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UMA DECISÃO POR AMOR (PARTE 2)

OS APLAUSOS PARARAM QUANDO OS ARCÉH VIRAM O DEUS SURGIR DIANTE DELES. Como se o mundo emudecesse, o silêncio explodiu pela cidade e despertou olhares intrigados. Parecia que os antigos boatos sobre um deus (e não uma fada), afinal, não eram tão irreais. A bondosa Nyrill de Arcéh era uma farsa. Sempre fora.

Um senhor jogou a bengala no chão e ergueu os braços em comemoração.

— Eu sempre disse! Ah, como é bom viver para esfregar isso na cara de todos vocês. Riam de mim agora, bando de imbecis! – gritou para logo ser contido pelos parentes. Poderia gritar o quanto conseguisse. Ninguém o ouviria. A multidão estava atônita. Ao invés da generosidade e gentileza, viam à frente um ser de sorriso maldoso, frio e disposto a tudo, menos a ajudar.

O Verão caminhou por entre as pessoas como um rei. Sorria para uns, piscava um olho para outros, abaixava-se e tocava na cabeça das crianças. Se fizesse tudo isso em um museu de estátuas, a cena seria idêntica. Os arcéh não conseguiam esboçar reação alguma. Ele caminhou até o centro da praça e subiu em uma parte mais elevada.

Povo de Arcéh! – saudou Ladel com uma grande reverência. — Que honra este momento tão sublime. Vocês esperam por tanto tempo, sofreram por tantas noites, rogaram com tanto fervor. Pois eis-me aqui, eu, sua adorável Nyrill!

As pessoas não se moveram. Paralisadas, ainda tinham a esperança de que aquilo não passasse de uma brincadeira. Talvez fosse um louco vestido de Nyrill; talvez, alguém desesperado por trazer alguma esperança à cidade. Algumas pessoas, contudo, despertaram para uma recordação dos tempos jogados no passado; começaram a se lembrar de uma palavra até então esquecida: disparadores.

Um burburinho se espalhou.

A ideia brotava.

Ladel rodopiou para enxergar a multidão em toda a sua extensão. Era tão prazeroso ver o medo naqueles rostos; ver a esperança derreter. Lamentou ter esperado tanto para degustar de um momento como aquele.

Meus arcéh, eu vim ajudá-los, sim. Antes, porém, eu tenho um pedido muito simples e de devera importância: tragam até mim a menina de cabelos brancos que vive entre vocês. Eu sei que é estranho, mas o encanto dela é o que me inspira a lutar por Arcéh. Afinal, como não preservar uma igual?...

Ladel prosseguiu com seu discurso por mais um tempo até notar que as pessoas, além de não ligarem para o que ele falava, tinham a atenção voltada para outro lugar. Olhavam admirados para a Torre de Arcéh onde uma luz brilhava e aumentava segundo a segundo. A claridade ofuscava o brilho das estrelas e tomava o ceu em todas as direções.

"Gyen...", arrependeu-se Ladel.

Sua mania de brincar com as vítimas o atrasava muito. Se tivesse matado o irmão de uma vez, evitaria situações como aquela. Contudo, enquanto alguns se contentam apenas em comer, outros gostam de brincar um pouco com a comida antes do fim. Aquilo, porém, não o atrasaria mais. Preparou-se para ir até a torre e chegou a flutuar alguns centímetros acima do chão, quando tudo ficou iluminado e a noite pareceu virar dia. Todos ficaram cegos por um instante e até o deus foi obrigado a fechar os olhos.

Quando a luz desapareceu, as pessoas começaram a apontar para o ceu. Ao longe, nas colinas, uma chuva começou a cair e se aproximava da orla onde todos estavam. Ao chegar, porém, ao invés de água ou granizo, bombas de tinta pareciam se multiplicar no ar e causar uma onda de fumaça branca sobre a ilha.

Em um piscar de olhos, a cor banhou a cidade: das pedras da rua às casas, das crianças aos mais velhos, toda Arcéh estava banhada em branco.

***

#pratodosverem | Descrição da imagem: uma chuva de bolas de prata cai pelo céu de Arcéh.

VELHO ESTÚPIDO! – Ladel bradou aos céus. Ele deveria ter desconfiado. Claro. Gyen sempre fora querido do Ancião da Chuva. Quando aquilo tudo terminasse, a primeira cabeça a rolar seria a de Fesdo.

Com ódio cuspido de cada poro, o deus materializou o arco e disparou flechas contra algumas casas próximas. Estava cansado de brincar. Era hora de incendiar aquela maldita cidade. Sem saber para onde fugir, muitas pessoas se jogaram no mar; outras, correram ladeira acima e, no desespero, invadiam as residências em busca de um abrigo. Nos prédios em chamas, crianças eram jogadas pelas janelas enquanto grupos tentavam apagar o fogo.

De pé no mesmo lugar, Ladel flechava tudo que se movia ante seus olhos, sem distinguir idade ou quantidade. A brancura recém-adquirida de Arcéh aos poucos foi sendo substituída por uma mancha vermelha em torno do deus. Mas a carnificina também já lhe tirava a paciência. Não adiantava mais pedir com educação. Ninguém o levaria até a menina. E depois da ajuda de Fesdo, encontrar a garota seria quase impossível. Só lhe restava fazer o que ele fazia de melhor: queimar tudo.

#pratodosverem | Descrição da imagem: ao fundo, vê-se Arcéh queimando aos pés de uma das torres. Colunas de fogo e de fumaça sobem pelo céu. Em primeiro plano, Ladel empunha uma arco com uma flecha dourada e aponta para um lugar na cidade.

***

O Verão gostava do desafio; gostava de sentir o cheiro da derrota alheia e, como bem dissera à Yubay, de encarar o rosto suplicante dos oponentes. A facilidade de voar e lançar chamas sobre a cidade não era muito do seu agrado. Voou para o alto e apontou uma flecha em direção à Torre de Arcéh. Começou a concentrar a energia. Estava na metade do seu objetivo quando olhou para baixo e cessou o uso da magia.

Uma cena em uma casa na parte alta da cidade chamou sua atenção.

SÂMIA, HIGOR E AS CRIANÇAS ESTAVAM NA SALA SEM COMPREENDER AQUELA CHUVA BRANCA. Junto a ela, o cheiro de fumaça e as cinzas levadas pelo vento anunciavam mais incêndios pela cidade. Ver Arcéh naquela situação lhes doía. Assustaram-se quando ouviram a porteira se abrir e, em seguida, uma pancada seca na terra. Receoso, o sr. Sotein pegou um bastão e foi até a janela.

— Quem é, pai? – perguntou Sâmia.

— Parece uma pessoa. Mas não dá pra saber direito...

— Me deixa ver.

Sâmia apertou os olhos e, ao reconhecer quem era, correu para fora de casa. Srusz, braço direito de Madame Voggi, estava caído no chão, os cabelos brancos sujos de lama e as roupas esfarrapadas.

— Srusz! – Sâmia se ajoelhou e virou o homem, aliviada por ver um sorriso fraco em seu rosto.

— Consegui chegar, senhorita. – seus olhos percorreram o rosto de Sâmia e pareceram se decepcionar. Procurava por outra pessoa. — Onde está minha senhora? Eu vim assim que soube das notícias, mas esse nevoeiro me alcançou no meio do caminho e depois... As pessoas começaram a correr, a gritar, uma confusão...

— Ela está bem, Srusz. Não se preocupe. Agora está tudo bem. Venha, vamos entrar.

— Onde está o senhor Phil? – a mudez de Sâmia foi o suficiente para ele compreender a situação. — Ah, Madame Voggi já previa isso, senhorita.

Higor se apressou em ajudar Sâmia a levantar Srusz. Quando os três já se encaminhavam para a casa, a pequena Lara saiu porta afora segurando as mãos de Madame Voggi.

A garotinha correu para abraçar o homem, os cabelos brancos soltos ao vento.

Nesse momento, Ladel desceu em disparada.

Encontrara seu alvo.

***

#pratodosverem | Descrição da imagem: vê-se uma menina de cabelos brancos e vestidos de bolinhas vermelhas correr em fuga.

A PORTEIRA, ASSIM COMO TODA A CERCA VIVA AO REDOR DA CASA, FOI PELOS ARES. Ladel caiu como um meteoro, um sorriso tresloucado estampado no rosto. Como se fizesse uma visita casual, cumprimentou Higor, Sâmia e Madame Voggi com um aceno e se voltou para a menina.

Minha menina de cabelos brancos, aqui estou! O Destino te trouxe até mim... Venha, minha querida. Não tenha medo...

— LARA, CORRE PRA CASA! – gritou Sâmia, ao que a menina entrou e se trancou.

Por que vocês sempre dificultam as coisas? - fez menção de partir para cima de Sâmia, mas, ao invés disso, agarrou Madame Voggi e encostou a lâmina da espada em seu pescoço. — Muito bem, minha paciência acabou. Entrem e voltem com a menina.

#pratodosverem | Descrição da imagem: Ladel agarra Madame Voggi e a ameaça com uma espada em seu pescoço.

***

Sâmia e Higor ficaram parados.

Madame Voggi soltou um gemido quando a espada forçou a pele e um fiapo de sangue escorreu.

Vocês estão surdos?

Sâmia olhou para o pai. Se conseguisse ser rápida, poderia sair com a mãe e as crianças pela porta dos fundos e se embrenharem na floresta. Caminhou em direção à casa e entrou.

A obediência é uma virtude. - Ladel empurrou Madame Voggi para o lado e riscou o ar com a espada. — E também uma tolice.

A casa explodiu em chamas.


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