A Festa
No momento em que chegaram à rua anterior ao local da festa, Harry soube que aquilo não iria dar certo.
Ele e Núbia haviam aparatado para um ponto antes do local da festa e o moreno reconheceu aquele lugar de quando fora até a mansão Malfoy.
O Potter segurou a mão da Arafa e disse:
— Eu sou próximo de Draco Malfoy e seus amigos, eles vão me reconhecer.
— Lucius Malfoy te reconheceria? — Ela questionou, recebendo um aceno negativo do outro — Então não tem com o que se preocupar, basta manter-se afastado das crianças.
O garoto concordou e andou ao lado da mais velha até o elegante portão da mansão Malfoy, onde alguns elfos domésticos guiavam os convidados até o salão de festas. Quando o elfo que deveria guiar ambos se aproximou, o mais novo se surpreendeu ao reconhecer Dobby, já que geralmente ele ficava encarregado de cuidar de Draco.
O elfo doméstico piscou algumas vezes, provavelmente reconhecendo o de olhos verdes, porém não disse nada sobre isso.
— Lady Arafa e Herdeira Arafa. — Dobby disse se curvando levemente — Dobby vai levá-las até o local da festa.
Ele guiou-os até uma grande porta de entrada na parte de trás, que dava para um suntuoso salão, decorado de forma a mostrar que os Malfoy tinham condição de bancar tudo aquilo apenas para uma festa, em uma tentativa de impressionar e intimidar.
Assim que chegaram à entrada, o elfo se curvou e sumiu.
Lucius guardava a porta, para recepcionar os convidados. Assim que ambos chegaram à porta de entrada, o homem beijou o dorso da mão de Núbia e disse:
— É um prazer em vê-la, Lady Arafa. Creio que está seja sua herdeira?
— O prazer é meu, Lorde Malfoy. Sim, — Concordou a de olhos âmbar — esta é Ísis.
— É um prazer conhecê-lo, Lorde Malfoy. — Harry cumprimentou-o, estranhando levemente a mudança em sua voz que havia feito.
— O prazer é meu, Herdeira Arafa. — O Malfoy falou, beijando as costas da mão do moreno, que fingiu ficar sem jeito — Talvez aprecie ficar com meu filho e seus amigos, pode se entediar em uma festa só com adultos. Tenho certeza que Draco amaria a sua presença.
O Potter abaixou a cabeça, fingindo estar envergonhado, e deixou que a mulher falasse:
— Não sei se isso seria uma boa ideia, Lorde Malfoy. Ísis é tremendamente tímida e não está acostumada a conversar com outras pessoas de sua idade, já que não foi à escola. Temo que ela não ficaria confortável em uma situação assim. O contato mais parecido com isso que já teve foi com os irmãos.
— Não há problema nisso. — O outro disse — Fiquem à vontade.
Eles entraram no salão e a maior disse:
— Vou fazer as formalidades, explore o salão para encontra-lo e tente não ser reconhecido.
O de olhos verdes assentiu e seguiu seu caminho, cumprimentando timidamente os Lordes e Ladys com quem cruzava. Localizou Draco, Theo e Rony em um canto, conversando com um garoto de pele escura que o Sonserino reconheceu como Blaise Zabini.
Os conforme iam chegando os convidados, os elfos saíam de seus postos no portão e passavam a andar pelo salão carregando badejas com aperitivos e bebidas. Quando um deles passou pelo garoto carregando diversos copos, ele pegou uma taça com um líquido amarelo claro e provou, sentindo um gosto de banana e uma espécie leve de álcool.
Harry olhou ao redor, procurando Akulov. Porém se distraiu ao avistar a família Potter e a Black-Lupin ali, os adultos pareciam envolvidos em alguma conversa séria, enquanto as estavam em algum lugar que o moreno não conseguiu localizar, exceto por Fuyuka, que estava ao lado da mãe e observava todos na festa.
Aquilo não era muito preocupante desde que não se aproximasse de Jhonathan, afinal ele tinha um nariz tremendamente sensível e provavelmente reconheceria o Potter pelo cheiro.
Enquanto pensava naquilo, ele se distraiu e alguém esbarrou com ele.
— Sinto muito. — O garoto ouviu a voz de Pansy atrás de si e se virou devagar, torcendo para que a garota não o reconhecesse. Em um primeiro momento pareceu que ela não iria, entretanto, após alguns minutos, ela arregalou os olhos e parecia prestes a falar algo, quando o de olhos verdes a interrompeu com um sorriso:
— Não tem problema, é um prazer conhecê-la. Creio que seja a Herdeira Parkinson, não? Sou Ísis Arafa, Herdeira Arafa.
A menina piscou algumas vezes confusa, antes de entrar no jogo e falar:
— O prazer é meu, pode me chamar apenas de Pansy.
— Então me chame apenas de Ísis. — Harry pediu, mantendo um sorriso gentil.
— Eu e estou com alguns amigos, quer vir comigo? — A morena perguntou, recebendo um aceno tímido do outro. Ambos andaram lado a lado e a mais velha sussurrou enquanto caminhava — O que aconteceu?
— Preciso de informação sobre alguém, então estou me disfarçando com a ajuda de uma conhecida. — Ele sussurrou de volta.
Pansy apenas assentiu e continuou a andar ao lado do outro até onde Draco, Rony, Theo e Blaise estavam. Assim que chegaram, ela anunciou:
— Draco, Rony e Blaise, esta é a Herdeira Ísis Arafa. Ísis, estes são os Herdeiros Malfoy, Nott e Zabini e o sexto Herdeiro Weasley.
O Weasley e o Malfoy pareceram reconhecer O Potter um pouco mais rápido que a Parkinson, porém não disseram nada. Blaise, alheio aos pensamentos dos outros, beijou a mão do moreno e disse:
— É um prazer conhecê-la, Herdeira Arafa.
— Digo o mesmo, Herdeiro Zabini. — O mesmo respondeu com um sorriso tímido e uma voz um pouco insegura.
— Por favor, chame-me de Blaise. — O outro falou em um tom cortês.
— Então pode me chamar de Ísis. — Harry contou.
Os outros garotos fizeram o mesmo. O moreno continuou a olhar pelo salão com o canto dos olhos, porém ficou junto com o grupo, acrescentando algo na conversa de tempos em tempos, alguns minutos depois, Lorde Malfoy se aproximou do grupo.
— Espero que não esteja incomodando a Herdeira Arafa, Draco. — Ele disse — Tente não ser descortês, ela não está acostumada a tantas pessoas. Espero que meu filho não esteja lhe incomodando, senhorita.
— De forma alguma. — O Potter contou com um sorriso — Draco é uma companhia deveras prazerosa, assim como os outros.
Os outros do grupo sorriram orgulhosos, o Malfoy mais novo e Blaise haviam, inclusive, adquirido um leve tom carmim nas maçãs do rosto ao ouvir o que o de olhos verdes dissera.
Naquele momento, Núbia chegou atrás do Sonserino mais novo e perguntou:
— Aproveitando a festa, Ísis?
— Maravilhosamente. — Ele respondeu — Infelizmente, ainda não vi todos que gostaria.
— Conhece alguém da festa? — Lucius perguntou educadamente.
— Ísis é uma grande fã do trabalho do Lorde Ivã Akulov. — A Arafa explicou — Ela soube que ele estaria aqui e estava ansiosa para conhecê-lo.
— Bem, quando Lorde Akulov chegar, me certificarei de informa-lo sobre isso. — O Malfoy mais velho assegurou a Harry — Draco, porque não convida a Herdeira Arafa para dançar, assim ela pode se divertir enquanto espera que ele chegue.
O loiro pareceu pego de surpresa, porém se recompôs quase imediatamente e se curvou levemente na direção do moreno, estendendo-lhe uma das mãos.
— Me concederia uma dança, Ísis? — Ele pediu.
— Claro, Draco. — O de olhos verdes respondeu, segurando a mão do garoto e se dirigindo com ele para a pista de dança.
Lorde Malfoy e Lady Arafa se envolveram em uma conversa política, enquanto Pansy dizia:
— Vamos logo Blaise, essa é uma das minhas músicas favoritas.
A garota foi em direção ao local de dança puxando um Zabini que parecia levemente desapontado. Quando ficaram sozinhos, Rony sussurrou para Theo:
— Foi impressão minha, ou o pai do Draco tentou empurrar ele para o Harry?
— Eu também achei isso. — O Nott concordou com um sorriso.
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— Dizer que estou surpreso de te ver aqui seria um eufemismo. — Sussurrou Draco para Harry enquanto dançavam — Imagino que esse "Ivã Akulov" seja o motivo.
O Potter apenas sorriu para o loiro, sem confirmar ou negar a afirmação do outro. O Malfoy não pôde conter um sorriso e se perguntar como a mente do mais novo funcionava.
— Bem, já que estamos aqui, vamos aproveitar nossa primeira dança. — O moreno falou com um sorriso doce, fazendo com que as bochechas do mais velho corassem levemente.
Eles dançaram calmamente, concentrados apenas um no outro. O de olhos verdes, de alguma forma, conseguia ser gracioso apesar dos sapatos e do pouco treino de dança, enquanto o de olhos cinzentos tinha uma grande habilidade, já que treinara isso nas aulas de etiqueta durante a vida toda, e liderava a dança de forma suave. Ambos tinham pequenos sorrisos e mantinham o olhar um no outro.
Até que a música acabou e eles se afastaram levemente, quebrando o transe dos últimos minutos.
Ambos foram em direção ao local onde Rony e Theo conversavam animados, Pansy e Blaise haviam saído da pista de dança também e a garota ficava mexendo no vestido, parecendo extremamente desconfortável.
— O que houve, Pansy? — O mais novo perguntou.
— Eu só detesto essas roupas. — Ela respondeu com um suspiro resignado. Harry observou a roupa dela, era um vestido preto e branco com mangas compridas, justo em cima e meio solto em baixo. A saia do vestido ia até perto do joelho e a Parkinson calçava uma bota branca alta de salto. Não parecia ser muito desconfortável.
— Não acha esse tipo de roupa bonita? — Ele questionou.
— Eu acho a moda feminina maravilhosa, desde que não esteja em mim. — A morena contou — É só que não é bem o meu estilo...
— Bem, desde que somos pequenos você tem preferido minhas roupas as que seus pais te compram. — Theo comentou dando de ombros — Bem, você só tem que aguentar até o fim da festa, daí pode voltar àquelas suas camisas largas e a queimar as saias que ganha de presente.
Todos riram levemente e o Potter fingiu estar envergonhado e disse:
— Pansy, pode me ajudar em com uma coisa?
A outra assentiu curiosa e o de olhos verdes puxou ela pela mão até um ponto em que os outros não poderiam ouvir.
— Eu não perguntei antes por conta de Zabini, mas onde está Terêncio? — Ele perguntou baixo.
— No St. Mungus, visitando o pai. — A menina contou — Ele foi diagnosticado anteontem com Mors Rubra. Estão tentando deixa-lo vivo até a poção de cura ficar pronta, já que leva duas semanas pra ficar pronta. Estão tentando importar um pouco do Brasil, já que ele pode não sobreviver por tempo suficiente para a poção ser finalizada.
— Acha que o pai dele vai sobreviver? — Harry questionou — Afinal os países da América do Sul usaram praticamente tudo o que tinham pra conter a epidemia no CasteloBruxo.
— Existe grande chance de ele não resistir. — Pansy comentou — O Antídoto ainda é recente, só porque ele existe, não significa que os pocionistas saibam fazê-lo ou que os hospitais tenham para usar.
— Bem, eu espero que o novo livro que Lockhart está escrevendo sobre o acontecimento e como descobriu a cura ajude nisso. — O Potter falou. A Parkinson parecia prestes a dizer mais alguma coisa, porém ela parou no meio do caminho e o moreno ouviu a voz de Lucius Malfoy atrás de si:
— Herdeira Arafa, Lorde Akulov chegou à festa, aposto que ele adoraria conversar com você.
O moreno teve de respirar fundo e usar todo seu autocontrole para manter o ato quando se virou e viu Lorde Malfoy ao lado do homem loiro, percebendo o que Edgy quisera dizer com o "reconhecível o suficiente para os próximos".
— Lorde Akulov, é um prazer conhece-lo. — Ela disse, tentando controlar o tremor em sua voz para que parecesse apenas timidez.
— O prazer é inteiramente meu, Herdeira Arafa. — Ivã falou, beijando as costas da mão do garoto, que teve de se esforçar tremendamente para não puxar a mão de volta — Lorde Malfoy me disse que a senhorita é uma grande fã do meu trabalho.
— Sim, as suas pinturas são, sem dúvida alguma, tremendamente belas. — O de olhos verdes contou, forçando um pequeno sorriso tímido — Algumas delas realmente desafiam o padrão de uma forma... excepcionalmente satírica.
— Oh, você deve ter visto minhas coleções mais famosas. — O loiro comentou com um sorriso — Peço que me desculpe se elas tiverem lhe incomodado, não são imagens que uma dama tão nobre deveria ver.
— Não se desculpe por um trabalho tão bem feito e expressivo. — Harry pediu — É admirável que você tenha conseguido expor tal lado da sociedade tão bem. O quadro "Portselanovo litse", por exemplo, é uma grande crítica social.
— Fico feliz que aprecie minhas tentativas de trazer a luz o podre da sociedade. — Akulov disse — Por que não pegamos algo para comer ou beber enquanto conversamos sobre isso?
— Eu adoraria. — O Potter concordou, virando-se para Pansy — Sinto muito pela saída rude, Pansy.
— Sem problemas. — A garota falou.
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Harry e Ivã estavam conversando por algum tempo sobre arte, quando o garoto finalmente decidiu mudar a conversa levemente.
— Então, está planejando ficar em Londres enquanto faz seu trabalho de retorno, após todos esses anos afastado? — Ele perguntou.
— Na verdade, planejo voltar para casa por um tempo, consegui uma proposta para ensinar em Durmstrang. — O homem contou.
— Tenho que dizer, invejo levemente seus estudantes. — O moreno comentou.
— Se quiser posso te mostrar como pinto, se formos para os jardins, onde tem menos gente, eu poderia convocar a pintura que estou fazendo atualmente. — O mais velho sugeriu, fazendo com que o de olhos verdes ficasse um pouco mais tenso, tendo uma ideia do que ele planejava.
— Seria maravilhoso. — O menor disse, lançando um pouco de sua magia pelo salão, fraca o suficiente para que quase ninguém notasse, torcendo para que Núbia percebesse.
— Bem, deixe-me apenas pegar uma bebida antes de irmos, gostaria de algo? Eu notei que você parece bem interessada no Whisky de Banana. — O de olhos castanhos questionou, pegando uma taça da bebida amarela da bandeja de um dos elfos que passavam. O mais novo aceitou e esperou até que o homem pegasse uma taça com um líquido rubro e estendesse a mão de forma cortês, esperando que o menino aceitasse.
Harry aceitou a mão que lhe foi oferecida e os dois foram para os jardins, onde, com um grande floreio da varinha, convocou uma grande tela com uma pintura quase finalizada. Ao ver a imagem, o moreno engoliu em seco e tomou um gole da bebida, tentando relaxar.
A imagem pintada mostrava um garoto de nove anos com cabelos cinzentos e olhos violetas deitado no chão. A criança vestia apenas um pequeno lençol cobrindo o corpo, grande parte da pele clara estava exposta e coberta em hematomas e chupões. A expressão da pessoa pintada era vazia e a boca estava levemente aberta, como se estivesse exausta.
Apesar de não estar terminada, aquilo era extremamente realista.
— Considerando o estado em que a pintura está, imagino que falte apenas dar vida a ela. — O Potter comentou.
— Sim, a vida na pintura é a parte mais importante, em retratos é mais simples, pois basta dar ao retrato um feitiço de imitação de vida simples. Porém em pinturas como essa, precisamos dar uma vida limitada, para que não fuja da sensação que o quadro deveria passar. — Akulov contou — Estou tentando fazer algumas pinturas usando personagens de coleções passadas, porém também pretendo inovar levemente.
— O quê... o que quer dizer? — O mais novo perguntou tenso, sentindo-se um pouco fora de ar.
— Ora, Harry... acho que você sabe o que eu quero dizer. — Ivã sussurrou no ouvido do de olhos verdes, que arregalou os mesmos ao sentir as mãos firmes do homem em sua cintura.
Ele viu-se incapaz de se mover, era como se tivesse voltado a ter cinco anos e a ser apenas um garotinho assustado. Não só isso, mas seus movimentos e pensamentos estavam mais lentos do que o normal.
Antes que pudesse sequer tentar fugir, sua visão escureceu e o garoto desabou.
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O grupo no salão estava tenso, Blaise havia saído de perto deles fazia alguns minutos por conta de algo que sua mãe precisava e eles podiam falar livremente. Apesar dessa liberdade, os jovens não eram capazes de desfrutá-la, haviam sentido uma fina camada de magia pertencente a Harry passar pelo salão alguns minutos atrás e o moreno saíra do salão com Ivã Akulov logo em seguida.
— Vocês acham que aconteceu alguma coisa? — Rony perguntou preocupado.
— Não sei, mas temos que descobrir. — Pansy falou — Não podemos correr o risco de Harry precisar de nós e não estarmos lá.
— Vamos nos dividir em dois grupos. — Draco contou — Pansy, você e Theo vão atrás de Lady Arafa, enquanto eu e Rony vamos ao jardim observar eles e garantir que nada aconteça.
Os outros concordaram com a cabeça e foram fazer o que o Malfoy dissera. O ruivo e o loiro foram para fora, procurando encontrar a dupla que saíra mais cedo, porém o lugar estava completamente vazio. Com o pânico aumentando, eles correram em volta da mansão, tentando encontrar o garoto de olhos verdes.
Ambos se entreolharam e nem pensaram no que fizeram em seguida, guiados apenas pelo desespero de encontrar e proteger seu líder, ambos pisaram na sombra um do outro e desapareceram.
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Longe dali, uma garota que parecia ter dez anos sentava-se em frente a uma pintura, nessa tela, Harry, ainda com o disfarce da festa, estava acorrentado a uma grande cadeira, com Ivã Akulov atrás de si cobrindo seus olhos.
— Já passou da hora de você se erguer, sonhador. — A voz melodiosa da criança ecoou pela galeria vazia. Logo em seguida, ela levantou-se e pendurou aquele quadro em um espaço vazio, observando as pinturas que cobriam o lugar, que era grande o suficiente para olhar tanto para a direita quanto para a esquerda e não ver o fim.
A menina deixou as grandes asas em tons de roxo e branco abrirem-se e, com uma pequena careta de dor, arrancou uma pena, sacudindo-a de modo que esta aumentasse e mostrasse a imagem atual do jovem Potter. Apesar da cena terrível que via, em momento algum o doce sorriso deixou seu rosto.
— Maninha! — Uma voz masculina soou — Você vai sair daí logo? As Angelus vão ficar irritadas se você não apresentar o relatório.
— Estou muito ocupada. — Ela falou em resposta — Será que poderia fazer o relatório por mim?
— Apenas hoje, ok? Da próxima vez te deixo por conta própria. — O garoto respondeu — Afinal, esse é o seu milênio de relatório.
— Obrigada. — A menina agradeceu, ainda semtirar os olhos da cena que se desenrolava.
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