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CAPÍTULO QUATORZE

─ Por que você está cuidando de mim? ─ indaguei ao mordiscar o pedaço de pão com requeijão que me fora dado ─ Quero dizer... Não existem anjos da guarda para isso?
Estreitei os olhos em confusão. Estávamos na cozinha e o anjo me observava comer com um olhar indecifrável estampado em seu rosto jovem, contradição com os longos anos de existência que lhe pesavam nas costas.
Após tantas revelações a respeito de sua criação, ele houvera ficado receoso com o que eu faria ou diria a partir de então, porém, parece que eu realmente não alcancei as expectativas ruins de reações as quais o mesmo houvera previsto. Pelo contrário, eu estava levando tudo aquilo na esportiva, o que, na realidade, surpreendeu até a mim mesma.
─ Essa é uma pergunta meio complicada de se responder, considerando que eu mesmo só sei parte do motivo de ter de agir como seu protetor ─ suspirou, parecendo um tanto quanto perdido em suas próprias palavras.
─ Então, conte-me o que sabe ─ dei de ombros ─ De qualquer maneira, é bem melhor saber uma parte, do que não ter conhecimento sobre nenhum aspecto do assunto.
Seu pressionar de lábios foi a única mudança de expressão que pude notar vindo de sua parte. Ele demorou alguns segundos para responder-me, o que de certa forma, ativou a minha impaciência em esperar.
─ Tem uma grande guerra acontecendo entre anjos e demônios, sendo assim, a maior parte de nós está ocupada, incluindo os que você conhece por "anjos da guarda" ─ fez aspas no ar ─ Eu não costumo participar de guerras, sou chamado em último caso, somente ─ franziu o cenho de leve ─ Uns dias atrás, um de meus irmãos, Gabriel, veio me procurar e pediu-me um favor... Veja bem, estão todos muito ocupados como soldados e por isso, ele me ofereceu um acordo para que eu cuidasse de você durante certo tempo.
Azrael fez uma breve pausa antes de continuar sua fala.
─ A verdade é, que eu não sei porque, mas é muito importante para o meu irmão que eu te mantenha viva ─ deu de ombros ─ Isso tudo ─ fez um gesto que abrangia a mim e a ele mesmo ─ Não era para estar acontecendo. Na realidade, você nem deveria ser capaz de me ver, ou a algum demônio quando estamos em nossa forma verdadeira. Entretanto, aqui estamos ─ apontou ─ Você é realmente um grande enigma para mim.
Suspirei, digerindo as novas informações que me foram concedidas. Nem mesmo elas não foram capazes de responder sequer cinquenta por cento das perguntas que rondavam minha mente. Perguntei-me como houvera conseguido chegar a aquele ponto, considerando que a poucos dias eu estava sentada tranquilamente à sombra de uma árvore, vivendo a eudaimonia da vida, sem muitas preocupações ou problemas que fossem além de estudar para ingressar em uma boa faculdade. Em contrapartida com isso, agora eu estava sendo caçada por demônios que queriam me torturar e matar, morando com um anjo em toda a magnificência que alguém poderia ter, sob a proteção do mesmo, que poderia me matar com apenas um leve toque na bochecha.
De repente, senti saudades de quando tudo era normal e monótono. Saudades do meu pijama de bolinhas, do meu quarto simples, das idas ao parque e, principalmente, de meus pais e amigos. Nunca pensei que a rotina me traria falta, mas as vezes, era bom poder sair de casa sem correr o risco de ser morta por seres de olhos negros.
O anjo pareceu notar que havia algo errado, ele então levantou-se da cadeira e estendeu a mão para mim. Franzi o cenho, sem entender e ele continuou lá estático, esperando alguma reação de minha parte, por fim, segurei em sua "mão de couro" e deixei-o guiar-me até o corredor, e por fim, para dentro de seu quarto.

A melodia de Debussy, clair de lune, era extremamente suave quando invadiu meus ouvidos com tamanha intensidade, que minha pele arrepiou-se ao simples escutar de suas notas únicas e esplendidas. Ele as tocava com os olhos fechados, como se sentisse a vibração da música correndo através de suas veias.
Seu corpo se balançava como pluma ao vento, enquanto dedilhava com fervor cada acorde solto, por hora agressivo e pouco depois, na lentidão de uma alma que chora e explode em fantasias nunca cumpridas. O ponto ápice de sua dor manifestada em cinco minutos de puro êxtase para meus ouvidos sedentos.
Sua respiração ofegante em parte da música, como se revivesse seu passado doloroso enquanto a deixava escapar por seus dedos compridos. Outrora, a leveza, a suavidade atravessando sua pele em ondas de uma perdição extraordinariamente dolorosa e bela.
Fechei os olhos, minha cabeça apoiada na parede branca de seu quarto. Não fui capaz de perceber as lágrimas que caiam por minha face, até que a musica cessou, e seus dedos enluvados as limparam com destreza.
Abri os olhos, descobrindo-me perto demais de seu rosto. Ele segurava meu queixo, acariciando minha bochecha com o polegar, sua respiração levemente acima do ritmo habitual contra minha pele pálida.
Aproximou seu rosto de minha orelha, causando instantâneo arrepio que atravessou meu corpo como uma onda de energia sendo descarregada em cada centímetro de minha pele.

"As estrelas do céu brilham em teus olhos castanhos
Melodias suaves são suas palavras contra o vento cortante
Sequer a chuva é mais bonita do que as singelas lágrimas a escorrer por sua face
Ou o sol, mais quente que seu coração batendo forte no peito

Os raios de sol fizeram-se menos luminosos que seu sorriso
E a aurora, menos bela que teus sonhos mais íntimos
No céu, desenho sua pele macia
Deixando-me cair em ruínas contra a realidade sombria"

Puxou o ar lentamente, voltando seus olhos novamente para mim, pouco antes de desaparecer porta a fora, deixando-me só, seus versos ainda ecoando em minha mente, recusando-se a deixar-me sozinha. Meu corpo atingiu o chão gelado e eu enrosquei os dedos nos cabelos, respirando mais rápido do que nunca. Acabara de ter minha alma sugada por tais palavras.

Eudaimonia, do grego, felicidade.

OI PESSOINHAS, TUDO BOM? Esse capítulo é muito intenso, não? Eu gosto dele, sem dúvidas, talvez seja sentimentalismo meu kkkkk.
Então, está chovendo aqui, e está MUITO frio. Pessoas magrelas como eu, sofrem. Sem mais tagarelar, agradeço aos meus leitores, obrigada por me entregarem a experiência de ver que alguém gosta da minha história.
Façam todos uma boa leitura, um abraço gelado em vocês ❤.

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