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Conter as lágrimas


Akemi-on

~#~#~

Senti minha consciência voltar aos poucos e abri meus olhos lentamente, estava tudo escuro, meu corpo inteiro doía, eu estava com as algemas e a camisa de força novamente e meus pés estavam presos à correntes presas na parede.

Meus olhos se acostumaram à escuridão e eu olhei ao redor, somente eu estava aqui, provavelmente tinham ANBUs de guarda na frente da cela, mas eu não conseguia vê-los e nem sentí-los.

Olhei pelo meu corpo, ainda estava extremamente dolorido e cada mínimo movimento necessitava de muito esforço, minha cabeça doía, mas nada sangrava, eles provavelmente estancaram o sangue para eu não morrer. Como eu previ, eles não iam me matar.

Minha boca tinha um gosto metálico, sangue, eu provavelmente acabei machucando meu lábio por ter ficado mordendo para evitar gritar. Vozes vinham do corredor, mas eu não conseguia distinguir palavras e nem de quem elas pertenciam, eu mantinha meu olhar no chão, minha boca estava seca, provavelmente desidratação, as vozes se aproximavam, parecia uma pessoa discutindo com outra, que gritava.

— AKEMI! AKEMI, VOCÊ ESTÁ BEM? — A voz dizia da porta da cela, eu nem precisei levantar meu olhar para saber que era Naruto, senti meu coração doer mais uma vez, ele vai me odiar. — POR QUE SAIU DE KONOHA? AKEMI! VOCÊ REALMENTE ESTÁ NA AKATSUKI? VAMOS, ME DIZ QUE ISSO É MENTIRA, ME DIZ QUE ELES COMETERAM UM ENGANO. — Ele praticamente implorava, eu não levantei o olhar, só a voz dele era suficiente para mexer com o meu emocional, eu definitivamente não posso encará-lo.

— Naruto, chega! — A voz de Sakura era firme.

— Akemi, me diz que foi um engano, você nunca faria isso, eu te conheço. — Naruto dizia mais baixo, dava para perceber a decepção em sua voz. — E aquela promessa de proteger todos que você ama? Por favor, fala alguma coisa.

— Naruto, vamos embora. — A voz de Kakashi era baixa e exalava clara decepção, eu continuei encarando o chão, lutando contra as lágrimas que queriam descer, eu não posso chorar.

— Eu confiei em você, você era a minha melhor amiga, era como uma irmã mais nova para mim, Akemi, sei que você está me ouvindo, por favor, fala comigo. — Naruto dizia em um tom praticamente inaudível. — Vamos, fale o que eles querem saber e eu posso dar um jeito de você sair dessa cela, de você viver aqui em Konoha, com os seus amigos, por favor.

Meu coração doía, as lágrimas se acumulavam em meus olhos e eu resistia à urgência de encarar os três que estavam em frente à cela, eu não posso, Yuki vai invadir Konoha se descobrir que eu disse alguma coisa e Pain fará a mesma coisa, não posso colocá-los em perigo, não mais do que eles já estão.

Não adianta, mesmo que eu conte tudo o que eu sei, não haverá perdão, o simples fato de eu ter me tornado nukenin já me condenou, se fosse só isso talvez ainda tivesse esperança, mas eu entrei para a Akatsuki e todas aquelas pessoas que eu matei, definitivamente não haverá perdão.

— Akemi, por favor. — Naruto dizia, sua voz morrendo aos poucos. — Pelo menos olha pra mim, me prova que você não se importa mais, que você não quer saber mais de ninguém, que você desfez os seus laços.

— Naruto. — Kakashi disse, firme.

— Não! Eu não vou sair daqui até ela olhar em meus olhos, até eu ter certeza de que ela desistiu de todos, e mesmo que ela tenha desistido, eu não vou desistir, a verdadeira Akemi está aí dentro e eu vou trazê-la de volta, não importa o que eu tenha que fazer. — Naruto disse, decidido. — Eu não consegui salvar o Sasuke, mas não quer dizer que eu não vou continuar tentando e o mesmo vale para você, Akemi, eu não vou desistir!

Naruto, você continua o mesmo. Eu não pude evitar de sorrir, talvez eu não esteja vivendo do jeito como eu queria, mas estou feliz por simplesmente saber que eles estão seguros e bem, que podem seguir os seus sonhos, que não vão se corromper.

— Akemi, olha pra mim. — Naruto praticamente implorava. Pra mim ter certeza de que vocês vão estar bem, eu preciso ficar o mais longe possível de vocês, protegendo através das sombras, se necessário, preciso fazer vocês me odiarem, tudo para que fiquem em segurança. — Você realmente deixou Konoha para se juntar a Akatsuki? E aquele bilhete que você deixou? Não significou nada? Era apenas uma mentira?

Encarei Naruto com a expressão mais fria que eu conseguia fazer, sabia que ele conseguia ver meus olhos laranjas, seus olhos imploravam por uma resposta, seu cabelo estava bagunçado e ele tinha as duas mãos nas grades da cela, como se quisesse abri-la, olhei para Sakura, ela evitava me encarar e olhava para um ponto aleatório da cela, por fim encarei Kakashi, ele tinha uma expressão de tristeza em seu rosto, seus ombros estavam caídos e seu cabelo estava bagunçado e caindo no rosto, deixando bem claro que ele veio correndo para cá assim que soube da notícia, seus olhos também imploravam por uma resposta, eu sabia que ele estava sofrendo e só essa ideia fazia meu coração doer, me fazia ter vontade se jogar tudo pra trás e abraçá-lo, de dizer que eu sempre vou amá-lo e voltar pra casa com ele e com os outros.

Por fim, eu encarei o chão, eu não posso, sei que a Akatsuki está atrás do Naruto e eu vou fazer de tudo para impedi-los, mas para isso eu preciso ter a confiança de todos, não vou deixar ninguém colocar as mãos no Naruto, nem mesmo o Obito, por mais que eu apoie seu plano, não vou deixá-lo machucar meus amigos.

— E aquele anagrama? Qual era a sua promessa? Era realmente a de nos proteger até o último suspiro? Se for, fala pra gente, nós podemos te ajudar, você não vai precisar mais ficar sozinha, seja qual for a ameaça, nós vamos enfrentar juntos. — Naruto disse baixo, me encarando determinado. — Eu confiei em você...

— Bom, então você não pode me culpar, não é? O erro foi seu. — Eu disse com a voz fria, preciso fazê-lo desistir de mim.

— Chega, hora de irem embora. — Escutei a voz do Ibiki.

— Não, eu preciso... — Naruto começou a dizer mas Kakashi o cortou.

— Naruto, chega! — Kakashi disse firme e eu pude ouvir Naruto reclamando pelo corredor à medida que seus passos se afastavam, a porta da cela abriu e Ibiki parou na minha frente, segurou meu queixo com força e me fez encará-lo.

— Já quer contar tudo o que sabe? Presa dourada, é assim que te chamam, não? — Ibiki disse e eu encarei seus olhos, calada. — Ótimo, isso foi escolha sua.

Ele aplicou algo em meu braço, eu me contorci de dor, meus gritos ecoavam pelo local e Ibiki saiu da cela, fechou a porta e simplesmente desapareceu. Era uma dor forte, mais forte do que qualquer outra coisa, pior do que a tortura que eu tive que passar.

Eu gritava de agonia, sentindo meu corpo inteiro queimar e ser corroído por dentro, minhas veias pareciam ter se fechado, meu coração ficou mais devagar e eu estava sem ar, parecia que algo estava me sufocando.

Após algumas horas de agonia eu não aguentei mais e acabei desmaiando no chão frio da cela.

~#~#~

Minha consciência voltou aos poucos, eu sentia meus braços livres e alguma coisa estava tirando as algemas dos meus pulsos, minhas pernas estavam livres das correntes e eu não estava mais com a camisa de força.

Abri meus olhos e vi Obito tirando minhas algemas, ele tirou a de um braço e tirou a do outro rapidamente, me segurou no colo e eu o encarei, minha visão ainda estava embaçada e tentando se acostumar com a escuridão ao redor.

— Eu vou te tirar daqui. — Ele sussurrou e me segurou mais perto de seu corpo, eu assenti levemente, aceitando o resgate e nós desaparecemos em uma espiral.

Aparecemos no esconderijo do país do ferro, Obito me deitou em uma cama e começou a cuidar dos meus ferimentos, ele tirou a luva e colocou a mão na minha testa, alguns minutos depois ele tirou e disse algo sobre eu estar com muita febre. Eu estava meio consciente, algumas coisas eu entendia e outras não, senti Akira perto de mim, seu pelo macio embaixo da palma da minha mão, aquilo me confortou muito.

— Isso vai anestesiar o efeito dos venenos. Parece que não eram mortais, então um antídoto não é realmente necessário. — Obito disse e aplicou alguma coisa no meu braço, a dor não se comparava a dor dos venenos do Ibiki, mas eu estava fraca e não consegui conter um grito de dor.

Obito cuidava dos outros ferimentos do meu corpo e Akira os curava, se concentrando nos mais profundos e graves. Minha consciência ia e voltava, eu não conseguia me manter totalmente acordada.

— Eu preciso que você fique consciente, certo? — Obito disse com a voz calma e gentil, eu assenti levemente e ele continuou cuidando dos meus ferimentos. Quem diria que eu precisaria quase morrer para ver o Obito ser gentil e cuidadoso. Quem diria que ele conseguia ser gentil e cuidadoso.

Obito limpou e enfaixou meus ferimentos, ele se sentou na cadeira ao lado da cama e começou a acariciar meu cabelo, a dor nos meus músculos estava passando e eu me sentia bem melhor.

— Você é tão teimosa, se pelo menos tivesse me escutado sobre não ficar sozinha em Konoha. — Obito disse baixo. — Durma um pouco, você precisa descansar.

Ele continuou acariciando meu cabelo até eu cair no sono.

Acordei algumas horas depois, meu corpo ainda doía, mas estava muito melhor do que antes, vi Akira dormindo ao meu lado e me aconcheguei mais em seu pelo macio e quentinho, olhei para o lado e vi Obito dormindo em uma cadeira perto da minha cama, ele estava sentado ao contrário na cadeira e tinha a cabeça deitada em seus braços, que estavam apoiados nas costas da cadeira, seu rosto estava sereno, uma expressão que ele não usa muito, já que normalmente é todo sério e rabugento.

Que fofo, ele dormiu aqui. Pera! Ele dormiu aqui? Pra ter certeza de que eu ia ficar bem? Certo, agora eu é que tô com medo, desde quando o Obito é tão carinhoso assim? Será que outra pessoa me capturou fingindo que era ele? Não pode ser o Obito, pode? Isso só pode ser algum tipo de pegadinha. Eu achei que o máximo de emoção que ele conseguia mostrar era levantar uma sobrancelha, ou tentar me matar porque eu invadi a mente dele. Eu provavelmente devo ter morrido e acabei parando em um universo paralelo. Sim, essa é a explicação mais lógica.

— O... Obito... — Eu chamei com a voz meio rouca e baixa, minha garganta queimava, ele abriu os olhos devagar e me encarou, piscou os olhos algumas vezes para ajustá-los à penumbra do quarto.

— Como se sente? — Obito perguntou, sua voz também estava rouca, por conta do sono, e seus olhos estavam estreitos, como se ele não tivesse acordado completamente ainda. Quem diria que eu iria viver pra ver isso.

— Melhor. — Eu disse e tentei me sentar na cama, mas falhei miseravelmente.

— Vai com calma, você vai ficar de cama por um bom tempo. — Obito me disse e eu o encarei.

— Por... que me... salvou? — Eu perguntei, desconsiderando o fato de que ele fez isso pro Madara não acabar com a raça dele quando eles se encontrarem novamente, ele podia simplesmente ter me tirado de lá, me deixado no quarto e deixado o resto para Akira cuidar, mas ele cuidou de mim e eu quero saber o motivo.

— Quando você passa 14 anos vigiando uma pessoa, você acaba criando uma certa... simpatia por ela. — Obito disse e eu sorri, parece que o antigo Obito ainda está vivo aí dentro.

— E... como sabia... onde eu estava? — Eu perguntei, minha voz falhando e minha garganta doendo por causa da minha tentativa de falar.

— Akira me disse, ele chegou desesperado dizendo que você tinha sido capturada por ninjas de Konoha e que provavelmente seria torturada. Eu tive que te localizar primeiro e depois encontrar uma brecha pra mim te tirar de lá sem chamar atenção. — Obito disse e se endireitou na cadeira, passando a mão pelo cabelo, que já estava bagunçado, o bagunçando ainda mais.

Minha barriga roncou, eu definitivamente estava com fome depois de ter passado mais de... espera, quanto tempo eu fiquei lá?

— Quanto... tempo eu fiquei... presa? — Eu perguntei.

— Quase quatro dias. — Obito me disse e se levantou da cadeira, indo para a porta do quarto. — Espero que isso sirva de lição e que você comece a me escutar a partir de agora.

Ele saiu e voltou alguns minutos depois com um copo de água e alguns remédios, me entregou os dois e eu os tomei.

Eu tenho certeza que ele demorou um pouco mais do que o necessário para me tirar de Konoha só pra me castigar por ter invadido a mente dele.

— Você não vai poder comer por pelo menos uns dois dias. — Obito disse e meus olhos arregalaram, eu to com fome, mais DOIS DIAS sem comer? — Parece que um veneno afetou seu estômago e você não vai poder comer até que seja completamente curado, Akira está trabalhando nisso, mas ele disse que vai demorar um pouco.

— Que ótimo! — Eu disse irônica, ignorando a constante dor na minha garganta. — Então quer dizer que... eu vou ficar com fome... por mais dois dias?

— Você pode tomar água e soro, e esses comprimidos vão substituir a comida. — Obito me disse e eu assenti relutante, viver de água, soro e comprimidos por dois dias não estava em meus planos. Na verdade, nada disso estava em meus planos.

— Certo. — Eu disse baixo e ele se sentou na cadeira perto da cama.

— Por que deixou eles te capturarem? — Obito perguntou, sabendo que eu podia ter escapado antes da tortura começar.

— Eu não sei, acho que... você tava certo... meus sentimentos vão acabar... me destruindo um dia. — Eu disse baixo e encarei minhas mãos. — Eles são a minha maior fraqueza.

— E você quer acabar com ela? — Obito me perguntou, eu o encarei determinada, não posso mais ficar assim, eu podia ter morrido por conta dos meus sentimentos e aquela dor, não a dor da tortura, mas a dor de ver meus amigos me olharem com decepção e desprezo, a dor de vê-los sofrer, eu não quero mais sentir isso.

— Sim. — Eu disse determinada e pude ver o esboço de um sorriso convencido em seu rosto, senti lágrimas brotarem em meus olhos novamente ao me lembrar dos acontecimentos dos dias anteriores, foi muita coisa para a minha cabeça.

— Eu posso te ajudar com isso. — Obito disse. — Mas agora você precisa descansar, quando estiver melhor, nós começamos o treinamento.

— Hai. — Eu disse e senti uma dor aguda em meu estômago, parece que eu vou ficar um bom tempo sem me mexer.

— Graças ao Akira, você vai se recuperar mais rápido do que o normal, mas não se esforce muito logo de início. — Obito disse se levantando e eu assenti. — Preciso resolver algumas coisas, mais tarde eu volto.

— Obrigada, Obito. — Eu disse e ele assentiu e saiu do quarto.

Akira me encarou e eu passei a mão em seu pelo, ele começou a curar meus ferimentos e eu comecei a me sentir muito melhor.

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Narradora-on

— ELA O QUÊ? — Tsunade gritou e bateu em sua mesa, quebrando-a ao meio, Shizune arregalou os olhos e os dois ANBUs, que estavam de frente para a Hokage, deram um passo para trás, não querendo ser pegos em sua onda de fúria.

— Ela escapou, Tsunade-sama. — Um dos ANBUs disse e a Hokage se sentou na cadeira, segurando suas têmporas.

— Como isso aconteceu? — Tsunade perguntou tentando manter a calma, Shizune se afastou um pouco, sabendo que a Hokage explodiria de raiva a qualquer momento.

— Não sabemos, os ANBUs que vigiavam a cela foram mortos e não tem nenhum sinal de luta. Já enviamos uma equipe de busca, mas eles não encontraram nada, Hokage-sama. — O outro ANBU falou e Tsunade cerrou os punhos.

— Como ela pode ter fugido? Ibiki não incapacitou ela? — Tsunade perguntou e Ibiki deu um passo à frente, desencostando da parede.

— Eu não sei, o veneno estava fazendo efeito e ela estava muito fraca e machucada para conseguir escapar e, mesmo que escapasse, não seria capaz de se afastar muito da vila. — Ibiki disse.

— Coloquem mais equipes de busca, tragam-na de volta e, se houver resistência, vocês têm permissão para assassinato. — Tsunade disse irritada.

— Hai! — Os dois ANBUs disseram e desapareceram em uma cortina de fumaça junto com Ibiki.

— Esse lixo da Akatsuki... — Tsunade murmurou e socou a parede de sua sala, quebrando-a por completo.

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