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Parte 3 (Final)




O homem afastou-se gritando e levando a mão ao olho direito. A saliva em seu olho transformara-se em ácido pelo feitiço da bruxa, corroendo-o por inteiro.

― A encenação acabou – disse Serene, despindo-se completamente de sua personagem.

Ela riu quando o homem caiu no degrau do altar enquanto sua mão também era queimada pela substância.

― Você me enganou, bruxa maldita! – gritou o assassino puxando a adaga de prata de sua capa e se precipitando para ela.

Serene fez um muxoxo.

 ― Não será assim tão fácil – disse com um sorriso malicioso.

O vitral atrás dela espatifou-se quando um vulto cinza o atravessou, destruindo a imagem do anjo em sua passagem. Estilhaços de vidro de todas as cores choveram pelo altar, tocando o solo com um som cristalino.

A coruja pousou suavemente no ombro de Serene. Seus grandes olhos encararam o assassino. A bruxa a fitou com carinho.

― Pode voltar à sua verdadeira forma agora.

A coruja transfigurou-se em um livro grande com capa de couro e páginas antigas, abrindo-se em pleno ar para que sua dona o lesse. Ela disse uma palavra incompreensível e as cordas em suas mãos e pés transformaram-se em pó. Caiu com elegância sobre o altar.

O homem tremeu ao sentir o poder que emanava daquele ser, recuou. Até mesmo a estatura daquela mulher parecia ter aumentado. O assassino da meia-noite juntou as forças de seus músculos e correu em direção à grande porta de mogno da igreja.

― Ah, volte aqui, paixão, você não ia me foder? – disse a bruxa. Desceu lentamente os degraus do altar, o livro ao seu lado flutuava enquanto as páginas viravam loucamente, à procura do feitiço certo. Quando as páginas se detiveram, Serene parou e as leu, imaginando o símbolo da gravura em sua mente. ― Savrã Alectrar Alerum.

Os bancos no centro do salão recuaram para as paredes, empurrados por uma força invisível. Um círculo cheio de retas e símbolos surgiu no chão de pedra, e o homem pálido que corria foi atraído para ele como um imã. O corpo dele chocou-se com violência sobre o chão dentro do círculo.

― Não, me liberte, sua puta! Amante do diabo! – gritou o homem com a fúria de um animal enjaulado. Seu olho direito escorria pelo rosto como a gema de um ovo. Estava deitado sobre sua capa negra, imóvel.

A bruxa chegou mais perto.

O livro ao seu lado virou mais algumas páginas. Apenas uma palavra e um grande machado materializou-se em sua mão. O homem arregalou o olho que lhe restava, engoliu em seco.

― Pobrezinho, aposto que esse tipo de coisa não aconteceu das outras vezes que você resolveu brincar de demônio.

― Não, por favor – disse o assassino.

― Você tem que implorar, meu doce, gosto quando imploram – riu a bruxa.

Uma das mãos do assassino conseguiu se mover com dificuldade e puxou uma ampola de dentro de sua capa. Serene admirou-se com sua força de vontade.

― Veja, se me libertar, posso lhe dar esta cura para a sua irmã, sei que ela está doente. Você não a deixaria morrer agonizando, não é?

De repente o sorriso da bruxa se desfez.

― Minha irmã já está morta – disse. A marca no braço esquerdo do homem queimou como se estivesse em chamas – você mesmo a matou.

A ampola caiu no chão e se quebrou, espalhando o líquido duvidoso em seu interior.

― Você cometeu dois erros imperdoáveis nesta aldeia, o primeiro foi ter tirado a vida dela – as páginas do livro flutuante viravam com fúria agora. - Sami não era apenas minha irmã, era minha aprendiz, e estava no cemitério naquela noite por que eu havia lhe pedido. Era seu rito de passagem. O segundo erro foi ter permanecido aqui. Devia ter ido para a capital quando pôde. Claro que seria questão de tempo até eu encontrá-lo, o feitiço de minha irmã em seu braço esquerdo permitiu que eu soubesse exatamente onde você estava o tempo todo. Você deve tê-lo sentido arder toda vez que eu usava um feitiço. Ou não percebeu o quão idiota aquele guarda era? Se ele mencionasse o destino de minha irmã, meu plano estaria arruinado. Uma lágrima foi tudo que precisei para enfeitiçá-lo 

― Por que não me pegou antes? Por que todo esse teatro?

― Quem é você para falar de teatro com um pseudônimo tão dramático e clichê? Ora, você sabe, porque foi divertido. Porque eu queria uma confissão sua, não gosto de cometer equívocos. E porque essa história precisa ser contada – dizendo isso, um olhar sádico brilhou nos olhos da bruxa e o machado desceu duas vezes, cortando os pés do homem. – Agora não tem como você fugir – disse por sobre os gritos. – E não se preocupe, a noite está só começando.

A bruxa deleitou-se com a agonia no olho esquerdo do sacrifício no círculo.

― Mas sabe... eu estou curiosa a seu respeito, agora vou arrancar algumas respostas – o livro ao seu lado parou em uma página - e ela pronunciou: Cogitatio furtiuus.

Agachou-se sobre o homem, e o beijou na boca. E ela soube.

"Seu corpo e sua mente são doentes, mas você usa isso a seu favor... inteligente. Seu sangue é fraco, e você sempre mata em jejum, por isso sua pele muda de cor... o alimento correto restaura a cor natural... disfarce. Seu corpo é muito forte... músculos, apenas isso, que tédio. Há um pequeno dom que foi aproveitado para sua matança... empatia extra-sensorial... consegue ouvir os sentimentos dos outros... como eu suspeitei. Que pena. Mortes... sangue... gritos... doze!".

O beijo acabou. Estava saciada.

― Uma pena, de certa forma você é especial, mas não passa de um animal nojento com instintos perversos. Como a maioria dos assassinos. – Acariciou a face do outro como se fosse a de um amante. A voz saiu doce ao continuar: – Esfolum.

O assassino não acreditou quando viu a pele branca de seu rosto desgrudar tão facilmente.  Houve gritos de dor e agonia que ninguém ouviu. O machado desceu novamente e foi a vez das mãos com unhas grandes se libertarem.

― PARE! – pediu o rosto cheio de músculos expostos. – Por favor.

Mas a bruxa não parou. 

― Termina quando eu disser... quero que você sinta dor em cada uma das suas células desprezíveis. Logo você sentirá seu rosto secando.

Palavras incompreensíveis foram proferidas. As linhas e agulhas saíram de dentro da capa negra e costuraram os pés e as mãos no lugar um do outro, sem que nenhuma mão as guiasse. Mais uma palavra, e um buraco perfeitamente redondo se formou nas entranhas da criatura que gritava em meio à loucura. Mas ela não morreu, um feitiço impedia que sua alma desgrudasse de seu corpo.

― Me mate, por favor – implorou.

― Ah querido, você não ouviu? Termina quando eu disser.

― Por favor...

― Tudo bem - mentiu a bruxa e arrancou-lhe os mamilos, rindo em euforia.

Passaram-se três horas após a meia-noite quando Serene decidiu encerrar a cerimônia de sacrifício. Deixou a massa disforme e vermelha no círculo, dirigiu-se até o altar e pegou a taça ornamentada onde o padre servia o sangue de Cristo todos os domingos. Voltou e ordenhou o sumo vermelho da criatura que já não podia ser chamada de humana.

As páginas amareladas do livro estavam calmas agora, repousando no ar em frente à sua dona.

― Oh, grande e poderoso Lúcifer, louvado seja o teu nome - começou a bruxa. - Esta noite, Serene do grimório de Athene lhe oferece humildemente mais uma alma torturada e amansada, aceite este presente como agradecimento por suas bênçãos. Ave Satani. – O círculo brilhou com uma luz avermelhada. A oferenda havia sido aceita. Dê-me o poder para subjugar Halantis à minha vontade.

Ela bebeu o liquido rubro da taça, algumas gotas escorreram por seus lábios. Jesus observava de sua cruz no altar sem dar um pio.

A adaga de prata veio até a mão de Serene, ela aproximou-se do orifício onde a coisa disforme poderia ouvir e disse:

― Faça um último favor para mim e, quando estiver queimando no inferno, diga a todos o nome daquela que lhe enviou, está bem? Isso fortalecerá meus laços com todos os demônios.

O gemido mal foi ouvido e a adaga desceu piedosa. Finalmente, a décima terceira morte havia sido executada.

O grimório voltou a ser uma coruja e saiu voando pela porta da igreja, na direção da lua cheia.

A garota se levantou. O luar iluminava a pele de seu peito.

Seus passos ecoaram nas paredes de pedra do templo enquanto ela se dirigia para a saída, deixando sua obra-prima para trás.

(Fim)

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