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O DESPERTAR DE LITA DELGO (PARTE 3)

PASSEAR POR ARCÉH ERA UMA PRAZER PARA QUALQUER HABITANTE DA CIDADE. Porém, mesmo o mais apaixonado dos cidadãos reconhecia a loucura de sair de casa sob a neve. Higor conduzia a carroça com mãos de alguém cuja experiência o capacitava a fazer uma loucura daquelas, mas nem suas habilidades pareciam suficientes para a tarefa. A estrada desaparecera debaixo do branco e a chance de despencarem colina abaixo era grande. As árvores, todas congeladas e idênticas umas às outras, observavam a passagem dos dois aventureiros como se decidissem se os esmagariam ou não. A água petrificada em seus galhos tinha uma beleza nada agradável e brilhava como facas apontadas para o casal.

— Eu não estou arrependida. - a voz de Margareth estava abafada pelos casacos e pelas mantas enrolados em seu corpo. Apenas os olhos da sra. Sotein faziam sentido naquela combinação de cores. — Tenho consciência da importância disso.

Higor puxou a rédea do cavalo e conduziu o animal para longe do desfiladeiro pela décima quinta vez.

— Que bom, Margareth! Quando morrermos e você estiver junto dos deuses, será condecorada Rainha da Teimosia! Fico feliz pela sua conquista!

— Ora, pare de drama, homem! Estamos indo muito bem.

— Ah, claro! Estamos... - e calou-se.

Uma discussão no meio de uma nevasca seria o cúmulo da falta de juízo.

Pela centésima vez, ajustou as rédeas e apertou os olhos para ver se conseguia enxergar alguma coisa. Já estavam a pelo menos uma hora na estrada. O sacolejo e os deslizes já lhe davam enjoos, mas a chance de ter errado o caminho era ainda mais preocupante.

Arcéh era uma ilha grande, por isso, pouco explorada rumo ao norte. O povoamento restringiu-se à região litorânea, nas proximidades da ponte e das torres. Além disso, havia apenas o lugarejo no alto da colina onde os Sotein moravam com mais três dúzias de outras famílias e as escassas moradias nos arredores das estufas, a maior parte delas casas temporárias para os trabalhadores das plantações. Assim, o Conselho de Administração da Cidade nunca se preocupou em abrir estradas além do centro de Arcéh por considerar um "desperdício de recursos" e deixaram essa parte da população à mercê de trilhas mantidas de qualquer jeito e em diversas direções.

Perder-se pelas florestas não era uma situação rara para os arcéh moradores das colinas. Quando tudo virava uma tela em branco, então, era quase certo alguns grupamentos de soldados passarem o inverno atrás de pessoas desaparecidas.

Por isso mesmo, muitos viriam a se perguntar, anos depois, o porquê do sr. Sotein não ter retornado para casa. Margareth era uma mulher de posições firmes, sim, mas Higor sabia como demovê-la até de suas vontades mais exóticas. Aprendera isso ao longo de tantos anos juntos. Quando sentira o pressentimento em casa, tivera pressa para encontrar a filha. Ajudou a esposa com os preparativos e logo estavam na estrada. Contudo, a situação do caminho e a chance de terem um acidente esmoreceram suas intenções. Pensou sim em voltar, mas a vontade sumiu minutos após terem saído de casa, quando aquele som subiu pela coluna do Sotein e despertou nele sentimentos além de uma mera preocupação.

Era o soar das cornetas de convocação do Bastião dos Unagor.

#pratodosverem | Descrição da imagem: veem-se as silhuetas de três homens enfileirados com trompetes.

***

Higor sufocou uma pontada em seu peito. Arcéh não ouvia aquele som há muitos anos. Mesmo ele, sabedor das coisas, só o conhecia por causa dos livros.

Aquele era um som de guerra; o anúncio de maus presságios.

Certa vez, seu avô lhe recomendara:

"Ore aos deuses todos os dias para não viver para escutares o som da morte."

"Vovô, isso não faz sentido: todos nós vamos morrer algum dia!", ele disse aos risos.

O velho Sotein ficou mais sereno do que de costume e pousou sobre o neto toda a sua severidade.

"Pois reze para que você morra sem nunca saber do que eu estou falando."

Agora, tanto tempo depois, Higor sabia.

E, quando parou em frente à porta de Madame Lita e o sorriso de Sâmia os recepcionou, ele teve vontade de abraçá-la como se a filha tivesse acabado de nascer.


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