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Epílogo: O Mundo Que Ela Conheceu

Por que tudo está ficando tão silencioso? 

Por que o mundo que eu antes conhecia parece estar ganhando porções de preto e vermelho? 

E este vermelho? Parece tão vivo, tão convidativo, tão familiar... — E tudo ao seu redor continuava silencioso, morto e ao mesmo tempo não. O que tudo isto significava? Já não tinha mais uma resposta certa quanto aquilo. O mundo que um dia conheceu pareceu não lhe fazer mais sentido, nada fazia mais sentido. Tudo o que sempre lhe fora dito, tudo o que sempre refutaram, lhe parecia tudo tão bobagem.

— Por que me sinto assim? O que é este vazio? — Mais questionamentos lhe surgiam, só que nenhuma resposta parecia lhe responder a todas aquelas perguntas. – Será que Mateus iria me responder mesmo a todas aquelas perguntas? — questionou, sentiu-se tão estupida, tão ingênua em entrar em um mundo no qual nada sabia, mas muito parecia ser tão real e concreto.

Vá embora enquanto pode... — Talvez aquelas palavras carregassem muito mais respostas, muito mais sabedoria e cuidado do que as falsas promessas que lhe fizeram.

Eu não quero morrer... —  Essas palavras ecoavam por todos os lados. A escuridão já não parecia tão assustadora como antes, era possível até mesmo adaptar seus olhos a ela. Tudo parecia tão distante de si, seus amigos, sua família, sua vida. Mas não ele, aquele homem mascarado não lhe parecia distante, sua voz lhe advertindo era o que mais parecia estar perto de si.

Cássia não sabia se conseguia ou não caminhar, mas algo lhe impulsionava a tentar, um desejo em seu âmago, algo que ela não era capaz de explicar. Ela sabia que seu coração parecia há muito ter parado de bater. Isabelle, como chamaram aquela mulher, tinha lhe tirado tudo, Mateus também, tudo aconteceu por causa dele! Uma outra sensação pareceu crescer em seu interior, aquela ela parecia saber nomear, ira.

Sim, sentia-se irada com as mentiras que aquele baile carregava, era de fato um baile de ilusões, e agora compreendia, que aparências não passavam de meras ilusões, em um mundo em que é muito mais cruel do que ela já estava acostumada a ser. Aquele mundo parecia ser um no qual somente o predador mais apto conseguia estar no topo, e era isso que ela compreendia agora, o Baile de Ilusões lhe mostrou muito mais do que imaginara que Mateus fosse lhe revelar.

— Se agarre a este sentimento... — Ouviu a voz do mascarado novamente.

Onde você está?! — Cássia vociferou em meio a escuridão. 

Nenhuma resposta lhe veio, tudo continuou silencioso, um silêncio que ela já não aguentava mais. Queria poder ouvir novamente os burburinhos do baile, queria ouvir os passos dos criados dos vampiros por todo o salão. Queria poder sentir o cheiro de comida, bebidas e os mais diversos perfumes que todos os convidados usavam.

— Você não implorou por sua vida? – Aquela voz ecoava por todos os lados, Cássia sentia como se ele fosse onipresente, como se estivesse dentro de si.

— Como posso te encontrar? — gritou novamente, mas sua voz pareceu uma vez mais não o alcançar, na verdade, nada parecia lhe alcançar naquele momento. — Como que eu posso me encontrar? — perguntou a si mesma em voz baixa. Havia tristeza em suas palavras, uma que parecia fazer todo o ar ao seu redor se tornar pesado demais para ser respirado.

— Eu não quero morrer...— Ouviu uma vez mais sua voz suplicar. Sua voz quase morrer em sua garganta. 

Repentinamente toda a escuridão desapareceu em um enorme clarão, Cássia pôde reconhecer o local em que estava. Era o salão, era Isabelle e seus braços tão mortais, ela não lhe machucou como prometido, ela era a própria morte fantasiada de mulher bela e poderosa na sociedade.

— Você quer ser como ela, não é mesmo? — Ouviu a mesma voz falar consigo, desta vez via o mascarado nitidamente em sua frente. Sua mão repousava no ombro direito de Isabelle, e em seu rosto havia um sorriso indecifrável. Cássia que sempre pensou saber ler o que as pessoas pensavam, o que sentiam, e diante dela estava alguém que não era possível decifrar, talvez não somente ele, mas todos naquele baile eram indecifráveis.

Eu quero poder sair daqui, eu quero viver minha vida novamente. Esquecer que tudo isso aconteceu... — pensou Cássia, porém sabia que já não era possível ter aquele desejo atendido. Não era possível viver sua vida como antes, esquecer todo o acontecido. Não quando em sua cabeça uma única coisa parece estar certa, parecia a chamar de maneira tão avassaladora, algo que a faz sentir-se como alguém dependente de entorpecentes químicos se sente.

— Quer poder sair daqui? — A voz dele ecoou novamente, e tudo voltou a ser escuridão.

— Não! Não me deixe aqui sozinha de novo... — disse uma vez mais desesperada.

— Cássia, você quer ser como nós? Quer sair deste salão? Andar por entre as pessoas uma vez mais? — A voz do homem mascarado agora soava como trovões em um céu completamente enegrecido, antes tudo parecia tão silencioso, e agora estava tudo tão barulhento, como em uma forte tempestade de raios e vento.

Aquelas palavras continuavam a ecoar com mais frequência, com mais nitidez. Seu corpo parecia reagir àquelas palavras, àquela voz. Algo em si mesma parecia estar de acordo com aquelas promessas, era isso que pareciam. Entretanto, uma vez mais, temia apegar-se tanto a uma promessa que lhe fosse levar a lugar algum, mas seu corpo parecia lutar contra este sentimento de dúvida.

— Andar por entre as pessoas uma vez mais... — Àquelas palavras repetiam-se em um coro xamânico, algo que lhe deixava cada vez mais em êxtase.

— Eu quero poder sair daqui. Só me diga como! — gritou desesperada, embora não recordasse de pensar desta maneira, algo em si parecia ainda mais desesperado, mais necessitado de sair daquele estado.

— Está disposta a andar ao nosso lado? Aceitar-nos ao seu lado? — Àquelas últimas palavras lhe causaram um calafrio. Se recusasse, o que poderia acontecer?

— Eu quero, minha resposta é sim. Meu desejo é este, eu quero sair daqui, eu quero estar viva! — Ela disse numa tamanha euforia que não lhe cabia mais, não conseguia se conter mais.

— Então, aceite o meu sangue — Àquela voz soou com um único trovão em meio aquele céu escuro. Tudo pareceu se iluminar tão repentinamente de novo. E ele estava ali, bem diante de si, com sua mão estendida, como em um novo convite, um novo baile, uma nova vida.

Cássia não pensou duas vezes nas complicações que aquela decisão traria, não cogitou recusar como antes fazia. Correu como uma criança corre ao ver seus pais de braços abertos aguardando-a chegar em seus braços. Aguardando aquele abraço.

— Aceite o meu sangue, pois ele é o segredo para vida! — Ouviu ele lhe dizer uma vez mais em seu ouvido, Cássia não pensou duas vezes, bebeu do sangue que lhe fora oferecido, sorveu cada gota do pescoço que seu rosto se enterrava.

— Sangue é vida! Sangue é vida! Sangue é vida! — repetia para si mesma, enquanto a voracidade de seu desejo, de sua necessidade lhe tomava por completo, ela sorvia toda a vida daquele corpo.

Cássia abriu seus olhos, algo neles estavam diferentes, podia enxergar no escuro, podia ouvir bem melhor do que antes, havia algumas poucas pessoas do outro lado daquela porta de ferro maciça. O cheiro de sangue estava muito mais pungente do que o normal, mas ele não a incomodava mais. Ela olhou para suas duas mãos, as passou em suas pernas. Ela ainda era a mesma pessoa, estava com o mesmo vestido.

— Estou viva... — disse em voz baixa. 

Cássia continuou imóvel contemplando esta sensação, era algo diferente do que já havia sentido antes. Havia também euforia em seu interior, como se pudesse realizar as mais absurdas façanhas. Ela sorria e nem havia percebido que se encontrava sorridente há muito tempo, decidiu por fim levantar-se de uma vez, colocou suas mãos no chão para tomar impulso, mas sentiu uma mão gélida ao seu lado.

Olhou na direção em que sentiu aquela mão rígida e inerte. Arrepiou-se, se isto era possível em seu novo estado. Ao seu lado, estava nada mais do que o corpo de Jéssica, e ela podia ver nitidamente a expressão de desespero em seu rosto, sua amiga teve uma morte horrível.

Sangue é vida... — Recordou-se destas palavras e em flashes, tudo voltou a sua memória, ela repetia aquelas palavras em sua mente freneticamente.

Jéssica se debateu, lutou com o restante de energia, de vida que lhe permitiram manter. O pescoço no qual estava com seu rosto enterrado, era o de sua melhor amiga. Seu estômago pesou, todo o conteúdo que nele estava voltou de uma só vez e Cássia não foi capaz de manter aquela vida dentro de si. Vomitou todo o sangue que estranhamente ainda parecia quente dentro de si.

— Não, não... Eu não pedi por isso... — começou a chorar. A tristeza que sentiu outrora pareceu invadir seu ser com todo peso e força que ela jamais imaginou sentir. Cássia abraçou o corpo da amiga uma vez mais. Mordeu seu lábio inferior, enquanto segurava um grito de dor, afinal, aquela dor era muito mais forte do que ela já sentiu em toda sua vida.

Permaneceu ali em meio a escuridão, ao cheiro pútrido dos corpos que lhe rodeavam.


Cássia não sabia ao certo quanto tempo permaneceu ali deitada sobre o peito de sua melhor amiga. Teve sua atenção roubada ao ouvir a porta de ferro maciça se abrir não muito distante de onde estava. Sentiu seus olhos se incomodarem com a súbita mudança de iluminação que o corredor trazia para dentro do pequeno armazém em que se encontrava. Percebeu que algumas pessoas adentraram o local e começaram a remover os corpos, duas mulheres se desgarraram do grupo principal e caminharam em direção da jovem neófita, puxaram-na pelos braços, mas Cássia protestou, por um instante levantá-la do corpo de sua amiga tinha se tornado uma tarefa árdua, mas não impossível.

Sentiu, entretanto, uma mão forte lhe segurar o ombro e lançá-la contra a outra parede como se não fosse nada. Sentiu sua ira uma vez mais lhe tomar e desejou ir para cima do estranho que lhe tirou de sua amiga. Para sua surpresa, se tratava de Mateus, ele tão como ela, estava tão desgostoso com a situação. Seus olhos se acenderam por um instante, e Cássia investiu contra o vampiro. O rapaz com anos de experiencia naquela vida, simplesmente desviou do ataque desordenado da garota e a empurrou contra uma outra parede.

— Não torne o meu trabalho mais difícil. — Ele lhe disse, sem muito interesse em sua vendeta pessoal.

— Você me enganou! Você matou todos os meus amigos! — Ela vociferou e novamente partiu para cima do rapaz, Mateus nenhuma reação esboçou diante do ataque de fúria da nova vampira.

— Correção, eu matei quase todos os seus amigos. Você bebeu da sua amiga até ela se tornar um cadáver no qual você dormiu com ele por dias... — O rapaz lhe disse, segurando-a pela nuca e forçando-a contra a parede. Cássia não tinha força nenhuma para escapar da imobilização do rapaz, com suas mãos bateu contra a parede, ouvindo algumas pequenas rachaduras.

— Seu maldito... — Ela disse tentando recuperar suas forças, para que então pudesse se desfazer da imobilização do vampiro. Cássia deu uma cotovelada no nariz de Mateus, que a soltou imediatamente, pois sentiu seu sangue escorrer pelo local do ferimento. Aquilo o deixou irado, com uma intenção assassina que Cássia jamais sentiu do rapaz, durante todas as ocasiões em que se encontraram.

— Vai pagar por isso, vadia! — Ele vociferou, mas antes que pudesse partir para o ataque, outra voz soou ali dentro e os dois imediatamente acabaram paralisados.

— Já chega! — disse o homem parado na porta. Cássia olhou na direção dele, esquecendo da existência de Mateus, era como se seu corpo obedecesse a aquela pessoa, seus olhos só caminhassem na direção dele.

Jon! — disse Mateus ajoelhando-se.

—Você neófita, pare de dar mais trabalho do que vocês dois já me deram. Siga com meu pessoal para o lavabo, não posso apresentar um novo membro de nossa sociedade, não desta maneira — disse o Jon, sem desviar o olhar sobre a garota. Cássia sentiu todo a ordem daquele vampiro com todo o seu corpo, ela baixou sua cabeça e seguiu as duas garotas que tentaram lhe tirar dali anteriormente. — Quanto a você... Eu só não lhe dou um jeito, pois não é minha cria. Nossas regras ditam muito bem a quem você deve obedecer, e quem deve lhe castigar. Espero que desta vez Isabelle faça o papel dela direito... — disse o vampiro dando as costas ao rapaz. 

Mateus sentiu seu sangue ferver por dentro de seu corpo, sua ira era implacável e se ele tivesse mais alguns séculos de vida, tinha certeza de que não temeria o poder de Jon.


Depois de ser lavada contra sua própria vontade e vestida como uma boneca. A jovem agora seguia com as duas figuras misteriosas, seguia em direção a um corredor extenso e estreito, que levava a uma enorme porta de madeira branca. De frente para porta havia duas pessoas, e uma delas Cássia logo reconheceu, o motorista designado por Mateus. As portas logo se abriram revelando seu interior espaçoso, e repleto de vampiros.

O salão estava completamente diferente da ocasião do baile. A jovem neófita não sabia ao certo, o que eles faziam ali reunidos, mas não havia mais tantos vampiros como na festa. E para falar a verdade, Cássia nem fazia ideia de quanto tempo havia se passado desde o baile. Os mesmos vampiros que estavam no andar superior do salão, encontravam-se em suas respectivas posições.

Jon estava ao centro, de frente de uma enorme pintura de si mesmo. Cássia podia ver os rostos que foram escondidos por de trás das inúmeras máscaras. Seu olhar caiu sobre Isabelle que estava acompanhada de Mateus e uma outra pessoa que ela não se recordava na festa. Jon, tinha três vampiros atrás de si, enquanto os demais tinham o mesmo número que Isabelle.

Meus irmãos, demorou muito para que este dia finalmente acontecesse, mas com satisfação que apresento a vocês, minha nova filha. Tenho certeza de que vocês recordam dela de nosso baile! — disse Jon como se estivesse se gabando de um prêmio conquistado. Aquilo fez com que Cássia corasse de vergonha, mas ao mesmo tempo, recordava-se daquela noite, a noite em que sua vida humana fora extinta e agora ela fazia parte desta nova sociedade.

— Como poderíamos esquecer, ela fez um belo show implorando por sua própria vida, enquanto a nossa Condessa bebia de seu sangue. — disse uma mulher de pele escura, e forte sotaque.

Jonathan, tenho certeza de que você nos reuniu aqui por um motivo, um pouco mais sério, do que o seu novo mascote... — disse Isabelle com um tom mais provocativo.

— Você está correta, minha irmã — disse Jon, agora olhando para todos os outros vampiros.

— E que motivo seria este, Conselheiro Chefe? — disse um outro homem que aparentava ter uma aparência um pouco mais avançada, suas vestes ainda eram tão sofisticadas quanto as do baile.

Diante do Conselho dos Sete, venho trazer a notícia de que Iara Veracruz, recentemente começou a dar alguns passos. — Jonathan revelou.

— E o que tem de importante em um dos membros do Círculo das Bruxas se movimentar? – perguntou Mateus atrás de Isabelle.

— Garoto, apenas dirija-se ao Conselho quando lhe for dado permissão para tal. — disse a mulher de pele escura, em completo desgosto.

— Isabelle, parece que você não educou uma de suas crianças como se deve — disse um rapaz de voz esganiçada, com belos cabelos negros que caíam até seus ombros. Cássia lembrou de tê-lo visto em alguma página da internet.

Chega de papo furado! O assunto aqui é sério! — alertou Jonathan.

— Então nos diga logo, e pare de tanto rodeio! — disse Isabelle.

— Acredito que O Círculo esteja operando junto da Guarda do Alvorecer — revelou o Conselheiro Chefe.

— Então isso significa que uma nova guerra pode estar prestes a acontecer! — disse um homem que aparentava ter a mesma idade que Jonathan, apesar de que ele era bem conhecido. Um Senador da Câmara de São Paulo.

— Então em breve, A Guarda do Alvorecer procurará não somente a nós do Conselho dos Sete, mas também a Irmandade da Lua — disse Jonathan. 

O salão do conselho tão rapidamente foi tomado por diversos burburinhos, mestres e suas crias começaram a discutir entre si sobre o significado por trás daquela nova informação. Cássia que antes não entendia o que estava acontecendo quando fora chamada para o baile, agora sentia-se ainda mais perdida em meio as discussões alarmadas do Conselho dos Vampiros.

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