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Capítulo 5

     Apesar de ter chegado mais tarde ao trabalho hoje, acabei saindo mais cedo do que de costume, já que não estava conseguindo me concentrar direito, tendo sido questionada algumas vezes se estava bem. A verdade era que a manhã na igreja e o consequente encontro com Rodrigo voltava constantemente às minhas lembranças.

A imagem dele maduro e incrivelmente mais lindo, seu cheiro, seu olhar para mim... pode ter sido apenas impressão minha, mas ele também pareceu um pouco impactado com minha presença. Afasto a ideia logo depois, afinal, ele estava no velório da mãe, não deve ter havido espaço para outro tipo de sentimento naquele momento. Estou confusa e irritada, Rodrigo sempre faz com que eu me sinta uma boba ingênua, pois é assim que sempre fui enquanto estávamos juntos.

Como meu dia não estava sendo mesmo nada produtivo, resolvo ir pra casa no meio da tarde, podendo ter algumas horas de solidão e sossego, já que Maria Júlia ainda estava na escola e Daniel no hospital. Ao chegar, pego uma garrafa de vinho tinto que já estava aberta na geladeira, uma taça e sigo até meu quarto para preparar um banho de banheira com alguns produtos para fazer espuma.

Depois de alguns minutos, já dentro da água morna perfumada e com alguns goles do vinho, inspiro fundo, fechando os olhos e penso na minha vida. Eu tive uma mudança e tanto nos últimos anos. Da moça boba e apaixonada dos meus vinte anos, agora sou uma empresária bem sucedida, mãe e uma mulher muito mais segura e confiante.

     Lembro de como eu era tímida quando conheci Rodrigo, mais parecia uma adolescente do que uma jovem adulta. Tudo bem que, até então, eu nunca havia namorado sério com alguém, apenas tive alguns rolos. Ele foi o primeiro homem com quem vivi um verdadeiro amor, ou, ao menos, era o que eu pensava na época.

Rodrigo não foi o primeiro homem com quem fiz amor, mas foi o primeiro a me dar prazer. Ele me fez sentir o que nenhum outro havia feito, talvez por isso eu tenha me apegado tanto. Quando temos alguma experiência muito marcante pela primeira vez, tendemos a supervalorizá-la, nem sempre de forma merecida. É o que tento internalizar na minha mente quando a imagem dele teima em invadir meus pensamentos.

     Enquanto estava perdida nessas divagações, meu celular toca e vejo que é meu marido.

— Oi. — atendo.

Oi, Isa! — ele diz — Olha só, estou saindo mais cedo do hospital hoje e queria saber se você quer que eu pegue a Maju na escola.

— Sim, por favor. Na verdade, já estou em casa, não estou me sentindo muito bem hoje. — digo aliviada por não precisar ainda ter que pegar um taxi para buscar minha filha na escola, já que eu estou bebendo e não iria dirigir.

— Quando eu chegar, examino você. O que está sentindo?

— Nada demais, só uma dor de cabeça. — digo — Tive aquele velório hoje, acho que fiquei um pouco abalada.

Não estou mentindo, mas, certamente, meu abalo é por motivos desconhecidos por ele. Espero realmente que esse dia acabe logo e que amanhã eu já esteja com outro estado de espírito. Nada como uma boa noite de sono para fazer com que os problemas do dia anterior não pareçam tão ruins. A lembrança do reencontro com Rodrigo será como as demais, algo que já passou e apenas repousa em algum lugar da minha mente.

Algum tempo depois, consigo ouvir os sons da chegada do meu marido e da minha filha e me apresso para sair da banheira, vestindo um roupão. Quero guardar a garrafa de vinho para não denunciar que a bebi toda, mas, na afobação, acabo deixando cair a taça no chão e cacos de vidro se espalham por várias direções.

— Droga! — digo tentando sair do banheiro sem me machucar, mas é claro que acabo ferindo meu pé, não deve ser mesmo uma boa ideia beber uma garrafa de vinho e levantar de uma vez.

— Isabela? — ouço a voz de Daniel já parecendo estar subindo as escadas.

— Mamãe! — Maju também se aproxima.

— Não deixa a Maria Júlia entrar aqui no banheiro, Daniel! Quebrei uma taça e ainda cortei meu pé! — grito.

Ouço a voz dele instruindo nossa filha a ir para seu quarto e tirar o uniforme da escola e logo depois, Daniel entra no banheiro, encontrando-me nessa situação precária.

— Caramba, Isa! Cortou feio, hein? — ele diz se aproximando e afastando alguns cacos com o sapato. Vai até um armário onde guardamos um kit de primeiros socorros e começa o processo de curativo do meu machucado. Ele olha a bagunça no geral e pergunta:

— Bebeu a garrafa de vinho toda?

— Já estava aberta, não tinha tanto. — digo, mas, na verdade, estava quase cheia.

Depois de tirar o vidro do meu pé, o que causou uma dor terrível e ter terminado meu curativo, Daniel foi buscar uma vassoura e uma pá para tirar os cacos do chão e evitar demais machucados. Segundo ele, não foi um corte muito profundo, então não precisaria de pontos. Tentei pisar no chão com meu pé devidamente enfaixado, mas senti muito incômodo ainda, fazendo uma careta. Daniel me observa e pergunta:

— Será que você vai conseguir ir ao almoço do Braga amanhã?

— Almoço? — questiono e recordo que ele havia comentado do evento de aniversário do amigo médico para o final de semana — Ai, Daniel... não posso ir assim. Fala que sofri um acidente doméstico e não posso ir.

— Poxa... quer que eu consiga uma muleta pra você?

— Tá falando sério, Daniel? Você acha que vou sair de muletas? — pergunto meio aborrecida, mancando até o quarto e procurando uma roupa para vestir.

— O Braga é o diretor do hospital, Isabela. Você sabe que estou buscando ser o supervisor geral da UTI, é importante manter boas relações com ele.

— Mas você pode ir, ué! Não precisa ficar cuidando de mim, em casa eu me viro, só não quero ter que sair. Não precisa mais nem deixar a Maju na casa dos seus pais como estava combinado, pode deixar aqui mesmo.

— É que a esposa dele adora você, seria ótimo que vocês se aproximassem mais.

— Você quer me usar pra tentar conseguir uma promoção? — pergunto furiosa.

   — Nossa, Isabela, a forma como você fala... não é isso, eu só acho importante manter boas relações mesmo. Confio na minha capacidade profissional pra conseguir o que almejo, não preciso "usar você", como disse. É melhor eu dar o jantar da Maria Júlia, pode ir deitar e tentar relaxar, você tá muito irritada, pelo jeito. — Daniel diz e sai do quarto.

Apesar de continuar irritada, acho que exagerei na forma de me expressar. O dia de hoje estava sendo todo um desastre e ingerir álcool não parece ter sido uma boa ideia, acabou me deixando um tanto explosiva. Eu estava com frustrações diferentes acumuladas e só queria dormir para tentar esquecer de tudo.

   Uma hora e meia depois, Daniel volta e vai direto para o banho. Quando termina, deita ao meu lado da cama e finjo estar dormindo. Ouço-o suspirar e após algum tempo de silêncio, ele pergunta baixinho:

— Já dormiu? — faz uma breve pausa e continua — Desculpa se fiz parecer que estava usando você, não foi minha intenção. Seu dia foi difícil hoje com o velório dessa senhora que era sua conhecida, você está machucada, bebeu vinho... desculpa de novo. Já botei a Maju na cama, disse pra ela que você estava doente e já havia dormido.

Depois de dizer essas palavras, ele se vira para o outro lado e não demora para começar a ressonar, Daniel sempre pegou no sono bem rápido. Sinto um certo arrependimento por não ter também pedido desculpas por ter me exaltado, acabei descontando nele meu estado emocional abalado do dia.

    Continuo não gostando da sua insistência para que eu fosse ao tal almoço, mas eu não precisava ter falado daquele jeito com ele. Tenho um bom marido, uma boa vida, não era justo deixar Rodrigo bagunçar minha cabeça dessa forma.

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