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Capítulo 14


Giselle deixou Danette por perto, a mulher sempre oferecia o chá, mas sempre conseguia guardar o líquido quando a mulher dava uma brecha, jogando aquilo fora num ralo próximo. Até que bem, ouviu um telegrama vindo de seu primo falando que achou algo e que eles precisavam ter uma reunião.

- Aonde vai? – Danette murmuro, curiosa.

- Irei ver meu primo num restaurante, vamos conversar sobre aventuras infantis e bem falar sobre a vida. – Giselle realmente queria trazer Evander para esses papos, ele precisava ver sua infância pelos olhos de outra pessoa.

- E o patrão? Como ele se sentiria ao ver um homem sem ele? – Danette parecia aborrecida.

- Sinceramente, não sei, acho que chamarei ele quando sair do trabalho. – E com isso simplesmente saiu.

Caminhar pelas ruas foi um sopro de tranquilidade e alívio enquanto levava os diários com ela. Giselle garantiu às duas que queimaria os diários depois de tudo. Enquanto isso, Giselle prometeu a si mesma que traria justiça à honra do marido e prenderia o verdadeiro culpado sobre todos esses rumores, talvez isso até mesmo facilitaria a vivência de Evander.

E com um sorriso chegou no lago do lava-pés, vendo-o com sorvete nas mãos, pulando que nem uma pipoquinha até perto de Jesus Cleiton.

- Então isso é para mim? – Batendo na bochecha alegre.

- Era para mim, mas gravidez tem preferência. – Acabou rindo enquanto seguia ao lado da direita, já que ele não é Evander e à esquerda é para o marido. – Então suas paranoias estavam certas, o veneno no chá, não tomou aquilo de jeito nenhum, né?

- Não sempre jogo no ralo. – Garantiu com tranquilidade.

- Bom, porque esse veneno é bem leve, é uma amigdalina derivada das sementes da maça, em pequenas quantidades dá mal-estar. - Por isso o vômito fez Evander surtar daquele jeito. – A longa escala ataca o rim e por fim a morte, o fígado para de funcionar e bem num dia está vivo e na noite você capota. – Giselle lembro do pânico do marido quando ela passa mal pelos enjoos.

- Talvez seja por isso que ele surta quando acabei vomitando um pouco. – Giselle mexeu no sorvete, enquanto isso, Jesus suspiro baixo.

- Falando nele, onde ele está? – Jesus Cleiton não queria que o homem traumatizado achasse que ele queria roubar sua querida esposa.

- Trabalhando. – Comendo o sorvete tranquilamente.

- E ele sabe que você está aqui? – O não que veio de Giselle fez Jesus Cleiton realmente pensar que ia visitar o verdadeiro Jesus.

- Aí, minha nossa senhora, ele vai me transformar num purê. – Tudo que Giselle fez foi rir. – Ri mesmo do desespero do outro, seu marido gosta de arrancar árvores por diversão, ele vai arrancar minha cabeça e brincar com ela como diversão. – A fazendo o encarar.

- Ele não vai te bater, não vou deixar. – Jesus Cleiton realmente queria que aquelas palavras fossem faladas pelo barão. – Além do mais, vamos almoçar junto no restaurante, cantina mineira, então vocês podem ser mais próximos. – Sorriu alegremente e Jesus imaginou que ia ser divertido comer com um cara tão ranzinza.

- Vou tentar não desmaiar com a presença dele. – A fazendo rir e bater em seu ombro de leve.

- Agora, voltando ao problema, o que fazemos a partir daqui? – Giselle olhou para as capivaras. – Sabemos que tem veneno e que a dama de companhia, bom, está dando veneno...

- E você conheceu uma amante que queria ser baronesa, mas ainda tudo isso são só falácias, precisamos de provas, sabe? – Jesus, Cleiton, volto para frente. – Temos os diários, mas mesmo dizendo que são de Cloé ou Jade, não temos uma confirmação delas...

- Precisamos provar a caligrafia de todas. – Giselle parecia animada para tudo aquilo.

- Podemos pedir para Quélvim, além do mais ele trabalha para o governo onde ele verifica todas as caligrafias dos agentes nacionais. - Jesus gostava do Quélvim já que além dele ser casado com o trabalho, Quélvim também era e ainda pior, largando a advocacia para ser o mestre da caligrafia, o homem sabe se é João que escreveu a carta ou é o irmão dele só com uma letra.

- Será que ele viria? – Giselle sabia que Quélvim era ocupado com muitas coisas.

- Sim, ele viria, além do mais, ele é nosso primo e ama uma boa fofoca. – Bom, isso era verdade, Giselle tinha que concordar, sua família ama uma fofoca. – Então vou chamá-lo e na próxima vez traga os diários, acredito que na próxima reunião podemos conversar com seu marido e o deixar a par da situação.

....

Evander, não gosto da proximidade dos dois.

Confiava na Giselle, mas não gosto de vela próxima e ria das piadas internas entre os dois. Agora, quando decidiram voltar para casa, Jesus Cleiton ficou em seu hotel e a viagem foi silenciosa.

- Por que está emburrado? – Giselle o encarou buscando uma resposta.

- Não gostei de vê-los tão próximos. – Evander sabia que tinha que ser sincero acima de tudo.

- Hm, não gosto de eu ir ver ele sem você saber? – Realmente, aquele não era o problema. Gostava de vela fora de casa, às vezes achava que ela passava muito tempo dentro de casa e bela nem sempre é a melhor opção, mas o que não gosto é de sobrar na conversa e se sentir de fora.

- Não foi isso que me incomodou. – Por fim, declarou.

- Ah, e o que foi que te deixou para baixo? – Evander segurou sua mão com carinho.

- Bom, foi eu ter sobrado de alguma forma, queria ter uma intimidade assim com alguém. – Ele realmente nunca pensa que seria tão vulnerável com alguém, ele um dia foi assim com Bela e uma vez com sua mãe, mas agora gosto de ser vulnerável com Giselle já que eles tinham essas conversas.

- Ah, mas você vai... – Giselle o beijou, fazendo ambos se encararem. – Dê uma chance ao meu primo, realmente acho que vocês combinam. – Ela simplesmente sorriu.

- Ele tem medo de mim. – Fechou a cara.

- Bom, isso é verdade, ele acha que você vai arrancar a cabeça dele. – Giselle acabou rindo da cara de Evander.

- Só se ele aprontar. – Aquilo fez os dois gargalhar.

- Bom, acho que só precisamos de tempo, - Giselle a garantia enquanto usava ar enquanto se deitava em seus braços. – Tenho uma boa notícia, eu acho...

- O que é? – Evander a encarou de leve, beijando sua testa.

- Meu outro primo está vindo para cá. – Evander soltou um suspiro frustrado. – É Quélvim, ele trabalha na coroa. – Evander realmente acha impressionante alguém vindo de Brasília para cá.

- Reunião de família e não estou sabendo? – Evander não queria ver os sogros de novo, realmente Giselle, tudo que precisava agora é de paz.

- Não, vou aproveitar que ninguém tem um trabalho no momento e vamos nos apresentar, ia ser legal você conhecer uma parte da minha família que não é grosseira. – Ela realmente queria que ele pudesse pelo menos ver algo bom nisso tudo.

- Hm, de qualquer forma, como foi seu dia? – O melhor do dia é tela com toda a sua atenção e o sorriso de Giselle continuou grande e feliz.

- A se prepara para minha grande história. – Evander ficou quieto e bem concentrado.

Isso sim é felicidade.

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