Partida Violenta
Já de noite, Harry e Blaise estavam no quarto do Zabini. O Potter estava trocando os curativos do outro enquanto esperavam o resto do grupo chegar, exceto por Rony, que tinha aula de Astronomia.
— Talvez os outros devessem saber disso tudo, se você estiver pronto pra contar — Harry sugeriu. Blaise mordeu o lábio inferior, sem ter certeza do que responder enquanto olhava para o chão. Finalmente, ele falou:
— Eu... eu não sei. Digo, eu sei que eles não iriam se afastar de mim por isso, mas... nem eu tenho certeza do que "tudo isso" é. Seria... ruim eu esperar?
— Claro que não — O Potter contou — Não se preocupe, você só precisa contar se e quando se sentir pronto para isso.
Blaise concordou com a cabeça, pegando o espelho de bolso que ele carregava para todo lado e examinou o rosto, focando um pouco nos curativos. Harry notara que, provavelmente por conta da fama de sua mãe e o quanto ela se importava com as aparências, o outro havia desenvolvido uma obsessão doentia em relação a tudo que envolvesse sua aparência. Tentando desviar a atenção dele das cicatrizes e novos machucados, o Potter afastou o espelho do Zabini e falou:
— Talvez seja melhor deixar sem o feitiço de glamour pelo resto da noite. Não se preocupe, — Ele acrescentou rapidamente quando viu a expressão preocupada de Blaise — Não precisa explicar para os outros como você os conseguiu.
— Ok... — Blaise concordou relutantemente.
Finalmente, os outros começaram a chegar. Draco foi o primeiro, seguido por Pansy e Luna, os últimos a chegar foram Theo, Terêncio e Neville. Conforme chegavam, eles iam se sentando em algum lugar do quarto e, toda vez que algum deles parecia prestes a perguntar sobre os curativos no rosto do Zabini, Harry lhes lançava um olhar duro que fazia com que mudassem de ideia.
— Então, — O Potter começou — Draco, você disse que a última vez que a Câmara Secreta foi aberta foi na época do seu avô, não?
— Sim, — O Malfoy confirmou com um aceno positivo — foi por volta de cinquenta anos atrás. Nunca me contaram quem era o culpado, mas sei que foi descoberto e expulso após a morte de uma estudante nascida-trouxa.
Bem, aquilo confirmava a teoria que Harry vinha nutrindo em sua cabeça durante o dia sobre Murta ter sido uma vítima da última vez que a Câmara fora aberta.
— O professor Binns contou a lenda da Câmara Secreta hoje na aula — Neville comentou, recebendo muitos olhares surpresos. Ele apenas deu de ombros e continuou — Rony o convenceu. Ele conseguiu agir bastante como Harry e convencer o velho fantasma.
Um pequeno sorriso orgulhoso apareceu no rosto do Potter, antes que ele pedisse para que o Longbottom repetir a história que o professor fantasmagórico contara na aula. Ele prestou atenção em cada detalhe que foi dado e permaneceu em silêncio após o fim da história enquanto ouvia os outros especularem sobre diversos pontos. Draco, Pansy, Blaise e Theo estavam especulando sobre o que seria esse "monstro" que a lenda mencionava. Já Luna, Terêncio e Neville tentavam descobrir onde ela poderia ser.
Entretanto, quanto mais pensava sobre a questão, ambas as preocupações dos outros pareciam cada vez menos relevantes para a cena total. Após quase dez minutos em completo silêncio, ele ergueu a mão esquerda, silenciando todos os presentes. Após mais alguns momentos refletindo sobre a questão, dessa vez em completo silêncio e podendo focar cem por cento nela, ele falou:
— Não acho que "onde" ou "o quê" sejam as perguntas certas. Pensem bem, qual é o acontecimento que temos como verídico e que iniciou essa história?
— A saída de Salazar Slytherin da escola — Draco respondeu.
— Exato — Harry concordou — Se pudermos ter certeza de, não só seu motivo para ir embora, mas também do conteúdo de suas rixas com os outros fundadores e sua aparente aversão aos nascidos-trouxas, então saberemos como encarar a Câmara Secreta.
— Faz sentido — Theo concordou — Mas como faremos isso? Não é como se esse tipo de informação estivesse na biblioteca.
— Nas férias de Natal, — O Potter disse — vocês podem olhar nas bibliotecas de suas casas, não? As famílias de vocês são terrivelmente antigas e guardam todo tipo de coisas e informações que nem mesmo o Ministério da Magia tem. Além disso, também precisamos pesquisar mais sobre a última vez que a Câmara Secreta foi aberta, tentar descobrir o culpado e conseguir uma lista de todos os estudantes de cinquenta anos atrás, a década toda.
Ele parou por alguns instantes, deixando que os outros absorvessem o que ele estava falando.
— E quanto a estudante que morreu? — Neville perguntou — Não deveríamos tentar descobrir quem foi também?
— Eu já sei quem foi, — Harry falou, para a surpresa de todos os outros — a estudante que morreu foi Murta Isabel Warren, mais conhecida como Murta-Que-Geme, a fantasma do banheiro feminino do primeiro andar.
Os outros estudantes presentes encararam o Potter, surpresos demais para falarem alguma coisa. Antes que eles pudessem se recuperar do choque, um barulho vindo de um dos cantos escuros do quarto, seguido por um miado, chamou a atenção de todos. Das sombras saiu Nacht, com um pergaminho enrolado na boca. A gata se aproximou e entregou o pergaminho para Harry e ronronou quando recebeu uma carícia na nuca do outro.
— Quando que essa gata entrou aqui? — Pansy exclamou assustada — Eu tenho certeza absoluta que ela não estava ali um minuto atrás!
Harry apenas a ignorou e abriu o pergaminho, se surpreendendo quando uma carta em papel trouxa caiu de dentro. Ele leu primeiro e que havia caído:
"Querida joia,
Eu andei pesquisando bastante tanto sobre o problema I quando o J. Tenho correspondentes em Durmstrang e todos eles relatam que Ivã Akulov tem sido um... professor modelo, por falta de palavra melhor. Vou continuar vigiando, mas pode ser que demore até conseguirmos manda-los para a cadeia novamente.
Quanto a Jelavit, creio que você esteja tendo uma pesquisa muito mais frutífera que a minha, estando tão próximo do homem. Para derrubá-lo do pedestal, vai ser necessário um ataque vindo de vocês, estudantes. Ainda posso te ajudar com algumas coisas se precisar, mas não serei capaz de fazer muito.
Mudando o foco dessa carta, eu ouvi sobre o que aconteceu em Hogwarts e estou tentando descobrir algo a respeito, mas preciso te avisar, FIQUE SEGURO! Sei que você tem uma tendência de mergulhar de cabeça em mistérios, mas não faça isso dessa vez, o risco é grande demais.
Atenciosamente,
Núbia Arafa
P.S.: Stella e Luca visitaram no Dia das Bruxas, eles perguntaram sobre você e Edgy, também pediram para que eu enviasse seus presentes de Natal adiantados, que devem estar chegando alguns dias depois dessa carta. O segundo papel é de Edgy, ele me pediu para enviar para você o mais rápido possível, parece importante."
Harry mordeu os lábios, preocupação estampada em seu rosto enquanto desenrolava o pergaminho de Edgy. Os outros estudantes presentes estavam confusos, mas sentindo que era algo importante, não falaram nada.
"TK,
Aposto como você não esperava receber uma carta minha tão perto do Natal, certo? Quase posso ver sua expressão preocupada e confusa pelo papel.
Bem, não posso culpa-lo, algo realmente aconteceu. Normalmente eu esperaria até nos encontrarmos, mas isso é importante. Eu... me envolvi em um acidente alguns dias atrás, os detalhes não são importantes agora, mas eu acabei descobrindo algo sobre os Borlov e Matheus. Aparentemente a mãe de Matheus, Mary MacDonald, ainda está viva. Se nós descobrirmos onde ela vive, talvez ela esteja disposta a nos contar mais sobre o que aconteceu e você vai poder parar de correr riscos tentando invadir os Borlov.
Fique seguro, ok? Te vejo no Natal.
Edgy"
Harry dobrou ambas as cartas, para responder depois, um pequeno sorriso esperançoso em sua expressão.
— De quem é? — Terêncio questionou.
— Bem, pode se dizer que são... — O Potter hesitou, procurando por um termo bom o suficiente para descrevê-los — Eles são... a "família" com quem cresci, acho que pode se dizer. O Papel é do meu irmão, ele não sabe sobre os bruxos, o outro é da minha... da minha mãe, ela sabe sobre Hogwarts, o mundo bruxo e tudo o mais.
Harry decidiu usar o termo "família" para descrevê-los, o que não está errado, ele realmente os considera assim, apenas nunca tinha realmente pensado nisso desta forma. Draco se inclinou um pouco para frente antes de perguntar:
— Esse irmão é aquele que eu vi nas férias de Yule do ano passado?
O Potter apenas concordou com a cabeça. Logo em seguida, pediu que Theo contasse para Rony o que havia sido discutido. Alguns minutos depois, cada um saiu para voltar para o próprio quarto.
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O primeiro jogo da temporada de quadribol finalmente chegou. Flint estava obcecado com os treinos e o jogo por dois motivos. O primeiro era que Draco havia entrado no time como batedor e essa era uma posição que necessitava sincronia com o resto do time, o que só seria completamente testado em um jogo real. O segundo era que Alexy Potter entrara como apanhador do time da Grifinória e a fama do que o garoto podia fazer enquanto voava já tinha alguns anos.
Durante a semana anterior ao jogo, Olívio Wood e Marcus Flint entraram em vinte e três brigas pelos motivos mais diversos e só pararam depois que a professora Mcgonagall ameaçou suspender ambos do jogo. Os outros jogadores também estavam tensos e nenhum deles andava sozinho, já que nunca se sabia quando o outro lado iria tentar sabotá-los.
Harry e Alexy eram os únicos que não pareciam muito nervosos com a partida que se aproxima e, portanto, o trabalho de tentar cuidar minimamente dos outros integrantes. Após os dois primeiros dias, o Potter da Sonserina desistiu e passou a colocar uma pílula da mistura que Draco tomava antes de ir para a aula de Defesa Contra as Artes das Trevas, assim todos os integrantes dormiam cedo, acordavam no horário e lhe poupavam horas de trabalho. O Potter da Grifinória, entretanto, não tinha esse recurso, então era possível ver marcas escuras em baixo de seus olhos por ter ficado acordado até tarde tentando convencer os outros a dormir e ter acordado mais cedo para convencê-los a acordar.
Enquanto se trocavam no vestiário para botar os uniformes verdes, Harry notou que Draco havia ficado bastante musculoso graças aos treinos e a barriga começava a ficar um tanto quanto definida. Pegando sua vassoura, ele ignorou o sentimento incômodo que estava lhe incomodando.
Entrando no campo, o Potter observou a plateia, assim como de costume, Lufa Lufa e Corvinal estavam divididas e os professores, apesar de tentarem parecer neutros, haviam escolhido seu time preferido de forma discreta. A exceção era Sirius Black, o professor de duelos havia usado um feitiço de ilusão para criar uma faixa metade vermelha e metade verde, com "POTTERS" escrito em letras douradas, na parte verde, e prateadas, na parte vermelha, deixando óbvio que ele estava mais torcendo pelos gêmeos do que por um time em específico, apesar da bandana da Grifinória na sua cabeça. Harry não o culpou, ele tinha a grande suspeito que o professor havia sido da Grifinória no passado, então era óbvio que ele iria inclinar um pouco para o lado da própria casa.
Wood e Flint apertaram as mãos forte o suficiente para ambas ficarem um tanto vermelhar e, em seguida, eles alçaram voo e Madame Hooch assoprou o apito, dando início ao jogo.
Logo após desviar de um balaço, Harry colocou a vassoura na vertical e subiu o máximo que pode. Enquanto observava a área do jogo, ele olhou para baixo, se surpreendendo ao ver que Alexy estava usando uma estratégia completamente diferente. Para começar, ele preferira ficar no meio do jogo ao invés de subir para ter um campo de visão mais limpo. Além disso, o grifinório sentava de uma forma completamente diferente na vassoura, ele deixara ambas as pernas do mesmo lado e torcera o tronco para frente, aquilo tornava muito mais fácil que ele caísse, porém também lhe dava bastante mobilidade e flexibilidade na vassoura, o que era essencial para que ficasse no meio dos outros jogadores. A forma como ele desviava de balaços, goles e outros jogadores também mostrava que os rumores sobre sua habilidade no ar não eram apenas rumores.
Um balaço passou zunindo ao lado de Harry, que mal teve a chance de desviar. Xingando baixinho, ele deu um looping para desviar quando o objeto voltou para tentar caçá-lo. Aquilo não era normal, balaços não se concentravam em nenhum jogador.
Alexy se aproximou dele e passou rapidamente para cima. Se não fosse pelo outro balaço que voo atrás do grifinório, o sonserino teria tido certeza de que ele havia encontrado o pomo.
Não demorou muito para apenas os artilheiros estarem na área principal do campo, já que os batedores de ambos os times haviam subido e estavam tentando mandar os balaços para o lugar onde deveriam estar. As pessoas na plateia também haviam começado a notar o comportamento estranho dos balaços que estavam perseguindo ambos os Potter.
Vendo a situação, Os capitães pediram tempo quase simultaneamente e, desviando dos balaços no caminho, os times conseguiram se reunir, cada um de um lado do campo.
— O que diabos está acontecendo com aqueles malditos balaços — Harry questionou com um rosnado — Alguém os alterou.
— Impossível — Flint comentou — Ontem os últimos a usarem o equipamento foram os grifinórios, desde então tudo esteve guardado, mas o apanhador deles também está tendo problemas, o que significa que provavelmente eles não fizeram isso.
— Bem, como vamos lidar com essa situação? — Draco perguntou.
— Sim, é impossível jogar dessa forma — O outro batedor falou.
— Existe alguma regra sobre quais bolas os batedores podem acertar? — Harry disse, recebendo um aceno negativo em resposta — Então vocês dois se concentram em tentar ajudar os artilheiros, usando os bastões na Goles, eu lido com o balaço que está me perseguindo.
— Você enlouqueceu? — O Malfoy exclamou — Sem nada pra impedi-lo, alguma hora esse balaço maluco vai acabar te acertando.
— Eu tenho um plano, não se preocupem — O Potter insistiu.
Com um suspiro derrotado, Flint falou:
— Escutem ele. Vamos te deixar lidar com isso sozinho, Potter, mas, no momento em que julgarem que o risco está grande demais, os batedores podem voltar para perto e eu vou pedir cancelamento de jogo para descobrirem o que está acontecendo, ok?
Todos concordaram com a cabeça, apesar de Draco não estar com uma expressão muito satisfeita no rosto.
Quando o jogo voltou, ambas as equipes pareciam ter chegado a conclusões parecidas, de deixar os apanhadores lidarem com os balaços. Nos primeiros minutos, Harry ficou o mais alto que conseguia e tentou observar a forma como Alexy estava jogando, para conseguir procurar o pomo mesmo no meio do jogo. Alguns movimentos não seriam possíveis por causa da forma como o Potter da Grifinória sentava, mas a maioria era possível copiar.
Com um movimento rápido e calculado, ele entrou no meio do campo, perto do gol da Sonserina e usou o balaço que o perseguia para tentar acertar os artilheiros grifinórios. Um baque surdo de sua direita indicou que Alexy tentara a mesma manobra e conseguira acertar o braço de um dos artilheiros da Sonserina. Não demorou para a pressão que os apanhadores acrescentavam fazer com que o jogo ficasse extremamente violento, provavelmente batendo algum tipo de recorde de faltas da escola.
Ambos os gêmeos Weasley estavam com o nariz sangrando e sentando desconfortavelmente nas vassouras por conta de um encontro infeliz com ambos os balaços. Flint estava com um dos olhos roxo após ter sido acertado por um dos bastões da Grifinória. Wood estava com alguns hematomas no rosto por ter tido que defender os gols com o rosto algumas vezes. Todos os jogadores, exceto pelos apanhadores, estavam cheios de machucados.
Não por falta de tentativa, é claro. Os gêmeos tentaram de todas as formas acertar um ao outro com os balaços que ainda os perseguiam. Naquela situação, era quase impossível procurar pelo pomo de ouro, o que não significava que eles não estivessem tentando.
Harry freou e virou a vassoura para a esquerda bruscamente, finalmente achando o pomo perto dos gols grifinórios. Infelizmente, essa diminuição breve foi o suficiente para o balaço acertar seu braço direto no cotovelo. Ele diminuiu a velocidade com isso, soltando uma exclamação dolorida antes de desviar quando a bola virou e tentou acertá-lo novamente. Naquele meio tempo, Alexy também achou o pomo e foi em direção a ele na velocidade máxima.
Não demorou para que ele se recuperasse, então Harry logo alcançou o irmão e os gêmeos ficaram lado ao lado, tentando superar um ao outro. Os outros jogadores pararam o jogo, goles desaparecida, todos assistindo a corrida dos dois atrás do pomo, que fugia deles com toda a velocidade que suas pequenas asas de ouro permitiam. Em uma curva perigosamente fechada, o sonserino conseguiu a vantagem.
De repente, os dois balaços aumentaram a velocidade. Como foi uma mudança muito rápida, nenhum dos dois apanhadores teve tempo, durante a disputa, de tentar desviar. Um barulho logo atrás de si chamou a atenção de Harry e, com o canto do olho, ele viu Draco atrás de si, aparentemente ele havia, de alguma forma, impedido que o balaço o atingisse. Alexy não teve a mesma sorte e a bola o atingiu na base do pescoço.
A forma que ele voava era efetiva para o jogo, mas também o deixava muito menos firme. Então, quando foi acertado, o grifinório voou para fora da vassoura. Graças a algum reflexo muito apurado, ele conseguiu se segurar na vassoura para não despencar quinze metros. Ainda assim, como a vassoura estava muito rápida, ele girou para cima antes de cair para baixo e ficar pendurado em uma vassoura a mais de cem quilômetros por hora. Nesse movimento, uma das pernas dele atingiu a parte detrás da vassoura de Harry, o que fez com que o objeto girasse trezentos e sessenta graus.
O sonserino voou girando para fora da vassoura. Enquanto caia, o pomo passou do lado de sua orelha e, por instinto, ele agarrou a bolinha de ouro e esticou o outro braço para tentar agarrar na vassoura de Draco, que voara o mais rápido que conseguia para tentar impedir que o Potter atingisse o chão. Mas ele não conseguiu segurar com força o suficiente, então ele apenas diminuiu a velocidade da queda.
Graças a essa diminuição da velocidade, ele conseguiu se encolher de forma que, quando atingiu o chão, ele rolou pela grama do campo, mas não bateu nenhum ponto vital de forma mortal.
Quando finalmente conseguiu se firmar em um lugar, Harry estava com a cabeça doendo e o mundo parecia girar ao seu redor. O seu corpo estava coberto de terra, grama e machucados, mas por algum motivo, o balaço não veio atrás dele, então o Potter conseguiu permanecer naquele local sem ser atingido e nem conseguir mais nenhum machucado.
O time da Sonserina pousou ao lado dele enquanto os professores desciam de onde estavam assistindo o jogo. Enquanto fazia um esforço mental quase impossível para não desmaiar, ele viu, ainda com a visão embaçada, Alexy desmaiado nos braços de um dos gêmeos Weasley, uma grande quantidade de sangue caindo do topo de sua cabeça e uma mancha de sangue na parte da frente do uniforme.
Finalmente, os professores chegaram e pediram que colocassem os dois Potter um ao lado do outro enquanto chamavam Madame Pomfrey. Entretanto, Lockhart se abaixa entre os dois, falando alguma coisa que Harry não conseguiu entender por conta do zumbido em seu ouvido com um sorriso convencido. No momento em que o homem levantou a varinha para fazer alguma coisa, o instinto de sobrevivência do sonserino encheu-o de adrenalina e possibilitou que ele rolasse para longe enquanto também puxava o irmão para longe do professor de Defesa Contra as Artes das Trevas. Sua magia também agiu de forma elétrica para mantê-lo afastado, a mensagem era clara "ele não".
Quase imediatamente, Madame Pomfrey chegou correndo no campo e Harry inconscientemente relaxou, a adrenalina abaixando rapidamente enquanto ele finalmente desmaiou.
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Finalmente consegui terminar isso. Eu queria colocar tudo isso nesse capítulo logo para as coisas irem mais rápido, já que tenho grandes planos para os capítulos narrando o Natal.
Apenas para deixar claro, sempre que eu pôr alguma coisa aqui (como sexualidade, deficiência, etc.) eu vou ter pesquisado bastante, mas isso não significa que tudo vai estar certo, então se eu cometer algum erro, podem me corrigir nos comentários, ou, se preferir, pode me mandar uma mensagem no privado sobre isso.
Agora, eu vi que, no capítulo que eu deixei as sexualidades dos personagens, surgiram várias dúvidas, então vou deixar a definição de todos aqui:
Gay: Homens e pessoas não-binárias alinhadas ao neutro ou masculino que sentem atração exclusivamente por homens e pessoas não-binárias alinhadas ao neutro ou masculino.
Lésbica: Mulheres e pessoas não-binárias alinhadas ao neutro ou feminino que sentem atração exclusivamente por mulheres e pessoas não-binárias alinhadas ao neutro ou feminino.
Bissexual: Pessoa que sente atração por todos os gêneros (não, não é apenas por homem e mulher)¹.
Pansexual: Pessoa que sente atração por todos os gêneros¹.
Omnissexual: Pessoa que sente atração por todos os gêneros¹.
Polissexual: Pessoa que sente atração por um gênero binário e todos os gêneros e alinhamentos não-binários.
Aroace: Pessoa que é arrômantica (pessoa cuja atração romântica é nula, condicional, fluida ou eventual)² e assexual (pessoa cuja atração sexual é nula, condicional, fluida ou eventual)².
Demissexual: Uma das identidades assexuais. Uma pessoa pansexual só sente atração sexual após já ter algum tipo de "laço" com a pessoa².
1: Apesar de todas terem a mesma definição, o que as difere é o contexto em que surgiram. Também vale lembrar que, na época em que surgiram a comunicação não era tão fácil quanto hoje em dia, então muitas vezes as pessoas não sabiam que já existia um termo para defini-las. O movimento bissexual surgiu mais ou menos na metade do século passado. Já o movimento pansexual surgiu nas décadas de 60/70 no movimento trans, criado por pessoas que acreditavam não existir nenhum nome para defini-las. O movimento omnissexual surgiu na década de 70 no Oriente Médio junto com a luta das mulheres lá. Apagar qualquer um desses termos é apagar a luta que os originou, por isso todos são usados.
2: Atração sexual/romântica é diferente de sexualidade. Sexualidade é por quem você sente atração, já atração sexual/romântica define como você sente dita atração. Por isso uma pessoa aro, ace ou aroace pode ser gay, bi, pan e etc.
Espero que isso tenha respondido as suas dúvidas, se não, sinta-se livre para me perguntar.
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