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Olhos e Seguidores

Alexy acordou assustado, sem saber onde estava. Ele tentou se levantar, mas uma placa de metal enrolada em seu abdômen o impediu de fazê-lo. O pânico começou a tomar conta do garoto, até que seus olhos focaram no ambiente ao seu redor e ele reconheceu a enfermaria.

Finalmente se acalmando um pouco, ele tentou se lembrar de como viera parar ali, mas estava sentindo uma dor de cabeça tão forte que era difícil se concentrar em qualquer coisa. Alex tentou levar as mãos à cabeça, entretanto descobriu que algumas linhas alaranjadas e brilhantes o impediam de dobrar o braço. O que havia acontecido? Ele se perguntava quando uma dor fulminante atingiu seu corpo inteiro. Seu primeiro instinto ao sentir aquilo foi soltar um grito. Em meio a dor, ele nem processou o fato de que, apesar do grito que tinha certeza de ter soltado, o local continuava completamente silencioso.

Lágrimas acumularam-se em seus olhos e começaram a cair por seu rosto. Alexy viu Madame Pomfrey se aproximando e tentou falar algo, finalmente percebendo o silêncio que se propagava, mesmo quando falava. Seus olhos se arregalaram e, se seu braço não estivesse imobilizado, ele provavelmente estaria com as mãos na garganta.

A medibruxa percebeu o estado do adolescente e tentou acalmá-lo colocando uma mão cuidadosa em seu ombro esquerdo enquanto fazia algum feitiço com a outra e falava algo que ainda não era capaz de quebrar o silêncio para Alexy.

Uma sensação calorosa espalhou-se por seu corpo, levando a maior parte da dor embora. Apenas suas costas e cabeça continuaram latejando um pouco, mas nada que ele não pudesse aguentar. A sensação de pânico, entretanto, não diminuiu. Alexy sentiu uma mão gentil no lado da cabeça que não estava doendo e olhou para a medibruxa em sua frente, tentando focar nela.

Madame Pomfrey fez um movimento vagaroso e um pouco exagerado de respiração, indicando que ele a imitasse. Demorou alguns minutos, entretanto a respiração do Potter finalmente aos poucos foi se normalizando e ele conseguiu se acalmar e fazer com que as lágrimas cessassem.

Vendo que ele havia se acalmado bastante, Madame Pomfrey ergueu um caderno no qual estava escrito, em letras fáceis de entender: "Você se lembra de como veio parar aqui?"

Não, Alexy não lembrava, porém se esforçou um pouco mais, tentando ignorar a dor de cabeça. Ele... ele estava jogando quadribol, certo? Havia... havia um balaço! Esse balaço estava... perseguindo ele, não? Também tinha outro perseguindo Harry, ele achava. Isso era o máximo que conseguia recordar, então abriu a boca para falar aquilo, entretanto ainda não conseguia ouvir nada além de um silêncio avassalador, então optou por sinalizar "mais ou menos" com a cabeça.

Madame Pomfrey sorriu gentilmente e apertou levemente o ombro de Alexy para passar-lhe algum conforto, antes de pegar uma pena e escrever algo no caderno e mostrar para o Potter: "Eu vou precisar que você se acalme para eu poder explicar com calma, ok? Espere até o final antes de reagir".

O garoto engoliu em seco, mas assentiu com a cabeça e esperou ansiosamente enquanto ela escrevia. Cada segundo parecia horas, mas, finalmente, a medibruxa virou novamente o caderno para que ele pudesse ler o que estava escrito:

"Durante o jogo de quadribol os dois balaços foram enfeitiçados por alguém e estavam perseguindo você e seu irmão, Harry. Isso acabou em um acidente envolvendo o senhor Malfoy, que saiu com machucados leves, Harry, que teve ferimentos medianos e você, que se feriu gravemente. Os outros dois estão bem e Harry está quase completamente curado, entretanto você não vai ficar completamente curado até o fim do ano letivo e algumas consequências serão duradouras. Infelizmente, nesse acidente você perdeu a capacidade de falar e de ouvir por causa do ferimento na sua cabeça."

Assim que acabou de ler o texto, Alexy olhou para Madame Pomfrey com os olhos arregalados, praticamente implorando silenciosamente para que aquilo fosse alguma brincadeira de mal gosto. Infelizmente, nada nos olhos da medibruxa ou em sua expressão denunciava que aquilo fosse qualquer coisa exceto pela verdade.

Sentindo as lágrimas voltarem para seu rosto, ele novamente tentou falar, novamente só encontrando o terrível silêncio que começava a perceber que seria parte de sua vida para sempre.

"Por favor, por favor, por favor..." Ele repetia em sua mente, rezando para que fosse mentira, mesmo sabendo que seu pedido não seria respondido.

Madame Pomfrey teve que usar todo seu autocontrole para não perder a compostura e não deixar que lágrimas descessem por seu rosto enquanto via aquela criança de doze anos, que acabara de acordar de um coma de quase duas semanas, chorar enquanto tentava falar, apenas sendo capaz de produzir alguns sons desarticulados e bagunçados que não lembravam nenhuma palavra. E mesmo esses sons não eram ouvidos pelo garoto.

Ela havia recebido instruções de Lily Potter para chamá-la assim que o filho dela acordasse, mas a medibruxa decidiu esperar e deixar que Alexy se acalmasse e aceitasse sua situação o suficiente para não se desesperar com ela.

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Durante aquelas duas semanas, a notícia sobre a petrificação de Colin Creevey se espalhou pela escola como fogo no mato seco. As teorias sobre como e por quê aumentando o quão absurdas eram a cada pessoa que falava sobre isso. Diferente do que Harry esperava e desejava, ele e Alexy continuaram como os principais suspeitos, mesmo que ele tivesse preso na enfermaria naquela noite e tivesse passado a última semana e meia em uma cadeira de rodas, enquanto o outro nem sequer havia acordado.

Aparentemente o simples fato de ele ser um sonserino e Colin Creevey um nascido-trouxa era o suficiente para se recusarem a retirá-lo da lista de suspeitos. Enquanto os que estavam convencidos que Alexy era o culpado se justificavam dizendo que o primeiranista sempre irritara o Potter, seguindo-o para cima e para baixo, tirando fotos dele e o bombardeando com perguntas.

Apesar de estar irritado com as acusações, Harry tinha que tirar o chapéu para as teorias que estavam surgindo sobre como eles poderiam ter petrificado o garoto. Mesmo que quisesse, ele nem sabia como ou se conseguiria realizar aqueles feitos.

Por exemplo, alguém na Corvinal começara um rumor que Alexy era capaz de separar o espírito do próprio corpo e andar por aí sem ser detectado e a petrificação acontecia quando ele expulsava o espírito da vítima do corpo e o recolocava lá de forma que ele não conseguia controlar o próprio corpo. Já alguém da Grifinória disse que Harry podia se dissolver em sombras e injetar um veneno paralisante por meio das sombras que a pessoa projetava no próprio corpo.

Seria a coisa mais cômica que ele já ouvira, se não fizesse as pessoas ficarem em cima dele, observando cada passo dele com desconfiança e, basicamente, tornando cada segundo fora da sala comunal um inferno.

Com um suspiro, ele se ajeitou no sofá da sala comunal, sem retirar a cabeça do ombro de Draco, que estava sentado ao seu lado enquanto fazia o dever de Astronomia. Harry virou a página do livro que começara a ler dois dias antes, o livro que recebera de Quirrell estava em código, o que fazia sentido considerando o que estava escrito nas páginas que ele conseguira decodificar, mesmo que fosse irritante e diminuísse o ritmo da leitura. Seu bichinho, Mildred, estava de quatro no chão, enquanto o Potter o usava como apoio para os pés e Nacht dormia em suas costas.

O jantar havia acabado fazia pouco tempo, então a sala comunal estava cheia e todos os membros do grupo estavam ali, cada um concentrado nos próprios assuntos. Exceto por Rony, que dormia apoiado em Theo, o lufano estava constantemente cansado desde o começo do ano, mas parecia estar piorando e Harry ainda não tinha certeza da causa.

De repente, Terêncio, que estava conversando com alguns outros alunos do sétimo ano, se aproximou. Sua expressão era pensativa e, quando se jogou no sofá, ao lado de Pansy enquanto ela desenhava algo em um pergaminho, e disse:

— Eles vão deixar alunos do primeiro e segundo ano se inscreverem para o clube de duelos a partir da semana que vem.

— Deixe-me adivinhar, por causa da Câmara Secreta e dos tais "Súditos da Mamba"? — Harry questionou, recebendo um aceno positivo do mais velho como confirmação — Eu estava me perguntando quando a escola ia começar a fazer alguma coisa.

— Provavelmente estão tentando deixar os alunos mais confiantes e com menos medo — Neville falou — Afinal o "mercado de amuletos" está saindo do controle. Eu vi algumas pessoas da Grifinória com tantos amuletos protetores, que provavelmente são falsos, que elas nem conseguiam usar todos.

— Qual foi o último que tentaram te oferecer mesmo? — Blaise perguntou com uma risadinha nasalada — Uma cebola gigante cujo aroma afastava espíritos malignos?

Neville soltou um bufo indigno enquanto os outros caíram na gargalhada. Como Neville costumava ser extremamente inseguro no ano anterior e continuava com as piores notas em classe, não por não ser mais capaz, afinal Harry era um ótimo tutor, e sim por preferir manter as expectativas dos outros baixas, quase todos esses vendedores de amuleto vinham se aproximando dele para ver se conseguiam vender.

— Aquele espécime estava coberto de aromas peludos — Luna murmurou, sem levantar os olhos da revista que lia. Nenhum deles tinha certeza do que era um "aroma peludo", mas não parecia ser nada de bom.

— De qualquer forma, — Pansy disse — devíamos nos inscrever? Digo, não acho que o monstro da Câmara Secreta saiba duelar, mas "Súditos da Mamba" não explica muito sobre espécie e conhecimento sobre duelos é algo bom de se obter independente da situação, não?

Todos olharam para Harry, esperando sua decisão sobre o assunto.

— Eu tenho a sensação de que não vai nos ajudar contra nenhuma dessas duas ameaças, — Ele admitiu, retirando os pés das costas de Mildred e se levantando. Enquanto andava em direção a lareira com o livro em mãos, continuou — entretanto, conhecimento de duelo, como Pansy apontou, é algo importante de se ter. Sem contar que gostaria de saber um pouco mais sobre o estilo de aula do professor Black.

Já na frente da lareira, Harry abriu calmamente o livro e passou os dedos por uma página em branco do livro. Essa página não combina com o resto, parecia mais nova e provavelmente havia sido acrescentada depois. Sem falar uma palavra, ele a arrancou e a jogou no fogo, observando enquanto a fumaça se tornava azul, o que silenciou e chamou a atenção de todos da sala comunal.

A fumaça, ao invés de subir pela lareira e sair por onde quer que o resto da fumaça saía, caiu pelo chão e, em alguns segundos, encheu o local inteiro até a altura dos tornozelos, como se fosse pesada demais para avançar mais alto. Ninguém se atreveu a falar nada enquanto Harry ainda observava o fogo, que havia mudado para um tom mais forte do mesmo azul da fumaça. Os únicos que se mantinham sem reagir eram Luna, que nem sequer olhara por cima dos extravagantes óculos perolados, que ela dizia que detectavam narguilés, e Rony, que ainda não havia acordado.

Nacht pareceu ficar tensa com aquela fumaça e, em uma sequência de pulos pelo sofá, fez seu caminho até os ombros de Harry. Lá, ela também começou a fitar o fogo.

A fumaça azul começou a subir pelas paredes e pelo teto, criando uma espécie de domo. Os alunos mais próximos das paredes se afastaram delas. A cada segundo, a tensão na sala ia ficando cada vez mais forte, os membros do grupo estavam confusos, mas não retiraram os olhos de Harry, esperando sua próxima ação e tentando entender o que ocorria. Já os outros alunos alternavam o olhar entre a fumaça e o garoto em frente a lareira.

Draco, que estava mais perto da lareira, viu um pequeno sorriso frio emoldurar o rosto do Potter enquanto seus olhos verdes como a maldição da morte refletiam o fogo azul em sua frente.

— A Câmara Secreta... — Ele finalmente falou, a voz carregada de uma frieza e de um prazer doentio, nenhum dos outros presentes ali havia alguma vez ouvido Harry falar daquela forma e um calafrio desceu pela espinha de todos — Uma lenda tão maravilhosa... Tão cheia de mistérios... E que já causou mortes...

Rony começou a acordar e Luna levantou os olhos da revista e retirou os óculos, prestando atenção a cada palavra que Harry dizia. Quando o Weasley já havia acordado e parecia prestes a perguntar sobre a fumaça azul, apesar de não parecer muito preocupado com isso, o Potter continuou:

— É realmente uma oportunidade única presenciar ela se abrir e poder entrar em uma caçada para descobrir o culpado... — Os outros membros do grupo observaram um olhar faminto por conhecimento e emoção se formar no rosto de Harry. Normalmente, eles teriam ficado temerosos, mas, olhando e ouvindo seu líder, eles não conseguiam encontrar nada nem um pedaço em si que os permitisse reagir com qualquer coisa além de curiosidade e ansiedade para saber para onde o Potter estava indo com tudo aquilo. Depois de mais alguns momentos em silêncio, ele continuou — E os Súditos da Mamba... Um grupo sem nenhum registro que eu consiga encontrar... Uma verdadeira caça, na qual ambos os lados estão jogando de forma arriscada...

— Ainda assim... — Harry disse — Não consigo aproveitar esse jogo tão interessante... Eles tem toda a escola marcada como seus alvos... Eu só tenho três quartos dela, injusto, não? Então... Bem, eu vou precisar usar esse quarto restante... Não concordam?

Ele virou o rosto para os membros de seu grupo, com um sorriso gentil que não alcançava seus olhos. Nenhum deles deixou de notar as pequenas manchas vermelhas que dançavam nos olhos verdes. A curiosidade foi rapidamente substituída por uma ansiedade para se provar e uma devoção incondicional, o que os fez responder, em um tom baixo, ansioso e cheio de paixão:

— Sim, senhor!

Harry juntou as mãos na altura do peito, encostando apenas as pontas dos dedos umas nas outras.

— Maravilhoso! — Ele exclamou, ainda com o mesmo tom de antes. Uma risadinha fria lhe escapou e a fumaça começou a sair do chão e se dividir entre os estudantes.

Eles tentaram se afastar, assustados com tudo aquilo, mas algo os mantinha presos em seus lugares enquanto a fumaça se concentrava na região logo acima do coração. Já os membros e seu bichinho, que não tentaram se mover, os primeiros por simples e pura devoção a Harry e o último por temer mais o garoto do que o que quer que essa fumaça fosse. Neles a fumaça se concentrou em lugares diferentes de seus corpos.

— Espero que não se importem de serem meus olhos e ouvidos durante essa maravilhosa caçada! — Harry falou, finalmente dando as costas para a lareira, Nacht ronronando em seu ombro — E eu ainda vou poder se algo acontecer com algum de vocês... assim vão estar seguros, pois vou poder saber de cada um dos seus passos, não é maravilhoso?

— Sim, meu senhor — Luna concordou — soa adorável.

Mais uma vez, uma risadinha fria escapou os lábios de Harry enquanto a fumaça azul finalmente tomava forma.

Na maioria dos estudantes, formou-se um broche no formato de um pentágono com todos os lados iguais. O broche era preto como piche e, dentro deles, estavam as iniciais dos alunos, cada letra sendo formada por uma serpente verde esmeralda com olhos prateados e brilhantes. Eles arregalaram os olhos para os broches, ainda sem se atrever a falar nada.

Já em Mildred, seu pequeno bichinho, a fumaça, que havia se concentrado ao redor do pescoço, dissolveu a coleira que ele usava previamente e formou outra, feita de um couro semelhante ao de Dragão, do mesmo preto que os broches. Inscrito no couro, em letras prateadas, estava a frase "Propriedade do rei". Em uma plaquinha preta que estava presa na parte da frente da coleira, estavam as iniciais dele em letras formadas por duas serpentes verde esmeralda com olhos prateados e brilhantes.

A fumaça em Pansy estava em sua mão direita e criou um belo acessório de uma serpente preta como piche que se enrolava da ponta de seu dedo do meio e subia rodeando seu dedo, sua mão e seu braço até a altura do ombro. os olhos da serpente eram verdes da mesma cor dos olhos de Harry.

Já em Theodore, a fumaça enrolou-se em sua orelha esquerda e formou um piercing de uma serpente preta que ia do lóbulo da orelha até o topo, os olhos dela, assim como os de Pansy, eram do mesmo verde dos olhos de Harry e se destacavam ainda mais em sua pele escura.

Com Terêncio, a fumaça se concentrou logo abaixo de seu ombro esquerdo e formou um bracelete preto e grosso, assim como os outros, tinha o formato de uma serpente e olhos verdes como os de Harry.

Em Luna, a fumaça havia se concentrado ao redor de seus olhos e, quando se solidificou, formou um par de grandes óculos redondo de dez centímetros de diâmetro, as lentes eram esverdeadas e a armação eram duas serpentes pretas que se encontravam na ponte entre as lentes e cujos rabos se enrolavam ao redor das orelhas da garota. Quatro pequenos pontos verdes como os olhos de Harry na ponte indicavam os olhos dessas cobras.

Neville teve a fumaça concentrada ao redor de sua coxa esquerda e, quando ela se solidificou, encontrava-se ali uma tornozeleira formada por uma trança de três grossas serpentes pretas, duas com os olhos fechados e a do meio com os olhos verdes do mesmo tom dos de Harry abertos.

Blaise recebeu a fumaça por toda sua testa e descendo levemente para a região entre seus olhos e, assim que se solidificou, ela virou um lindo padrão de diversas cobrinhas pretas adormecidas enroladas em pequenos círculos, exceto pela parte central e debaixo da testa e da área entre os olhos, lá três serpentes se trançavam, a cauda do meio estava virada para a testa apontando para cima, enquanto as outras duas também se encontravam na testa, mas cada uma apontando para um dos lados, as cabeças estavam logo antes do começo do nariz e as duas cabeças localizadas dos lados estavam com os olhos fechados, mas a do meio estava com os brilhantes olhos verdes, da mesma cor dos olhos de Harry, abertos.

Já em Rony, a fumaça se dividiu. Metade concentrou-se ao redor de sua cabeça, formando uma coroa de duas serpentes pretas trançadas em que os rabos estava na parte da frente, que ficava no meio da testa, e os corpos se rodeavam e trançavam-se ao redor da cabeça, as cabeças encontrando novamente os rabos na testa. Ambas estavam com os brilhantes olhos verdes idênticos a cor dos de Harry abertos. Já a outra metade enrolou-se ao redor da cintura e virou uma serpente preta fina o suficiente para ser confundida com uma corrente, no lado direito, o rabo da serpente se amarrava a uma parte de seu corpo em um nó redondo e a cabeça da serpente pendia do nó, os brilhantes olhos verdes que eram iguais aos de Harry abertos.

Em Draco, a fumaça caiu ao redor de seu pescoço de forma frouxa e, quando se solidificou, formou um colar, cuja corrente era uma serpente preta de duas cabeças, uma de cada lado, e, na parte onde a corrente fechava, as duas cabeças com os olhos fechados se encontravam, estava um pingente de três pedras, a do meio era uma pérola redonda, a da ponta esquerda era uma esmeralda bruta em um formato irregular e a da ponta direita era um rubi bruto, também em um formato irregular.

Todos na sala comunal olharam para Harry enquanto o fogo voltava a sua cor normal, entendendo o que aquilo significava. Mesmo que não tivessem entendido, o sorriso frio e louco do garoto de olhos verdes denunciaria. Os estudantes engoliram em seco, temerosos do que o rei faria com eles como suas peças. Não os membros de seu grupo, entretanto. Eles estavam com olhares que transbordavam devoção e afeição e mal podiam esperar para ver qual era o plano de seu líder e como poderiam ser úteis a ele.

O Potter colocou o dedo indicador em cima dos lábios e todos os estudantes, com exceção de seu grupo, caíram no sono de imediato. Ele se abaixou e pegou o livro que, em algum momento, deixara cair. Assim como dizia no feitiço da página anterior que ele conseguira, com muito custo decifrar, aquela folha já começara a crescer novamente, se recompondo apenas com a força da magia negra do próprio livro. Pelo que conseguira decifrar até o momento, o "Feitiço dos Olhos e dos Seguidores" era o feitiço mais poderoso que estava gravado no livro que seu ex professor escrevera a mão, em códigos que ele próprio criara.

— Amanhã é um novo dia — Harry falou, sorrindo gentilmente para os membros do grupo, dessa vez com sinceridade. Eles retribuíram seu sorriso e o garoto testou a parte do feitiço que transformava as jóias em imagens tatuadas em suas peles, exceto quando estava em cima do cabelo, nesse caso fundiam-se aos fios, mantendo a silhueta da imagem, e desaparece-la completamente, para logo em seguida devolvê-las a sua forma original.

Harry mal podia esperar pelo dia seguinte. 

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