Pequenas Sementes
Não demorou muito para um elfo chegar e avisá-los que o almoço estava pronto e Lorde Malfoy os esperava na sala de refeições. Ao chegarem lá, Harry se sentou em frente à Lucius, com Draco e Rony a sua direita e Pansy, Terêncio e Theo a sua esquerda, o comportamento deles não passou despercebido pelo Malfoy mais velho, que decidiu que era hora de realmente falar com Potter.
— Então, Harry, — Ele começou — Pelo tempo que ficaram na biblioteca, me arrisco a dizer que não foi apenas o jornal de hoje que você olhou.
— Sim, nós acabamos ficando interessados nos acontecimentos da última semana, já que a maioria de nós não lê o jornal e nem o comenta com os pais. — Foi a resposta que o moreno lhe ofereceu.
— Se olharam pela última semana, devem ter passado pela matéria sobre você que Rita Skeeter fez. — O loiro comentou, não percebendo que Rony ficara levemente mais tenso ao ouvir aquilo — Tenho que parabeniza-lo, não são todos os bruxos que conseguem escapar das garras dela, nem mesmo o Ministro consegue se livrar de uma entrevista com ela, não importa quantos aurores use de guardas.
— Tenho meus meios de não ser localizado. — O garoto disse dando de ombros.
— Bem, você se importaria se eu fizesse algumas perguntas? — Lucius questionou, os olhos se fechando levemente ao perceber todos os outros, menos o de olhos verdes, ficarem mais tensos e o fitarem com o canto do olho, a gata preta, que estava no canto do local descansando, pareceu começar a lhe encarar em aviso.
— Você pode perguntar, — Harry respondeu de forma relaxada, enquanto continuava a comer — mas não lhe garanto uma resposta.
Aquela frase fez os sentidos do homem ficarem alertas, o garoto a sua frente estava tentando jogar com ele, irritá-lo. Aquilo o fez se sentir um tanto quanto insultado, mas não deixou transparecer, apenas continuou como se a segunda parte da resposta que recebera não tivesse sido dita.
— Bem, queria saber se o que o que Alexy Potter disse em sua entrevista com Skeeter era verdade. — Lorde Malfoy perguntou.
— Se fala sobre as complicações que me levaram a ser criado longe dos meus parentes sanguíneos, então se pode dizer que é uma meia verdade. — O Potter explicou — Eu realmente cresci longe dos Potter, sem nenhum contato com eles, pra ser mais específico. Quanto à parte das complicações, não vou te dar nenhuma resposta detalhada, você deve descobrir isso em breve de qualquer forma, apenas saiba que não foi algo que eu fiz, foi o que eu não fiz.
Aquela resposta era bastante confusa. O que exatamente o garoto poderia não ter feito para tomarem medidas como essas? Só após algum tempo percebeu outra coisa que ele havia dito "você deve descobrir em breve", o que ele queria dizer com isso?
Infelizmente, a atenção do moreno já não estava mais em Lucius, que observou enquanto o garoto irritava seu filho, chamando de apelidos como Dray e Draquinho. O Malfoy mais velho conhecia o filho e esperou que ele perdesse a paciência e se levantasse da mesa, brigando com Harry, porém isso não aconteceu, Draco parecia estar se contendo.
O Sonserino mais novo sabia do olhar atento que Lorde Malfoy lhe dirigia e decidiu brincar um pouco com aquilo. Se o homem prestasse um mínimo de atenção ao filho, então ainda o via como um garoto metido que não baixava a cabeça a ninguém, portanto, o Potter queria brincar um pouco e mostrar-lhe todas as mudanças que havia conseguido fazer no Malfoy mais novo em alguns meses.
— Dray... — O garoto chamou, aproveitando a distração do outro para pegar um pouco da comida no prato dele e comer, observando a expressão indignada do Malfoy.
Apesar da óbvia indignação com o roubo descarado, o garoto não fez nada, apenas resmungou algo baixinho e tentou agarrar a mão de Harry para impedi-lo de repetir o feito. Não funcionou, entretanto arrancou uma risada dos outros.
Lucius, é claro, estava... impressionado, para dizer o mínimo, Draco nunca fora do tipo para deixar que fizessem esse tipo de coisa consigo. Por que estava deixando um garoto que conhecia há apenas um ano ficar tão próximo de si?
Depois que a refeição havia acabado, o grupo se levantou e foi até o quarto do Potter, onde jogaram conversa fora por um tempo, enquanto o moreno escrevia uma carta, que não lhes disse para quem era.
Assim que acabou, ele chamou a gata e deu lhe o papel, o qual Nacht apanhou com a boca e olhou para o de olhos verdes, esperando instruções.
— Entregue para Edwiges, ok querida? — Harry pediu, fazendo um leve carinho atrás da orelha do animal, que ronronou satisfeita antes de sair do quarto, ainda com a carta na boca.
— Eu realmente tenho medo de Nacht. — Pansy falou com um suspiro — Quero dizer, que tipo de gata é tão inteligente? Ela literalmente sabe todo o conteúdo ensinado em Hogwarts do primeiro ao sétimo ano!
O Potter riu quando todos os outros concordaram com a garota, obviamente aterrorizados com a gata.
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No dia seguinte, às nove da manhã, todos estavam prontos para ir ao Beco Diagonal. Lucius chegou na sala e questionou:
— Ok, todos prontos?
— Sim, pai, pela décima vez hoje, estamos todos prontos. — Draco respondeu com a voz entediada.
O Malfoy mais velho revirou os olhos para o filho e acenou como se dissesse para todos pegarem um pouco de pó de flu. Um a um, todos entraram na lareira da Mansão Malfoy e saíram na lareira do Caldeirão Furado.
Lucius foi o último a chegar e imediatamente se dirigiu as crianças com um tom sério:
— Agora, vocês devem se comportar muito bem, caso o contrário vou leva-los de volta para casa. Portanto sem bagunça, fiquem juntos e me avisem se tiverem de ir a algum lugar, ok? Vou me juntar a vocês em breve Tenho apenas que resolver alguns assuntos, então quero todos em frente a Gringotes em uma hora e meia exatamente.
Todos assentiram e o grupo saiu do bar, indo primeiro para a Floreios e Borrões.
— Eu acabei não olhando a lista. — Harry comentou — Quais livros precisamos?
— Livro Padrão de Feitiços da 2ª série — Pansy leu — e a coleção completa dos livros de Gilderoy Lockhart "Meu Eu Mágico".
— Deve ser interessante. — Rony comentou — Quero dizer, o cara curou a doença mais mortal desde os tempos antigos, os livros não podem ser inúteis, certo?
— Provavelmente. — Harry concedeu — Mas tem alguma coisa sobre isso que me incomoda, não tenho certeza do por que, entretanto isso não me cheira bem. E você, Terêncio, quais são seus livros?
— Livro Padrão de Feitiços da 7ª série, — O mais velho recitou — "Animais Fantásticos e Onde Habitam" 51° edição, "Numerologia Avançada" de Marcio Pork, "História das Runas" de Sibilina Kelvin, "Transfiguração e Suas Facetas" de Joan Flinstine e a coleção completa de Lockhart "Meu Eu Mágico".
— Então parece que a coleção de Lockhart é padrão para todos os anos. — O Potter disse — Então ou é um grande fã dele, ou a vaga de professor de Defesa Contra as Artes das Trevas foi ocupada pelo próprio Lockhart.
Finalmente chegaram na loja e havia um grande cartaz colado na vitrine da loja com os seguintes dizeres:
"Venha Conhecer Gilderoy Lockhart
Ele estará presente apenas no dia 09/08"
Não dando muita atenção àquilo, eles entraram na loja para pegar seus livros. Assim que estavam todos com os livros, Theo falou:
— Os livros de Lockhart são bem grossos, não?
— Devem conter muitos detalhes. — Pansy comentou dando de ombros — Afinal, pelos títulos, devem ter sido feitos complicados.
Enquanto se dirigiam ao caixa para pagar os materiais, uma garota loira com uma grande quantidade de livros empilhada no braço esbarrou em Harry e derrubou os livros no chão.
A garota era pequena e a primeira coisa que o moreno notou quando olhou para ela foi a marca preta momentânea no braço dela, a mesma que o garoto havia visto em Neville no fim do ano.
Os olhos prateados da menina se fixaram nele, como se soubesse na que ele pensava, antes de se abaixar para voltar a empilhar os livros no braço. Decidindo seguir seus instintos, o Potter se abaixou para ajuda-la.
— Obrigada, Harry Potter. — A garota agradeceu com uma voz sonhadora e doce.
— Poderia me conceder seu nome, doce senhorita? — O moreno pediu gentilmente.
— Luna Lovegood, meu senhor. — A de olhos prateados contou com um sorriso no rosto — Apesar de que você já sabia, não?
O de olhos verdes riu levemente, era verdade que já havia deduzido sua identidade pela aparência semelhante à de Xenofílio Lovegood, editor-chefe d'O Pasquim. O "meu senhor" que Luna dissera não lhe passou despercebido, entretanto o garoto não se prendeu a isso. Também podia sentir sua magia se prender a garota e muitas informações que ele não deveria saber inundaram sua mente, parece que a pequena Lovegood havia ativado sua clarividência a todo o vapor.
— Bem, little moon, — O Sonserino chamou — o que acha de completar suas compras conosco.
— Seria encantador. — A garota falou, soprando o cabelo loiro brilhante do rosto.
Harry se olhou para os outros que haviam entrado na fila do caixa e foi até eles com a loira e falou:
— Essa é Luna Lovegood, eu a chamei para comprar os materiais conosco.
— Olá, Luna. — Pansy foi a primeira a cumprimenta-la — Eu sou...
— Pansy Parkinson. — A mais nova interrompeu a outra, ainda com a mesma voz sonhadora — Sua mãe deu uma entrevista ao meu pai.
A Parkinson parecia devidamente impressionada, quando Luna dirigiu sua atenção aos outros.
— E vocês são Ronald Weasley, Theodore Nott, Terêncio Caterpin e Draco Malfoy. — Ela anunciou com segurança, antes de prender sua atenção no primeiro — Eu sinto muito.
Rony piscou confuso por alguns segundos, tentando decidir o que responder, porém a atenção da Lovegood já não estava mais em si, tendo encontrado como alvo uma Sonserina muito impressionada.
Harry sorriu para a situação e terminou de comprar os livros.
— Já conseguiu suas muletas, little moon? — O Potter questionou para a garota, que, finalmente desviando a atenção de Pansy, apenas o olhou e respondeu:
— Ainda não, a entrada estava cheia de Narguilés, não achei apropriado fazer algo tão importante sob o olhar deles.
— Narguilés? — O moreno questionou interessado.
— Pequenas criaturas invisíveis que bagunçam a cabeça das pessoas, não dá para vê-los sem um óculos especial, mas as vezes consigo senti-los. — Luna explicou.
— Certamente criaturas muito interessantes. — O de olhos verdes comentou.
Os outros se entreolharam, confusos com a conversa que estavam presenciando. Alheio aos pensamentos dos outros, Harry disse:
— Draco, pode vir comigo até o Caldeirão Furado? Tenho umas coisas a fazer lá. Enquanto isso, vocês quatro podem ir com Luna comprar a varinha dela? O pai dela teve de sair e ela não está segura sobre ir sozinha.
O Malfoy concordou rapidamente. Pansy e Terêncio não pareciam muito certos sobre aquilo, entretanto, quando Rony e Theo começaram uma animada conversa com Luna, apenas assentiram.
Pegando o mais velho pelo braço, o Potter o puxou até o bar, sentando-se em uma mesa e fixando o olhar na lareira do local.
— O que tem que fazer aqui, Harry? — O loiro perguntou confuso.
— Lembra-se da carta que estava escrevendo ontem? — O mais novo comentou, recebendo um aceno afirmativo em resposta — Bem, eu tive uma ideia de como conseguir tirar os Potter da minha cola, para eles não ficarem em cima de mim tanto quanto ficaram ano passado.
— E o qual seria essa forma? — Draco questionou, ainda sem entender.
— Bem, com a pesquisa dos artigos de ontem, eu vi que Rita Skeeter é uma repórter com grande influência, afinal, os artigos dela eram os únicos que todos vocês haviam ouvido sobre. — O moreno comentou — Então ofereci uma entrevista a ela, para contar onde eu estive durante todo esse tempo e por que era um segredo.
— Isso não é uma boa ideia. — O loiro apontou — Rita Skeeter escreve apenas o que quer, ela não pinta ninguém de anjo.
— Não se preocupe. — Harry disse, com um brilho perverso passando momentaneamente por seus olhou — Eu tenho um plano.
Naquele momento Rita Skeeter passou pelas chamas da lareira do Caldeirão Furado e o Potter se levantou, assumindo uma máscara de indiferença, que foi compartilhada por Draco, apesar de não tão bem executada.
— Senhorita Skeeter. — O moreno cumprimentou a mulher, dando um beijo nas costas da mão da mulher.
— Que maneiras adoráveis, Herdeiro Potter. — Rita disse com um ronronar na voz. O Sonserino apenas sorriu, indicando que ela se sentasse na cadeira em frente à dele — Vejo que chamou o Herdeiro Malfoy para acompanhar-te.
— Espero que não se incomode. — O garoto falou.
— De forma alguma, na verdade, é ainda melhor. — A mulher riu — A amizade de vocês com certeza é bastante chamativa.
— Se importaria se eu fizesse um feitiço de privacidade para que ninguém ouça nossa conversa? — Harry perguntou.
— Consegue fazer um feitiço desses em tão tenra idade? — Skeeter perguntou impressionada. Ao invés de responder-lhe, o Potter sacou a varinha de azevinho e realizou o feitiço.
— Agora que isso foi resolvido, tenho apenas um aviso antes de começarmos isso. — O moreno disse enquanto se recostava na cadeira — Eu espero que tudo no artigo esteja de uma forma que me agrade, caso o contrário eu terei que tomar providências para garantir que isso não se repita.
Draco viu a irritação tomar conta do rosto da jornalista, que detestava que lhe ditassem como trabalhar. Ela estava prestes a falar algo, mas o Sonserino continuou:
— Agora, não me leve a mal. Confio plenamente na sua integridade, afinal, não é fácil para um inseto tão pequeno sobreviver em um mundo cheio de tantos predadores, não?
Aquilo pareceu acertar algum ponto em Rita, pois seu rosto ficou pálido e ela olhou assustada para o garoto, que sustentava um sorriso perverso e apertava os olhos de forma divertida. A mulher engoliu em seco e assentiu.
— Ótimo, vamos começar, não podemos desperdiçar tempo precioso. — O mais novo disse divertido, o sorriso voltando ao mesmo que sustentara quando cumprimentara Skeeter.
O Malfoy continuou olhando o outro, impressionado e maravilhado com a forma que ele conseguira controlar a jornalista mais incontrolável da Grã-Bretanha, apesar do loiro não entender exatamente o que ele havia feito para conseguir isso.
Depois de pouco mais de meia hora, a dupla saiu do Caldeirão Furado e seguiu em direção a Gringotes, onde o resto do grupo já os esperava.
— Onde vocês estavam? — Perguntou Terêncio — Estamos aqui faz um tempão.
— Estávamos com Skeeter. — Harry contou calmamente, dando-lhes um breve resumo do acontecido, vendo os outros arregalaram os olhos antes de começarem a rir.
— Eu mal posso esperar para o jornal de amanhã. — Theo falou rindo — Se você tiver mesmo conseguido controlar ela, uma boa parte do mundo mágico está em suas mãos.
— Não faz bem a um inseto tão pequeno ter uma casca tão brilhante. — Luna comentou, observando algo em cima dos telhados que ninguém mais via — Até o mais fraco dos pássaros pode pegar um inseto em campo aberto.
O Potter sorriu antes de dizer:
— Bem, um inseto não é uma refeição, mas ele pode levar o pássaro até um verdadeiro banquete, se este for paciente.
— Acho que é hora da margarida se despetalar. — A Lovegood cantarolou, virando os olhos para o moreno.
— Alguém entendeu algo? — Pansy sussurrou confusa, recebendo um aceno negativo dos outros.
Antes que pudessem pensar mais naquela estranha conversa, Lucius se aproximou e estranhou o acréscimo de uma jovem ao grupo. Entretanto, antes que tivesse a chance de falar sobre isso, a loira se pronunciou:
— Parece que o inverno passado está para chegar. Eu deveria ir procurar os olhos de prata.
— Deve estar na região de começo. — O de olhos verdes comentou de forma breve — Até breve, little moon.
— Até, sonhador. — Ela despediu-se antes de sair em direção ao Caldeirão Furado, deixando um grupo confuso e um Harry maravilhado para trás.
Depois de ir até o Boticário para reabastecer o estoque de ingredientes de poções, um grupo bastante animado voltou para a mansão Malfoy.
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Na manhã seguinte estavam todos ansiosos enquanto esperavam o jornal. Lucius estranhou o comportamento deles, mas não perguntou, resolvendo esperar para ver o que aconteceria.
Às oito da manhã, como todos os dias, o Profeta Diário chegou, entretanto, ao ler a manchete do dia, Lucius quase engasgou com o café, abrindo o jornal na página da matéria o mais rápido possível.
"A incrível história de Harry Potter.
Por Rita Skeeter
Meus queridos leitores, vocês não acreditariam na sorte enorme que eu tive ainda no dia anterior a publicação desse jornal. Acabei por encontrar Harry Potter, uma das pessoas mais misteriosas d Grã-Bretanha atualmente, no Caldeirão Furado.
Quando eu lhe pedi uma entrevista, ele aceitou e, devo ressaltar, suas maneiras eram encantadoras.
O encantador garoto estava com um de seus amigos da escola, Draco Malfoy, o Herdeiro Malfoy.
O Herdeiro Potter estava ciente de todo o mistério envolvendo sua pessoa e foi gentil em me responder tudo o que perguntei.
Quando questionado sobre como havia passado despercebido por tanto tempo, "A família Potter não podia, ou não queria, lidar comigo. Então me enviaram para outro lugar, onde eu cresci sem nenhum conhecimento sobre minha família biológica ou mesmo sobre o mundo mágico.", foram suas palavras. Nesse momento, Harry parecia hesitante em continuar, o que considero compreensível, não deve ser fácil falar sobre algo tão terrível quanto ser simplesmente desprezado por seus pais. Ao perceber o desconforto do amigo, Draco Malfoy colocou uma mão em seu ombro, em uma clara tentativa de acalmar o senhor Potter.
"Mas eu cresci, um ano atrás descobri sobre o mundo mágico e procurei saber sobre minha família. Foi um choque descobrir que eles não estavam mortos, como eu sempre tentei me convencer." ele continuou após se acalmar "Ainda não sei o que meus irmãos, Alexy e Fuyuka* têm de tão diferente de mim, mas não seguro raiva contra eles, afinal eles não possuem responsabilidade por isso."
"Deve ter sido difícil ser ignorado por seus pais, não?" perguntei-lhe.
"Acho que teria sido mais fácil assim. Mas Lady e Lorde Potter continuaram tentando falar comigo durante o ano letivo, cada vez com piores desculpas para o abandono. Eles estavam com medo do que a imprensa falaria se descobrisse minha história. O que foi tolo da parte deles, se não fossem as ações deles, eu nem sequer teria considerado apelas para o jornal." O Herdeiro Potter me contou. Após isso minha curiosidade apenas ficou mais forte, então continuei a lhe fazer perguntas.
"Bem, deve ter sido difícil se acostumar com o mundo mágico, não? Ainda assim, você parece tão à vontade aqui, sabe até cumprimentos tradicionais." Eu disse a ele, que apenas riu antes de me responder:
"Bem, eu tive sorte de conhecer pessoas como o Draco aqui, que sabem tudo sobre o mundo bruxo e suas famílias são antigas, com bibliotecas grandes. Já que nem nas livrarias nem na biblioteca de Hogwarts existe um único livro sobre a cultura e a forma de se portar dos bruxos. Também não adianta esperar por isso em História da Magia, já que, do primeiro ao sétimo ano, tudo que se vê são as guerras dos duendes." foi o que Harry me disse "Eu acho um absurdo termos uma matéria em Hogwarts para os criados no mundo bruxo descobrirem mais sobre o mundo trouxa e não termos uma matéria sobre o mundo bruxo para quem foi criado no trouxa."
Bem, eu estava maravilhada e indignada com esta conversa, o primeiro por ter encontrado um garoto tão brilhante e tão carismático, o segundo pelas constatações dele que, após uma breve pesquisa, se provaram verdadeiras.
Eu gostaria de ter tido mais tempo para conversar, porém os Herdeiros Potter e Malfoy não estavam sozinhos e tiveram de ir embora.
Espero que isso tenha saciado a curiosidade de vocês, leitores tão sedentos por respostas."
Assim que terminou de ler, Lucius olhou assombrado para aquele garoto, quando ele havia conseguido fazer aquilo? Como ele conseguira uma vista tão elogiosa de Rita Skeeter, a repórter mais ácida da Grã-Bretanha?
Quase como se soubesse o que ele estava pensando, Harry o olhou e ofereceu um sorriso perverso, fazendo com que, pela primeira vez, Lucius percebesse que talvez a coisa menos mortal nele fossem aqueles grandes olhos da cor da maldição da morte.
O resto do grupo pegou o jornal e começou a ler, Terêncio e Pansy caíram na gargalhada na metade e Theo disse apenas uma frase:
— Eu gostaria de ver a cara de Dumbledore e dos Potter nesse momento.
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N/A:
*Muito obrigada @Any_Wayne por me falar sobre isso. O fato é que eu errei o nome de Fuyu, Fuyu No Hana (nome anterior) é a escrita do significado do nome (flor de inverno), enquanto Fuyuka é a "versão" nome, portanto o nome vai ficar assim daqui pra frente, ok? Os kanjis de escrita são 冬花.
Olha quem tomou vergonha na cara e resolveu postar!
Gente, eu comecei a fazer um esboço mais detalhado da trajetória dos personagens principais da história (incluindo os que ainda não apareceram) e eu queria saber se alguém sabe se existe um número mínimo de personalidades de alguém com tdi para ser formado um sistema. É uma informação que eu realmente não consigo achar e gostaria de saber se algum de vocês sabe, pois não quero cometer erros que possam desrespeitar as pessoas com esse transtorno.
A segunda coisa que quero falar, não tem haver com a história, mas vocês acham que vale a pena publicar histórias originais no Wattpad ou o melhor é ir em algum lugar como a amazon?
É isso, comentem e votem. Até o próximo capítulo!
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