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6. Dez de dezembro

#gemeobonzinho

Os dias passaram-se tão rapidamente quanto um jatinho que corta o céu. Jungkook observou as estações mudarem junto com o corpo de Jimin, que ficava cada dia mais bonito, mesmo dentro de conjuntos de moletons folgados. Ele o acompanhou em algumas consultas, quando não havia uma companhia disponível. Aguentou seus picos de humor, assim como os enjoos matinais. Jungkook sorriu quando viu Jimin comprar uma roupinha cor-de-rosa, mesmo que afirmasse todos os dias que era um menino. Concordou quando ele disse que cores e roupas não tinham gênero, e o admirou um pouco mais depois que o conheceu melhor.

Park Jimin era destemido, nada parecia assustá-lo, e mesmo quando tinha medo, sempre tentava ver o lado bom de tudo e todos. Não dava ouvidos para os comentários e olhares preconceituosos das pessoas ao seu redor e sempre andava de cabeça erguida. Seu sorriso era mais brilhante que o sol em todas as vezes que falava sobre paternidade, e a falta de um companheiro não parecia deixá-lo cabisbaixo. Jungkook queria ter um pouco dessa coragem e ousadia para enfrentar o mundo assim, queria conseguir ignorar os olhares quando andavam juntos na rua, e não dar ouvidos para as enfermeiras da clínica que sussurravam maldades entre si. Ele queria ter aquele olhar de herói, que carregava uma fé gigantesca de que poderia mudar o mundo.

Jungkook apenas queria ser ao menos um pouco como Jimin, então, talvez, seus problemas e conflitos seriam resolvidos com mais facilidade. Ele não conviveria com a culpa diariamente, assim como conseguiria ser mais insistente ao bater na porta de Junghoon. Mas, Jungkook não era nada como Jimin, e por isso, apenas deixou o pote com o Kimbap de atum pendurado na maçaneta e foi embora, ignorando todos os sentimentos avassaladores em seu peito. Ele não conseguia ter aquela insistência de Jimin ao acordar todas as manhãs com o objetivo de conhecer seu filho, não tinha forças para continuar batendo na porta e muito menos para discutir com o irmão.

Jeon Jungkook era fraco.

Um suspiro cansado escapou por entre os lábios corados do advogado assim que ele adentrou no SUV, encostou a cabeça no banco e fechou os olhos, desejando que todo o peso do seu peito desaparecesse como mágica. Contudo, mesmo quando tornou a abrir os olhos para o mundo, sua boca ainda amargava e tudo continuava igual. Pescou o celular do bolso, digitou uma mensagem ao irmão e hesitou antes de enviar.

Você: Deixei Kimbap na sua porta, de novo.

Feliz aniversário.

Jungkook bufou, vendo a mensagem ser lida e ignorada como todas as outras anteriores. Deveria desistir de esperar algo de bom vir de Jeon Junghoon, mas não era capaz. Não conseguia comemorar o próprio aniversário sem pensar no irmão, e em como ele era o que mais aguardava essa data na infância. Sentia-se impossibilitado de deixar de fazer o maldito Kimbap de atum que ele tanto amava, mesmo que sua mão não fosse insistente o suficiente para bater mais na sua porta, seu coração sempre ficava para trás quando o deixava naquele apartamento solitário.

O advogado suspirou, seus olhos sendo atraídos para o pote sob o banco do caronista. Junghoon não era o único agora que apreciava seu Kimbap, por isso, sempre fazia questão de preparar um pote a mais. Jimin sempre devorava os rolinhos como se aquela fosse a melhor comida do mundo e Jungkook não conseguia deixar de pensar em Junghoon, em como ele fazia isso exatamente assim. O pensamento lhe fazia divagar: o seu filho também iria gostar tanto quanto ele?

Desde o momento em que foi confirmado que realmente era um menino, Jungkook não conseguia deixar de pensar se ele teria seus traços ou ao menos os trejeitos de Junghoon. Não sabia se era correto, mas sempre procurava sinais do irmão em qualquer coisa que relacionasse com o filho de Jimin. Sentia-se mais próximo dele, como há muito tempo deixou de ser. Algum dia seriam novamente? Ou Jungkook teria que se contentar em apenas ser o tio legal, que associa pai e filho em todos os momentos?

Jeon suspirou, abrindo a sua conversa com Jimin.

Você: Bom dia, como está?

Não demorou muito para que obtivesse uma resposta, fazendo um sorriso pequeno despontar dos lábios de Jungkook.

Jimin hyung: Bom dia, flor do dia!

Inchado e com dor nas costas

E você, tudo bem?

Jeon não conteve o suspiro pesaroso ao recordar-se, mesmo que brevemente, dos acontecimentos e pensamentos anteriores.

Você: Eu estou bem

O que está fazendo?

Jimin hyung: [foto]

Tentando montar o berço, mas não tô entendo nada

Quero pegar o inventor disso =ㅅ=

Jungkook deixou uma risada escapar ao analisar a bagunça da fotografia enviada por Jimin e lançou um rápido olhar para o pote ao seu lado antes de digitar outra resposta.

Você: Kkk não culpe o inventor, ele teve boas intenções

Quer ajuda?

Jimin hyung: Foda-se as boas intenções

Se não for incomodar, eu aceito

O Tae está ocupado demais trabalhando por dois hoje no restaurante para me ajudar com o drama do berço

Você: Chego aí em vinte minutos

O vento frio de inverno atingiu Jungkook quando ele desceu do carro, já em frente a casa de Jimin, fazendo-o estremecer da cabeça aos pés. As pessoas que passavam pela rua estavam tão agasalhadas quanto ele, dentro de roupas grossas e enroladas em pesados cachecóis. Jeon apertou a campainha ao mesmo tempo que a vizinha da frente saia para retirar o lixo, lançando olhares curiosos na sua direção. O bairro de Park era acolhedor, as casas no estilo da era Joseon, com moradores idosos que reuniam-se de tempos em tempos para comentar sobre a vida alheia. Jungkook gostava dali, mesmo que os habitantes fossem extremamente tradicionais e lançavam olhares enviesados a Jimin, se esforçavam para aceitá-lo na região e eram extremamente gentis, ultrapassando as barreiras do preconceito natural da sociedade coreana.

Jungkook não conteve um suspiro de alívio ao assistir o portão automático destravar, liberando sua passagem para o quintal grande da casa. Se continuasse do lado de fora mais um pouco, ou viraria uma estátua de gelo, ou a senhora do outro lado da rua iria perfurá-lo com seus olhos curiosos de tanto encará-lo. Sem perder tempo, Jeon correu para dentro da residência, louco para se livrar do ar gélido que o cercava. Jimin o recebeu com um sorriso sem graça quando ele entrou, se desculpando por fazê-lo esperar no frio.

— Está tudo bem, não se preocupe. — ele suspirou, aproveitando o ar quentinho graças ao aquecedor e retirou o sobretudo. — Trouxe Kimbap de atum.

Ele sorriu docemente e Jimin tomou a sacola da sua mão com um entusiasmo quase infantil, enquanto o advogado pendurava seu casaco no cabide ao lado da porta.

— Você é o melhor tio do Sun! Só não conte isso ao Taehyung.

Jungkook estava descalçando os sapatos sociais na entrada quando ouviu a fala de Jimin, e encarou-o no mesmo instante, sentindo seu interior borbulhar com um sentimento que não sabia nomear.

Sun? Esse é o nome dele?

Jimin sorriu ao acariciar a barriga e Jungkook se segurou para não perder o equilíbrio e cair aos seus pés. Como era possível ele ter ficado ainda mais lindo? Mesmo com as olheiras abaixo dos olhos, os quilos ganhos, o cabelo sempre desalinhado, as roupas folgadas, Jimin continuava sendo o homem mais lindo que já conheceu. E ele ficava ainda mais bonito assim, quando falava do filho com aquele sorriso largo de olhos brilhantes.

— Escolhi hoje. É um nome neutro, significa bondade e também é sol em inglês. — Jimin sorriu ainda mais, e Jungkook o acompanhou, ainda sendo inundado por aquele sentimento bom e desconhecido. — Sun é a melhor coisa que aconteceu na minha vida, o meu sol.

— É um nome lindo.

Ambos compartilharam um sorriso orgulhoso, até Jimin o convidar a sair da porta e entrar na casa.

— O quarto está quase pronto, só falta o berço e passar as roupinhas. — Jimin dizia, enquanto caminhava pelo corredor que levava aos quartos. Sua voz transbordava ternura e Jungkook não conseguia deixar de sorrir perante a isso. — Minha mãe disse para eu deixar as roupas para ela, mas ando tão ansioso que vou ignorar isso.

— Você andou mesmo ocupado. — Jeon sorriu assim que entrou no cômodo e se derreteu com a decoração do espaço.

O papel de parede continha listras em rosa e azul, o berço desmontado no chão era branco, da mesma cor da cômoda, assim como a cadeira de balanço num canto. Havia um sol pintado na parede do centro, e as cortinas também tinham pequenos solzinhos estampados. Era tudo tão delicado, desde o carpete azulado no chão, até as pelúcias sob a cômoda. Sem entender porquê, Jeon sentiu os olhos inundar, embaçando sua visão.

— O que achou? Deu um trabalho, mas consegui deixar do jeito que eu queria.

Jeon o encarou, boquiaberto e sentiu algo dentro do peito florescer ao assisti-lo com uma expressão tão serena ao seu lado. Jimin encarava as paredes do quarto com os olhos tão brilhantes quanto os de Jungkook, acariciava a barriga e sorria docemente. Jungkook poderia jurar que havia mel escorrendo pelos seus lábios, tão atrativos, tão doces.

— Ficou lindo.

Jimin o encarou, sorriu ainda mais e agradeceu, antes de convidá-lo a se juntar a ele em meio a bagunça de madeira no chão. Jungkook se abaixou para pegar o manual de instrução, se atentando a como Jimin parecia fazer um esforço tremendo para permanecer de pé. Sua respiração estava pesada, e ele fazia algumas caretas ao caminhar pelo quarto.

— Por que não se senta e descansa um pouco? Parece cansado.

— Não, eu quero ajudar... — em um movimento em falso, Jimin tropeçou em um peça do berço e quase caiu, se não fosse pelos braços ágeis de Jungkook que rodearam sua cintura. Jeon sentiu o coração bater na garganta pelo susto, mas manteve-se firme em arrastá-lo para longe daquela bagunça.

— Não seja teimoso, senta aqui. — ele o ajudou a sentar-se na cadeira de balanço e sorriu, tentando passar algum tipo de conforto. Jimin lhe lançou um olhar indecifrável, e ele nunca quis tanto ter o poder de ler mentes como naquele momento. — Eu faço isso sozinho, descanse um pouco.

Jungkook o deixou sentado, voltando sua atenção para o papel que explicava como montar o móvel. Engoliu em seco ao sentir o olhar de Jimin queimar sua pele, tentando ignorar as borboletas que surgiram no estômago ao tocá-lo, tê-lo tão perto. Sua mão parecia estar em chamas enquanto segurava o manual, e o perfume doce de Jimin dançava no ar com suavidade, deixando-o zonzo.

— Jungkook, você continua fazendo tanto por mim e eu nem sei como agradecer.

Jeon o encarou, sentindo seu interior borbulhar como refrigerante ao se deparar com aquele par de olhos castanhos brilhantes fincados em si. Ele sorriu sem jeito, sem saber o que responder diante daquele olhar e aquelas palavras carregadas de emoção.

— Amigos são para essas coisas. — brincou, sentindo-se patético logo em seguida. Jimin riu soprado, e isso foi o suficiente para saber que não tinha dito nenhuma besteira.

Quando foi que deixaram de ser estranhos conhecidos para amigos? Talvez foi quando Jimin aceitou que Jungkook fizesse parte da vida do seu filho, ou talvez depois, quando o assistiu vomitar todo o almoço e sorriu como forma de conforto. Talvez Jimin não fosse mais apenas um conhecido quando o levou até sua casa, e emprestou uma camisa a ele depois de sujar a sua. Quatro meses eram muito tempo, muitas coisas poderiam acontecer nesse meio tempo, e Jungkook temeu isso enquanto sentia as borboletas agitadas no estômago.

— Certo, querido amigo. Então monte logo o berço do seu sobrinho.

Quando Jungkook finalmente terminou o trabalho de montar o berço, sorriu orgulhoso com a sensação de dever cumprido. Ele se virou para mostrar o resultado a Jimin, mas não o encontrou na cadeira que estava antes. Franziu o cenho, estranhando o silêncio da casa e caminhou para fora do quarto. Quando foi que Park saiu sem ele nem notar? O encontrou na cozinha, e paralisou com a cena que seus olhos viam. Jimin estava inclinado sob a bancada, tentando acender uma vela sob um bolo decorado, e xingando baixinho ao lutar com o acendedor que parecia não querer exercer sua função.

— O que... é isso? — Jeon inquiriu, ainda parado na porta. Algo no seu íntimo sabia exatamente o que aquela cena significava, mas queria ter a certeza que não estava alucinando.

Jimin levou um susto com a sua fala, mas ironicamente, conseguiu acender a vela. Ele riu sem graça, alternando o olhar do bolo para Jungkook.

— Surpresa?

— O que?

— Hoje é dia dez de dezembro. — exclamou o óbvio, olhando para o advogado como se ele tivesse perdido uns parafusos da cabeça. — É o seu aniversário.

— Sim, eu sei. — ele encarou o bolo mais uma vez, demorando-se nos morangos do topo. Jungkook amava bolo de morango. — Mas como você sabia?

— Você me disse, não se lembra?

— Não?

Jimin riu, ainda lançando aquele olhar piedoso a Jungkook.

— Tá, só apaga a vela logo, Sr. Cabeça de Vento.

O advogado deu alguns passos temerosos na direção da bancada, Jimin acompanhou seus movimentos com certa expectativa. Jungkook não conseguiu não pensar em Junghoon ao encarar aquele bolo lindo na sua frente, e novamente um amargor lhe surgiu na língua.

— Eu... — hesitou — não costumo comemorar meus aniversários.

— Pois se depender de mim e do Sun, isso vai mudar a partir de hoje. — Jimin exclamou com carinho, Jungkook o encarou, vendo-o sorrir tão docemente quanto o chantilly do bolo. — Vamos, apague a velinha e faça um pedido.

Jungkook quis muito negar, mas não conseguiria dizer um não perante aqueles olhos enormes e brilhantes. Por isso fez o que foi pedido, desejando que no próximo ano, pudesse comemorar esse dia ao lado daquele que nasceu junto consigo, e aquele ao seu lado que sorria largamente na sua direção e coloria seus dias com rosa e azul.

E seu sorriso brilhante foi a primeira coisa que viu assim que abriu os olhos após fazer o pedido.

— Feliz aniversário, Jungkook. 

#gemeobonzinho

uwa, demorei, mas apareci. tudo bem por aí?

esse é um dos capitulos mais doces da fic, onde é só os jikook sendo amiguinhos e cenas fofinhas dos personagens babando pelo baby a caminho

me diga, qual foi seu momento favorito de hoje? me conta aqui!

sobre o proximo capitulo: é um bonus gigantesco e lindissimo, que assim como muito elementos dessa estória, contem um significado especial para mim. então vocês não perdem por esperar!

ai, gente, oatvpm é cheio de frufru, então se acostumem com toda essa leveza

no mais é isso, nos vemos semana que vem!

beijinhos de morango!

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