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Parte 1





As estrelas cintilavam no céu noturno, dançando ao redor da lua e testemunhando as atrocidades dos humanos.

As ruas de Athene estavam desertas. Faltava pouco para a meia-noite.

A sombra estava agitada, ouvia barulhos de agonia vindos da casa nos subúrbios da aldeia. Observava a casa de madeira atentamente de uma viela escura, como um abutre observa um animal moribundo.

De repente a porta da frente se abriu, iluminando brevemente a rua de terra batida.

― Mamãe, eu tenho que ir, olhe o estado dela! - disse uma voz de mulher jovem, a sombra sentiu sua boca encher-se de saliva. ― Ela não está respirando! Não posso deixar minha irmã morrer assim.

A garota estava de costas para a sombra, conversando com alguém que estava dentro da casa.

― Eu prometo que não vou demorar, além do mais, já não há com o que se preocupar, o assassino da meia-noite já fez sua colheita nesta aldeia. Continue massageando o peito dela, eu vou voltar logo com o remédio!

Ela ajeitou a pequena capa sobre o vestido que usava para dormir e saiu para a noite, apressada.

Agora a luz da lua iluminou o rosto da menina, e a saliva da sombra pingou no chão perante a imagem da garota. Suas mãos se fecharam até tornar as juntas de seus dedos ainda mais pálidas.

Ela atravessou a passos largos o pequeno pátio da casa carregando um lampião com uma luz bruxuleante. Caminhava pela margem da rua, sem perceber que estava sendo observada.

Uma névoa traiçoeira veio sinuosa pela noite, gelando seus calcanhares. O assassino sentiu a garota estremecer, sentiu o coração dela se agitar ainda mais. Ele apressou-se a segui-la, chutou uma pedra propositalmente, que fez um pequeno barulho. A garota olhou para trás assustada, sem ver nada no meio da noite, acelerou ainda mais os passos.

Escondido atrás de uma árvore, o assassino da meia-noite sorriu de orelha a orelha, um sorriso de demônio. E voltou a segui-la sorrateiramente.

― Deus, por que tem de ser tão longe? – ouviu a garota dizendo baixinho, por entre a respiração ofegante, sufocada pela névoa.

A rua de estrada batida deu lugar a uma rua de pedras e blocos. O assassino sabia que o lampião não iluminava mais do que poucos metros na bruma espessa. A lua cheia se escondeu por entre as nuvens, deixando tudo ainda mais escuro.

Toda Athene estava adormecida, somente o cantar dos grilos podia ser ouvido nos arbustos. A garota atravessava as ruas tortuosas, o brilho tênue do lampião não parava de tremer por causa do nervosismo da jovem, lutando inutilmente contra o escuro. As casas de pedra e madeira pareciam abandonadas. A única companhia da jovem era sua sombra, e o vulto que a seguia.

Ela parou e olhou ao redor, não reconhecendo o lugar onde estava.

"Está perdida pequena ovelhinha" – pensou a sombra pálida por baixo de seu capuz.

O assassino aproximou-se cada vez mais, silencioso. Era sua chance, aquela garota seria a décima terceira, seria sua obra-prima, ele sentiria prazer ao arrancar aqueles belos cabelos negros da cabeça dela enquanto se deleitaria com seus gritos. Estava muito próximo, podia sentir o cheiro da desconfiança dela, podia sentir a pele de sua nuca se arrepiar.

Uma coruja piou do alto de uma árvore, a garota assustou-se, tropeçou e quase foi ao chão.

― Quem vem lá? – gritou uma voz masculina. – Quem ousa desobedecer ao toque de recolher?

O vulto negro encapuzado do assassino voltou para as sombras de um beco, abominando o estranho que havia interrompido seu trabalho. Observou quando a donzela se aproximou do guarda parado próximo de uma estalagem.

― Oh, Sebastian – disse a garota. – Que bom que é você.

― Serene? – disse o homem, reconhecendo-a. – O que faz aqui há esta hora da noite? Você sabe que já passou muito do toque de recolher.

De repente, o assassino pôde ver a garota limpar rapidamente uma lágrima quente que escorreu por seu rosto, que reluziu mesmo através do véu da noite de onde ele observava. O desejo de ser o motivo daquelas lágrimas quase o deixou louco.

― É minha irmã, ela está tendo um ataque e não está conseguindo respirar – disse a garota trêmula.

― Mas... – o guarda franziu o cenho.

― Por favor – disse Serene tocando com um dedo delicado, ainda úmido pelas lágrimas, os lábios do homem –, sei que é perigoso, mas a vida de minha irmã está em jogo. – Do beco onde estava, o assassino coçou a marca em seu braço esquerdo, uma lembrança de sua última vítima naquela aldeia. Marcas de pequenos dentes que logo ele quebrou com um soco quando a garota o mordeu. Nenhuma de suas vítimas havia tido forças para fazer algo como aquilo, mas a menina no cemitério foi valente. – Por favor Sebastian, deixe-me continuar meu caminho, preciso chegar até a casa do boticário do outro lado da aldeia. Somente ele tem a poção de ervas necessária para limpar os pulmões de minha irmã.

O assassino da meia-noite sentiu a tensão sexual que havia entre aqueles dois. Sentiu-se excitado. Aquela fêmea o serviria antes de morrer naquela noite.

― Não posso deixar que você vá sozinha – disse Sebastian, o olhar distraído de apaixonado só não era mais cinza do que a armadura que estava usando. – Se você esperar um pouco, o próximo guarda virá cobrir o meu posto e poderemos ir juntos até lá.

― Não posso, Sebie, não há tempo a perder. Sinto que a cada segundo o coração de minha irmã luta contra seu peito – disse a moça enquanto já se afastava. – Fique aqui e guarde este local até minha volta. E não conte a nenhum outro guarda que estou na rua a esta hora. Eu lhe imploro.

― Está bem, Serene, mas tome cuidado.

― Eu tomarei – ela deu um sorriso cansado com seus dentes muito brancos, e continuou seu caminho.

O vulto escuro moveu-se para continuar sua caçada. Desviou do sujeito indo para a outra margem da rua. Protegido dos olhos do guarda pelas sombras, embora isso não fosse necessário, Sebastian não desviava os olhos distraídos de Serene, que mal podia ser vista através da névoa.

Foi a vez do caçador se precipitar. Sua capa negra, contrastando com sua pele branca, esvoaçava conforme ele corria. Nenhum ruído podia ser ouvido em sua passagem.

Avistou a luz amarelada do lampião e logo em seguida a sua presa.

Nunca havia se sentido tão vivo quanto naquela noite, a emoção daquela perseguição só era comparada ao momento em que havia observado os dois meninos gêmeos se afastando do local onde os aldeões de Loome festejavam seu dia sagrado no fim da colheita. Quando os meninos perceberam sua presença, ele já estava perto o suficiente para bater a cabeça dos dois uma à outra, como ovos frágeis, e foi exatamente o que fez. Cortar seus corpos e emendá-los um ao outro foi a parte fácil, principalmente quando um dos objetos que sempre carregava nos inúmeros bolsos de sua capa era um jogo de linhas e agulhas de osso. A parte difícil foi deixá-los vivos quando terminou, mas aquilo causara a impressão certa nos aldeões, aquela foi uma de suas melhores obras. E com aquela jovem de cabelos negros e lábios vermelhos não seria diferente.

A névoa estava ficando mais rala naquela parte da aldeia, ele precisaria tomar cuidado para não ser visto. Estavam se aproximando do rio. O momento certo estava se aproximando.

Serene subiu na ponte de pedra em forma de arco que atravessava a água corrente, olhou para trás e ergueu o lampião, desconfiada.

"Ela pode sentir que estou aqui, em algum lugar, esperando uma oportunidade" – pensou o assassino, se deliciando com a angustia.

A garota atravessou a ponte, e parou por um momento para respirar do outro lado.

"Seus pulmões também são frágeis" – pensou a sombra.

A pausa foi curta, mas foi o suficiente para o vulto aproximar-se ainda mais e esconder-se atrás de uma árvore na margem da ponte.

Havia uma pequena área arborizada do outro lado, onde Serene estava, e o assassino soube que aquele seria o local onde a pegaria. Já não havia motivos para se esconder.

Serene continuou andando rapidamente, embora com receio ao olhar para as árvores desfolhadas à sua frente. Foi quando a luz da lua lançou uma sombra comprida ao lado dela. Ela olhou para trás e viu. Seus olhos se arregalaram.

A figura encapuzada estava no ponto mais alto da ponte de pedra, o sorriso podia ser visto por baixo do capuz. A figura viu as pernas de Serene tremerem e percebeu quando ela quase desabou. O lampião caiu no chão com um estalido seco. E o assassino soube exatamente o que deveria fazer. Um impulso de suas pernas e ele correu com uma agilidade monstruosa.

Serene deu um grito fraco e quase sem força. Deu meia volta e tentou correr para a floresta, desesperada. Uma coruja do alto de uma árvore girou completamente a cabeça no pescoço e encarou Serene, piando. A garota caiu.

O assassino da meia-noite juntou o lampião do chão e aproximou-se da garota caída, saboreando as lágrimas que escorriam naquele rosto tão lindo e inocente.

― O-o que você quer? V-você é o mascate que vi mais cedo na feira – disse a garota soluçando –, sua pele não estava tão branca, como pode?

O assassino sorriu com todos os seus dentes iluminados pela luz amarelada. Os olhos mortos como o de um réptil.

― Não tema, minha pequena.

― Por favor, minha irmã precisa...

O lampião desceu com violência sobre a cabeça da garota.

Uma coruja piou sob o céu estrelado.

O badalo do relógio da igreja indicou a meia-noite.

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