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A FESTA DE BOA PESCARIA (PARTE 7)

— VOCÊ TEM TALENTO PARA ACABAR COM FESTAS, SABIA?!

— E você não sabe o que fala...

Phil apertou o algodão com unguento com mais força e fez a menina soltar um gemido de dor. Com a ajuda de Higor, ele levara Sâmia para o alto da torre e agora cuidava dos ferimentos da garota. Ao lado deles, o famoso sino testemunhava a cena e a vista da noite de Arcéh se estendia horizonte afora. Logo à frente de onde estavam, a ponte emitia um brilho por toda a sua extensão a cada vez que as nuvens se abriam e a lua banhava as estátuas de gelo com seu azul.

— Por que a briga?

— Porque Baa. Só isso. Essa garota não sabe ficar calada! Eu não aguentava mais. Você precisava ver o que ela falou sobre o Erwank... Foi... Horrível. E tinha uma certeza na voz dela que me deixou assustada, como se ela soubesse das coisas...

— Bom, você sabe que ela é da família de um dos Unagor. Ela deve saber de alguma coisa. - o rapaz finalizou o curativo na testa da garota e voltou sua atenção para os arranhões nos braços da Sotein. Com o rosto abaixado para esconder o sorriso, Phil perguntou. — Mas não foi só esse o motivo para a briga, foi?!

Sâmia não se fez de rogada. Seus nervos já estavam aflorados demais para conter qualquer tentativa de não ser grosseira.

— É verdade que você bebeu o suco junto com ela?

— É sim.

— Por que?

— Por que eu não sabia se você viria ou não. Depois, como eu e minha vovó já não somos muito queridos por aqui e já é uma vitória terem me aceitado no grupo de pescaria, eu precisava mostrar que estava ciente das tradições. Baa era a única com quem eu tinha o mínimo de contato para oferecer o Nubor.

— Eu teria bebido sozinha. Seria mais saudável...

— Você nasceu aqui e tem uma família tradicional. Para quem vem de fora não é tão simples quebrar as regras e querer posar de rebelde.

Sâmia mordeu os lábios. Sentiu-se envergonhada por ter julgado Phil de forma tão precipitada. Sentiu uma brisa de tristeza lhe arrepiar a pele e buscou o olhar do amigo.

— É difícil ser aceito do jeito que somos...

— Principalmente quando estamos em uma terra de esquisitos que se acham muito normais e dizem que os outros é que são "esquisitos". - o Voggi suspirou. — Imagine como seria se eu não tivesse nascido aqui...

Sâmia se calou. Segundo Madame Lita lhe contara, no passado os arcéh mais tradicionais tinham o costume de jogar ao mar ou deixar pelas matas os filhos dos considerados "impuros" para viver na ilha. Eram apenas boatos, a avó enfatizara. Sâmia, porém, tinha sérias dúvidas sobre o grau de mentira dessas histórias.

Por trás de toda lenda há um fundo de verdade.

— Phil, posso te contar uma coisa? - o garoto Voggi afirmou. — Estou com medo do que pode acontecer no Bastião.

— Por causa de Madame Lita, você quer dizer?

— Sim, também. Mas não só por isso. Essas visitas que nós fizemos às estufas... Tem muitos boatos, muito medo em relação ao continente... E... Toda essa história sobre o urso...

Phil parou por um instante e respirou fundo. A história do urso ainda não lhe descia pela garganta.

— Isso é invenção de Drenton para assustar as pessoas, Sâmia. Não acredito que você entrou nessa...

— Mas nós estávamos na estufa!

— Nós não vimos urso algum na nossa frente, vimos?!

Sâmia pensou em contar sobre o sonho, mas desistiu.

— Não.

— Pois é. Não há provas disso. Essa reunião não vai dar em nada. Além do mais, eles não seriam loucos de entrarem em guerra no meio do inverno. Destruiriam a cidade.

— Mas esse é o ponto: destruindo a cidade, o Unagor Drenton poderia reconstruir Arcéh como bem entendesse. Ele teria todo o poder que sempre quis ter; uniria as estufas, mesmo aquelas que não fossem aliadas dele. Eu vi isso durante a viagem: o único que é contrário de verdade ao Unagor Drenton é o sr. Ó Midhir. Os outros que apoiaram a vovó fizeram isso mais por respeito à memória do vovô Uriel do que por coragem de enfrentar o Unagor. Basta Drenton inventar qualquer coisa que represente uma ameaça para a ilha que até eles vão apoiar uma guerra.

Phil olhou para a Sotein e admirou sua capacidade de raciocínio apesar da pouca idade. "Aquele suco de Nubor era para você, sua teimosa..." pensou consigo mesmo. Queria bebê-lo junto à Sâmia para demonstrar o quanto aprendera a admirá-la e o quanto se orgulhava de vê-la cada vez mais independente, convicta das próprias atitudes.

— Sâmia, me promete uma coisa?

— O quê?

— Que você não tentará enfrentar o Unagor de novo.

— Phil, é claro que eu não vou fazer isso!

Ele revirou os olhos.

— Você também tem um desses, não tem? - pegou o cordão com o pingente e mostrou para ela. Sâmia gelou.

— T-Tenho...

— Diga-me que você não me deu isso como uma lembrança para o caso de alguma coisa acontecer com você.

— Na-Não. É só... Só uma proteção...

— Você promete pra mim?

— Sim... E-Eu prometo...

#pratodosverem | Descrição da imagem: sob um fundo preto e branco, vê-se o abraço de Sâmia e de Phil, ela com o olho roxo e descansando a cabeça nos ombros dele.

***

Para sua surpresa, viu-se envolta pelos braços de Phil Voggi. Nunca fora abraçada daquele jeito antes. Sentiu o calor do corpo do rapaz emanar através dos casacos e acalentá-la. Parte de suas frustrações pareceram se esvair naqueles poucos minutos. Contudo, a voz do deus voltou à sua mente, tão clara como no último encontro entre os dois.

"Guarde um com você e dê o outro para o garoto. As pessoas que estiverem com eles estarão protegidas."

O pingente não era seu e só agora ela compreendia isso. O Inverno não lhe dissera para usar o cordão, sim para guardá-lo para o momento certo. Phil estaria protegido dos perigos da temporada de pesca. Sua mente fugiu do abraço e vagou por rostos e possibilidades. Sentiu-se indefesa ao imaginar-se detentora de tal responsabilidade e apertou Phil com mais força, como se quisesse uma âncora; uma tábua de salvação.

A vontade de largar tudo e ir com ele para os confins do gelo ficou mais evidente. Talvez, perdida no vazio do oceano branco, poderia abafar a pergunta há tempos ignorada: quem mais estaria diante de um perigo tão grande ao ponto de necessitar da proteção de um deus?

Quem dependeria daquele pingente?

Ah, as amizades...

Ah, o pingente... O abençoado pingente do Inverno... 

A partir daqui, Sâmia estará sozinha, sem Phil para ajudá-la no momento crucial - "O Bastião dos Unagor".

Deixe seu voto e comentário final, relaxe, tome um banho...

Em breve, o oitavo capítulo cairá como uma tempestade (e ainda não estamos nem na metade do livro)... 

Respire.

Segue uma prévia do que virá pela frente...

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