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Quatorze

Após toda aquela conversa perfeita com a mãe de Ward percebemos que estava tarde, então comemos alguns sanduíches. Em seguida, Dona Inês disse que estava na hora de dormirmos, assim como acontece com crianças pequenas já que eram apenas oito horas. 

Ela arrumou minha cama no quarto ao lado do piloto e embora ele quisesse conversar comigo até de madrugada, a mãe não o deixou. Isso quebrou um pouco nossa expectativa, de fato estávamos ansiosos para desfrutar da companhia um do outro.

Como a matriarca nos instruiu a deitamos, foi o que fiz, me aconcheguei entre as cobertas pensando em meu noivo e no que fazia naquele momento. Quando estava prestes a fechar os olhos me deixando ser inteiramente consumida pelo sono a porta do quarto foi aberta.

Ward entrou lentamente tomando cuidado para não fazer barulho algum, porém notei logo de cara que sua preocupação não era com meu sono e sim com a familiar. O rapaz trazia consigo uma lanterna de luz  amarelada que apontou em meu rosto a fim de ver se ainda estava acordada. Depois colocou o dedo em cima dos lábios indicando que não fizesse ruído.

- Pegue um casaco - Ele sussurrou abotoando sua própria blusa de frio e empurrando uma mochila nas costas.

Pra falar a verdade não entendi ao certo o que acontecia, mas mesmo assim o segui como pediu que fizesse. Fomos ao lado de fora da casa, onde meu amigo tirou de cima de um objeto uma manta branca.

Porém aquele não era qualquer objeto, se tratava de um veículo de duas rodas! Fiquei diante de meu maior medo estatelada encarando Ward, afinal ele tinha conhecimento da situação. Que por sua vez pegou dois capacetes em um armário ao lado, dando um para mim. Oh, aquilo não podia estar acontecendo!

O sorrisinho dele era notório, algo provocante e animado. Eu me vi em uma ocasião fora do comum balançando a cabeça de um lado para o outro em desaprovo.

- Ward eu não posso fazer isso, não consigo ...  - Expliquei totalmente sem graça por desaponta-lo.

- Uma garota como você pode fazer o que quiser - Ele tentou me convencer pondo a mão em meu ombro - Pode fazer qualquer coisa, Catherine Turner!

Demonstrei a angústia em meu rosto, contudo não foi o suficiente para barrar a insistência dele.

- Vamos lá - Ward falou pondo em minha cabeça o capacete - Fora isso, eu estarei contigo o tempo todo.

- Eu espero que sim, você vai dirigir!

- Prometo que não vou saltar em nenhum ponto do caminho - O piloto informou por entre as gargalhadas baixas a fim de não acordar a mãe. 

Ele subiu e indicou o pedal que eu deveria pisar para subir e jogar minha outra perna para o lado contrário. Segurei firmemente sua cintura, coloquei a mochila dele nas costas e esperei que desse a partida.

Ouvindo o barulho do motor ronronar me perguntei por que aquilo me assustava tanto ao passo que a sensação de pilotar carros de corrida em alta velocidade me deixavam no mais completo prazer. Então a motocicleta saiu do lugar e o apertei mais ainda.

De início Ward maneirou na velocidade, seguiu o mais tranquilo possível desviando dos trechos acidentados do percurso. Ele pretendia dar um tempo para eu me acostumar a tudo, não que estivesse funcionando. Só não estava com as pernas tremendo pois tinha receio de começar a assim fazer e derrubar meu pé do pedal.

Passado alguns metros o rapaz me perguntou se podia acelerar mais um pouco, com certeza só poderia ter ficado maluco. Uma medida totalmente insana!

- Ward eu estou com medo - Confessei afundando minha cabeça nas costas dele e sentindo seu cheiro.

- Você é a pessoa mais corajosa que eu conheço, Catherine Jones Turner! - Ele respondeu a fim de me animar - Vamos conseguir!

- Eu não sou corajosa, estou com medo.

- E existe outra forma de ser corajosa se não quebrando o próprio medo?

Assim que ele proclamou essa frase me senti na obrigação de seguir com meu amigo. Não é como se o medo tivesse passado, longe disso, mas estava disposta a ir onde quer que ele fosse.

- Acelera.

Conforme a intensidade aumentava a quantidade de adrenalina em meu sangue também subia, como algo proporcional. Senti o frio cortante arrastando meu cabelos para trás e pude observar a neve novamente nas árvores em formato de cone, afinal por quanto tempo elas iriam ficar assim tornando tudo meio congelante?

As curvas eram os momentos de mais nervosismo, porém em uma específica mais aberta consegui olhar a lua por completo e me imaginar mais perto dela do que de fato estava. Tive a sensação de que estava voando como uma andorinha e mais alto que uma gaivota.

A liberdade tomou conta de mim como jamais pensei que ocorreria, aí soltei um de meus braços de entorno de Ward e gritei o melhor que consegui "Eu posso voar".

Sim, eu podia voar quando estava com ele. Tudo voava na presença dele: o tempo, as sensações e até mesmo eu. Digamos que o senhor Carter era como um avião com capacidade de cem passageiros, mas tenho certeza que deve ter libertado mais do que essa quantidade de pessoas ao longo de sua vida.

Quando chegamos ao ponto mais distante de uma das pequenas colinas da região, sem ninguém por perto para dividir o momento Ward estacionou. Eu desci primeiro e ele depois, então comecei a pular de felicidade me assemelhando muito à uma imagem infantil.

Saltei para tocar sua mão que se estendia a cima, em sequência o abracei dizendo "Você me deu asas, eu te amo".

- Você é um pássaro nato que só precisava de um empurrãozinho! - O piloto segredou me erguendo do chão - Eu te amo tanto andorinha.

Foi a primeiríssima vez que dissemos as três palavras mágicas um pro outro, contudo não tínhamos planejado aquilo foi espontâneo. As frases inesquecíveis são sempre espontâneas.

Seguimos por uma trilha iluminada pela lanterna de meu amigo, todavia não era necessário o uso dela visto que a lua nova fazia a maior parte do trabalho. Paramos em um ponto "limpo" de mato e de onde estávamos conseguíamos olhar uma imensidão de árvores e folhas a baixo. E foi aí que finalmente me dei conta da temperatura amena que só não me incomodou antes pela adrenalina.

Nesse momento ele abriu a mochila e tirou de dentro um cobertor vermelho para que pudéssemos nos cobrir enquanto observávamos as estrelas. Haviam muitas delas visíveis naquela noite e me recordei de uma aula que tive na escola sobre as civilizações antigas que conseguiam navegar por conta das constelações e suas posições, assim sabiam a direção a qual seguir. Parecia que faziam séculos desde o dia que me ensinaram aquilo e por esse motivo não me recordava ao certo de tudo.

Me virei em direção à ele que estava deitado para cima ao meu lado de forma pensativa e fiz a seguinte pergunta:

- Você sabe ver os caminhos nas estrelas?

Ward estudou a situação e por alguns instantes pensei que não tinha ouvido meu questionamento, a verdade é que estava arquitetando.

- Sei sim, mas hoje só consigo dar atenção à um - Ele contou também se virando para mim - Só um caminho importa essa noite.

- E qual é?

- O caminho até você.

Não era o que eu esperava ouvir, nem imaginava que iria olhar dentro dos olhos dele e ver um brilho diferente lá dentro com todas as estrelas refletindo. Ward me deixou sem palavras e acho que as dele sumiram juntamente com as minhas, visto que seu próximo passo foi me beijar.

Senti seus lábios se comprimirem contra os meus e permiti que tal coisa acontecesse, foi realmente como se o tempo tivesse parado para nós. A velocidade de meu coração aumentou ao passo que a do tempo se modificou, Ward tinha a incrível capacidade de ajustar todos à uma frequência agradável que nem parecia existir de tão boa. Estar com ele era sinônimo de felicidade e de se sentir uma pessoa única no mundo, contudo ser beijada por meu amigo sabendo que ele me escolhera não pela aparência, mas pelo que sou tinha um sabor incrível,  inesquecível e principalmente muito louco. Porém quando cai na realidade do que estava fazendo me afastei colocando minha mão em seu peito.

- Ward eu vou casar - Tentei explicar para ele com uma tremenda dor no coração - Isso... Você e eu não pode acontecer.

- Eu sei que você vai se casar - O rapaz respondeu sem vacilar um segundo se quer - Mas a questão é: Você quer se casar?

- Qual a diferença?

- Na segunda opção a sua opinião conta.

Isso me pôs em xeque, em momento algum eu tive certeza de que queria me casar. Esse era o ponto que me desesperava a cada manhã e não me deixava dormir direito.

- Eu não sei - Foram as únicas palavras que pronunciei.

- Aquele espanhol merdinha, conhecido também como seu noivo quer te prender em uma redoma como uma rosa. Aí que está o erro da equação, você não nasceu pra ser uma flor contida, veio ao mundo pra voar!

"Veio ao mundo pra voar" se passou diversas vezes em minha mente e vendo que nada respondi Ward tomou a obrigação de continuar falando.

- Catherine Turner você merece alguém que te ame a cada minuto do dia e a cada palpitar do seu coraçãozinho. Porém eu sinto muito em dizer que não cabe a mim te libertar, agora só você pode fazer isso.

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