
Capítulo 24
— Bom di- O que aconteceu com o seu braço, Jen? — perguntou Rosé, se aproximado da ruiva.
— Eu... ah... vocês não são cegos, estão vendo o que aconteceu com ele.
— Nossa, sua grossa! Ela só queria saber se você está bem, não precisa tratar ela assim — disse Jungkook, defendendo a loira. Jisoo ficou de braços cruzados e calada, apenas vendo Jennie, em silêncio.
— Foda-se! — Jennie se acomodou em uma das cadeiras. Lisa apenas a acompanhou e sentou-se ao seu lado.
Ficou um silêncio profundo naquela mesa.
— Cadê o Jimin? — perguntou Rosé, quebrando o silêncio.
— Ele tá rocando até a última geração, não acordou ainda não. Eu taquei água nele pra conferir se estava vivo, mas ele nem se mexeu, só murmurou e foi pro meu lado da cama — ele deu de ombros e voltou a comer seu pão com geleia.
***
— Caralho, que fome! — disse Jimin, indo pegar algo para comer na geladeira. — O que temos aqui? — ele pegou um bolo de morango. — Huummm, bolo de morango! — ele passou a língua pelo seu lábio superior.
Assim que o loiro colocou o bolo na mesa, se apressou em pegar uma faca e partir o bolo.
Quando o garoto foi cortar o bolo, o alimento saiu pulando por toda casa.
Jimin começou a correr atrás dele com a faca.
— Volta aqui, seu gostoso! — o bolo pulou em uma prateleira de livros, e começou a ficar esverdeado. — Mas que porra é essa, bolito? Estás apodrecendo só pra eu não te comer? — ele perguntou, em um tom indignado. — Mas que feio, viu?
— EU É QUE VOU TE COMER HA HA HA!!! — o alimento engrossou a voz. Jimin começou a tentar correr, mas não conseguia sair do lugar. O bolo se aproximou e deixou uma bitoquinha em sua bochecha.
Jimin conseguiu correr para fora do bunker. Quando ele saiu, ele estava em frente a uma Sex Shop toda rosa-escuro.
— O quê? Mas que porra dos caralhos das minhas bolas, é isso?
Uns vibradores com rostos, apareceram e começaram a se enfiarem no bolo de morango que gemia: strawberry.
Jimin piscou e apareceu duas bananas gigantes que pareciam zumbis.
— Queremos torta. Queremos torta. Queremos torta. — Elas falavam isso repetidamente, se aproximando do Jimin.
Logo o loiro sentiu uma mordida atrás dele, em sua bunda.
— Awn, strawberry! — o bolo gemeu enquanto mordia o loiro.
***
— Jimin!!! — gritou Lisa, rindo horrores de seu amigo.
— Ãn? O que foi?? O que foi? — ele levantou num pulo e viu todos os seus amigos rindo dele.
— Awn, strawberry! Awn!! — Lisa gemeu, imitando o que o amigo fazia enquanto dormia. Todos riram de sua imitação e Jimin deu um cascudo em sua cabeça.
— Vai tomar um banho. Você está suado, Jimin — disse Rosé, rindo bastante.
***
Jennie estava sentada na beira do terraço de um prédio que tinha ali por perto.
A pequena garota chorava e balançava as pernas que estavam do lado de fora da laje do prédio.
— Jennie... o que aconteceu com o seu braço?? E não ouse me responder como respondeu a Rosé. Eu quero a verdade, Kim. — Jisoo ficou de pé atrás da ruiva.
— Eu perdi um bebê... é isso. Por isso eu me cortei.
— Me conta isso direito. Como assim? Por que não me contou que estava grávida? — Jisoo sentou-se ao lado de sua irmã.
Jennie explicou tudo para sua irmã.
— Ruby... somos apenas nós duas agora. O papai e a mamãe se foram, e o Kai também. Não podemos abandonar uma à outra justo nesse momento. Somos irmãs, maninha... e, eu quero e sempre vou querer o seu melhor, o seu bem. — Jisoo puxou Jennie para um abraço de lado.
A morena resolveu ir um pouco para trás e encostar na parede do cômodo onde ficava as escadas.
— Vem aqui! — ela chamou Jennie com uma voz fofa e gentil. A morena possuía um grande sorriso no rosto.
Jennie deitou sua cabeça no colo da mais velha e logo recebeu cafunés por toda a sua nuca.
— Maninha... eu estou aqui desde que você nasceu. Eu nunca te deixei na mão. Ou deixei? — Jennie balançou a cabeça. — Eu preciso que confie em mim, pequena. Como vou confiar em você, sabendo que não confia em mim? — Jennie fechou os olhos e lagrimas escorrendo. A morena limpou as lágrimas da irmã e deu um beijo suave e demorado em sua testa.
Jisoo escorou a cabeça na parede e olhou para o céu azul.
Aves voando e cantarolando por aí; o vento nem tão forte e nem tão fraco; sua irmã deitada em seu colo, recebendo seu cafuné com o maior carinho. Era tudo que as duas precisavam naquele momento.
Há anos que elas não tinham nenhuma atitude de carinho desse jeito.
— Me promete que nunca mais vai fazer essas barbaridades?
— Eu não consigo mais prometer nada, Soo...
— Tudo bem, não precisa prometer. Só me garante que não vai se cortar ou tentar se matar de novo, ok?
— S-Sim...
— Sinceramente, eu não sei o que eu faria sem você, Jennie. Você é como se fosse a joia mais preciosa da minha vida. Tudo o que eu mais quero, é que você seja feliz. Que consiga viver sua vida como deve ser vivida.
— Jisoo, estamos em um mundo pós-apocalíptico. Meio que é impossível viver uma vida normal — ela disse e a morena riu.
— Eu quis dizer que você não necessariamente precisa ficar se cobrando, ou chorando, ou sei lá o que você faz da sua vida. Pense pelo lado bom de ter perdido o bebê: ele não vai nascer no meio de zumbis. — Jennie riu. — Agora que eu parei para pensar: Quem iria fazer seu parto, Jennie?
— A Freen e a Becky — Jisoo riu.
Do jeito que elas estavam naquele momento — Jennie deitada em seu colo e Jisoo fazendo cafuné na mais nova —, continuaram passando o resto da tarde jogando conversas a fora.
O tanto que Jennie estava precisando daquilo, não está escrito.
Conversaram sobre qualquer coisa boba, tipo: sobre o que achavam que estariam fazendo se não estivessem em um apocalipse zumbi; ou como seria se elas tivessem tido uma vida normal, uma adolescência normal...
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