Capítulo 12
Ashley Marshall
Já estávamos perto do Playground em Oasis Spring, não sei onde eu estava com a cabeça quando entrei nesse carro.
O que será que ele quer tanto conversar?
— Você parece nervosa? — Ele perguntou me olhando rapidamente.
Demorei alguns segundos para responder sua pergunta, pois eu não estava mesmo conseguindo disfarçar a minha tensão.
Só sinto isso quando estou perto dele.
— Não estou. — Respondi secamente, estava concentrada no celular, pois Júlia não parava de me ligar.
Já tinha atendido sua ligação antes de entrar no carro dele, mas não queria dar explicações a ela pelo telefone.
— Chegamos. — Ele disse, já estacionando o carro perto de um pequeno cômodo fechado que existia atrás do Playground.
— Achei que íamos para um daqueles bancos. — Falei, tentando entender o que ele queria fazer.
— Você disse que não queria ser vista comigo, lembra? — Respondeu, e dava para notar seu ar de satisfação. — Mas se quiser podemos caminhar até lá.
Tudo o que eu não queria nesse momento era que alguém me visse aqui com ele, principalmente alguma das meninas.
Ou melhor a Charllotte.
— Está bom aqui.
— Ok, vamos entrar.
Entramos e para a minha surpresa, não havia ninguém dentro daquele cômodo que mais parecia um mini-bar.
— Aqui é um lugar extremamente reservado. — Ele disse e apontou para um sofá.
— Percebi.
Fiquei olhando e analisando melhor o local, me parecia mais uma casa minúscula que era alugada apenas para pessoas que queriam beber e se livrar dos problemas.
— Não vai se sentar? — Ele pergunta, me tirando dos meus pensamentos.
Demorei um pouco para processar, pois eu não queria ficar muito próxima dele.
Sentei um pouco distante e percebi que o meu celular estava vibrando e dessa vez era o Tomás.
Ele eu teria que atender.
— Desculpa, eu preciso atender ele. — Falei, e percebi que o mesmo mudou sua expressão.
— Ok. — Ele respondeu friamente, nem parecia mais aquele Emmett que estava louco para me sequestrar da universidade.
— Já são 12h, onde estais? — Tomás fala do outro lado da linha.
— Estou com uma amiga, não vou demorar. — Falei, e o mesmo pareceu acreditar.
— Ok, não demora. — Ele diz. — Se não eu coloco o FBI atrás de você.
Não respondi e encerrei a ligação rapidamente.
— Desculpa, é que ele mora comigo. — Respondi e o mesmo me encarava de um jeito parecendo irritado.
— Então, você mora com o seu namorado? — A pergunta dele parecia óbvia.
— Ele não é meu namorado. — Ele suspirou aliviado, coisa que me deixou confusa. — Eu divido o apartamento com duas pessoas.
— Entendi, bem que podia dividir comigo! — Exclamou e deu uma risada.
— Quero saber o por que me trouxe aqui? — Perguntei, ignorando sua afirmação, pois aquilo não fazia sentido.
Jamais eu dividiria o apartamento com ele.
Ele me encarava atentamente, parecia até que estava se divertindo com a minha tensão.
— Conversar sobre o segredo.
— Já conversamos.
— Não, você apenas me pediu para não contar.
O que ele estava esperando? Uma explicação óbvia do motivo para não dizer.
— Ninguém vai entender isso, Emmett. — Respondi e pela primeira vez, encarei seus lindos olhos.
— Eu sei, mas não aconteceu nada. — Ele respondeu e desviou o olhar para o bar que tinha ali em frente.
Eu não estava entendo o contexto dessa conversa, talvez ele estaria usando o segredo como pretexto para se aproximar de mim.
Eu não posso me deixar levar por isso, eu não queria me sentir a pior pessoa do mundo, saindo com o cara que minha amiga gosta.
Apesar de não ser muito íntima da Charllotte, ela andava com agente e sabíamos sobre sua vida.
Eu a considero demais, apesar da mesma já ter me dito que tinha algumas atitudes minhas que não lhe agradava.
Mas sempre deixamos isso de lado, quando estamos com as outras.
Depois de me perder em pensamentos, notei que Emmett já estava com um copo de drink nas mãos. Como não tinha nenhum funcionário no local, presumi que ele sabia preparar essas coisas.
— Quer um pouco? — Ele me oferece, e balanço a cabeça negativamente.
— Posso confiar em você né? — Perguntei, mais não tive nenhuma coragem de lhe encarar.
— Você sabe que sim. — Ele respondeu e em seguida virou o copo de uma só vez na boca.
Depois de alguns minutos, percebi que já eram 13h da tarde.
— Você precisa ir. — Ele disse e se aproximou mais de mim.
Ele estava um pouco perto, e aquela situação estava muito complicada para mim.
— Preciso. — Falei, mais minha voz saiu falha.
— Eu te levo. — Ele disse e se levantou rapidamente do sofá.
Observei ele se direcionar para a porta, mais hesitou em abri-la.
Eu sabia que iria me arrepender disso para o resto da minha vida, mas eu precisava.
Me levantei e caminhei até ele, o mesmo ainda se encontrava parado completamente imóvel.
— Emmett. — Falei, e passei uma de minhas mãos pelo seu ombro.
Em questão de segundos, o puxei pela nuca e selei nossos lábios.
Agora sim eu estava completamente ferrada.
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Beijos e até o próximo capítulo...
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