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A FESTA DE BOA PESCARIA (PARTE 3)

#pratodosverem | Descrição da imagem: sentado no batente de uma porta, vê-se Phil Voggi debaixo da neve. Rosto mais maduro, olhar mais sereno.

***

A CARRUAGEM PERCORREU OS ÚLTIMOS METROS ATÉ ENTRAR NA RUA DA CASA DE MADAME LITA. A senhora, Erwank e Sâmia sentiam-se satisfeitos após todos aqueles dias de viagem. A sra. Delgo talvez não tivesse chegado ao ponto esperado de conquistar mais apoio, mesmo assim, voltava para casa munida da convicção de ter encarado o desafio e conquistado seu espaço. Só desejava agora alguns longos dias de descanso antes do Bastião.

Por sua vez, Erwank realizara o sonho de ver-se ainda mais próximo de Lita. Conhecia-a há muitos anos, antes mesmo dela ter conhecido Uriel. Tornaram-se amigos, vivenciaram as transformações de Arcéh, viram as maldades e as bondades da vida de perto. Quando a sra. Maxil faleceu, Erwank e os filhos encontraram apoio na casa dos Delgo. Anos depois, quando o sinistro decidiu bater na porta da ex-atriz, os braços do chefe do Capitão dos Mensageiros foram a tábua de salvação de Lita Delgo. Apaixonara-se pela força daquela mulher em encarar os desafios e seguir em frente. Os dias passados juntos na estrada serviram também para conhecer o lado avó e líder daquela mulher. Com um sorriso de ponta a ponta, conduzia a carruagem pelos metros finais com uma certeza: a história deles dois chegara a um ponto crucial.

Testemunha desse despertar do casal, Sâmia sentia-se perdida entre a felicidade dos dois.

Estava contente pela conquista da avó e sentia a importância de tudo aquilo para Erwank, mas algo dentro dela começou a latejar em urgência quando a menina seu deu conta da passagem do tempo: em menos de três semanas seria a reunião dos Unagor e, ela sabia muito bem, os eventos da Noite da Nyrill, independente ou não de terem a ver com as atitudes dela, influenciariam no futuro de Arcéh. A conversa com Oiv e o pingente cujo peso parecia apenas aumentar eram os ingredientes finais para a retomada de seus pesares. Minuto a minuto, aqueles dias de viagem pelas estufas pareciam ficar cada vez mais distantes.

Precisa desabafar. Precisa de...

— ... Phil Voggi?!

A garota olhou para a cara de susto de Madame Lita e dela para a fúria do rosto do Voggi, parado de braços cruzados na porta da sra. Delgo. Sâmia abriu um sorriso, mas ele logo murchou quando a porta se abriu e Margareth saiu de dentro de casa, empurrando o rapaz para o lado.

— Ah, finalmente chegaram! Eu já estava cansada de dizer para certas pessoas que eu não sabia quando vocês voltariam.

— Bom dia para a senhora também, sra. Sotein!

Margareth deu de ombros, fingiu tirar a poeira do casaco e adiantou-se em ajudar Madame Lita a descer da carruagem.

— O seu jeito arrogante me faz querer voltar à estrada, Margareth. Pensei estar cansada, mas ver a forma como você permanece impassível me deixa ainda pior.

— Ora, mamãe, o que a senhora faria se, durante dias, abrisse a porta e, além do vento frio, recebesse no rosto sempre a mesma pergunta: "Elas já voltaram? Elas já voltaram? E agora, já voltaram?" - caçoou a sra. Sotein com uma voz grossa e esganiçada. Sâmia não podia negar certa semelhança com a voz de Phil quando ele estava ansioso. O rapaz teve vontade de enfiar a cara em algum monte de neve.

­— Eu já estava no limite, sinceramente! E vejam que eu até ando bastante paciente para os meus padrões. Ontem mesmo eu nem consegui sair de casa porque ele decidiu que iria esperar por vocês e ficou aí, sentado no batente da porta. Tal avó, tal neto...

O Voggi ficou ainda mais vermelho e deu um passo em direção à Margareth:

— O que a senhora quer dizer com isso?

— O que você quiser entender, rapaz!

— Eu quero que a senhora seja mais direta.

— Ah, ótimo. Eu acho que...

Ninguém soube quais eram os "achismos" da mulher. Quando Margareth inflou o peito e chocalhou a língua para despejar opiniões sobre a família Voggi, Madame Lita pegou uma das malas e a jogou sobre a filha. E depois outra e mais outra até a sra. Sotein sumir na tentativa de equilibrar cinco malas.

— Menos conversa, mais trabalho, Margareth. Lembre-se de que estamos em tempos gelados e caso sua língua grande caia no gelo e fique grudada não teremos outra opção que não seja cortá-la de uma vez por todas. - deu uma piscadela para o garoto e teve como resposta um sorriso de agradecimento. — Agora, ajude-me a levar essas malas para dentro enquanto Sâmia e Phil ajudam Erwank com o restante das coisas. E cuide que eu ainda quero que você prepare um bom banho para mim e chá para o convidado.

Ele vai ficar?

— Margareth, não sei se você lembra, mas essa casa ainda é minha. Se eu quiser enchê-la de porcos e tomar chá com eles eu posso. - olhou para os três parados logo atrás e tratou de enfatizar. — Não que eu os esteja chamando de porcos, é claro! Bom, vamos entrando.

Vencida, Margareth tomou fôlego e, mesmo com as pernas em arco devido ao peso das malas, empinou o nariz como se nada tivesse acontecido.

— Não ser melhor Erwank ajudar? - o sr. Maxil perguntou ao ver a sra. Sotein despencar na soleira da porta e deixar parte das roupas de Madame Lita espalhadas pelo corredor de entrada.

— Do jeito que a mamãe está com raiva é capaz dela engolir você se chegar muito perto...

— Bom, talvez ela não engolir o velho Erwank, mas o jovem rapaz Voggi ter riscos de levar mordida. Erwank não saber desse ciúmes da sra. Sotein...

Phil desfez o nó do maleiro sobre a carruagem e começou a passar os pertences para Erwank e Sâmia.

— Do que o senhor está falando, sr. Maxil?

— Da forma como a sra. Sotein temer aproximação de você da senhorita sua filha, rapaz.

— Erwank... Nada a ver! O Phil é o meu melhor amigo!

— Madame Delgo também ser melhor amiga de Erwank. - pegou mais uma bagagem das mãos do Voggi, pôs no chão e coçou a cabeça. — Melhores amigos conseguir se amar muito...

— CHEGA ERWANK! - Phil e Sâmia gritaram em conjunto, ambos com a pele tal qual pimenta e intrigados com a mudança do Capitão dos Mensageiros: de um viúvo rabugento para um senhor com ideias alegres e amorosas.

— Certo, certo. Erwank estar cansado de toda viagem. Ser isso. Não ligar, não ligar. Erwank cansado. Cansado e feliz. Sim, é isso! Cansado e feliz. Erwank levar coisas para dentro e tirar bom cochilo. aí, voltar ao normal antes de ir para a festa desta noite, ãh, rapaz?

Sâmia estranhou a informação e olhou de Maxil para o garoto sem entender nada. À menção da tal festa, Phil pareceu lembrar-se do seu objetivo em esperar por Sâmia durante todos aqueles dias e voltou a ficar emburrado. Pulou da carruagem, retirou a neve do casaco e cruzou os braços.

— Você esqueceu, não é?!

— Esqueci... de quê?

— Onde anda a sua cabeça, Sâmia Sotein? Eu te falei da festa há semanas!

— Festa...? - a garota tornou a olhar para Erwank e este, em uma tentativa de ajudar, imitou a boca de um peixe e fez um movimento com o braço como se lançasse uma vara de pescar. A Sotein escondeu o rosto entre as mãos:

— Phil, desculpa! Eu esqueci da sua Festa de Boa Pescaria...! Eu... Eu esqueci mesmo!

— Claro. Quer dizer então que, se eu não viesse aqui hoje, você nem se daria ao trabalho de ir, não é?!

— E-Eu... Eu não ia me lembrar, Phil. Desculpa mesmo.

Phil Voggi olhou para o ceu como se pedisse ajuda dos deuses para ter paciência e não explodir. Voltou-se para o sr. Maxil, estendeu-lhe a mão com votos de um bom dia e, ao virar-se para a garota, tentou aparentar tranquilidade. Apenas tentou...

— Se você não for nessa festa, Sâmia, eu nunca mais falo com você.

E foi embora sem dizer mais palavra alguma.

Com a boca entreaberta de perplexidade, Sâmia esperou o garoto sumir na esquina e virou-se para o senhor.

— Qual o problema dele?

— Ser Festa de Boa Pescaria, garota Sotein. Momento muito importante para jovem rapaz: deixar casa dos pais para trás e ir para longe junto com mais velhos passar temporada de pesca.

— Sim, eu sei disso. O papai já me contou da época dele. Mas... O Phil falou como se eu fosse fazer alguma diferença nisso tudo! Quando ele voltar a gente pode fazer outra festa, ora essa!

Maxil franziu as sobrancelhas e aproximou-se da garota.

— Não, não, senhorita. O sr. Sotein não contar do resto?

— Que resto, Erwank?

— Ser tradição que na Festa de Boa Pescaria, como um símbolo de união com a ilha, cada jovem em primeira viagem beber suco de Nubor em companhia de alguém que ele quer muito tornar a ver. Você saber que a planta do Nubor crescer em qualquer estação, não saber? Ser um símbolo de que amor crescer independente do terreno.

Sâmia engoliu em seco.

— Você quer dizer que...

— Erwank achar que rapaz Voggi quer compartilhar suco de Nubor com senhorita.

Sâmia sentiu as pernas fraquejarem e o estômago revirar.


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