo e aumento o volume.
Verifico se está tudo certo com o carro e então tranco as portas. Me dirijo a saída do centro de treinamento.
Abaixo o vidro e começo a atender os torcedores. Desde adultos a crianças e adolescentes, era lindo de ver o amor e carinho que eles tinham por mim e pelo time.
Quase uma hora depois consegui sair da porta do CT, sigo em direção ao meu apartamento enquanto a música toca em um volume agradável.
— Hoje eu acordei com a cabeça no lugar, ahh...Mas é que eu descobri que você tava lá, me obrigando a terminar..ah, ah, ahh... — Canto junto com Henrique e Juliano enquanto sigo o caminho até o condomínio.
Uma hora depois chego até a entrada do meu condomínio, abaixo o vidro e cumprimento o porteiro, vou até a minha vaga e desligo o motor, começo a me arrumar para subir até o meu andar.
Pego a minha mochila que estava no banco do caroneiro. Coloco a mão na maçaneta da porta e então sinto algo no meu antebraço.
Gelo ao percebendo que o que estava me tocando era uma mão.
— Espera! Por favor não surta. — Escuto uma voz feminina falar. Pera, como tem uma mulher dentro do meu carro? — Quem é você? — Me viro rapidamente encontrando uma mulher abaixada atrás do banco do motorista. Travo por alguns segundos, logo despertando respondendo ela assustado.
— Por favor, não briga comigo! Eu sou sua fã demais, e esse foi o único jeito de conseguir chamar a sua atenção. — Vejo o desespero nos seus olhos, analiso a jovem menina. A morena de olhos claros me encarava emocionada. — Meu sonho era te conhecer pessoalmente. — Fico em silêncio analisando a situação, a mulher era linda! — Eu...eu não devia ter feito isso, desculpa...MEU DEUS, o que eu fiz? — Ela começa a ter um tipo de surto, falando rápido, ela falava algumas coisas desconexas se perdendo várias vezes no nervosismo.
— Calma! — Pela primeira vez eu consigo falar algo. — Calma, respira e se acalma — Pego nas mãos dela e sinto um tipo de "corrente de energia". Vejo a respiração dela se acalmando e então eu continuo.
— Vamos conversar com calma, você tem muito que me explicar. Quero saber de tudo, mas principalmente como você entrou aqui?
— Obrigada por me entender...E sim, eu vou te explicar tudo...— Ela diz aliviada e então eu faço um convite.
— Vamos subir, e lá você me explica melhor. Pode ser? — Ela arregala os olhos e me responde prontamente — Você tem certeza que vai colocar uma desconhecida dentro da sua casa?
— Você já não é mais uma desconhecida né? Você está dentro do meu carro. — Coço a sobrancelha e solto um riso sem graça vendo ela ficar vermelha e concordar com a cabeça.
— Tudo bem então, pode ser. — Ela concorda ainda sem graça.
Abro a porta do carro e então saio vendo ela sair pela porta de trás, seguimos em direção ao elevador e em alguns minutos já estávamos no corredor do meu apê.
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Notas da autora:
Oi gente! História nova na área, espero que gostem.
Ela não está finalizada ainda e eu não tenho dia ou horário certo pra postar. Assim que as ideias forem vindo e eu for conseguindo desenvolver capítulos eu vou publicando.
Por isso, já ativem as notificações.
Gostaria de pedir encarecidamente que vocês votem e comentem, isso me anima demais!!
Esse quarteto tem o meu coração, e eu acho que ele vai conquistar o coraçãozinho de vocês também hehe🥹😍.
Heleninha já tá que tá!!
Ihhh, Veiga achou a moça linda, hein? 👀
Obrigada por tudo e sejam todos bem-vindos à O CAMISA 23 DO MEU CORAÇÃO💜.
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