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CAPÍTULO OITO

Encarei a cena que se passava na praça, com os olhos arregalados em terror, memórias angustiantes voltando em minha mente e me enlaçando naquela escuridão que parecia não ter fim. Lá estava um dos meus piores medos, bem a minha frente.
O encapuzado retornara coberto por fúria, ainda sob a luz do dia. Sua faca cravejada de joias, pendendo no abdômen de um homem em vestes escuras, que logo caiu no chão de cimento, completamente imóvel. Ao seu lado, haviam mais quatro corpos no mesmo estado e com vestes parecidas. Uma mulher, dentre eles.
Sua figura assombrosa retirou a faca do corpo sem vida e a limpou na camiseta do próprio cadáver, enfiando-a de volta em seu cinto. Pensei em correr até o meu quarto e me trancar lá, e foi exatamente o que fiz quando ele se virou em minha direção, como se estivesse a me encarar.
Meu corpo rígido pressionado contra a porta trancada, era consumido por tremores incontroláveis e angustiantes, enquanto eu tentava respirar fundo e me acalmar, sem sucesso.
Cerca de dez minutos se passaram e eu ainda estava paralisada na mesma posição, como uma criança com medo do escuro. Não sabia o que fazer para acabar com aquele sentimento horrível que me invadia, não conseguia pensar direito ou bolar algum tipo de estratégia. Naquele segundo, duvidei de minha sanidade.
Fechei os olhos, respirando fundo uma, duas, três vezes... Na quarta senti um toque em minha bochecha. Abri os olhos, encarando a figura que se abaixara diante de mim e soltei um grito de horror. Lá estava ele, como um fantasma da morte, esperando para me torturar.
─ Shhhh ─ seu dedo enluvado permanecera em meu rosto, como no sonho ─ Não tenha medo, criança.
Depois disso, eu nada vi além do breu que me invadiu, carregando-me para a inconsciência fria e pavorosa, mas ainda assim, muito melhor do que a realidade que me esperava com seus dedos mortais e gélidos, sem misericórdia alguma.

Despertei, sentindo um cheiro familiar. Mamãe está fazendo lasanha pensei. Sorri comigo mesma, abrindo os olhos e me deparei com um quarto desconhecido. Franzi o cenho, sem saber o que estava acontecendo.
Estava deitada em uma cama de casal, com lençóis floridos que davam ao quarto um ar acolhedor. As paredes eram brancas, com exceção de uma, azul claro, onde haviam duas orquídeas em vasos bonitos anexados na mesma, e logo abaixo uma mesinha de madeira, com duas cadeiras e uma pequena pilha de folhas em branco sobre ela, ao lado de um copo cor de rosa, cheio de lápis de cores diversas.
Levantei-me da cama, com cuidado, pisando com os pés descalços no porcelanato creme, dando um toque gélido contra minha pele. Atrás da cama havia uma janela enorme de vidro, que pegava a parede inteira e dava acesso a um jardim cheio de margaridas em seu total esplendor.
Andei até que meus pés se encontrassem com o tapete felpudo, localizado aos pés da cama, da cor do céu diurno que podia ser visto através da janela. Por um momento, senti-me como uma princesa em seu castelo, mas depois, me veio aquele sentimento de que algo não estava certo, foi quando abri a porta de madeira, que dava acesso a um corredor com mais duas portas fechadas.
Saindo do corredor, adentrei uma sala onde havia um sofá gigante e marrom claro, um tapete felpudo como o do quarto, na cor creme, duas poltronas charmosas e uma mesinha de centro de madeira, onde repousavam um vaso cheio de rosas vermelhas, ainda com seus espinhos e um potinho com incenso queimando.
Ouvi um barulho de panelas, vindo de trás de uma porta de correr, do outro lado da sala. Dirigi-me até lá, na ponta dos pés, silenciosamente e abri uma fresta dela, avistando uma cozinha com tudo o que se tem direito. O cheiro de lasanha invadiu minhas narinas com maior intensidade.
─ Bom dia ─ uma voz rouca chegou até mim, mas eu não consegui avistar seu dono.
─ Quem é você? ─ indaguei.
─ Você sabe quem sou, busque em sua mente ─ respondeu-me com suavidade.
─ Apareça.
O silêncio dominou o cômodo por um segundo, como se ele estivesse ponderando sobre o que fazer. Depois, ouvi o barulho de seus pés contra o chão, se aproximando de mim.
─ Por favor, não se assuste.
Esperei por mais um movimento de sua parte, de repente tensa, mas ao mesmo tempo curiosa para saber de quem se tratava. O restante da porta se abriu, dando-me uma visão de um homem encapuzado, que mantinha a cabeça baixa. Não conseguia ver sua face.
─ Concentre-se ─ tornou a falar ─ Não consegue se lembrar, porque sua mente está tentando bloquear as coisas ruins pelas quais passou. Não deixe que aconteça, você precisa enfrentar seus medos e me dar um espaço para contar o meu lado da história.
Afastei-me dele, sentando-me no sofá gigante, sem fazer a mínima ideia do que aquele desconhecido estava falando. O rapaz sentou-se ao meu lado com graciosidade.
─ Feche os olhos ─ murmurou e eu os fechei ─ Concentre-se. Do que você tem medo?
─ Eu não sei ─ murmurei em retorno.
O rapaz suspirou e eu pude sentir seus olhos em mim, decidindo qual seria o seu próximo passo.
─ Do que você tem medo? ─ repetiu.
─ Não sei ─ segurei os cabelos com força, puxando-os compulsivamente. Por alguma razão, que eu realmente não saberia dizer qual, aquela pergunta me irritava.
─ Pense ─ sua voz se alterou um pouco, tornando-se mais audível e um tanto autoritária ─ O que te deixou assim? O que de tão ruim pode ter feito com que seu subconsciente resolvesse te privar de suas memórias sobre o assunto?
─ Pare ─ encolhi-me, abraçando os joelhos contra o peito. Meus dedos doíam enquanto minha mão estava fechada em punho, com força ─ Por favor ─ implorei ─ Por favor, pare.
Ele suspirou e se aproximou mais de mim. A cada vez em que abria a boca para me dizer algo, era como se uma angustia enorme tomasse conta de todo o meu ser. Eu não queria me lembrar, seja o que fosse...
─ O que é a escuridão?
Estremeci, as lágrimas quentes começando a cair por minha face contorcida em uma careta que eu não conseguia controlar. Senti seus dedos em luvas contra as minhas costas, ele parecia não querer fazer aquilo tanto quanto eu. Mas aparentemente, precisava.
─ O que é a escuridão, criança? ─ sussurrou em meu ouvido, causando um arrepio familiar por todo o meu corpo.
Abri os olhos, de vagar, fixando-os no ponto onde deveria estar seu rosto, como um cego em busca de luz.
─ Você. Você é a escuridão.

Olá, gente. Estou muito feliz por estar conseguindo publicar minha história e por alguém além de mim poder lê-la kkkkkk.
Obrigada a quem está acompanhando os capítulos e seria ótimo se vocês se pronunciassem. Estão gostando? Odiando? Comentem, votem. Eu quero saber como estou me saindo por aqui.
Enfim, espero que gostem desse capítulo, boa leitura! Beijos

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