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Capítulo 28

    

Depois de um café da manhã animado, limpamos a bagunça e fomos todos para a varanda. Maria Júlia não poderia tomar banho de piscina por conta do joelho, mas não conseguia ficar parada, então puxou Rodrigo e Gabriel pela mão e passearam pelo jardim. Ela disse que havia achado um ninho de passarinho e queria mostrar para eles. Natália e eu observamos a cena em silêncio por alguns instantes, até que ela comenta:

     — Foi bem legal da parte do Rodrigo trazer você aqui.

     — Foi, sim. — admito.

     — Vocês conversaram durante a viagem?

     — Não, eu dormi durante todo o trajeto, praticamente.

       De longe, avisto Rodrigo com minha filha no colo, ela parece querer pegar algo de uma árvore e ele está ajudando. Noto que Natália me observa e ela diz:

     — Deve ser estranho pra você ver isso, né? Imagino o que não passa pela sua cabeça.

        Não respondo, mas ela está certa. É inevitável eu pensar na vida que poderíamos ter vivido, na família que poderíamos ter construído, se nada daquilo tivesse acontecido.

     — Não era pra ser, Natália. Apenas isso.

        Minha amiga suspira e volta a olhar para os três, sonhadora. Rodrigo olha para onde estamos e penso que ele deve estar imaginando sobre o que estamos conversando. Não da pra negar que é uma situação meio constrangedora. Maria Júlia já está no chão novamente e vem correndo até a mim, com uma fruta na mão.

      — Não corre, filha. Cuidado com seu joelho.

      — Posso comer, mamãe? — ela pergunta, estendendo a fruta pra mim.

      — Pode, mas vamos lavar lá dentro. — digo e seguimos para a cozinha.

          Quando estamos lá, Rodrigo aparece para lavar as mãos e eu digo:

      — Quando você quiser ir embora, pode falar, a Natália e o Gabriel vão passar o final de semana ainda.

      — A gente já vai embora, mãe? Ah, não! A tia disse que a gente só ia embora depois de amanhã! — minha filha protesta.

     — Mas não posso ficar mais tempo aqui, Maju.

     — Por que não? Hoje é sexta, se a gente voltasse agora, chegaríamos de tarde, não teria muito tempo pra fazer quase nada. Ou você tem algum compromisso de trabalho? — Rodrigo questiona.

     — Na verdade, não...

     — Vamos ficar, mamãe, por favor!

    — E você, não precisa voltar? — pergunto para Rodrigo.

    — Não.

       Maria Júlia sai correndo para a varanda de novo e fico sozinha com Rodrigo na cozinha, sem saber o que fazer. Não tem o menor sentido eu passar o final de semana em Palmeiras com meu ex, mas também fico constrangida de pedir pra ele me levar de volta, se ele quer ficar.

    — Tira esses dias pra você descansar, a Maju vai ficar feliz. — ele comenta.

    — Não sei se é uma boa ideia.

       Nesse momento, Natália ia entrando na cozinha, mas quando me vê sozinha com Rodrigo, sai na mesma hora. Não consigo evitar um sorriso, ela nem disfarça! Rodrigo também está com um leve sorriso e me diz:

     — Eu queria ter a chance de conversar com você, Isabela. — devo ter feito uma expressão de desgosto, pois ele continua — Por favor.

     — O que você ainda pode querer conversar comigo, Rodrigo? — pergunto, com um suspiro.

     — A gente pode dar uma volta na praia, mais tarde?

        Sinto que estou num terreno muito perigoso, mas tem uma força tão grande me atraindo, que não sei se sou capaz de suportar não ir por esse caminho.

      — Você pode levar a Maju, ela brinca um pouco nas dunas, só quero conversar com você, Isabela.

      — Tá, tudo bem. Eu preciso ligar pro pai dela, ele ainda não sabe o que aconteceu, com licença. — digo e saio da cozinha.

         Passamos o dia tranquilos e quando o final da tarde chega, Rodrigo pergunta se podemos ir. Vou chamar a Maria Júlia, mas ela está dormindo, o que me deixa apavorada, pois a presença dela seria um porto seguro para as coisas não ficarem intensas demais. Talvez eu esteja apenas dramatizando muito, mas não sei o que esperar dessa conversa.

       Quando, enfim, saio com ele, Natália e Gabriel nos dão olhares com mil significados. Minha amiga não consegue disfarçar a empolgação e Gabriel parece querer alertar o primo. Saímos da casa e seguimos para a praia, conversando amenidades. Rodrigo parece querer deixar o clima leve, então comenta sobre as mudanças que observou em Palmeiras, já que não vínhamos aqui havia muitos anos.

        Percebo que ele está me levando para onde fomos observar o pôr do sol na primeira vez que viemos aqui. Ele anda com as mãos nos bolsos da bermuda e eu me sinto como se tivesse 20 anos novamente, como se o tempo não tivesse passado. Chegamos nas dunas e nos sentamos, observando a linda paisagem.

     — Ao menos isso não mudou, continua como eu lembrava. — ele diz, referindo-se à vista.

       Fico em silêncio e ele continua, virando para me olhar.

    — Como você tá?

    — Bem... e você?

    — Tudo bem. — ele faz uma pausa, depois diz — Fico muito feliz com o sucesso do supermercado, não tive a chance de dizer isso a você.

    — Obrigada. Fico feliz pela sua carreira também, sempre torci por você, Rodrigo. Pra você ser feliz fazendo o que gosta.

    — Você é feliz? — ele indaga com um tom de voz mais baixo.

    — Sou.

    — Que bom...

    — Como está a Flávia? — sinto a curiosidade de perguntar.

    — Não sei... não estamos mais juntos.

     — Ah, sinto muito.

        Ele da um sorriso meio triste e diz, depois de um tempo:

     — É engraçado como o tempo parece não ter passado.

     — Como assim? — pergunto, virando para ele.

     — Aqui, com você.

     — Rodrigo...

      — Não quero desrespeitar você, Isabela, mas eu preciso dizer, senão vou explodir.

         Meu Deus, lá vem...

      — Eu nunca consegui esquecer você, nunca. — ele diz e não tenho coragem de encará-lo — Olha pra mim, Isabela.

      — Rodrigo... — digo, mas acabo olhando.

      — Há 12 anos, eu me martirizo quase todos os dias por não ter ficado e convencido você que tava errada em relação a mim. — como não digo nada, ele continua — Na época, eu achei que você apenas precisava de um tempo, nunca achei que a gente tivesse terminado de verdade, mas eu demorei demais e quando você casou... putz, foi ruim demais. Eu só queria que você acreditasse em mim... você acha mesmo que eu estaria sustentando essa mentira até hoje, já tendo perdido você? Nada aconteceu naquela noite.

     — Você mesmo disse que nem lembrava, Rodrigo. Como pode afirmar isso?

     — Eu fui atrás da Verônica, algum tempo depois, liguei pra ela.

        Apenas a menção desse nome ainda me causava um mal estar.

      — Eu insisti muito pra ela me dizer o que tinha acontecido, já que você disse que a viu saindo do quarto e eu falei o nome dela. Ela me disse que realmente foi lá e tentou ficar comigo, mas eu não quis. Eu juro que nem lembro disso, mas ela devia estar me enchendo o saco mesmo, por isso você me ouviu falando o nome dela. Pena que tive essa conversa tarde demais, você já estava casada com o Daniel, não quis atrapalhar sua vida.

      Não sei o que fazer com essa informação, nem sei se acredito, mas me pergunto por que ele ainda sentiria necessidade de mentir sobre o assunto, depois de tanto tempo. Ele parece perceber minha dúvida e pergunta:

      — Você acredita em mim?

        Olhos nos olhos dele e vejo a sinceridade estampada neles. Talvez estivesse lá esse tempo todo, mas, naquela época, eu estava magoada e traumatizada demais para enxergar.

      — Não importa agora, Rodrigo.

      — Importa pra mim, Isabela. Fiquei quebrado por você ter questionado meu amor por você.

      Essa conversa estava se tornando muito dolorosa e eu tinha medo de onde poderia terminar.

      — Acho melhor a gente voltar. — digo, levantando e ele também fica de pé.

         Para minha surpresa, ele chega bem perto de mim, põe as mãos nos meus ombros e olha nos meus olhos.

      — Eu não traí você. — ele diz essas quatro palavras falando bem devagar — Eu sinto muito mesmo que a gente tenha perdido nosso filho. E eu ainda amo você, Bela... era isso o que eu precisava falar.

        Ele tira as mãos de mim e se afasta alguns passos para trás, fazendo com que uma bomba exploda no meu coração.

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