Tobi se revela
Akemi-on
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- AQUI! - Tobi gritou e Zetsu se virou para ver o que era, eu me sentei ao lado de uma marionete e fiquei brincando com o seu braço. - AQUI, ZETSU-SAN, EU ACHEI! - Ele pegou o anel do dedo de Sasori e se sentou ao meu lado. - Quem sabe agora eu posso me tornar um membro da Akatsuki. Afinal de contas, tem uma vaga.
- Seu idiota, acha que é tão fácil assim? - Zetsu disse encarando Tobi.
- Ora, vamos, por que não deixa ele entrar? Tobi é um bom garoto. - Tobi/Obito disse e ia pegar o anel que jogou no ar, mas errou e o anel caiu no meio de algumas pedras, eu bati minha mão na minha testa, só de pensar que quem está por debaixo dessa máscara é o Obito, o cara sem coração, sem senso de humor ou sem qualquer sentimento, é meio perturbador que o Tobi seja tão alegre e besta.
- Vamos. - Zetsu disse começando a caminhar e eu me levantei.
- Espera só um pouquinho Zetsu-san, eu acho que eu posso... está apertado isso aqui, eu vou achar. - Tobi disse tentando pegar o anel que caiu no meio das pedras, Zetsu se virou e continuou a caminhar, eu caminhei ao seu lado. - Espera um pouquinho, Zetsu-san, Akemi-chan. ESPERA UM POUCO, ZETSU-SAN, AKEMI- CHAN!
- Vamos logo, Tobi-chan! - Eu disse me virando para encará-lo, ele ainda estava tentando pegar o anel... acho que Obito podia ser professor de teatro, ele realmente encarna o personagem.
- TÔ INDO, AKEMI-CHAN! - Tobi disse e correu até o meu lado com o anel na mão, ele andava saltitando e eu não pude deixar de rir, principalmente pelo fato de que era o Obito que estava fazendo tudo isso.
Andamos um pouco até chegarmos em uma floresta e encontrarmos um braço no chão, o braço do Deidara, eu me abaixei e cutuquei o braço, pra ter certeza de que ele não ia se mexer ou coisa do tipo, como é que eu vou saber, esse povo da Akatsuki são um bando de estranhos.
- Olha quem diria, parece que o Deidara-san já era também. - Tobi disse e se abaixou ao meu lado. - Se explodiu em mil pedaços pelo que parece. Não acha, Zetsu-san? Deve ter pedaços do corpo espalhado por aqui. - Ele pegou o braço e começou a rir, eu estava me divertindo muito com tudo aquilo, o Tobi é simplesmente incrível.
- Larga isso aí, seu idiota! - Deidara disse aparecendo atrás de uma árvore, ele parecia exausto.
- OLHA, ELE ESTÁ VIVO! - Tobi disse e Deidara chegou mais perto, eu acenei para ele e ele me encarou.
- Cadê o Jinchuriki? - Zetsu perguntou para o Deidara.
- Nem vem olhar pra mim assim não, que eu fiz o meu trabalho, hn. - Deidara disse com a voz entediada.
- Você deve ter escapado por pouco, não é, Deidara-san? - Tobi disse se levantando e fazendo uma pose inocente. - Mas pelo menos está inteiro. Então, desculpa tá?
- Eu não diria inteiro... - Eu disse apontando para os dois braços que estavam faltando, Deidara tinha um olhar extremamente entediado e parecia que iria bater no Tobi a qualquer momento.
- Tobi, até Buda perde a paciência quando é ofendido pela terceira vez. Mais uma palavra e eu vou acabar com a sua raça. - Deidara disse em seu último fio de paciência.
- Vai me explodir até a morte, não é? - Tobi disse e eu coloquei a mão na minha boca para conter a risada.
- Essa foi a terceira vez. - Zetsu disse e Deidara começou a estrangular Tobi com as pernas.
- Não! Eu vou te matar esmagado! - Deidara disse e Tobi começou a mexer as pernas e os braços para sair do estrangulamento, eu quase não estava aguentando segurar a risada, Zetsu me encarou.
- O que foi? Eu gosto do Tobi. - Eu disse rindo e ele voltou sua atenção para Deidara, que estava quase matando o Tobi sufocado.
- Acho que já chega. - Zetsu disse assim que Tobi desmaiou, Deidara parou e olhou para o seu braço no chão, eu cheguei perto de Tobi e cutuquei seu braço, ele estava acordado, só fingia estar desmaiado.
- Hn, pode me ajudar? - Deidara me perguntou encarando o braço e eu fiz uma careta, olhei para Akira e ele me encarou entediado.
- Claro. - Eu disse sorrindo e Akira pegou o braço de Deidara com a boca.
"Vai ter troco." Akira disse irritado e eu dei língua para ele.
- Pra onde vamos? - Eu perguntei ainda cutucando Tobi, eu sabia que Obito estava se irritando, mas ele não podia fazer nada.
- Preciso achar Kakuzu-san para dar um jeito no meu braço, hn. - Deidara disse e eu encarei Zetsu, ele assentiu e eu concentrei chakra Raiton nos meus dedos, um sorriso maligno no meu rosto, coloquei minha mão no peito de Tobi e ele se eletrocutou por alguns minutos, eu comecei a rir e Deidara deu um sorriso, Zetsu balançava a cabeça negativamente e Tobi convulsionava no chão.
- TOBI É UM BOM GAROTO! - Tobi gritou se sentando após ser eletrocutado, eu ativei o Swylagan e vi o chakra de Obito extremamente irritado, dei de ombros e me levantei.
- Vamos Tobi-chan, temos que ir para a base agora. - Eu disse e ele se levantou saltitando.
- Sim, Akemi-chan, a base, Tobi vai ser um membro da Akatsuki! - Tobi disse animado e nós seguimos Zetsu até a base.
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Ouvi passos atrás de mim e desativei o Swylagan, voltando a uma postura mais casual e relaxando meus músculos, parando o treino, os passos pararam, mas eu podia sentir a pessoa a alguns metros atrás de mim, Obito.
- Como foi, Tobi? - Eu perguntei me virando para ele, que estava sem máscara, encostado na parede da caverna, me encarando, seus olhos se estreitaram levemente ao ouvir o nome do mascarado com tanto sarcasmo.
- Sou parceiro de Deidara e você também é, vai nos acompanhar em todas as missões. - Obito disse e eu fiz uma careta, missões são chatas e provavelmente vão envolver capturar uma besta com cauda, o que não é tão chato assim.
- Por que eu não posso ser parceira do Zetsu-san? - Eu perguntei balançando minha katana no ar.
-Porque eu não quero, além do mais, você disse que tem nojo do Zetsu comer o corpo dos inimigos. - Obito disse e eu fiz outra careta ao lembrar da vez que eu vi o Zetsu "eliminando" o corpo de um inimigo.
- Tá, você tem razão... isso quer dizer que eu vou ver mais o Tobi! - Eu disse animada, era bom ter alguém engraçado e de bom humor de vez em quando.
- Sim, mas sem gracinhas dessa vez. - Ele disse e eu cocei a nuca e desviei o olhar, eu definitivamente vou levar bronca por causa do choque que eu dei nele.
- Hai. - Eu disse ainda desviando o olhar, ele chegou mais perto e pegou a katana da minha mão.
- Como está o treino? - Ele perguntou analisando minha katana.
- Acho que consigo agora. - Eu disse e fiz selos de mão, concentrando meu chakra completamente, senti os pelos da minha espinha se arrepiarem e a forma lobo ativar automaticamente, um calor subiu pelo meu corpo e eu ouvi estalos ao redor, abri os olhos depois de algum tempo, o local estava destruído e o lugar onde eu estava em pé estava marcado de ramificações e fuligem.
- Quase lá. - Obito disse olhando ao redor e analisando a destruição. - Mas você precisa colocar a mesma dose de Katon e de Raiton, concentre-se no alvo.
- Hai. - Eu disse e me concentrei mais uma vez, encarei o alvo e me concentrei, preciso acertar exatamente no ponto, senti o calor pelo meu corpo e escutei os estalos, alguns segundos depois eu abri os olhos e encarei o alvo, ele estava destruído por completo.
- Treine um pouco mais sua mira, não pode levar muito tempo para atingir o alvo, caso contrário, você morre. - Ele disse se referindo à uma batalha normal, eu assenti.
- Me responde uma coisa? - Eu perguntei e ele me encarou. - Por que o Tobi é tão besta e animado?
- Ele não fará falta e ninguém vai suspeitar dele quando ele estiver fora, é o disfarce perfeito para alguém que quer sair e não levantar suspeitas. - Obito me disse e eu assenti, fazia sentido. Ele me entregou minha katana e eu a coloquei novamente em minhas costas e andei até Akira, que estava deitado perto de uma das paredes, me sentei ao lado dele e fiz carinho atrás de sua orelha, ele fechou os olhos automaticamente e fez um som baixo, aprovando o carinho.
Fazia algum tempo que eu não tinha nenhuma daquelas memórias e eu precisava de mais, minha curiosidade era muita, eu precisava saber o resto da história de Ayane e só tinha um jeito de eu saber disso.
- Obito. - Eu disse decidida assim que ele estava saindo, ele parou na porta, mas não virou para me encarar. - Sobre aquilo que conversamos.
- Você quer saber mais? - Ele perguntou ainda de costas para mim.
- Sim, eu preciso. - Eu disse, se eu quero saber quem eu realmente sou, eu preciso saber quem eu era.
- Lembre-se, isso foi um pedido seu. - Ele disse e me encarou, seu Mangekyou Sharingan brilhando, eu encarei seus olhos e a dor na cabeça começou novamente, não tão forte quanto antes, o selo fazia seu trabalho perfeitamente.
" - Ashura-nii, o que está fazendo? - Ayane perguntou assim que viu seu irmão entrando em seu quarto.
- Ayane-chan, eu preciso da sua ajuda. - Ashura disse baixo e a garota fez sinal para ele se sentar ao lado dela, ele se sentou e ela o encarou, ativando o seu dojutsu.
- Claro, pode falar. - Ela disse encarando seus olhos, o irmão sorriu aliviado e segurou em sua mão.
- Se eu falar em voz alta, eles podem ouvir. - Ashura disse e a garota entendeu na hora, ele não queria que seu pai e Indra escutassem.
- Certo. - Ela disse e colocou o dedo indicador e polegar na testa do irmão, ela fechou os olhos e, no minuto seguinte, eles estavam no meio de um gramado extenso, ela soltou a mão de Ashura e eles se sentaram no gramado. - Pode falar, aqui é seguro, somente nós dois podemos ouvir.
- Onde estamos? - O mais velho perguntou olhando ao redor.
- Na minha mente. - Ayane disse e riu ao ver a expressão de surpresa do irmão.
- Desde quando consegue fazer isso? - Ashura perguntou passando a mão na grama, parecia tão real.
- Faz um tempo, o treino realmente ajudou. Enfim, o que queria falar? - Ayane perguntou e uma borboleta azul parou em seu dedo.
- É o seguinte..."
A dor parou e eu me levantei do chão, Obito já tinha ido embora e Akira me encarava preocupado, ele chegou perto e me analisou.
- Relaxa, eu estou bem. - Eu disse me apoiando na parede... então quer dizer que além de eu poder entrar na mente dos outros, eu posso trazê-los para dentro da minha mente. A pergunta é, como eu faço isso? E o pior é que agora eu quero saber o que o Ashura queria falar para Ayane.
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Estava sentada em uma pedra no topo de uma montanha, o caderno em uma mão e o lápis em outra, desenhando o nascer do sol, venho todo dia no mesmo horário até conseguir terminar o desenho.
- Você demorou. - Eu disse sem tirar os olhos do meu desenho.
- Tinha que resolver algumas coisas. - Zayn disse e se inclinou para observar meu desenho.
- Enfim, qual é a missão? - Eu perguntei e peguei o laranja e comecei a colorir o desenho.
- Vamos para Kumogakure, um cara chamado Tarik, ele tem dois filhos mais novos e uma esposa, temos que eliminá-lo, ele é acusado de abuso e assassinato. - Zayn disse indiferente, eu peguei o vermelho e continuei pintando o desenho, Kumogakure, faz tempo que eu não vou pra lá.
- Só pra deixar bem claro, eu não machuco crianças. - Eu disse para o Zayn, ainda sem tirar os olhos do desenho.
- Eu sei, não vai ter a menor necessidade, o alvo é só o pai. - Zayn disse e eu me levantei, fechei o caderno e selei os lápis em um pergaminho e os coloquei em minha bolsa de armas.
- Vamos então. - Eu disse e fiz carinho em Aika.
- Vamos. - Zayn disse e nós pulamos em uma árvore e corremos em direção à Kumo, alguns dias depois nós chegamos na vila e paramos em frente aos portões. Eu usei o jutsu de transformação em meus olhos e ele também, a lua brilhava no céu, iluminando tudo ao nosso redor.
- Vocês fiquem aqui, se precisarmos de ajuda eu vou mandar o sinal. - Eu disse e Akira e Aika assentiram e entraram mais fundo na mata, eu segurei o braço de Zayn e nos transportei para um lugar deserto dentro da vila.
- Vamos, eu decorei o mapa, ele mora nas periferias, longe do centro, vai ser fácil. - Zayn disse e começou a andar.
- Eu preciso ir em um lugar antes. - Eu disse e comecei a andar para o lado oposto, pude perceber ele parando, mas eu segui meu caminho, sem me importar se Zayn me seguia ou não.
Algum tempo depois eu cheguei ao meu destino e me ajoelhei em frente à um túmulo, li o nome gravado nele e passei minha mão pelo concreto frio.
- Oto-san. - Eu disse baixo. - Faz um tempo, não? Eu não diria que o senhor estaria necessariamente orgulhoso de minhas escolhas, mas fiz o necessário, sinto sua falta, sabe, você sempre dizia que as pessoas que morrem se tornam estrelas e nos observam de cima, cuidando de nós. Então eu me pergunto, qual dessas estrelas é o senhor, Oto-san? - Eu encarei o céu estrelado e depois olhei para o túmulo, fechei meus olhos por algum tempo e me levantei depois.
- Finalmente. - Zayn disse atrás de mim, eu continuei encarando o túmulo e passei a mão no bracelete de metal em meu pulso, eu nunca o tirei do meu braço, olhei para o túmulo do lado e fechei os olhos, Myako.
- Você podia pelo menos ter um pouco mais de respeito, até porque ele também era seu pai. - Eu disse com a voz fria por conta da indiferença dele.
- Por mais que eu tente, eu não consigo sentir nada. - Ele disse indiferente, eu ativei o Swylagan e o encarei, seu chakra não demonstrava nenhum sentimento, eu só tinha visto isso duas vezes na minha vida, agora e com os ANBU da fundação.
- Você realmente não sente nada, não é? - Eu perguntei, para ser sincera eu estava com um pouco de pena dele, não sentir deve ser uma coisa muito ruim.
- Não, eu nem sempre fui assim, quando eu era menor, eu sentia essas coisas, alegria, raiva, tristeza, medo, amor, mas depois que minha mãe começou a matar todos os meus amigos e qualquer um com quem eu conversava, eu me tornei indiferente, sentimentos só te destroem e as pessoas podem usar aquelas que você se importa contra você, assim como aconteceu com você, Akemi. - Zayn disse com as mãos nos bolsos da calça, me encarando, seu olhar extremamente indiferente.
- Uma vida sem sentimentos é uma vida na qual não vale a pena viver. - Eu disse e passei o indicador pelas oito pedras cravadas no bracelete.
- Para alguns sim, para outros, é um alívio poder viver sem se preocupar. - Zayn disse dando de ombros. - Mas enfim, nós podemos discutir isso depois, no momento temos um alvo para eliminar e não podemos ficar muito tempo aqui, corremos o risco de sermos encontrados e eu definitivamente não quero ter uma batalha desnecessária.
- Vamos logo. - Eu disse tirando a mão do meu bracelete e encarando Zayn, indicando para ele liderar o caminho.
Nós corremos furtivamente até a casa onde o alvo morava e paramos em cima de uma árvore, as folhas nos escondendo de vista. Uma janela estava na nossa frente e a luz estava ligada, lá havia um garotinho de mais ou menos quatro anos, brincando com um carrinho de brinquedo e uma garotinha que parecia ser poucos anos mais velha, ela brincava com uma boneca e os dois riam, o sorriso das crianças aumentou mais quando o pai entrou no quarto e começou a fazer cócegas no garoto, que gargalhou, o pai pegou as duas crianças no colo e os colocou um em cada cama, ele ia embora quando a garota segurou em seu pulso sorrindo.
- Oto-san, conta uma história? - A garotinha pediu e o irmão concordou animado com a cabeça, o pai suspirou e se sentou em uma cadeira entre as duas camas.
- Claro. Era uma vez, um ninja, ele tinha três coisas na vida dele que ele mais amava e faria de tudo para proteger. - O pai começou a contar.
- O que era? - O garotinho perguntou abraçando seu urso de pelúcia.
- Ele tinha uma linda esposa e dois maravilhosos filhos, um garoto e uma garota, essas eram as coisas mais preciosas da vida dele, ele jurou protegê-los de qualquer coisa... - Então o pai continuou contando a história até as crianças caírem no sono, ele deu um beijo na testa de cada um, desligou a luz e saiu do quarto, fechando a porta atrás de si... eu senti meu coração doer, como eu sentia falta do meu pai, das histórias dele antes de eu dormir. O pior, eu não posso tirar o pai dessas crianças, não posso fazer isso com elas, eu sei como é crescer sem um pai e não desejo isso para ninguém.
- Vamos. - Zayn disse após um tempo e eu assenti, nós entramos pela janela do quarto ao lado e vimos um homem e uma mulher dormindo lado a lado, Zayn me encarou e eu bati em um ponto no pescoço da mulher, fazendo-a desmaiar, o homem acordou na hora, nos encarou e pegou uma kunai que estava em cima do criado.
- O que querem? - Ele perguntou baixo mas com a voz irritada, eu e Zayn ativamos nosso dojutsu e o encaramos.
- Seu nome é Tarik? - Zayn perguntou com a voz calma e o homem não respondeu, mas ele não conseguia se mexer, ele caiu no chão com a mão em seu peito, em cima de um de seus pontos vitais, vi seu chakra migrar praticamente todo para lá, ele estava claramente com dor, mas não fez nenhum som e nos encarou, os olhos determinados. - Vou perguntar somente mais uma única vez, seu nome é Tarik?
- S-sim. - O homem disse e a pressão do chakra diminuiu, eu o vi respirar fundo.
- Você é acusado de assassinato e abuso e, por isso, foi condenado à morte, você nega essas acusações? - Zayn perguntou e Tarik nos encarou com os olhos arregalados.
- Não fui eu quem matou aquela família, não fui eu. - Ele disse e eu vi que ele falava a verdade.
- Ele está falando a verdade, vamos. - Eu disse me virando para a janela, mas Zayn não se mexeu, ele se aproximou do homem com a katana na mão, eu vi o chakra de Tarik fazer mais pressão em seu ponto vital e ele caiu no chão.
- Não fui eu. - Tarik disse nos encarando, suportando a dor o máximo que podia, ele estava claramente falando a verdade, eu sei que Zayn podia ver isso, por que ele continua atacando o homem?
- Zayn, você sabe tanto quanto eu que ele está falando a verdade, chega, vamos embora. - Eu disse com a voz séria e ele me ignorou, colocando a katana no pescoço do homem.
- Minha missão é eliminar esse homem independentemente se ele cometeu os crimes ou não. - Zayn disse indiferente.
- N-não... machuque... m-meus filhos... e nem... m-minha esposa... e-eu imploro. - Tarik disse, implorando, meu coração doeu novamente e eu encarei Zayn e segurei seu braço, que ia dar o golpe final, ele me encarou.
- Por que fez isso? - Zayn perguntou me encarando.
- Não posso te deixar matar esse homem. - Eu disse segurando seu braço firmemente.
- É a nossa missão. - Ele respondeu e tentou se soltar, eu apertei ainda mais seu braço, me recusando a soltar.
- Não me importa, ele é inocente, você não vai matá-lo. - Eu disse decidida.
- Acho que Suke-sama deixou bem claro que se você hesitasse em alguma missão, Konoha seria invadida. - Zayn disse, me atingindo exatamente onde ele queria, eu diminuí o aperto em seu braço e ele se soltou...
- Eu vou esperar lá fora, acabe logo com isso. - Eu disse e me transportei para cima da árvore onde estávamos antes. Algum tempo depois Zayn apareceu ao meu lado, sua katana ensanguentada, eu não pude deixar de pensar em como essas crianças ficariam amanhã, quando acordassem e encontrassem o pai morto no quarto.
Encarei Zayn e não disse uma única palavra, me transportei para perto de Akira e Aika e alguns minutos depois Zayn chegou, eu simplesmente me transportei até chegar no esconderijo no país do ferro, sem trocar um único olhar com meu irmão, ou uma única palavra com Akira.
Obito estava na sala lendo um livro e eu passei direto por ele, indo para o meu quarto e trancando a porta atrás de mim, Akira não falou nada também, ele provavelmente leu minha mente e descobriu o motivo por eu estar daquele jeito e, por isso, preferiu não falar nada, ele sabe que eu não responderia. Tomei um banho rápido, coloquei o pijama e me enfiei embaixo dos lençóis, eu não queria saber de nada, nem sei porque aquilo me atingiu tanto, eram pessoas aleatórias, eu nem ao menos as conhecia, por que fiquei tão abalada?
Akemi, você tem um bom coração, fez a coisa certa. Essa palavras ecoavam na minha mente, Kakashi havia me dito isso no dia em que eu havia protegido Naruto, um completo estranho na época, de um bando de pessoas que queriam machucá-lo. Um bom coração, o quão perigoso isso é?
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