Lembrando que semana que vem não tem atualização desta fanfic, só a partir do dia 16. Pois é uma semana sim e outra semana não.

Boa Leitura <33

*Hirai Momo*

Sana e terminamos de colocar tudo em cima do balcão, peguei uma tigela e coloquei todos os doces dentro dela.

- Amor, posso por a pipoca no microondas? - Sana pediu com vergonha.

- Claro, bebê, mas você não sabe usar ele.

- Pode me ensinar? - Eu sorri e assenti.

- Claro - Fui até ela e entreguei o saquinho de pipoca - Abre a embalagem, tira o saquinho e põe dentro do microondas.

Ela assentiu e fez como eu tinha mandado.

- Agora pode fechar a portinha - Ela fechou - Está vendo esses números? Servem para colocar quantos minutos ou horas o microondas vai esquentar o alimento, para a pipoca, pode por uns cinco minutos e já está bom.

- É só apertar o cinco?

- Aperte o cinco e dois zeros, para ele não confundir com cinquenta, isso já aconteceu comigo, quase coloquei fogo na casa - Eu respondi rindo.

- Meu Deus, Momo... - Ela negou com a cabeça rindo e apertou os botões - Agora é aqui né? - Ela apontou para o botão iniciar.

- Isso mesmo. - Ela apertou o botão e então sorriu para mim.

- Não é difícil, acho que decorei. - Sorri.

- Vamos fazer o brigadeiro enquanto a pipoca fica pronta.

Ela assentiu e voltamos até o balcão onde estava o resto das compras.

- Precisamos de leite condensado, chocolate em pó e manteiga - Falei mostrando os ingredientes - Eu vou te guiando, quero ver você fazendo - Ela corou.

- Estou aos seus comandos, professora - Ela brincou e eu ri - O que eu faço primeiro?

- Nesta panela aqui - Coloco uma panela em cima do balcão - Você põe todos os ingredientes, um por um.

Sana assentiu e ia virando o chocolate todo na panela mas eu a parei.

- Amor, são apenas algumas colheres, umas três está bom - Expliquei com calma - Mas primeiro ponha o leite condensado.

- Desculpa, é minha primeira vez.

Confesso que essa frase me ascendeu um foguinho, mais do que ela já ascende naturalmente.

Eu quero muito que a primeira vez da Sana seja especial, não quero apenas enfiar meu pau... Eu quero que ela peça por isso... Eu quero que ela esteja em sintonia comigo... Quero que seja mais que um ato carnal, quero que seja uma transmissão de amor mútuo, onde ela e eu nos tornemos uma só.

- Momo? Ei, Momoring, está certo? - Sana pergunta me tirando de meus pensamentos.

- Isso mesmo, amor, agora é só ligar o fogo e mexer bem. - Ela assistiu ligando o fogo.- Gosto de usar uma colher de pau para isso - Pego uma na gaveta e entrego para minha namorada.

Pau... Colher de pau... Aish, eu parei na quinta série.

- O cheirinho é bom, o gosto deve ser melhor ainda.

- Ah, com certeza, amor.

O gosto do meu pau também é ótimo.

Aish Hirai! Foco, porra!

Balancei a cabeça e fui até minha namorada a abraçando por trás.

- Momo... Estou mexendo no fogo - Ela me avisou.

- E eu estou brincando com fogo... - Sussurrei.

- O quê?

- Não é nada... Enfim, sabia que a melhor parte de fazer um brigadeiro em casal é isso? A parte de ficar juntinhos enquanto mexem no brigadeiro.

- Parece ser legal.

- É muito legal - Beijei o ombro dela - E podemos fazer isso agora.

Coloquei meu braço por cima do dela e ficamos mexendo a colher juntas.

Eu amo quando estamos assim, no nosso mundinho, só eu e ela, é como se todos os meus problemas desaparecessem.

Sana exala uma paz que eu nunca tinha sentido antes, ela é doce, gentil, inocente... Um combo maravilhoso que eu achei que nunca teria em uma garota.

Mas ela? Ela tem tudo isso e muito mais.

- Por quanto temos precisamos mexer, amor? - Ela perguntou concentrada.

- Até começar a desgrudar da panela, a manteiga ajuda nisso.

- Ainda bem que ela eu só coloquei uma colher... Manteiga já é algo que eu uso mais, então não teve problema.

Beijei sua orelha e mordi a parte de cima da mesma, pude ver que os pelinhos quase inexistentes da pele da Minatozaki estavam levantados.

Desci os beijos para seu pescoço, deixando selares calmos e românticos, sem deixar nenhuma marca.

- Huum...Amor... - Ela se remexeu contra mim, com essa bunda gostosa mais uma vez roçando em mim.

- Você é irresistível... - Finalizo deixando um beijo em sua bochecha.

- E você é uma bobinha... - Ela resmungou.

- A culpa não é minha se minha namorada é uma - Grande gostosa - Uma princesa linda.

- Obrigada... Você também é muito linda... Demais mesmo... - Ela respondeu corando e virou a cabeça para mim me roubando um beijo.

Essa é a primeira vez que ela inicia um beijo, isso significa que ela está se acostumando, isso é ótimo.

Abri os olhos e porra, é tão surreal estar beijando essa beldade... Sana é muito maravilhosa.

Ela separou nossos lábios devagar e olhou novamente para a panela.

- Já está bom, amor? - Olhei também.

- Está sim, podemos desligar o fogo - Estendi a mão e desliguei.

Me separei contra minha vontade e peguei um prato, logo o colocando em cima do balcão.

- Despeje com cuidado, meu amor.

- Tudo bem - Ela lentamente virou a panela raspando com a colher. - Está pronto?

- Vamos por um pouco de chocolate granulado em cima - Peguei o saquinho em cima do balcão e despejei por cima do brigadeiro - Agora está ótimo.

- Parece delicioso, oh, a pipoca...

- Estávamos tão concentradas que nem vimos quando ela ficou pronta - Nós rimos - Vamos levar isso tudo pra sala e nos trocar.

Sana e eu levamos os doces e a pipoca, que desta vez, estava em um pote que eu tinha trazido do cinema a um tempo e deixamos tudo em cima da mesinha da sala.

- Agora vamos colocar os pijamas. - Sana corou - O que foi, amor?

- Bem... Hum... Sei que somos namoradas, mas ainda tenho vergonha que você me veja sem roupas...

- Não se preocupe, pode ir se trocar no quarto e eu me troco aqui.

- Mesmo? Não tem problema? - Neguei.

- Nenhum, pode ir - Ela me deixou um selinho e foi para o quarto levando o pijama dela.

Tirei minhas roupas ficando apenas de cueca e então vesti o pijama.

Nunca achei que usaria uma coisa assim, mas é bem fofo mesmo.

- Amor... O que achou? - Ouvi a voz de Sana no corredor e me virei para olha-la.

- Nossa, você está muito fofa, amor! - Exclamei e abracei forte.

- Você está uma gracinha também, estou feliz que estamos combinando.

- Eu também, meu amor, porque não tiramos uma foto? - Ela me olhou receosa.

- Não acho uma boa ideia... Eu não sou um fantasma e muito provavelmente sim, eu apareço nas fotos mas... Ninguém pode saber, Momo...

- Ah... Você tem razão... Talvez você nem apareça né. - Respondi meio triste.

- Hum... Mas acho que uma foto só não é problema. - A olhei com esperança.

- Tem certeza?

- Sim, eu confio em você, sei que não vai mostrar a ninguém.

- Jamais, vem aqui.

Peguei meu celular e me sentei no sofá com Sana em meu colo.

- Faz assim com os dedos - Fiz um sinal de dois com a mão e ela imitou - Agora é só olhar para a câmera.

E então tirei a foto, estava muito curiosa para saber se Sana tinha aparecido mesmo ou não e sim, ela estava ali na foto.

- Veja amor, está ótima - Mostrei a tela do celular para ela que sorriu.

- Eu amei... - Seus olhos se encheram de lágrimas.

- Meu amor? O que aconteceu? - Perguntei preocupada.

- Não é nada... É que... Isso me lembrou a minha família, tipo, antes eu só tinha lembranças com eles e a Mina e agora eu tenho você.

- Isso mesmo e vamos ter muitas memórias mais - Ela sorriu e nos beijamos novamente - Vamos começar a nossa festa do pijama.

- Uh agora entendi, por isso os pijamas. - Assenti sorrindo.

- Exatamente, gatinha, vamos nos divertir muito.

Sana e eu nos sentamos no chão atrás da mesinha que estavam as comidas.

- O que fazemos em uma festa do pijama? - Ela perguntou curiosa.

- Jogos, conversas, assistir filmes e comer muitas besteiras. - Os olhinhos dela brilharam.

- Parece muito divertido, o que faremos primeiro?

- Huum - Pensei um pouco - Que tal verdade ou desafio? Nunca joguei só com duas pessoas, mas acho que dá certo.

- Eu conheço esse, Mina e eu já jogamos com os outros anjos.

Pensei em sugerir, eu nunca, eu já, mas com certeza todas as primeiras vezes dela estão sendo comigo, então vamos pegar mais leve.

- Você começa então. - Sugeri.

- Okay - Ela sorriu brincalhona - Verdade ou desafio?

- Verdade, sou um livro aberto. - Falei pegando um pouco de pipoca.

- Com quantos anos foi sua primeira? - Quase engasguei com a pipoca.

- Já começa assim, gata? - Ela riu - Bom, se você perguntou, é porque quer realmente saber... Então nada de ficar brava ou bicuda em?

- Tudo bem, justo.

- Certo... - Falei receosa - Foi com doze anos, foi com uma menina que estudava comigo, a gente estava curiosas e bom, aconteceu. - Vi que Sana se forçou a não deixar um bico aparecer.

- Entendi...

- Mas eu nem lembro o nome dela, não éramos muito próximas, só duas crianças curiosas...

- Se arrepende?

Em geral, o jogo é com apenas uma pergunta por vez, mas ela é minha namorada, precisamos nos conhecer melhor não é?

- Hum... Talvez.

- Sim ou não? - Ela insistiu séria.

- Antes não - Ela bufou - Mas hoje em dia, sim. - Ela me olhou surpresa - Tipo, eu esperaria se soubesse que ia conhecer você, tipo, sexo para mim é só uma coisa para desestressar ou passa tempo, mas com você... Bem... - Corei - Não vai ser assim...

- Já nos imaginou fazendo isso? - Ela perguntou novamente desviando o olhar.

- Já sim e você? - Ela não me olhou e seu rubor no rosto aumentou - Não creio, você também?

- E-eu não disse isso...

- Ae? Então vamos voltar ao jogo, verdade ou desafio?

- V-verdade... - Ela arregalou os olhos e se corrigiu rapidamente - Desafio! É, desafio. - Sorri de lado.

Ela pensa que me engana.

- Okay então, eu desafio você a sentar no meu colo, me olhar nos meus olhos... E dizer que não nos imaginou juntas. - Sana me olhou incrédula.

- Isso não vale! - Eu gargalhei.

- Vale sim, é um desafio. Você tem que cumprir.

- Quero verdade então...

- Certeza? - Brinquei com as sobrancelhas.

- Aish... Esquece...

Ela respirou fundo e sentou no meu colo sem me olhar.

- Olhando para mim, Sannie. - Ela choramingou e me olhou.

- Eu... E-eu... - Ela murmurou querendo desviar os olhos - E-eu...

- Você?

- Eu... Eu já imaginei! - Ela gritou e cobriu o rosto.

Arregalei os olhos, caramba, essa anjinha está me surpreendendo muito.

- Sério amor?

- Não vou falar mais... - Ela respondeu com as mãos na frente do rosto.

Abracei a cintura da minha namorada envergonhada e beijei a bochecha dela.

- Não fique assim, você é minha namorada, é normal.

- Não para mim... Desde que vim para cá, parece que me tornei outra pessoa....

- Isso é bom?

- Acho que sim... - Tirei as mãos dela da frente de seu lindo rosto.

- Você é muito fofinha, amor - Lhe deixei um selinho. - Vamos continuar brincando antes que se torne um tomate.

- Momoring~

- Parei parei - Respondi rindo.

----x----

- Momo... Não consigo... Estou com medo...

- Você consegue sim, amor, estou aqui.

- Mas é assustador... E grande...

- Eu sei, mas eu conheço bem ele, não se preocupe.

- O monstro está vindo! - Ela exclamou com medo.

Sana e eu estávamos jogando meu jogo de zumbis no videogame.

A garota desde o início estava choramingando e gritando.

Me pergunto como ela vai me proteger sendo tão medrosa.

- Aperta o botão que te ensinei, Sana! Ele tá perto de você! Vai.

- Botão?! Cadê... Cadê... AAAAAA!

Ela gritou quando o zumbi devorou o personagem dela, a garota pulou de susto em cima de mim me fazendo cair.

- Aí... - Grunhi.

- Momoring, desculpa...

- Não tem problema, amor, só que você é mais pesada do que eu imaginava... - Ela riu.

Sana me olhou atentamente, seu olhar estava estranho novamente, eu ainda não consegui decifra-lo.

- Sana?

A garota não me respondeu, apenas deitou-se mais encima de mim e me beijou com paixão.

Eu retribui imediatamente enlaçando sua cintura.

De todos, este beijo com certeza foi o mais faminto até agora.

Não tenho certeza das minhas ações se continuarmos assim, ainda mais depois de saber que ela já teve pensamentos mais maduros.

Lutei contra a minha vontade de continuar beijando ela e a afastei devagar.

- Acho que chega de zumbis por hoje, é melhor a gente comer.

- Momo... - Seu olhar estava voltando ao normal.

- A melhor parte com certeza são os doces não é?

- Sim! - A velha Sana voltou.

Me sinto tão broxa por não tomar atitude, mas eu sei que estou fazendo a coisa certa, não por mim e sim por ela.

Me sentei com ela em meu colo e começamos a comer.

- Essa pipoca com queijo é muito boa, melhor que a outra. - Ela falou enchendo as bochechas como um esquilo.

- Eu concordo, essa é com cheddar. Um tipo de queijo.

Comemos toda a pipoca e logo depois mais alguns chocolates, até que chegou a parte do brigadeiro.

- Agora chegou a parte boa - Brinquei pegando o prato - Pega a colher, Sannie.

Ela pegou duas colheres e me entregou uma.

- Pode comer, já está frio.

Ela olhou curiosa para o brigadeiro e pegou um pouco com a colher.

- Está mais firme - Ela falou antes de provar. - Minha nossa! Porque não tem isso no céu?! - Eu ri.

- Eu falei que era bom.

- Bom? É mais do que bom, é ótimo! - Ela exclamou comendo mais.

- Ei, deixa um pouco para mim, amor.

- Meu. - Ela abraçou o prato.

- Eu criei um monstrinho.

Brinquei tentando pegar o prato mas ela levantou levando o prato embora.

- Sannie!

- É meu! Brigadeiro é só meu!

Ela disse correndo de mim que estava atrás dela.

Boo nos olhava com curiosidade, acho que ela pensa que somos loucas.

----x----

Já estava perto das meia noite, a nossa festa já estava acabando.

Sana e eu arrumamos tudo guardando as comidas e pondo o colchão dela no lugar.

- Você tem sorte de não sentir dor de barriga, anjos são sortudos nisso, já que você comeu o brigadeiro quase todo.

- Fiquei com pena do Boo, ele não come isso?

- Cães não podem comer chocolate, faz mal para eles.

- Uh, ainda bem que não dei. - Ela olhou em volta - Foi muito divertido, obrigada Momo, não estou me sentindo mais nervosa.

- Fico feliz que eu tenha ajudado, você vai se acostumar ainda mais com o tempo.

- Você já vai dormir? - Ela perguntou com um biquinho.

- Vou, mas aqui, com você.

- Hum?

- Vou dormir no colchão com você hoje. - Ela sorriu animada.

Sana rapidamente correu e se sentou no colchão, me esperando ansiosa.

Sorri com sua fofura e me juntei a ela, Sana se deitou no colchão e eu a acompanhei abraçando-a por trás, nos fazendo ficar em posição de conchinha.

- Sempre quis dormir assim com uma namorada - Confessei e Sana se aconchegou mais.

- É confortável... Podemos dormir assim mais vezes?

- Claro que sim, amor - Fiz um carinho em seus cabelos loiros - Como é lá no céu neste horário? Todos já estariam dormindo?

- Alguns sim, outros ainda resolvendo problemas, mas a maioria está em suas casinhas dormindo - Ela respondeu nostálgica. - Minha família já jantou, minha irmã deve estar dormindo e meu irmãozinho deve estar sendo ninado pela minha mãe.

- Deve ser legal ter irmãos.

- Muito, eu amo os dois, meu irmãozinho ficou emburrado quando tive me mudar, eu prometi levar presentes para eles quando eu for lá.

- Sente muita falta de casa?

- Muita, mas... Não tanto quanto antes. Antes eu não estava muito confortável aqui, mas agora... Eu quero ficar com você... Eu só... - Suspirou - Eu queria que você pudesse conhecer eles.

- Talvez um dia, meu amor, não vamos perder as esperanças.

- E se eles não nos aceitarem? E se eles banirem você? Eu não quero isso, Momo...

- Isso não vai acontecer, eu prometo que nada e nem ninguém vai nos separar... Ninguém, meu amor...

- Eu confio em você, Momo... Eu escolhi lutar com você, você se tornou minha família.

- Você também é minha família, princesa...

Ficamos quietinhas em nossa bolha, meu carinho em seus cabelos continuavam.

Sana antes estava brincando com o lençol mas agora, ela estava quietinha.

- Sannie, o que será que a Mina está fazendo agora? - Esperei a resposta que não veio - Sannie?

Me inclinei devagar e a garota já estava dormindo serenando em meus braços.

Como eu gostaria de poder ter ela em meus braços assim todas as noites, sei que em breve isso vai acontecer.

Amei nossa pequena festa, eu amo cada segundo com a minha anjinha.

Espero poder envelhecer ao lado dela e um dia, podermos formar uma família juntas.

Nossa, nunca pensei que iria desejar uma família... Mas com a chegada de Sana, eu me tornei uma nova Momo.

Ela me transformou na minha melhor versão.

Deixei um beijo em sua bochecha e então fechei os olhos não demorando muito para dormir.

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