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❣️Reações❣️

*Hirai Momo*

Acordei mais cedo do que o normal para um domingo, já que no domingo eu durmo a quantidade que não dormi durante toda a semana.

Fui dormir ansiosa para o passeio que planejei para mim e Sana, tenho certeza que ela vai amar.

Me levantei pegando uma roupa de sair e fui para o banheiro fazer minhas higienes e tomar um banho.

Optei por uma roupa confortável mas que eu amo, um macacão jeans azul marinho com uma blusa cor de pêssego e um tênis da mesma cor.

No cabelo, o deixei solto apenas com uma tiara na cabeça, geralmente eu não uso coisas muito femininas, mas as vezes eu abraço excessões.

Desci as escadas chegando na sala e pude encontrar a garota loira dormindo como um bebê no colchão ali, ela estava abraçada com o lençol, o que fez seu corpo ficar descoberto.

"Me pergunto se ela não sentiu frio..."

Me questionei internamente e segui para a cozinha onde preparei um sanduíche de ovo para mim e outro para Sana e duas vitaminas de cereja.

Assim que estava tudo pronto, voltei rapidamente até a sala, onde Sana aínda dormia tranquilamente.

Me ajoelhei ao lado do colchão e observei seu rosto sereno, ela parecia tão confortável e segura, isso me fazia ter a noção que ela confiava em mim.

- Ela parece tão fofa assim, me dá pena acordá-la - Sorri e tirei um fio de cabelo que estava em sua testa. - Sana, acorde.

Ela resmungou se mexendo mas não abriu os olhos.

- Sana... Ei Sana... Temos que sair... - Chamei novamente porém a única reação que ela teve, foi o surgimento de um biquinho em seus lábios.

Sorri para ela, seus lábios são rosados por natureza sem a necessidade de um batom.

Desci os olhos e observei seus lábios, eles pareciam bem convidativos, me pergunto se um dia alguém poderá troca-los.

Esse pensamento me trouxe uma sensação de desconforto, Sana é tão delicada e não vejo ela fazendo certas coisas.

Balancei a cabeça voltando a realidade, pois até agora não acordei a garota e sim apenas fiquei a admirando.

Me abaixei até perto de seus ouvidos e sussurrei ali.

- Vamos levantar, Sannie. - Falei rente ao seu ouvido, desta vez a reação foi melhor, pois Sana abriu os olhos lentamente e me fitou.

- Momo... Bom dia... - Ela falou com a voz sonolenta, fofa.

- Bom dia, dorminhoca, vamos levantar? Hoje nós vamos sair. - Ela franziu o cenho.

- Sair? - Ela perguntou se sentando sem largar o lençol.

- Exatamente, então vem, já fiz o café da manhã. - Me levantei e fui para a cozinha.

Sana se espreguiçou e se levantou vindo atrás de mim.

Me sentei na cadeira e ri ao ver a Minatozaki entrar na cozinha parecendo uma criança sonolenta carregando esse lençol.

- Sana, acredito que não precisa desse lençol aí - Brinquei e a garota sorriu sem graça indo colocar o lençol de volta em cima do colchão e se juntou a mim na mesa.

- Eu não percebi - Ela tentou disfarçar.
- Mas para onde vamos?

- Coma, você já vai descobrir.

Ela deu de ombros e começou a comer o sanduíche, ela está cada vez mais acostumada a comer comida humana.

----x----

Quando terminamos o café, peguei a coleira de passeio do meu cãozinho e o chamei, esse que veio animado até mim.

- Saudades de passear, né garotão? - Brinquei fazendo carinho no pelo dele.

- Au au!

- O Boo também vai? - Sana perguntou curiosa.

- Vai sim, o lugar que a gente vai, ele também pode ir - Ela sorriu e assentiu.

Saimos de casa com Boo e Sana apenas me seguia curiosa.

- Estamos chegando?

- Ainda não, criança - Provoquei.

- Não sou criança! Sou mais velha que você! - Eu ri de sua reclamação - Na verdade, até minha irmã mais nova é mais velha que você.

- Você tem irmãos?

- Tenho dois, um bebê de 24 anos e uma irmã do meio, Sullyoon, ela tem 85 anos.

- Sua irmã é mais velha que a minha avó - Sana riu.

- Idades de anjos são diferentes, afinal, eu pareço ser mais nova que você. - A olhei.

- Me chamou de acabada?

- Seu trabalho ano está valorizando tanto - Ela brincou.

- Ousada você... Bom, enfim, chegamos.

Sana olhou para a frente e sorriu grande, era um parque grande onde Boo e eu sempre caminhamos juntos.

- Que lugar bonito! - Ela exclamou voando por ali.

Tinha algumas famílias fazendo piquenique, outras pessoas brincando com seus cachorros e outras apenas passeando.

- Eu e Boo sempre viemos aqui, ele gosta de correr por aqui e brincar com os outros cachorros.

- Eu quero ver!

Eu ri e soltei o cãozinho da coleira que saiu correndo alegremente, Sana riu e saiu voando atrás do cãozinho e os dois ficaram dando voltas.

- Duas crianças - Brinquei e fui até eles. - Quer ver uma coisa?

- O quê?

Tirei da minha bolsa um frisbee e joguei para a frente.

- Pega, Boo!

O cachorrinho latiu e correu atrás do frisbee, ele pulou e pegou o frisbee no ar com a boca.

- Nossa! Eu posso tentar??

- Hum.... - Olhei em volta - Consegue deixar o frisbee invisível enquanto faz isso? - Ela assentiu. - Então sim.

Ela bateu palminha e pegou o frisbee que Boo trouxe de volta até nós.

Ela jogou o frisbee no ar e Boo correu e o pegou novamente com a boca.

Eu sorri vendo essa cena, eles realmente se dão bem.

- Vem também, Momo! - Sana me chamou animada e eu corri até eles.

Boo corria animado quando jogávamos o brinquedo, eu me senti bem, me senti nostálgica.

Lembrei das vezes que ia ao parque com meus pais e nós brincávamos e fazíamos piqueniques juntos.

Nesse momento, não estou com uma família, porém, eu me sinto bem com esses dois.

As vezes não é tão ruim ter Sana por perto.

Ela tinha nos deixado invisíveis, então podíamos brincar a vontade.

----x----

Depois de muito brincar, deixei Boo se distrair com os outros cãezinhos e me sentei no banco, junto a Sana.

- Isso foi muito divertido, Mina e eu também brincávamos assim com minha pombinha. - A olhei confusa.

- Pombinha?

- Sim, é a paz, é a minha pombinha de estimação, Mina e eu nos escondiamos nas nuvens e ela tinha que nos procurar.

- E ela obedecia?

- Sim sim, é como os cachorros aqui na terra.

- Que fofo, mas pensando nisso, Sana, os animais que morrem aqui na Terra... Para onde vão? - Ela sorriu.

- Os animais vão para o céu também, na verdade, lá tem muitos deles, mas não os fazemos nossos, é bem melhor deixá-los livres. - Eu assenti.

- Então quando o Boo se for... Você vai poder continuar vendo ele. - Falei suspirando, sempre me doía pensar no dia em que meu cãozinho não estiver mais comigo.

Sana percebeu que me desanimei com esse assunto e então colocou a mão no meu ombro.

- Não fique triste, Boo ainda terá muito tempo com você.

- Tem razão, ele só tem quatro anos.

- Um bebê - Ela brincou. - Espera, que som é esse?

Sana peguntou ouvindo um som de sininho, era um sorveteiro com seu carrinho.

- É um sorveteiro. - Respondi simples.

- Sorvete?? Eu amo sorvete!

- Quer um? - Ela assentiu freneticamente.

Eu ri e caminhei até o sorveteiro que me olhou simpático.

- O que vai ser hoje, moça?

- Um sorvete de pêssego e... - Olhei para o lado. - Qual você quer? - Sussurrei a última parte.

- Perdão? - Ele peguntou confuso.

- Ah... Não é nada... - Respondi corando e Sana riu.

Temo que essas coisas continuem a acontecer quando eu sair com ela.

- Eu quero um de cereja.

- Um de pêssego e um de cereja. - O homem assentiu e me entregou as duas casquinhas, o paguei e voltamos para o banco.

Entreguei o sorvete para Sana que comemorou.

- Provavelmente não é tão bom quanto os de nuvem, mas deve ser bom. - Ela falou e lambeu o sorvete. - Nossa!

- Gostou? Ou as nuvens ganham?

- Está ótimo! - Ela respondeu lambendo o sorvete.

Me peguei mais uma vez observando a garota, ela ficava ainda mais linda com os raios de sol refletindo em seu cabelo.

Desci o olhar e sua língua estava fazendo um bom trabalho no sorvete.

"Nessas horas, eu queria ser inocente como ela..."

Respirei fundo tentando espantar mais uma vez esses pensamentos e me assustei quando senti seu toque em mim.

- Momo? Não vai tomar seu sorvete? - Ela perguntou inocentemente.

- Ah claro... - Percebi que o sorvete já estava derretendo.

- Tem que ser rápida, senão não vai aproveitar nada, faz assim oh.

A garota abocanhou o sorvete sujando o rosto dela.

"Para Momo... Não pensa merda..."

- É só sorvete... É só um sorvete... - Repeti para mim mesma e lambi meu sorvete.

- Está derramando - Ela avisou e lambeu meus dedos com inocência.

"Essa cena é demais para mim..."

- S-Sana... O que está fazendo? - Perguntei gaguejando e a garota me olhou lambendo os lábios.

- Quis te ajudar, seu sorvete também está muito bom, quer um pouco do meu?

- Ah... Tá bom... - Provei o sorvete dela sentindo meu nariz ficar um pouco sujo.

- Você tá suja - Ela falou rindo e passou o polegar no meu nariz.

- Ae? Você também está - Imitei ela, limpando o sorvete que estava em seus lábios.

Sana sorriu alegremente para mim, o que meu estômago esfriar.

"Isso é por causa do sorvete?..."

- V-valeu...

- Disponha - Ela deu de ombros e voltou a tomar o sorvete enquanto observava Boo brincando.

Essa garota tem a facilidade em me provocar e depois agir como se não tivesse feito nada...

Olhei para meu dedo sujo e o coloquei na boca enquanto observava Sana.

Ela é encantadora.

----x----

Mais tarde naquele dia, Sana e eu fomos até meu cãozinho que estava deitado com seus amigos ainda.

- Vamos lá garotão, depois a gente volta. - Falei prestes a colocar a coleira nele, mas fui impedida.

- Ela tá cansadinho, eu o levo no colo - Ela pegou o cãozinho no colo.

- Como quiser, ele vai ficar mimado assim.

- Não tem problema, eu posso fazer isso sempre que quiserem.- Eu sorri e assenti.

- Vamos pra casa.

Sana e eu retornamos para casa, conversamos mais um pouco, jantamos e depois fui organizar novamente o lugar de dormida dela.

- Hoje foi muito divertido, espero que possamos voltar lá novamente. - Ela sugeriu já agarrada com meu lençol novamente.

- Claro, porque não? Talvez possamos levar Mina e Chaeyoung na próxima semana vez. - Sana assentiu.

- Sim!

- Prontinho, já pode deitar agora, eu tenho que ir já que trabalho amanhã.

- Oh... Tudo bem, eu queria que a gente pudesse ficar acordada mais um pouco...

Não aguentei o biquinho que ela fazia e tive uma ideia.

- Já sei, vamos ver um filme amanhã, que tal? Vou tentar sair mais cedo do trabalho.

O rosto da garota se iluminou.

- Mesmo????

- Claro - Respondi rindo.

- Ótimo! Então é melhor dormir, assim vai ter bastante energia.

- Tá certo, boa noite, Sana.

- Porque não me chama de Sannie novamente? - Arregalei os olhos.

- Sannie? Como assim?

- Você me chamou assim hoje de manhã. - Estreitei os olhos.

- Você estava acordada! Sua sapeca! - Ela deu uma risadinha.

- Desculpa hihi, eu tava com sono ainda.

- Engraçadinha, mas eu...Eu não te chamei de Sannie... - Falei desviando o olhar.

- Chamou sim, eu ouvi.

- Hum... Deve ser impressão sua.

- Mas Momo...

- Já vou indo, boa noite!

Corri para o quarto sem deixar que ela continuasse e me joguei na cama.

- Ela ouviu... Aish, o que deu em você para chamar ela por apelidos? Ela é só uma garota que está na sua casa, uma estranha... Mas... Porque sinto que não é assim?

Bufei e me virei de lado na cama, as reações que Sana me provocava, estavam me deixando louca.

E eu não estou gostando nada disso.

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