Capítulo 27
Emmett Lewis
Já fazia uns 5 minutos que eu estava tentando assimilar as coisas que Caio estava dizendo.
— É só isso? — Perguntei, ainda tentando entender o que tudo aquilo tinha a ver com a Ashley não querer assumir nada comigo.
— Cara, você quer mais do que isso? — Disse ele, se levantando.
— Quero uma coisa objetiva.
Ele parou em frente a bancada da cozinha, e ficou pensativo por alguns segundos.
— A Charllotte está afim de você. — Contou, ainda sem me encarar. — É isso que te impede de algo que você ainda não quer contar.
— Pode me explicar melhor?
Ele caminhou até a minha geladeira e pegou uma cerveja que eu mesmo havia comprado mais cedo, e voltou a se sentar na poltrona.
— Sabe, vou resumir. — Iniciou, tomando um gole da cerveja. — Amigas tem um pacto, assim como nós.
— Certo, e o que seria?
— O termo "fura olho" — Disse.
Isso me fez raciocinar melhor, agora eu estava entendendo a lógica do Caio.
— Então ela sabe que a amiga gosta de mim. — Deduzi. — Por isso não quer assumir nada.
— Para não magoar a amiga. — Continuou, a minha dedução. — Ela seria chamada de fura olho.
Agora tudo faz sentido.
Ela está com medo de ser julgada pelas amigas, mas eu não sinto nada pela ruiva e isso não vai me impedir de assumir um relacionamento com a Ashley.
Preciso conversar com ela e resolver essa situação, contar-lhe que sei de tudo e estou disposto a resolver isso.
— Preciso falar com ela, urgente. — Digo, me levantando e buscando por meu celular no sofá.
— Nossa, não vai nem dizer quem é? — Pergunta, mas sei que está sendo irônico.
— Quando for a hora, irá saber.
— Ok, irei esperar.
— Só lembra de manter essa boca fechada. — Faço questão de lhe lembrar.
Ele assente, e já trato de enviar uma mensagem para ela.
"Podemos nos encontrar? Hoje de preferência. "
Só espero que a mesma não demore para me responder, pois pretendo resolver essa situação o mais de pressa possível.
Quero estar com ela, sem precisar me esconder.
Confesso que tudo isso é novo para mim, nunca fui de relacionamentos sérios e muito menos de focar em uma mulher só, mas algo na Ashley me despertou um sentimento novo, uma vontade absurda de estar perto dela e toca-la de todas as formas possíveis.
Estou apaixonado por ela.
Em outros tempos nunca admitiria isso, mas agora com tantos sentimentos bombardeando dentro de mim posso assegurar que realmente estou sentindo aquele famoso frio na barriga que um dia eu disse que nunca ia sentir na vida.
Pois é, me enganei.
— Eu vou nessa. — Disse ele, me tirando dos meus devaneios. — Vou resolver umas coisas.
— Ok, e obrigado pela ajuda. — Agradeci, apertando seu ombro.
— Precisando, já sabe. — Disse, e seguiu caminhando até a porta.
Já passa das 17h da tarde e nada dela me responder, mas sei que ela não pode simplesmente sair sem dizer para onde vai, apesar de que ela já fez isso quando teve a oportunidade.
Tentando deixar a ansiedade de lado, procurei ligar a TV e terminar de assistir a série que eu havia iniciado há alguns dias.
Sem ânimo para assistir a série, fui até a geladeira e optei por beber um refrigerante, e assim que levei o copo a boca, meu celular vibrou na mesinha de centro e logo tratei de ver se era ela.
"Ok, onde? "
E para a minha felicidade, ela parecia estar disponível agora.
"Pode ser aqui? "
Esperei pela resposta, que não demorou a chegar:
"Seu apartamento é muito frequentado. "
Realmente, passamos um pequeno sufoco, mas não sei de nenhum outro lugar onde podemos nos encontrar.
"Onde prefere? "
Perguntei, e ela não demorou a me responder:
"Em minha casa. "
Me surpreendi, mas lembrava do seu endereço.
Já passava das 17h40, e eu me encontrava parado na porta do apartamento dela.
Toquei a campainha, e me surpreendi quando uma de suas amigas abriu a porta.
— Olá Emmett. — Disse, me encarando de cima a baixo. — Prazer, Júlia.
Apertei sua mão, apenas por educação, pois eu não esperava encontra-la aqui.
Quando estávamos conversando por mensagens, achei que ela estava sozinha, mas pelo visto não estava.
— Sei que você deve estar estranhando. — Disse, me dando passagem, para que eu entrasse. — Mas eu que respondi suas mensagens.
Estava entrando na sala quando me virei para ela, sem acreditar no que tinha ouvido.
— Como? — Indaguei.
— Vamos conversar. — Disse ela, apontando para o sofá. — Quero saber suas intenções com a minha amiga?
Fiquei imóvel com aquela sua pergunta, mas não me admira já que a lógica do Caio estava realmente certa.
Ela apenas está preocupada com sua amiga.
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Beijos e até o próximo capítulo...
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