*Hirai Momo*

Já estava de tardezinha, Sana e eu estavamos terminando de fazer uma faxina no apartamento.

Durante todo o dia, a garota estava agindo estranho, na verdade, de forma tímida.

Sana e eu estamos oficialmente namorando, nos beijamos de novo e durante a faxina demos mais alguns beijos e fizemos brincadeiras uma com a outra, porém, eu pude notar que Sana estava com vergonha ainda.

Neste momento, ela estava arrumando as almofadas do sofá, enquanto eu estava pondo a comida do Boo que brincava alegremente com seu ossinho de morder.

- Ei, Sannie - Chamei a garota que deu um pulinho de susto, fofa.

- S-sim?... - Ela murmurou sem me olhar.

- Sannie, porque está assim, hum?

- Assim... Como? - Ela pergunta nervosa.

Me aproximei dela e a garota foi dando passos para trás até que caiu sentada no sofá.

Continuei me aproximando e deixei os dois braços no sofá de cada lado do corpo dela e me aproximei mais ainda, deixando nossos rostos perto um do outro.

- Assim, nervosa - Falei dando um sorriso de lado, Sana corou fortemente e desviou os olhos.

- N-não estou nervosa... - Ela gaguejou.

- Então porque não me olha nos olhos? Se olhar, aí eu vou acreditar.

Ela choramingou e me olhou fazendo um biquinho fofo, biquinho esse que me fez ter uma imensa vontade de beija-la.

- O-olhei... Estou olhando...

- Sannie, está com medo de mim agora que namoramos? - Ela negou com a cabeça rapidamente.

- N-não! Não é nada disso...

- Então? Está com vergonha? Lembre-se que ainda sou a mesma Momo... Sei que fiz você passar momentos muito constrangedores mas... Pode confiar, eu não vou fazer nada que você não queira.

- Hum... Tipo... Tipo o quê?... - Pensei um pouco.

- Bom, nós podemos nos abraçar e nos beijar, mas quando você não quiser isso, não faremos, entendeu? - Ela assentiu.

Em realidade, eu queria dizer que não iria leva-la para cama antes que ela pedisse, mas não quis assusta-la.

- Mas... Porque eu não iria querer te beijar?... Não é isso que namoradas fazem?... - Eu sorri e toquei em sua bochecha.

- Você é minha namorada, mas o corpo continua sendo seu, Sannie, não tenho direito de toca-lo sem sua permissão. Mas claro, não é sobre ficar perguntando, é sobre saber ler o que você está sentindo.

- O que... Você acha que estou sentindo?

- Está confusa, disso eu tenho certeza. - Ela suspirou.

- É que...hum... Eu não sei o que namoradas humanas fazem... Nem mesmo anjos... Eu não sei muito sobre esse assunto... - Ela brincava com os dedos, enquanto me olhava receosa.

Ela é simplesmente o serzinho mais fofo do mundo todo!

Ela é tão adorável até quando tenta não ser, parece que estou namorando uma adolescente.

Mas eu entendo ela, não é fácil começar um namoro e ainda mais pela primeira vez... E eu não sou um anjo como ela, ela deve ter muitas dúvidas.

- Sannie, eu também nunca namorei mas já tive ficantes... - As sobrancelhas dela abaixaram e seu biquinho aumentou - Ownnn, não me olhe assim, eu vou acabar te mordendo.

- Não fale delas... Não quero ouvir sobre suas... Ficantes.

- Você está certa, elas não são mais importantes, você agora é a minha prioridade - Fiz um carinho na bochecha dela e deixei um selinho em seus lábios - Agora é tudo sobre nós, meu amor.

- Ainda não me acostumei a ser chamada assim... Mas eu gosto...

- Fico feliz em saber, já que você é o meu amor, quando se sentir confortável, pode me chamar assim também ou de outros apelidos. - Ela me olhou curiosa.

- Tem mais???? - Eu ri.

- Tem sim, amor, amorzinho, bebê, vida, princesa e muitos outros, basta você escolher o que achar melhor. - Ela sorriu fofa.

- Eu gostei... Bebê... - Dessa vez foi minha vez de corar.

- Você que é o bebê aqui - A beijo novamente, Sana retribui com delicadeza.

Nunca me canso de sentir esses lábios, ela é tão adorável até nisso, não demorou em aprender a seguir o meu ritmo, mas agora, eu quero aprender o ritmo dela.

Quero saber cada vez mais sobre ela, quero saber sobre o que ela gosta e o que a faz feliz, neste caso, o estilo de beijo que ela mais gosta.

No momento pode ser que ela mesma não saiba, mas vamos aprender juntas.

- Não sou bebê... - Ela resmungou quando separamos nossos lábios.

- É sim - Provoquei - Mas então, nem eu e nem você namoramos antes, então, faremos isso do nosso jeito, não precisamos fazer o que os outros fazem, faremos o que nós queremos fazer.

- Tipo tomar sorvete no parque?

- Isso e muito mais, nós vamos sair juntas mais vezes, será muito legal, quero mostrar todo o meu mundo para você. - Ela sorriu e assentiu.

- Só estava... Com vergonha de admitir essas coisas... Eu achei que você iria querer desistir ou me achar uma boba...

- Você não é boba, você é fofa e eu te amo do jeitinho que você é.

De repente, uma ideia surgiu em minha mente, com certeza Sana amaria.

- Vamos sair, amor, quero comprar uma coisa.

- O quê? Comida?

- Também, vamos passar no mercado e comprar uma guloseimas, mas também iremos para outro lugar.

- Qual?? Você está fazendo muito suspense, Momoring...

- Amo esse apelido, mas enfim, você vai gostar, vem.

Puxei a garota e saímos dali rapidamente sem esquecer de nos despedirmos de Boo.

Pedi um uber pelo celular, era mais rápido do que irmos de ônibus e então chegamos no shopping.

- Uau, que lugar grandão - Ela fala quando saimos do carro e entramos no local.

- Isso se chama shopping, tem várias lojas de várias coisas diferentes, tem mercado, farmácia e cinema também. - Ela olhava tudo abismada enquanto voava pelo local.

- O shopping é muito legal, é lindo, tem tanta coisa para ver - Eu ri.

Cada nova descoberta dela a deixa ainda mais adorável, parece um bebê descobrindo o mundo.

Bom, ela é o meu bebê.

- Vamos para o primeiro andar, vamos passar numa loja de roupas.

- Roupas? - Ela perguntou confusa.

- Vamos comprar uma coisa para você e para mim também.

- Mas Momo... Eu não troco de roupa e nem banho, eu não preciso disso.

Ela avisou me seguindo até a escada rolante.

- Esse em questão vai fazer você querer tirar esse vestido branco. Não que ele seja feio... Você fica linda nele. - Ela sorriu.

- Obrigada Momoring...

- Por nada, meu amor - E então foi aí que me toquei que as pessoas ao meu redor estavam me olhando com dúvida.

Sorri sem graça e fingi estar tocando num fone de ouvido na minha orelha e sai dali seguindo meu caminho.

Chegamos na frente de uma loja de roupas e entramos ali, Sana parou de voar e começou a andar ao meu lado.

- O que estamos procurando? Tem muitas roupas, não acho que vamos achar.

- Não se preocupe, tem uma sessão específica para isso, aha, ali está - Apontei para a frente.

- Pijamas? - Ela tombou a cabeça para o lado.

- Isso mesmo, vamos escolher um pijama para você.

- Não vejo a necessidade disso... Mas se você tá dizendo.

- Olhe em volta e veja o que gosta.

Ela assentiu e começou a andar vendo todas as peças, eu torcia para que ela não escolhesse algo muito caro, afinal, por mais romântica que eu queira ser... Eu não sou rica.

- Momoring! - Ela me chamou e fui em direção a sua voz - Gostei desses, mas porque tem dois iguais? Os bonecos também são diferentes.

- Esses são manequins, bonecos que usam as roupas para a gente ver como fica no corpo.

- Uhh, mas então porque tem dois iguais?

- Um é um manequim homem e outra é uma mulher, são pijamas de casal.

- Pijamas de casal? Então, os casais humanos usam pijamas iguais?

- Usam, alguns sim, ótima escolha, amor, vamos comprar esses então? - Ela assentiu animada.

- Vamos usar roupas combinando... Isso é muito legal, muito fofo!

Ela comemorou, eu também comemorei internamente por serem baratos.

Ela tem bom gosto, são adoráveis como ela.

Compramos os pijamas e saímos da loja indo para o supermercado.

Sana mais uma vez ficou maravilhada ao ver a quantidade enorme de comida que existia lá.

- Momoring! Momoring! Olha o tanto de lamen... Olha! Aveia! Oh! Aquela pipoca que você comprou.

- Muito legal né? Vamos comprar mais pipoca e doces também.

- Eu quero! Podemos comprar pipocas diferentes?

- Tudo que quiser - Sorrio grande.

Vou gastar muito? Até que sim, mas por ela, vale a pena.

Sana e eu compramos tudo que precisamos e voltamos para casa em seguida.

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Chegamos em casa, Sana e eu fomos para a cozinha e fomos seguidas por Boo que latiu animado como sempre.

- Boo! Trouxemos uma coisa para você!
- Sana exclamou mostrando o saquinho de petiscos caninos.

- Au Au!

- Você ama né? Aqui... Bom garoto - Ela disse fazendo carinho no cãozinho enquanto ele devorava os petiscos em seu pote.

Sana fez questão de trazer algo para Boo, ela me perguntou se tinha algo no mercado que Boo gostasse e eu lhe disse que ele amava os petiscos de lá.

Também passamos no pet shop de lá e trouxemos uma lagosta de morder que fazia barulho, sinto que não teremos paz.

- Também tem outro presente, olha - Ela falou mostrando a lagosta.

Boo pulou em seu colo e começou a morder a lagosta, arrancando risadas de Sana e de mim também.

- Ele amou, você é uma boa mãe de pet.

- Mãe de pet?? Eu sou mãe?

- Mãe de pet são donas de bichinhos de estimação. Como você é minha namorada e mora aqui, ele também é seu.

Ainda não me acostumei com a sensação gostosa que é chamar ela de namorada.

- Mãe de pet... Eu sou sua mamãe, Boo! - Ela levantou o cãozinho para cima.

- Fofa... Você é muito fofa, meu amor... - Sana corou e deixou o cãozinho no chão - Vem cá...

Ela se aproximou lentamente e então abracei sua cintura com cuidado.

- Sabia que quanto mais eu te olho, mais eu te amo? Você me tornou uma boba apaixonada...

- Eu fiz isso?...

- Fez... E eu agradeço por isso.

Tomei seus lábios, lábios gostosos que me vício a cada novo beijo.

Sana arfou entre o beijo quando apertei sua cintura, eu tinha que me controlar... Sana ainda não estava pronta, mas eu esperarei o tempo que for preciso.

Não é questão de desejo carnal... É apenas desejo de fazê-la bem... Poder me tornar uma só com ela... Poder fazer amor com a garota que eu amo...

Em todos esses anos, nunca fiz amor... Apenas sexo e transas, mas com ela... Eu quero algo romântico.

- Hmm... Momo... Você-

- Só mais um pouco, amor... - Puxei ela mais para mim, Sana abraçou meu pescoço e nosso beijo se aprofundou mais.

Eu ainda não queria usar a língua, isso será mais em breve.

- Temos... Você ainda não falou... O que vamos fazer... - Ela falou entre arfadas, me lembrando de que ainda tínhamos planos.

- Oh certo... - Separamos o beijo, Sana estava corada e ofegante, muito fofa.

- Então... O que vamos fazer, amor?

- Primeiro, vamos fazer brigadeiro. É um doce feito de chocolate, é muito bom e é fácil de fazer, vem, eu te ensino.

- Eu tenho certeza que deve ser ótimo, mas porque o brigadeiro? Compramos coisas já prontas...

- É uma tradição ter brigadeiro no que vamos fazer, amor, confia na mãe que é sucesso.

Sana riu das minhas bobagens mas assentiu, então começamos a desembalar as compras.