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Capítulo 11 - Memórias de Brian Aubert

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Momentos da vida de Brian, até sua morte.

"Eu sinto falta da minha infância. Podíamos brincar horas seguidas, sem nos preocuparmos com que rumos tomaríamos na vida, pois o que realmente importava era o tempo com quem passávamos."

Brian nasceu em 24 de maio de 1946, em Nova York. Sempre teve uma vida desejada por muitos, mas que na verdade, ele não pensava assim. Eram muitas obrigações, e esconder seu segredo, não era fácil. Até porque naquele tempo, consideravam aquilo como uma doença.

Sempre teve um coração enorme, andando constantemente com seus amigos: Charlotte, Josh e Mary, desde que eram pequenos. Conversavam sobre tudo e todos. Mas assim como acontece com todos nós, aquelas fantasias que criamos na infância são desmanchadas na juventude, até todos seguirem seu próprio caminho.

E foi assim que as coisas começaram a mudar.

1962

— Brian? — Josh o procurava.

Foi quando finalmente o encontrou.

Estavam em um jantar na casa da família Johnson, onde o pai de Mary era o anfitrião. Apenas os jovens e os pastores estavam naquela reunião, o que deixava tudo mais aconchegante e nostálgico. Mas Brian sabia que alguma coisa estava diferente. Talvez pelas decorações de luzes pela casa, ou pelo estranho nervosismo de Josh. Até que foram conversar, afastados dos demais, na varanda da casa.

— O que foi cara? — Brian riu. — Parece até que nunca veio a casa dos pais de Mary.

— Acredite em mim, a primeira vez que vim aqui, eles me acolheram como um filho. Mas não é por isso que estou ansioso.

— Não? Então o que é?

Suspirou para responder. Revirando os bolsos da calça, tirou uma linda caixinha preta aveludada. Depois com um sorriso radiante no rosto disse:

— Eu... Eu vou pedir Mary em casamento.

— O quê!?

Seu amigo se assustou, guardando rapidamente a caixinha novamente no bolso.

— Fale baixo. Antes que alguém estrague a surpresa. Mas então, o que achou?

— Eu... Estou surpreso. — disse desconcertado. — Não acha... Que é muito cedo para isso?

— Não, não. Nos noivamos esse ano e nos casamos assim que terminarmos o colégio.

— Então, porque não espera até lá?

— Está sendo mais medroso do que eu. — sorriu, encostando uma das mãos em seu ombro. — Obrigado por todos esses anos, sendo o melhor amigo que eu poderia ter. E espero que aceite ser meu padrinho...

— Padrinho!? — soletrou ainda surpreso.

— Quem sabe até lá tome coragem e saia com Charlotte...? — deixou a pergunta no ar, saindo de encontro a mesa de jantar, onde estavam os convidados.

Um conflito interno se estabelecia na mente de Brian. Ele não imaginava que as coisas entre Josh e Mary ficariam sérias e muito menos, que seu sentimento que nutria por seu melhor amigo crescia cada vez mais. Mesmo assim, decidiu não intervir, voltando junto aos demais. Preferia esconder seu sentimento, do que perder quem mais amava. Só não sabia que este segredo, poderia afetar sua vida para sempre.

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Alguns meses depois, as aulas haviam voltado. Mas nada de indiferente se encontrava aos arredores. Apenas a mesma rotina se estabelecia.

Revirando suas memórias com um pequeno diário, escrevia como fora seu dia. Com um sorriso no rosto, relia as páginas sobre seus sentimentos expostos.

— Sua família, o chama para jantar. — a diarista bate na porta aberta, já falando.

— S-sim! — empurra o diário para debaixo do travesseiro, surpreso.

— Disseram que é importante. — concluiu saindo.

Brian concordou indo rapidamente ao banheiro. Tomou seu banho como de costume, vestiu suas roupas favoritas e se olhou no espelho mais uma vez.

Em um sinal de aprovação a si mesmo, saiu pela porta. Mas uma lembrança o parou naquele momento, correndo até seu quarto.

— Onde está? — levantava seus travesseiros com medo. — Não, não, não... — levantava as mãos na cabeça com preocupação. Parando no tempo, tentando se lembrar de onde deixara. — Eu deixei aqui... Mas...

Um breve olhar, o despertou. Sua irmã mais nova mostrava o caderno com um sorriso maléfico nas mãos.

— Me dá isso! — tentou pegar, mas ela se esquivou. — Me dá isso aqui! — começaram a correr pela casa, até chegar a mesa de jantar.

— Papai não vai acreditar... — ela dizia sem fôlego entregando o caderno.

— O que é isso? — ele olhava sem entender.

— Isso é meu. Me devolve! — Brian protestou, conseguindo pegar.

Foi assim, que começaram a jantar, mas o olhar do pai permanecia no caderno nas mãos do garoto. Até que um comentário, dissipa o silêncio na sala. A avó, as filhas, o filho e a sua mulher se voltara para ele.

— O que tem neste caderno?

— São desenhos. — respondeu subitamente.

— É mesmo...? — sorriu empolgado. — Eu... Posso ver?

Um espanto estremeceu o seu corpo, mas suspirou dizendo:

— Não vai gostar... Eu desenho muito mal.

— Me deixe ver. — colocou a palma da mão sobre a mesa, para que entregasse, insistindo.

— Não! — disse com os braços abraçando o objeto. — É que eu...

— Ele é um marica! — a filha do meio gritou.

— Como!? — o pai levantou da mesa com raiva. — O-onde, onde estão seus modos, minha filha?

— Eu disse a verdade! Minha irmã me mostrou o caderno. É um diário... E nele diz que ele gosta do...

— Me passe esse caderno! — foi até o garoto. — Agora!

Mas ele não obedeceu. Apenas negava chorando, protegendo o caderno.

— Me diz que não é verdade, Brian. — o senhor continuou. — Me diz que não será a vergonha desta família!

— Me desculpe... Eu...

O tapa que se estalara em seu rosto, ecoou pelo vasto salão. Seu pai era um homem sereno, mas naquele momento a dignidade de sua família estava em jogo, e sua imagem era mais importante até mesmo do que sua família.

— Não quero uma palavra ou algum comentário sobre isso. Vá agora para seu quarto! — ordenou.

O filho, cabisbaixo, saía da sala chorando.

— Vai se casar com Charlotte. — seu pai disse quando se virou.

— O quê!? — se surpreendeu voltando ao salão.

— Convidamos sua mãe ela, para este jantar hoje a noite. Mais tarde estarão aqui. E vamos negociar o casamento. — o pai de família, voltou a sua cadeira.

— Não pode ser verdade.

— Está decidido. Será melhor para todos nós.

Normalmente Brian concordaria quieto, mas quando se tratava de sua vida particular e principalmente de uma coisa que se arrependeria a vida inteira, decidiu intervir:

— Melhor para quem? Para você!?

— Não me faça corrigi-lo novamente!

— Eu não vou me casar com ela! — gritava indignado.

— E vai se casar com quem? Se tornar um marica com um outro homem!? — o homem se levantou furioso até seu filho, mas para sua felicidade a campainha tocou.

— Vão atender. — ordenou aos empregados. — Eu não quero ver um rastro seu fora do seu quarto. Se não... Eu não me arrependeria de levá-lo ao hospício ou deserdá-lo. — avisou ríspido ao filho.

Com os passos pesados, subiu rapidamente as escadas, esperando que este dia, não se repetisse novamente. Se trancou em seu quarto, chorando pela vida injusta que tinha. Aos que o julgavam por ter o melhor que seus pais poderiam oferecer, ele preferia ser feliz ao lado de quem amava, do que ter qualquer tipo de coisa. Pois quem se tem o amor, se tem tudo.

As batidas leves e tímidas da porta, o fizeram limpar as lágrimas e atender com receio.

— Charlotte? — avistou assustado. — Me desculpe não ter comparecido ao jantar...

— Não tem problema. — ela disse com um sorriso triste. — Posso entrar?

— Claro! — abriu a porta. — Fique a vontade.

Ele se assentou na cama e ela em uma cadeira próxima. E após um silêncio constrangedor, decidiram falar:

— Eu não quero me casar! — disseram ao mesmo tempo.

— Nossa... Eu pensei que isso seria difícil. — ela confessou e riram juntos.

— Ele contou... Sobre mim? — perguntou receoso.

— Sobre o que exatamente? Só falamos sobre o casamento.

— Nada. — respondeu.

— Se não fosse nada, não perguntaria. — disse sugestiva.

E por pior que fosse o segredo e por mais que confiasse em sua amiga, decidiu não contar.

— Me desculpe... É confidencial.

— Tudo bem... Toquei em um assunto delicado. — arrumou suas luvas olhando o relógio. — Parece que está na hora. Eu já vou indo... — se levantava para sair.

— Obrigado. — disse antes que ela partisse.

— Por que? — pergunta curiosa.

— Por me entender, mesmo sem eu dizer palavra alguma.

— Ah Brian! — se aproximou dando-lhe um abraço. — Nós somos como irmãos, esqueceu? E sempre... Sempre estaremos juntos no que precisarmos.

Mas era mentira. Ou talvez apenas dissesse aquilo no momento. Pois não sabia que rumo as coisas tomariam. O sentimento de abandono que sentiria. A raiva, a dor, os vícios. A rotina a fez perder de quem realmente era, até Brian não a reconhecer mais.

— Alguém tem que partir. — Charlotte disse entre lágrimas.

— Está dizendo por este casamento estúpido? Eu nunca me importei com isso! — Brian grita.

— Eu fiz coisas demais. E agora, preciso pagar pelos meus erros. Então por, favor. Me deixe ir.

— Não faça besteira! — a puxou pelo braço, tentando impedi-la. — Por favor...

— Diga para Josh, o quanto o ama. Antes que seja tarde demais...

Eram palavras e mais palavras que rodeavam sua mente. As lembranças de dias bons. As lembranças de dias ruins. Tudo aquilo pelo que passara, se mostrava novamente em seus olhos, pois naquele momento de desespero, quando estamos próximos da morte, nos questionamos sobre o que fizemos durante a vida inteira. E sua mentira em um jogo estúpido, pelo medo e vergonha da verdade, o fizeram perder a vida. Alguém, havia feito novamente um ato cruel e enquanto não fosse parado, continuaria causando o caos por Nova York e pelo mundo.

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