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UMA DECISÃO POR AMOR (PARTE 3)

— NÃO! NÃO! – Higor correu em direção à porta, mas mal conseguiu se aproximar da varanda. O calor era intenso demais. Sem raciocinar, se voltou para o deus e o atacou com o bastão.

Não me faça rir, humano insolente. – com um movimento simples da espada, Ladel amputou o braço do sr. Sotein. O homem caiu aos berros. O deus se aproximou, pegou o membro decepado e o jogou para cima de Higor. — O erro ensina. Fiques com a sua lição.

Olhou ao redor. Ele vencera, afinal. Só estranhou a demora em sentir algo de "diferente". Não sobrara ninguém, a magia era toda dele. Já deveria sentir seus poderes no auge. "Talvez o Conselho esteja interferindo para terem tempo de fugir", ponderou Ladel e se deliciou ao imaginar a cena patética.

Fincou a espada na terra.

Só destruiria a ilha depois de se livrar dos empecilhos. Até pensou em ser benevolente e manter a cidade de pé por um tempo para ter alguma diversão. Contudo, se era assim que os Anciãos queriam, transformaria Arcéh em um cemitério gigante; daria à Tríade uma pequena amostra de sua grandiosidade.

Mas então um barulho veio da casa.

As chamas se apagaram.

A porta caiu com um baque e levantou cinzas pelo ar. Para a surpresa de Ladel, Lara saiu com Kevin nos braços. Atrás deles, Sâmia surgiu com a sra. Sotein e, por último, em um caminhar decidido rumo ao seu destino, Phil Voggi encarou o deus e disparou o arpão. O Verão sorriu e desviou da ofensiva sem dificuldade alguma.

O que estás pensando, humano? Que só porque suportaste minhas chamas achas que podes me ferir?

As espadas dos dois se chocaram e faíscas voaram. O sorriso irônico de Ladel sumiu. Havia algo a mais naquele simples "humano". E não apenas nele: a espada também emanava uma aura diferente. Por poucos centímetros, uma estocada não feriu o seu rosto. O deus sentiu uma tensão no ar. Uma urgência soou dentro dele. Tinha logo que acabar com aquela audácia. Posicionou os pés para conseguir um apoio melhor e, quando Phil atacou, segurou o golpe com a espada na mão esquerda e com a outra mão emitiu uma luz intensa e a jogou nos olhos do oponente.

Phil vacilou e Ladel atravessou a espada em seu peito.

Sâmia abafou um grito.

Ladel puxou a lâmina e chutou Phil Voggi para o chão.

Agora é a vez de vocês. – disse para Sâmia e os outros. Caminhou até eles, empurrou a mulher e ergueu a menina pelos cabelos. Lara esperneou. – Não vai doer nada, meu doce... É apenas um sonho...

O Verão ergueu a espada, mas parou o ataque no meio ao olhar para o pescoço da menina. Havia um pingente ali. Um pingente azul com o símbolo do Inverno. Meneou a cabeça e prosseguiu com o ataque, mas não conseguiu: seu braço estava congelado. Entorpecido pela surpresa, Ladel não reagiu quando Phil foi até ele, soltou a filha de suas mãos e sussurrou algo ao ouvido de Sâmia.

Com a garota nos braços, o Voggi encarou o deus.

Minha filha. Minha decisão.

E, com um movimento rápido, produziu uma luz que envolveu a garota. Lara congelou como as estátuas na Noite da Nyrill.

Gy-Gyen?! Como?

Não é só você que sabe brincar de disfarces, Ladel. Agora somos só nós dois.

O deus olhou para ele de cima a baixou e desdenhou:

Você pretende mesmo me enfrentar com o corpo roubado de um mortal?

E quem disse que este é o corpo de um mortal? – sem dar tempo para uma reação, pulou para trás do irmão e o segurou pelas costas. O Verão tentou se soltar. A força do outro, contudo, tinha algo maior; mais vivo.

Com um impulso, os dois voaram para o alto.

#pratodosverem | Descrição da imagem: agarrado a Ladel, Phil Voggi parte céu acima em meio às estrelas e ao negrume celeste.

***

É esse o seu plano, Gyen? Matar a todos nós para que a magia desapareça? – perguntou Ladel enquanto os dois tomavam altitude. – Há outros deuses, Gyen. Outros que podem assumir os nossos papeis, não seja tolo. E até onde você pensa que pode subir?

O suficiente para acabar de uma vez por todas com essa história de Nyrill de Arcéh.

Não me faça rir...

Ladel olhou para a cidade abaixo e só então compreendeu o plano do irmão: naquele momento, Gyen dava aos arcéh a possibilidade de acabarem com a lenda por conta própria, além de ganharem o crédito de terem acabado com a guerra entre os deuses, mesmo que eles não tivessem noção do conflito celestial. Em uma última atitude, um último sacrifício, o Inverno dava aos humanos mais do que uma vingança: dava-lhes uma imagem diferente perante o Conselho. Os Anciãos nunca mais os tratariam como reles mortais criados por eles, sujeitos aos seus desejos e desmandos. A partir daquele dia, os Criadores teriam uma dívida impagável para com sua própria criação.

Eles, as criaturas, decidiriam o futuro da magia.

Em dois extremos da cidade, os disparadores de flechas no alto das Torres Norte e Sul brilharam.

Eles não podem me matar. Eu sou um deus! As armas dos mortais não podem me ferir. Ainda mais essas armas enferrujadas e que nunca foram usadas...

Gyen soltou um sorriso no ouvido de Ladel.

E se elas estivessem abençoadas por Fesdo? – O Verão arregalou os olhos. Lembrou-se da chuva de bombas de tinta. Seu rosto se anuviou. — Ele abençoou tudo, Ladel. Nesta noite, as armas de Arcéh são tão mortais quanto qualquer uma de nossas próprias armas.

O Conselho nos traiu...

Não, Ladel. O Conselho, finalmente, agiu.

Primeiro da Torre Norte e depois da Torre Sul, uma saraivada de flechas cortou o ceu de Arcéh em direção aos dois pontos luminosos sobre o ceu da ilha.

Parecia uma chuva de estrelas cadentes ao contrário, do solo em direção ao ceu.

Dos humanos em direção aos deuses.

Flechas para acabar com um erro.

EM MEIO AO TUMULTO, SÂMIA CORREU EM DIREÇÃO À TORRE DE ARCÉH. Mesmo aos prantos pelo corpo congelado da filha, as últimas palavras do deus ao seu ouvido a impulsionaram: "ele te espera no alto."

Pulou sobre um dos cavalos e saiu a toda colina abaixo. Por sorte, sem a neve na estrada o percurso até a cidade se tornava bem mais fácil e rápido. Mas a visão durante o caminho não era mais tão agradável: a destruição se mesclava aos resquícios de tinta branca; encontrou muitas pessoas atônitas, olhares arregalados, sem saberem o que fazer. Dezenas de casas ainda ardiam pelas chamas do Verão. Em uma delas, as pessoas lutavam para derrubar a porta e salvar os moradores.

Sâmia olhou para o alto e viu o brilho dos dois deuses subir mais e mais pelo céu.

Até que ponto ela tinha culpa naquilo tudo?

Um pedido tão singelo quanto o feito em prol da avó seria julgado daquele jeito? Com destruição e morte? De nada valia sua bondade?

Foi com essas perguntas em mente que chegou à torre e correu escadaria acima. Entrou na sala do sino e o encontrou. Mesmo dilacerado, reconhecia bem aquele corpo deitado na varanda. Aproximou-se aos poucos. O deus invernal não se movia. A poucos passos, ele virou o rosto e fitou Sâmia. E, ao olhar de volta, ao invés dos olhos cinzentos daquelas noites de inverno, ela encontrou o castanho dos olhos de Phil.

— Por que você fez isso? – Sâmia se ajoelhou ao seu lado e o abraçou. Não importava o estado ou de quem era aquele corpo. Naquele momento, o coração de Phil Voggi estava ali, batia junto ao seu.

— Eu consegui... Eu salvei a nossa Lara...

— Phil... Ah, Phil, a Lara...

— Ela está viva, Sâmia...! O coração... Bate... Sem magia... Ele me disse...

— Você não entende, ela está congelada. Ele a congelou.

— Não... Não... Protegida... Ele fingiu matar... – Phil sufocou. No horizonte, os dois pontos luminosos cortavam a noite, banhados pelas flechas. — Será normal... Feliz... Uma menina como... Como qualquer outra... Eu prometo...

Sâmia passou as mãos pelo seu rosto. Olhou ao redor na esperança de pedir ajuda.

— Phil, nós vamos ficar bem...

— Desculpa... Tudo... Minha avó...

— Eu vou cuidar dela, Phil. Eu te prometo...

Em um suspiro, o Voggi fez uma última pergunta.

— Sâmia... Eu fui um bom pai...?

— Sim, Phil... O melhor deles.

No alto, as duas estrelas brilharam pela última vez e desapareceram na escuridão. Mas, lá embaixo, não houve desespero. 

O coração daquela mulher encheu-se de paz e de compreensão.

Sâmia Sotein fechou os olhos de Phil Voggi e o abraçou.

Ambos sorriam.

***

#pratodosverem | Descrição da imagem: ao fundo, vê-se uma imagem do rosto de Phil Voggi. Diante dele, Sâmia segura o corpo do deus invernal em seu colo, desnudo e destruído. Ea chora em meio a uma poça de sangue.

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