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Capítulo 01

Dimas não parava de conferir as horas em seu smartphone de última geração enquanto seus principais assessores se revezavam na apresentação das principais variáveis do mercado de valores nos últimos sete dias. Fazia pouco mais de meia hora que havia recebido uma mensagem de Alyssa para que se encontrassem em um café que ficava na frente do hospital em que ela trabalhava.

— Você tem mais cinco minutos para encerrar a apresentação – Dimas disse sem paciência. O que ele e Alyssa tinham que fazer juntos era importante: descobrir se ele poderia ser o doador de medula para Antônio, o sobrinho dela.

O assessor se apressou para fazer suas últimas considerações, e tão logo Dimas deu algumas instruções importantes, despediu-se e apressou-se para partir. Não pretendia deixar Alyssa esperando. E o fato de ter a chance de reencontrá-la o deixou eufórico, como há muito tempo não acontecia.

Ao entrar em seu Jaguar, o telefone vibrou em seu bolso.

— O que quer, Zyan? – Atendeu o amigo com pouca disposição.

— Boa tarde para você também! – Zyan o cumprimentou com a voz revelando um risinho de escárnio.

— Estou ocupado no momento – Dimas explicou.

— Você está sempre ocupado para visitar os amigos – Zyan reclamou —, mas estou ligando para saber se conseguiu se encontrar com Alyssa.

Dimas passou as mãos pelos cabelos negros e soltou um suspiro. Era óbvio que seus amigos se intrometeriam em sua vida, principalmente agora que a maioria deles estava casado. Ele apreciava a preocupação, eram família, afinal, e um torcia pelo outro a ponto de, há muito anos, quando mal passavam de garotos vivendo em um orfanato, terem prometido vencer na vida. E foi isso que conseguiram, sempre um ajudando o outro.

Alex Santos se tornou um astro do futebol e um dos jogadores mais bem pagos do mundo. E agora estava casado com uma mulher que merecia ser tratada como uma rainha.

Zyan Ribeiro usou os prêmios que ganhou como pugilista para abrir uma empresa de segurança, a qual rapidamente se tornou referência no Brasil todo. E tal império agora ganharia uma herdeira à altura da mulher maravilhosa a quem devotava a vida.

Elon Valente se lançou no mundo da publicidade depois de se aposentar como modelo, e se tornou o queridinho da propaganda, colecionando contratos milionários. E, recentemente, sua felicidade havia se completado com a chegada da mulher de sua vida.

Dimas Cardoso era o gênio da matemática e das finanças, e trabalhar em um banco como estagiário só lhe aguçou a mente para abrir seu próprio negócio, permitindo-o acumular seu primeiro milhão aos vinte e seis anos como corretor de valores em um mercado ainda pouco explorado no Brasil.

Arlo Carvalho era o homem das festas e fez disso seu ganha-pão ao se tornar o magnata do entretenimento; tinha sob seu comando uma rede de boates e bares espalhados pelas principais capitais do país.

— Estou indo ao encontro dela agora. Combinamos de abrir juntos o exame – Dimas contou.

— Isso é bom! – Zyan comemorou. — Uma segunda chance para consertar as coisas.

— Sei lá, cara! Alyssa não tem me dado muita abertura e apenas tem permitido que eu me aproxime porque precisa de minha medula – ele lamentou.

— Depois do que você fez com ela era o esperado. Não podemos esquecer que você a trocou pela irmã – Zyan o lembrou.

— Não foi bem assim, Zyan! Ela me deu um fora antes mesmo de termos algo. – Dimas detestava aquela parte de sua história, mas não havia como consertar as burradas que havia cometido por ter se sentido rechaçado. Ele e Alyssa tinham uma história que não havia acontecido porque seu despeito não permitiu que insistisse para conquistá-la quando seu coração já batia mais forte. De tantas mulheres com quem esteve, foi justamente se apegar a uma que sequer havia tocado.

Pois se a vida está lhe dando uma segunda chance, a agarre – Zyan aconselhou. — E depois não se esqueça de nos ligar. Nós, seus amigos, estamos torcendo por você.

Dimas soltou um muxoxo baixo porque se sentia resignado com a solidão que o movia para que se deslocasse com objetividade, evitando o sentimentalismo exacerbado. De todos os seus amigos, apenas Zyan sabia que um dia esteve apaixonado; os demais desconheciam, ao menos até o dia em que Alyssa surgiu em sua sala de reuniões, foi ali que todos notaram que existia algo entre eles.

— Não é como se eu pudesse ter a mesma sorte que vocês, os homens casados – ele soltou. — Talvez eu e Arlo tenhamos nascido para ser apenas tios dos filhos de vocês.

— Cara, você é o gênio das finanças – Zyan disse —, por isso, use toda sua inteligência para conquistar a mulher de sua vida. E seja feliz. Você merece!

Dimas não quis dar seguimento à conversa e despediu-se alegando que não pretendia se atrasar. Encerrou a ligação com a promessa de que em breve voltariam a conversar e deu a partida no carro. Ele não sabia se Alyssa estaria disposta a deixá-lo entrar em sua vida, mas era fato que estava disposto a tentar conquistá-la, nem que fosse pela última vez. E era adorável imaginar que poderia obter sucesso.

***

Alyssa ainda vestia as roupas brancas que usou em seu plantão quando cruzou a porta do café e percorreu toda o salão para encontrá-lo sentado em um dos cantos. Dimas olhava pelas vidraças despretensiosamente, como se estivesse absorto nos próprios pensamentos. Lembrou-se do que o pai costumava dizer dele quando ainda era estagiário do banco, de que era a promessa do mundo financeiro se tivesse oportunidades para isso. Naquela época, eles tinham uma relação amistosa, com troca de gentilezas, costumavam se cumprimentar sempre e conservavam sobre trivialidades, mas as coisas se tornaram difíceis de uma hora para outra.

— Perdoe-me pelo atraso, mas precisei atender um paciente de última hora – ela disse ao se colocar na frente da mesa em que ele estava.

Dimas levantou a cabeça e o brilho dos olhos azuis dele a atingiram para que uma nostalgia a envolvesse. Era como ser convidada a entrar em um túnel do tempo. Felizmente, o terno impecável com que se apresentava a manteve presa na realidade.

— Também acabei de chegar – ele disse, a sobrancelha se arqueando para acompanhar o cantinho dos lábios numa clara insinuação de um sorriso maroto.

Alyssa esticou o braço para cumprimentá-lo com um aperto de mão. E foi quando sentiu o calor da pele dele que percebeu que havia cometido um equívoco ao tocá-lo. Seu corpo se acendeu inteiro e ondas de excitação a deixaram quase ofegante. Aquele toque inocente a havia despertado para recordações que sequer chegou a viver, apenas idealizou quando não passava de uma adolescente sonhadora em busca de seu primeiro amor. Dimas saiu de trás da mesa para conseguir lhe dar dois beijinhos no rosto.

— Eu trouxe o resultado de seu exame. Como me deu permissão para acessá-lo e como sou médica, o recebi antes – ela contou —, mas não julguei apropriado abri-lo sem você estar presente.

Ela, então, se sentou e tirou da bolsa seu smartphone para abrir o e-mail com o resultado do exame que ele havia feito alguns dias atrás, mostrando a tela para ele.

— Você pode traduzir para mim? – ele perguntou ao notar que não entendia os termos científicos.

Alyssa colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha e sorriu ao fazer que sim. Seus olhos marejaram ao constatar que Dimas poderia ser doador de medula de Antônio.

— Você e Antônio são compatíveis e isso significa que pode ser seu doador. – Ela sorriu lindamente e o corpo dele sentiu o impacto de sua beleza se alastrar para que a desejasse. — É claro, desde que você aceite.

— É claro que irei aceitar ser o doador de Antônio. Jamais me recusaria a salvar a vida de uma criança – ele disse, estava fascinado com o sorriso dela, e cada vez mais convencido de que precisava tê-la em seus braços.

— Você sempre foi justo. Papai estava certo sobre isso, Dimas – ela disse. — Eu e papai não temos como agradecê-lo por salvar a vida de Antônio.

Dimas emocionou-se com as palavras dela e estendeu o braço para tocá-la na mão, apertando-a para que pudesse senti-la mais próxima dele. Crescer em um orfanato e ter que se virar desde cedo na vida tiveram um custo que o afastaram da vida normal que deveria ser o mais certo para todo adolescente. Mas ela o inspirava a ser melhor a cada dia para que pudesse merecê-la.

— Estou disponível, basta me avisar quando e onde que estarei lá para doar a medula – ele disse.

— Serão necessárias algumas consultas e novos exames antes da doação propriamente dita. Mas obviamente que posso cuidar disso para você. – Ela afastou a mão de cima da mesa para evitar o contato, também evitando encará-lo. O tipo de reação que estava tendo a assustava. E era mais aconselhável que preservasse seu coração de homens como Dimas, altamente sedutores e com o mundo aos seus pés porque tinham total noção que eram desejados.

— Agradeço muito se puder cuidar de tudo, Alyssa! Mas não pretendo sobrecarregá-la de maneira alguma. Também tenho um pedido especial para fazer – ele comentou.

— Pois diga! – Ela voltou a levantar a cabeça para fitá-lo dentro dos olhos.

— Gostaria de visitar Antônio e Gilberto – ele disse.

— Claro que você pode visitá-los. Meu pai o admira muito e o acompanha pela internet. Você é muito famoso no mercado de valores, Dimas.

— Devo muito ao seu pai. – Ele fez questão de mencionar. — Tudo que sei aprendi com ele.

— Meu pai diria que você está sendo exagerado. – Alyssa riu, curvando a cabeça daquele jeito tímido que sempre o fascinou. E foi ali que ele se sentiu como um adolescente inseguro por estar ansioso em flertar. Mas Dimas não era mais um garoto, era um homem feito, e estava diante daquela que sempre foi a protagonista de seus sonhos mais tórridos. — Mas deixarei que vocês dois conversem a respeito. Como falei, fico imensamente agradecida por aceitar ser o doador de Antônio e logo entro em contato para agendarmos sua consulta. Não pretendo perder mais tempo. – Ela se remexeu na cadeira com a clara intenção de que iria se levantar.

Dimas jogou o corpo para frente e esticou o braço para segurá-la pela mão.

— Por favor, espere! – ele pediu.

— Em que posso ajudá-lo? – ela perguntou, disposta de alguma maneira retribuir o favor que ele estava fazendo à sua família.

— Eu gostaria de voltar a vê-la, Alyssa! Quem sabe podemos parar de onde começamos – ele sugeriu.

Alyssa soltou um suspiro e passou a língua pelos lábios. Dimas não perdia qualquer reação dela e sentia o pênis inchar à mera possibilidade de fazer amor com ela, realizando cada um de seus sonhos. Ele sempre teve a mulher que quis em sua cama e era muito bom em conceder prazer a elas, e mesmo assim se sentia inseguro porque estava diante daquela que havia rompido as barreiras que ele havia construído para se proteger das decepções.

— Está me propondo um encontro? – ela perguntou de maneira direta e objetiva.

— Sim – ele confirmou —, mas jamais interprete isso como chantagem.

— Não pensei dessa forma, mas não sei se devemos nos aproximar depois que você ficou com minha irmã. – Aquela parte da história deles a machucava.

— Eu me deixei envolver pela irmã errada. – Ele assumia a parte da culpa que lhe competia e isso a fez relaxar. — E isso me dá a certeza de que eu desisti muito fácil de você.

Alyssa apertou os lábios um contra o outro e jogou os cabelos para trás. Uma rajada de seu perfume fresco o atingiu. Ela ainda usava o mesmo perfume com notas de lavanda e musk que o deixava doido. Era o próprio perfume da paixão.

De repente, o olhar dela foi desviado para a porta e ela corrigiu a postura quando um homem que também vestia branco da cabeça aos pés a encarou. Dimas o acompanhou se aproximar da mesa em que estavam com os olhos e não gostou quando ele os interrompeu.

— É assim que tem ocupado suas folgas? – O sujeito a questionou, deixando-a constrangida.

Alyssa olhou de Dimas para ele com a intenção de os apresentar.

— Dimas, Doutor Vítor! Doutor Vítor, Dimas! – disse e então levantou-se, fazendo com que Dimas também se levantasse. — Bem, eu já estava me despedindo de Dimas para voltar para o meu posto de trabalho. O vejo então no próximo sábado, Dimas.

Dimas ficou surpreso com a reviravolta nos acontecimentos e sorriu pela vitória ter sido conquistada, mesmo que ele estivesse desconfiado de que ela o estava usando para alguma espécie de vingança contra aquele metido que os interrompeu.

— Passo para buscá-la! – Ele piscou. — Imagino que ainda esteja morando com seu pai no mesmo endereço.

— Exatamente! – Ela sorriu.

Dimas se apressou para se colocar ao lado dela.

— Faço questão de acompanhá-la até a porta do hospital. – Ele estava se aproveitando da boa vontade dela para que pudessem ficar mais tempo juntos.

Alyssa aceitou a companhia e tão logo saíram do café ela parou de caminhar com a intenção de agradecê-lo, mas ele não a deixou.

E tudo que havia considerado a respeito de beijá-la não fazia jus à realidade.

Era como conquistar o direito de tocar o paraíso depois de ter cometido muitos erros e ainda permanecer vivo para contar depois. Alyssa espalmou as mãos pelo peito dele e abriu-se para o beijo porque também ansiava por aquele momento. A paixão explodia entre eles depois de serem obrigados a trancafiar o que sempre sentiram um pelo outro por anos.

— Você não deveria ter feito isso – ela o repreendeu ao desgrudar dos lábios dele.

— Não posso esconder que eu deveria ter beijado você há muito tempo. E não irei negar que me aproveitei de sua necessidade de demonstrar para aquele médico que você não o quer. – Ele havia feito mais que isso, simplesmente deixou claro com o beijo que Alyssa era sua.

— Oh meu Deus! – Ela se envergonhou com a constatação dele. — Fui tão óbvia assim? – Dimas fez que sim. — Vítor é meu chefe na residência, mas não bastasse tal detalhe, fomos noivos. Ocorre que fui traída por ele e decidi terminar tudo. É vergonhoso admitir que tenho vocação para ser traída. Meu Deus, nem sei por que estou confidenciando isso, como se você pudesse se importar com minha péssima mira para os homens.

Dimas sabia que ela estava se referindo também a ele.

— Eu não a traí como pensa, Alyssa! – Ele deslizou o dorso das mãos pelo rosto dela e se deixou tocar pela promessa de felicidade depois de muito tempo sendo consumido pela vida solitária que levava. — E pretendo esclarecer definitivamente as coisas para você em nosso encontro no sábado. O que nos afastou foi um grande mal-entendido.

— Ainda acho que não devemos sair para um encontro. Tentamos isso uma vez e tudo deu errado. – A boca de Alyssa se recusava a ceder a uma segunda chance àquele que a desiludiu, mas a fraqueza de se afastar dos braços dele deixava muito claro que precisava ceder ao pedido dele.

— Não permitirei que me use para se livrar de seu ex sem me dar algo em troca – Dimas esclareceu. — E agora sim estou te chantageando, Alyssa. – Ele a beijou na testa. — Passo pegá-la às oito no sábado. – E se afastou, deixando-a ofegante e com o coração batendo forte no peito.

***
Disponível na íntegra em formato e-book na Amazon e Kindle Unlimited.

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