Capítulo 41
Giselly Bittencourt
Eu realmente estava fora de mim, pois do nada eu comecei a desabafar com uma pessoa que eu nem conhecia direito.
Mas ele me pareceu bem prestativo naquele momento, e raramente eu encontrava pessoas assim.
E como se não bastasse, o beijo.
Eu confesso que eu estava sentindo algo diferente em relação a ele, mas eu não esperava que ele fosse tão direto.
E confesso, foi muito bom.
Mas assim que encerramos o beijo, ele praticamente saiu quase que correndo de perto de mim.
Achei muito estranho, mas mesmo assim preferi voltar para a sala e tentar falar com ele depois.
— Menina, onde estavas? — Sophia me perguntou, assim que me sentei ao seu lado, notando que a cadeira de Lottie estava vazia.
— Eu fui ao banheiro. — Digo, omitindo a parte do meu encontro com um dos meninos. — Por que a Lottie está lá trás?
— Ela nem falou com a gente! — Exclamou, e eu revirei os olhos.
Essa situação já estava ficando chata.
— Depois eu irei falar com ela.
Alguns minutos se passam e estamos com essa aula vaga, e aproveitamos para conversar sobre tudo o que está acontecendo desde quando fomos naquela boate.
— Gente, é tão estranho sem ela por perto. — Diz Sophia, se referindo a Charllotte.
— Eu não gosto dessa situação! — Exclama Ashley, mexendo em seu celular. — Eu sempre coloquei ela em primeiro lugar.
— Olha não fica pensando nisso. — Digo, e ela assente. — Ela precisa aceitar os fatos.
— Ok, eu preciso contar uma coisa para vocês. — Sophia chama nossa atenção. — Eu fiz um boquete nele.
— Meu deus! — Júlia diz, levando a mão a boca. — Sophia, eu estou chocada.
— Eu mais ainda, até agora estou fugindo do Emmett. — Comenta Ashley, e é a nossa vez ficarmos chocadas.
— Não sei o porquê que vocês fazem drama em relação a isso. — Digo, e Júlia me fuzila com o olhar.
E dali em diante, nosso papo foi apenas sobre isso, e até fiquei surpresa pela coragem de Sophia, mas eu já imaginava que ela iria tomar uma atitude, pois uma certa vez conversamos sobre isso e eu dei altos conselhos a ela.
Já eram 11h da manhã quando largamos e eu fui direto tentar conversar um pouco com a Lottie.
Pois é, eu agora vou precisar me dividir entre elas, pois sei que ela não vai ceder tão cedo ficar no mesmo ambiente com a Ashley.
É capaz das duas saírem no tapa.
Assim que a avistei sentada no pátio da universidade, já tratei de puxar assunto, mesmo ela não querendo muito conversar sobre aquilo.
Mas pelo menos consegui chamar sua atenção quando revelei como a Ashley estava se sentindo em relação ao afastamento dela.
Mas mesmo assim, ela não cedeu.
Mas assim que me preparei para tentar convence-la a pelo menos terem uma conversa, avistei ele passando pelos portões da universidade e não perdi tempo.
Fui atrás dele.
— Ei! — Chamei, e o mesmo pareceu não me ouvir, mas continuei insistido. — Você vai fugir de mim agora?
Ao ouvir aquelas palavras, ele parou de caminhar, mas continuou de costas para mim.
Era como se ele soubesse que eu iria me aproximar.
— O que queres? — Perguntou, assim que me aproximei.
— Você sabe. — Respondo, e ele se vira para me encarar.
— Foi só um beijo.
— Ok, então você sai beijando qualquer uma por aí? — Digo, e minha voz sai com uma pontada de raiva.
— Eu não disse isso! — Exclamou, e se encostou no muro que havia atrás de nós. — Giselly, eu não sei o que você quer saber.
Franzo o cenho, pois em nenhum momento eu lhe falei o meu nome e só agora que me toquei que também não sei o seu.
— Por que me beijou? — Perguntei, e me encostei na parede ao lado dele. — E por acaso como sabe o meu nome?
Ele suspirou, e ficou em silêncio por alguns segundos.
— Não sei o porquê do beijo... — Disse, e suspirou. — O Emmett falou que conheceu vocês.
— Entendi.
Ficamos alguns minutos ali parados, num silêncio bem desconfortável e eu já estava ficando bem incomodada com aquilo.
— Qual seu nome? — Perguntei, tentando quebrar aquele silêncio, e também por que eu precisava saber.
— Caio. — Disse, e eu rir. — Você tem algo para fazer agora?
Franzi o cenho e lhe encarei, incrédula.
— Não, por que?
— Topa dá uma volta comigo?
Assenti, e fomos caminhando em direção a uma praça, e como o dia estava um pouco nublado, dava para ficarmos ali sentados conversando.
Mas uma coisa que eu percebi assim que nos sentamos, era que aquele lugar me era familiar.
— Eu gosto de vir aqui quando estou querendo ficar sozinho. — Contou, e eu me virei para analisa-lo.
— E por que me trouxe aqui? — Perguntei, e ele sorriu.
— Algo em você me atraí.
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Beijos e até o próximo capítulo...
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