❣️O Encontro❣️
*Minatozaki Sana*
Eu estava junto aos demais anjos e a minha família, estávamos todos nos despedindo porque enfim era chegada a hora de ir para a Terra.
Minha mãe já tinha os olhos cheios de lágrimas de saudade e orgulho, meu pai era só sorrisos, também orgulhoso de mim.
Minha irmã mais nova Sullyoon também estava feliz por mim e me dava muitos abraços, porém, nem todos estavam feliz pela minha partida.
Meu irmãozinho Sadaki estava choroso me olhando com um biquinho fofo.
- Oh meu amor, a Unnie vem te visitar sempre que der tá bom? - Ele negou emburrado.
- Sadaki, a Unnie vai para uma missão super importante sabia? Ela vai salvar pessoas e ser uma heroína mais poderosa que os desenhos que você assiste - Sullyoon comentou e ele me olhou curioso.
- Sélio? - Eu assenti.
- Sim! Então a Unnie sempre vai vir para te contar tudo e além do mais, vou trazer presentes sempre que eu vier. - Ele sorriu animado e o peguei no colo - A Sannie também vai sentir saudades, mas ela te ama tá? Muito mesmo.
O garotinho continuou a sorrir e abraçou meu pescoço.
O abracei em meu colo sentindo seu cheirinho de bebê e o calor de seu corpinho.
Eu sempre fui muito ligada aos meus irmãos.
Meus pais e minha irmã também me abraçaram, formando um abraço em conjunto e eu me senti muito amada.
Eu sei que independente de tudo, eu sempre vou ter eles.
- Boa sorte maninha! Me conta tudo que acontecer e como é lá em baixo tá?? Ah! E não esqueça dos presentes.
- Não era só pro Sadaki? - Eu brinquei - Estou brincando, claro que vou trazer. Vou sentir saudades, pirralha.
- Eu também vou sentir, velha. - Meus pais riram.
- Vá com Deus, meu amor, que ele te guarde de todo mal, tenho certeza que você vai se sair muito bem e não pense em ser a melhor, pense apenas em ser você, meu amor. - Minha mãe me disse deixando um beijo na minha bochecha.
- Muito obrigada, Omma, vou fazer o meu máximo e vou sempre lembrar de seus conselhos. - Ela assentiu sorrindo.
- Filha - Meu pai me chamou assim que saímos todos do abraço e fiquei de frente para o mesmo.
- Sim Appa?
- Eu quero que saiba que só por ter chegado aqui, você já é uma vencedora, princesa e nós te amamos muito. Quando tiver dificuldades, ore e pense em todos nós... Nos momentos difíceis, ore e pense em tudo que passou para que chegasse lá... Não olhe para trás na vida e sempre siga adiante.
- Muito obrigada, Appa... Por tudo... Se não fosse o senhor, acho que não teria conseguido...
- Claro que teria, você é capaz, filha.
- Obrigada a todos... Eu preciso ir agora...
Eles sorriram e assentiram, demos mais um abraço e assim me despedi deles.
- Até mais, família...Eu amo todos vocês.
Falei acenando enquanto me distanciava deles e fui em direção aos outros anjos que estavam junto a Gabriel.
- Sannie!! - Ouvi minha amiga me chamar e logo senti seu peso em mim, me abraçando.
- Minari! Está bem? Muito nervosa?
- Um pouco...Já me despedi dos meus pais e estava te esperando... Vou sentir saudades, Sannie...
- Eu também vou sentir, Minari... Pena que não podemos ir de dupla.
- É verdade... Eu amaria ir de dupla com você.
- Mas olhe pelo lado bom, vamos nos esbarrar por lá talvez, já que minha humana por mais que seja japonesa, ela mora na Coréia. - Mina abriu um sorriso contente.
- Isso é ótimo! Vamos nos encontrar e matar a saudade! - Eu assenti animada.
- Imagina se as duas são amigas?
- Seria destino, amiga - Nós rimos.
- Atenção, meus anjinhos, venham todos aqui - Ouvimos Gabriel chamar e fomos até ele. - Como todos sabem, os anjos protetores tem regras que devem ser seguidas, então vamos repassa-las para reforçar - Ele pigarreou - A primeira regra é que nunca devem deixar seus humanos sozinhos, ah não ser que precisem vir aqui no céu por algum motivo, de preferência quando seus humanos estiverem dormindo.
Todo assentiram entendendo.
- Segunda regra, nunca se envolvam com seus humanos, seja de forma amorosa, amizade ou qualquer relação humana - Ele fez uma pausa - E por último, jamais, em hipótese alguma... Deixem que eles os vejam... Jamais isso deve acontecer.
- Quais são as punições, Senhor? - Soojin perguntou.
- Boa pergunta, Soojin, isso vai depender da gravidade da situação. Os castigos podem ser a expulsão geral do céu, a demissão do cargo ou até mesmo... A reiniciação, ou seja, o anjo deixará de ser um anjo e se tornará um humano mortal. - Ele falou de maneira séria.
- Pelo menos não é o inferno - Mina sussurrou.
- Mais alguma dúvida? - Todos negaram - Ótimo, então chegou a hora, vão com Deus, meus irmãos.
Mina e eu nos abraçamos mais uma vez sentindo lágrimas descerem de nossos olhos.
- Até breve, Sannie...
- Até breve, Minari...
Olhamos uma última vez para nossas famílias e então seguimos em frente.
----x-----
*Autora*
Já era tarde da noite, por volta das três da manhã, Momo abria a porta de seu apartamento de maneira desajeitada.
A garota trancou a porta de novo e andou cambaleando até o sofá, durante o percurso ela tropeçou em algo no chão e iria cair, mas então foi sustentada pelo sofá.
- Aí... Acho que bebi demais, que dor de cabeça da porra... - Ela disse de maneira embolada.
- Não era essa a primeira impressão que achei que teria dela...
Momo levantou a sobrancelha ao ouvir uma segunda voz ali e procurou de onde vinha.
Ela olhou em volta e não viu nada, então achou que era apenas efeito da bebida.
- Você está cada dia pior, Hirai... Está até ouvindo coisas...
Sana franziu o cenho, a garota podia lhe ouvir? Não era possível, ela pode ter ouvido outro barulho.
- Au au au au! - Boo latia constantemente para a garota parada ali em pé que lhe fitou.
- Esqueci que animais nos vêem... Eu bem que vi no livro que ela tinha um cachorrinho... Olá pequeno Boo.
- Boo... Para de latir, cara, minha cabeça já está latejando... - Momo resmungou deitada no sofá.
- Au au!
- Calminha amiguinho, eu sou do bem - Sana tentava acalmar o cachorrinho.
- Boo! Que merda... Está com tanta fome assim? Eu te dei comida antes de sair, véi...
- Au! Au! - Momo bufou se levantando do sofá, resmungando.
- Que saco, Boo... Será possível que-
A garota parou de falar ao ver o cachorrinho latindo para alguém na porta da cozinha.
- Boo?... O que foi aí carinha? - Ela perguntou indo até a cozinha e não viu absolutamente nada. - Boo... Está latindo para a geladeira agora? Não tem nada ali, amigão.
- Au! Au! - Boo latiu e avançou na direção de Sana que o pegou no colo.
- Você é bem teimoso, em...
Momo piscou os olhos e os esfregou, ela tinha acabado de ver seu cachorro flutuando?
- Boo... Porque você... - Ela esfregou os olhos novamente.
- Pelo visto assustei ela - Sana disse com uma risadinha.
Ao abrir os olhos novamente, Momo teve um susto caindo para trás.
Uma garota loira toda de branco estava em frente a geladeira segurando Boo em seus braços.
A garota era branca como a neve e tinha...Asas????
- O-okay... Agora estou começando a ter alucinações? - Momo disse ainda sentada no chão.
- Do que ela está falando? Essa garota é meio estranha...
- Estou vendo uma galinha gigante... - Sana levantou a sobrancelha.
- Uma galinha?? Onde?? - Sana se perguntou olhando em volta.
- Você... Você é uma galinha gigante... Oh eu realmente preciso procurar um médico... - Sana arregalou os olhos deixando o cãozinho no chão.
A garota podia lhe ver...
Isso não podia estar acontecendo...
Em hipótese alguma isso deveria acontecer... Momo estava vendo seu anjo protetor.
Sana gelou, ela não queria ser demitida no primeiro dia de trabalho.
- E-efeito da bebida...? - Ela tentou enganar Momo.
- Uma galinha gigante que fala... - Ela disse se levantando e olhou para o cãozinho que ainda latia - Você também está vendo, Boo?...
Ela se aproximou e tocou o braço de Sana.
- AAAAA!! Você é de verdade! - Momo rapidamente pegou uma vassoura.
- E-ei ei... Espere... Eu não sou uma galinha!
- Não queira me enganar, sua aberração!! - Ela falou batendo em Sana com a vassoura.
- Aiii! Isso doeu tá?
- Não me diga... - Momo iria bater nela de novo mas Sana bateu a as asas e flutuou acima dela.
- Não podemos conversar sem essa vassoura? - Momo arregalou os olhos novamente.
- Galinhas não voam...e muito menos falam...
- Eu já disse que não sou uma galinha! - Sana exclamou irritada.
- Então o que você é? Uma assombração?... - Sana suspirou.
- Eu sou um anjo - Momo gargalhou.
- Ah claro, um anjo, um anjo na minha casa - Ela falou rindo - Uma coisa muito normal de acontecer não?
- Você não deveria me ver...Nenhum humano pode me ver.
- Então eu sou um ET? Porque eu estou te vendo...Bem até demais...
- Porque não guarda essa vassoura? Podemos conversar melhor e eu te explico tudo. - Momo ainda estava em posição de ataque.
- E se você me atacar?
- Prometo que não farei isso, minha missão aqui não é lhe machucar e sim lhe ajudar. - Momo suspirou e deixou lentamente a vassoura no chão.
- Qualquer gracinha e eu te bato de novo em? - Sana assentiu e voltou para o chão.
- Meu nome é Minatozaki Sana, eu sou um anjo de verdade. - Momo coçou a nuca.
- Eu ainda acho que isso é tudo um sonho... Ou delírio do álcool.
- Posso lhe ajudar com isso - Sana lançou seu poder contra a Hirai e a fez ficar sóbria novamente.
- Espera... O que você fez? Porque estou-
- Sóbria? Isso é o de menos que posso fazer.
- Você tem poderes? E que história é essa de missão?
- Bom, meu dever aqui é te proteger... E sim, eu tenho poderes.
- Me proteger? De quê?
- De tudo, eu sou seu anjo protetor. - Momo franziu o cenho.
- Anjo o quê?
- Anjo protetor, deve conhecer como anjo da guarda.
- Anjos da guarda não existem... É apenas história para criança.
- Se estou aqui na sua frente, então não, ah não ser que você se considere uma criança. - Momo bufou.
- Você é bem ousadinha em? Mas olha só, eu nunca fui muito religiosa não...
- O que é uma pena, mas não precisa ser de uma igreja para ter um anjo protetor, você apenas foi escolhida.
- E se eu recusar eu morro ou o quê? Vou para o inferno?
- Não, você não tem opção de negar, apenas ficarei com você até o seu último dia. - Momo revirou os olhos.
- Olha só, eu mal tenho grana para me sustentar e sustentar o Boo, você acha mesmo que vou deixar você ficar aqui?
- Não se preocupe com isso. - Sana respondeu calmamente.
- Não me preocupar? Eu já estou uma pilha de nervos! - Sana tombou a cabeça confusa.
- Pilha? Onde? - Sana procurou ao redor.
- Você não sabe o que significa gíria? - Sana negou - Em que ano você nasceu? A cem anos?
- 123 anos atrás.
- Ah claro...com certeza... - Momo disse cruzando os braços - E eu sou o papai Noel.
- Você é o dito papai Noel?? - Momo bateu na própria testa.
- Você também não sabe o que é sarcasmo... Bem, eu vou tomar um banho e dormir, acreditando que essa loucura não está acontecendo.
- É a mais pura verdade... Eu também não queria que você me visse...
- Okay okay, eu super acredito em você.
- Obrigada!
- É ironia, caralho! - Momo gritou de dentro do banheiro.
- Ela não sabe falar sem usar palavras feias?.... - Sana deu de ombros e se sentou no sofá da sala.
Momo tirou suas roupas e foi para debaixo do chuveiro onde deixou a água cair em cima de todo seu corpo.
- Okay... Eu só posso estar ficando maluca... Mas com certeza isso não é real, um anjo? Na minha casa? - Ela ri - Era mais fácil ser a galinha.
Momo tomou seu banho normalmente tentando não pensar na garota loira e saiu do banheiro enxugando os cabelos encontrando Sana ainda ali.
- Você ainda está aqui?
- Eu não vou embora, Momo.
- Como sabe meu nome?
- Eu sou sua an-
- Tá tá, eu já cansei dessa baboseira... Eu vou pro meu quarto e você nem se atreva a me seguir!
Ela falou pegando Boo no colo e foi para o quarto fazendo questão de trancar a porta.
- Com certeza tudo irá voltar ao normal amanhã... É...Vai sim...
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