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AMANHECER NEGRO


Uma manhã cinza e escura estava começando, quando Nolan acordou. Sentiu o cheiro da terra molhada enquanto despertava preguiçosamente, e sentia o vento gelado tocando sua pele quente. Estava deitado debaixo de uma árvore, sobre uma pilha enorme de folhas que estavam ligeiramente secas e mornas pelo calor do seu corpo. Estava com os membros levemente doloridos, e estava nu, como de costume. Eventualmente tendo alguns arrepios pelo vento gelado da manhã.

Sentou-se, olhou ao seu redor, analisou o terreno, reconheceu a clareira, e pensou consigo mesmo:

"Nossa, pelo visto a chuva foi forte. Dessa vez não sobrou nenhum traço da transformação."

Quando pensou nisso, uma onda de terror o tomou. Tinha se transformado completamente, e entrado em conflito com o Lobisomem! Vagamente tinha na memória uma ou outra visão nítida da floresta em tons mais claros, uma lembrança de um penhasco alto e também do momento em que se viu transformado.

Se viu durante aqueles poucos segundos, nos quais sua mente humana tomou conta do corpo metamorfoseado, e ele visualizou aquela pequena construção de madeira. O que seria aquilo? O que teria feito durante a noite que o tinha despertado? E o que teria feito o Lobisomem irromper em tanta fúria e completar a transformação de forma tão abrupta, já que havia muito tempo desde que ele não a concluía, e ficava somente sofrendo no chão.

- Bom, foi tudo bem estranho, mas passou! – Disse para si mesmo! – Você merece um cigarro depois de ter sido submetido a tudo isso, meu caro Nolan!

Procurou ao redor e visualizou a árvore onde costumava esconder sua mochila. Ergueu-se um pouco, alcançou o galho superior, içou o corpo nu para cima e colocou o braço ao redor de outro galho. Chegando mais para cima, pegou a mochila que estava dentro do buraco da árvore e soltou o corpo. Caiu de pé no chão com uma firmeza nunca antes sentida.

Estranhou toda aquela segurança na queda. O chão estava molhado, e ele normalmente era desastrado. Quase sempre que precisava pular acabava torcendo o pé ou resvalando. Mas quem se importa? Pura sorte ou costume com a situação.

Pegou a enorme toalha verde-musgo de dentro da mochila, abriu-a e enrolou-se nela. Secou o corpo, e ao se tocar, percebeu como estava quente. O vento e a manhã estavam aparentemente bem gelados pelas marcas de chuva da noite anterior, e o movimento das árvores e da franja, indicavam um vento razoavelmente forte. Era estranho ter o corpo tão quente estando nu e tendo dormido em uma pilha de folhas debaixo de uma árvore depois de uma tempestade.

Colocou a cueca preta e a camiseta de manga longa marrom com os símbolos do ar e da água, representados pelos triângulos da alquimia. Uma das suas peças de roupa favoritas. Estendeu a tolha sobre a pilha de folhas, e sentou-se ali. Abriu a mochila, tirou a carteira de cigarros e o isqueiro, acendeu um, e deu a primeira tragada do dia. Fechou os olhos, sentiu, mais uma vez, o contraste entre o vento gelado e o seu corpo quente. Abriu os olhos e ao soltar a fumaça, sua mente ficou turva, e por três breves segundos, teve a visão de uma fogueira em uma clareira, e de fumaça. Foi uma visão rápida, mas foi muito clara, e pelos tons das cores extremamente vivas, parecia ter sido vista em um ambiente diurno, mesmo com a presença da lua cheia, e de algumas estrelas tímidas.

Aquela visão veio como um susto. O que queria dizer aquilo? Nunca tinha visto aquilo ou passado por algo parecido. Mais uma tragada no cigarro, olhando para as árvores ao seu redor, com a cabeça extremamente vazia. Parecia estar em transe, até que sentiu uma dor no ombro. Algo leve, mais como uma queimação. Puxou a gola da camiseta, e viu um pequeno vergão avermelhado. Tocou com o dedo indicador sobre a marca e sentiu uma leve queimação. Estranho. Não conseguia pensar em nada que pudesse ter causado aquilo. Ignorou. E tragou mais uma vez o cigarro. Olhou para o céu acinzentado e fechou os olhos mais uma vez. Levou o cigarro aos lábios, puxou a fumaça, segurou, tocou mais uma vez o pequeno sinal avermelhado. Nesse momento, um borrão tomou conta da sua visão e ele teve uma sequência de flashes totalmente esquisita:

Aquele cenário noturno, muito claro. Uma mancha grande com vários tons de cores na sua frente. Uma claridade alaranjada em um lado. De repente, da mancha grande, ouviu um barulho muito alto que pareceu um estouro. Sentiu uma dor incomoda no mesmo lugar onde tinha aquele sinal, e ouviu um rosnado alto.

Abriu os olhos enquanto tossia por ter se afogado com a fumaça. Levantou-se rapidamente, totalmente confuso com aquelas visões. O corpo o traiu pelo movimento rápido e ele cambaleou para o lado, tendo que se segurar nos pequenos galhos da árvore.

— Mas o que diabos foi isso?! – gritou para si mesmo.

— O que isso quer dizer? Será que esse animal finalmente está tentando me deixar mais louco do que eu já estava?! – presumiu que fosse algo causado pelo Lobisomem dentro dele.

Nolan tinha quase total consciência de que ele e a criatura eram muito próximos, até porque, dividiam o mesmo corpo. Em algumas noites, ele tinha pesadelos onde era visitado pelo Lobisomem. Onde revivia as cenas da noite em que foi mordido por um, ou sonhava ser um espectador desse momento, onde ele ficava na beira da estrada vendo tudo ao lado do Lobisomem que ele agora era.

Uma sensação esquisita de não estar sozinho começou a assombrar seus pensamentos. Mesmo não havendo nenhum indício de companhia pelas redondezas, parecia que tinha alguma coisa diferente ali. O vento virou. O cheiro estranho de algum animal preencheu suas narinas. Depois disso, veio o cheiro de água. Em seguida, o cheiro das cascas de árvores molhadas. O que seria aquilo tudo? Por que o olfato estava tão sensível mesmo depois de ter se destransformado? Teria isso alguma ligação com os flashes de "memórias"?

Tentou esquecer aquilo tudo por alguns instantes. Uma onda de exaustão tinha tomado conta do seu corpo repentinamente. Mais uma nova sensação estranha para a listinha de "o que se sente quando se é um Lobisomem?". Depois de todo esse tempo, achou que já saberia, mais ou menos, como isso era, mas aparentemente, a idade trazia novas experiências depois de cada transformação.

Foi até a mochila e pegou o celular e os fones. Ligou. Alguns segundos de demora até que o aparelho acendesse a luz. Manteve a internet móvel desligada. Ainda não estava com cabeça para lidar com o mundo humano, mesmo que não houvesse sinal naquele buraco onde estava, preferia não dar sorte ao azar. Até porque, agora outra sensação estranha estava surgindo. Uma aura de enxaqueca. Os olhos começando a se iluminar com pontos de claridade. Mesmo sem a presença do sol, parecia que tudo estava muito claro.

Pegou os fones, conectou no celular, resolveu sentar mais uma vez. Olhou a hora, eram seis e quarenta e um da manhã. O sol ainda não tinha aparecido totalmente, e pelo jeito, continuaria assim, pela tempestade da madrugada, e pelo cheiro úmido do vento, que indicava a possibilidade de mais chuva. Abriu o player de música. Pensou um pouco. "Breath o Life". Ótima escolha! Deu o play. Acendeu mais um cigarro. Recostou-se no tronco da árvore. Tragou o cigarro. Sentiu o calor da fumaça adentrando seu corpo. – And the fever began to spread! From my heart down to my legs!" – Cantarolou baixo, com os olhos fechados. Foi quando uma onda de calor subiu por todo o seu corpo e causou um choque em sua cabeça.

No susto daquele momento, largou o celular e a dor aumentou. Olhou para as mãos e elas estavam extremamente vermelhas e quentes. Apagou rapidamente o cigarro e levantou. A dor que tinha atingido sua cabeça se tornou mais forte. Passou para os ombros e depois para o peito. Começou a respirar com dificuldade. Os olhos começaram a queimar e os pés vibravam. Uma onda quase elétrica desceu por sua coluna como um raio, e derrubou Nolan no chão. Rapidamente, jogou o celular e os fones para dentro do embrulho plástico junto dos cigarros e se voltou para suas mãos que agora tremiam.

Um medo irracional surgiu no cerne do seu ser. Parecia que alguma coisa muito ruim estava chegando perto, e seu corpo estava tentando avisá-lo sobre isso. A dor nos membros estava tão forte que fez com que ele gritasse!

O grito que veio do fundo da sua garganta, se tornou um uivo grosso e alto. Tão forte, que por um segundo, quase conseguiu sentir o chão tremendo sob seus joelhos. Olhou para baixo, e percebeu que estava de quatro. Os olhos se arregalaram, procurando por algum ponto seguro. Olhou para as mãos. Mãos não. Patas! Grandes, pretas, com garras longas e curvadas, e já cobertas por um manto de pelos.

Olhou para o lado e viu seus flancos largos, e pernas curvadas como de um cachorro. Sentiu a visão mudar. O olfato ficou aguçado, e a audição melhorou repentinamente com um apito agudo. Uivou mais uma vez. Levantou-se. - O mundo está menor?! - Estava mais alto. Estava totalmente transformado. Sem as mesmas dores e sem todo o característico sofrimento. O Lobisomem tinha retomado seu corpo animalesco. Nolan se desesperou por ver o mundo através do animal, e se apagou.

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