Capítulo 23
POV Brunna
No fim da tarde, assim como já havia alertado, Casemiro dispensou todos do quarto e permitiu a permanência de apenas uma pessoa. Embora Brunna insistisse para Ludmilla voltar pra casa, pois os trigêmeos precisavam da outra mãe, a negra preferiu ficar com a esposa e fazer uma chamada de vídeo pedindo que as crianças se comportassem e em troca levaria doces para eles.
Brunna: - Vida, você não pode ficar prometendo essas coisas. - Cruzou os braços em negação.
Ludmilla: - Só dessa vez princesa, é que eu não quero ficar longe de ti... - Se aproximou e sentou-se na cama em que Brunna estava. - Tenho medo de amanhã você não se lembrar de novo...
Brunna: - Ei... - Puxou a negra pra perto. - Quando eu disse que você havia conquistado a adolescente, eu não menti...
Ludmilla: - Mesmo?
Brunna: - Sim... Antes de me sentir mal e começar a lembrar de tudo, eu desci pro café pensando em como te dizer que eu ia ficar, o tempo que precisasse, com as crianças e com a outra mamãe delas também! - Beijou seus lábios. - Me apaixonei de novo por ti e consigo entender os motivos... Afinal, você é uma tremenda de uma gostosa! - Apertou de leve o seio da esposa.
Ludmilla: - Ahhhhh, então só queria usar do meu corpinho é?
Brunna: - Sim amor, eu estava louca por você...
Ludmilla: - Se lembra de tudo que viveu nestes quase 2 meses?
Brunna: - Lembro... - Suspirou. - E lamento muito algumas atitudes, eu olhava pra ti e não conseguia me achar, era como se um branco terrível existisse, o espelho revelava uma Brunna mais velha e na minha mente eu tinha que ir pra escola ainda.
Ludmilla: - Que doido isso...
Brunna: - Quando eu cheguei na mansão, eu juro que queria correr e fugir de você e dessa vida que todo mundo dizia que eu tinha... - Olhou nos olhos da negra que estava emocionada. - Mais ai eu entrei, e do nada uma paz tomou conta de mim, eu me senti em casa de novo, como se ali fosse o meu lugar...
Ludmilla: - Mesmo assim preferiu me dizer que ia partir...
Brunna: - Era a minha marra, a vontade de ser livre, no 3º dia aquilo já não existia mais!
Ludmilla: - E porque não me contou?
Brunna: - Tive medo, de te dar esperanças e não conseguir te corresponder...
Ludmilla: - E preferiu me ver sofrendo? Porque eu estava um caco!
Brunna: - Por isso te peço desculpas, mais também não foi fácil pra mim, eu tinha aversão a ti e em poucos dias passei a te encarar com desejo, você não tem noção o quanto isso estava me matando! - Beijou a boca da negra com intensidade e distribuiu uma mordidinha antes de desfazer o contato.
Ludmilla: - Não faz isso amor... - Se aproximou e distribuiu beijos no ponto de pulso da loira que se arrepiou.
Neste momento, a porta do quarto se abriu e um enfermeiro conhecido pelas duas pigarreou até atrair a atenção do casal.
Rogério: - Com licença. - Olhou sério. - A paciente está de repouso, esse tipo de situação não é aceitável.
Ludmilla: - Eu vou te mostrar o que não é aceitável. - Tentou levantar mais foi impedida.
Brunna: - Fica quietinha aí.
Rogério: - Aqui é o meu ambiente de trabalho, e caso não se comporte de forma adequada, eu vou pedir para um segurança lhe retirar. - Olhou com fúria nos olhos. - Não esqueci do que me fez na frente da casa da Brunna.
Brunna: - Aquela não é a minha casa, e acho que você sabe bem!
Ludmilla: - Claro que sabe, afinal ele adora infringir a ética de médico e paciente enviando flores e galanteios em seus endereços. - O enfermeiro engoliu seco. - Eu garanto que em dois tempos eu te faço perder a permissão para exercer sua profissão, basta um único telefonema. - Pegou o celular e sentiu Brunna puxar seu braço impedindo-a.
Brunna: - Diga o que quer!
Rogério: - Vim fazer o meu trabalho, checar a medicação, ver se está tudo certo!
Brunna: - Casemiro saiu não tem nem 10 minutos, ele veio fazer o mesmo e me garantiu que ninguém mais ia nos incomodar pelo resto da noite, inclusive me autorizou a trancar a porta. - Deixou Rogério sem ação.
Rogério: - Eu não sabia...
Ludmilla: - Se não sabe o que fazer no seu ambiente de trabalho, acho que algo deu errado não é mesmo? - Sorriu sarcástica.
Brunna: - Para amor! - Rogério se espantou com a forma que Brunna se referiu. - Fala logo o que veio fazer, porque checar o meu prontuário que não foi!
Rogério: - Vim te pedir desculpas, te enviei flores e não recebi nenhuma devolutiva.
Brunna: - Realmente eu não fiz questão de responder, inclusive joguei as flores no lixo! - Observou um sorriso largo no rosto de Ludmilla e lhe deu um beliscão. - Sobre as desculpas, elas não foram aceitas e nem serão.
Rogério: - Eu confundi as coisas...
Brunna: - Confundiu... Como? Se eu nunca sequer te dei esperanças! Sempre deixei claro que era agradável ter alguém pra desabafar, pra resmungar da vida e chorar sem ser cobrada, mais quando você se aproximava qual era a minha resposta?
Rogério: - Que você não estava querendo relacionamento com ninguém.
Brunna: - Exatamente! E lembro também de dizer que caso você não conseguisse levar na amizade, era melhor nos afastarmos! - Viu o medico recuar. - O que você fez foi desprezível! Quando uma mulher fala NÃO, é NÃO!
Rogério: - Certo... - Falou sem graça.
Brunna: - Eu poderia te acusar de assédio, pois estava dormindo e você me puxou para se saciar. - Falou firme. - Ainda assim, eu te dei a chance de sumir da minha vida, e o que você se sentiu no direito de fazer? Me enviar flores, na casa onde moro com a família, tentando na minha opinião, se enfiar em uma relação sólida e verdadeira!
Ludmilla: - Em poucas palavras, um babaca!
Rogério: - Olha aqui Lud...
Brunna: - Chega Rogério, a porta por onde entrou está aberta pra sair, e por favor, não volte e nos deixe em paz. - Pegou na mão de Ludmilla. - Eu recuperei a memória e se tem algo que me envergonho, foi ter sido ingênua em acreditar na sua amizade!
Rogério: - Com licença... - Saiu contrariado e batendo a porta!
Brunna: - Amor, me perdoe por isso!
Ludmilla: - Já passou princesa...
Brunna: - O que eu falei é muito sério, eu me envergonho de tudo que presenciou!
Ludmilla: - Você não teve culpa... - Chegou perto e beijou sua testa. - Deus parece sempre estar na frente de todos os nossos contratempos. - Selou seus lábios. - As flores nos fizeram brigar e foi o pontapé para estarmos aqui, retomando nossa história de amor que jamais deveria ter sido pausada!
Brunna: - Verdade né?
Ludmilla: - Sim! E eu também cometi erros, bebendo feito uma louca, permitindo que a Thaissa lhe fizesse mal...
Brunna: - Agora é minha vez de dizer que você não teve culpa!
Ludmilla: - Vamos esquecer isso então? - Assentiu. - Eu só quero falar de coisas boas daqui pra frente.
Brunna: - Quer conversar sobre esse baby? - Colocou a mão da amada sobre sua barriga.
Ludmilla: - Ainda estou sem palavras, já o amo com todas as minhas forças, esse bebê não poderia ter vindo em momento melhor! - Sorriu largo. - Eu ainda quero nossa casa cheia, você sabe...
Brunna: - Já te disse que 7 não vai rolar Ludmilla. - Viu a negra sorrir sapeca. - Vai me embagulhar mesmo?!
Ludmilla: - Nunca amor, você é a coisinha mais perfeita que eu já vi nesse mundo e grávida fica ainda mais linda! - Selou seus lábios demoradamente. - Te amo e obrigada por esse presente, ser mãe ao seu lado me emociona.
Brunna: - Confesso que fui na empresa pegar o anticoncepcional, estava temerosa de engravidar de novo e virar um dragão!
Ludmilla: - Não diga besteiras... - Posicionou sua mão no meio das pernas da esposa. - Tô louca pra sentir essas pernas engrossarem, os seios aumentarem ainda mais de tamanho e a libido descontrolar por várias vezes durante o dia!
Brunna: - Espertinha...!
Ludmilla: - Se soubesse o quanto fica gostosa e o efeito que têm sobre mim, não ousaria mais falar sobre a sua beleza, pois ela permanece intacta. - Olhou nos olhos da amada para lhe passar verdade e segurança. - Em todas as fases da vida, nós temos a obrigação de honrar com o juramento que fizemos perante a Deus! Vou te amar com rugas, usando bengalinha e exijo que faça o mesmo...
Brunna: - Você existe?
Ludmilla: - Claro que sim, só tem uma coisa que mudou de ontem pra hoje!
Brunna: - O que?
Ludmilla: - Eu estou ainda mais apaixonada por ti, pensei ser impossível, mais é maravilhoso te amar sempre mais e mais e mais... - Se beijaram com amor, tinham uma noite inteira para se curtir e matar um pouco da saudade.
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Pela manhã Casemiro entrou no quarto para informar que Brunna estava de alta e fez todas as recomendações necessárias para a recuperação total de sua paciente. Ludmilla estava na lanchonete, saiu enquanto a loira dormia e ao retornar encontrou o médico se despedindo.
Ludmilla: - Casemiro, bom dia!
Brunna: - Quem é essa mulher Doutor? - Fez cara de espanto.
Ludmilla: - Bru? - Olhou desesperada para o médico que pareceu não entender o que acontecia.
Brunna: - Quem te deu liberdade de me chamar assim?
Ludmilla: - Casemiro, pelo amor de Deus, não me diga que...
Brunna: - Brincadeirinha amor!
Ludmilla: - Brunna!!! - Cruzou os braços e fez um enorme bico.
Brunna: - Vem aqui pra eu te encher de beijo vem. - Chamou a negra com a mão e beijou com vontade o bico que tanto amava. - Te amo!
Ludmilla: - Te amo sua boba.
Casemiro: - Que susto, por um segundo eu também acreditei! - Sorriu contrariado. - Tenham um excelente dia meninas. - Assentiram. - Brunna, são 5 dias de repouso e sem atividade sexual viu dona Ludmilla. - Viu a negra corar.
Brunna: - Pode deixar!
Ludmilla: - Ah não...
Casemiro: - As vitaminas que precisam ser compradas ainda hoje, estão listadas aqui na receita!
Brunna: - Obrigada, vamos providenciar isso.
Ludmilla: - A consulta com a Jú, conseguiu marcar?
Casemiro: - Ela falou que vai fazer um encaixe e te avisa a data, mais certamente será na próxima semana, depois do período de repouso da Brunna. - Assentiu.
O médico se despediu do casal e saiu do quarto. Brunna e Ludmilla deixaram o hospital minutos depois e foram rumo a mansão.
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Durante o caminho Ludmila estava séria, ela havia recebido duas ligações e respondido de forma monossilábica.
Brunna: - Que foi vida?
Ludmilla: - Nada princesa... Por que?
Brunna: - Quem era no telefone? Você está estranha.
Ludmilla: - Alguns problemas na empresa amor, nada demais...
Brunna: - Mesmo?
Ludmilla: - Sim sim, e também estou com um pouco de dor no corpo, aquele sofá é menor que eu.
Brunna: - Eu falei pra tu vir dormir em casa...
Ludmilla: - Ainda bem que não te obedeci, ou aquele enfermeiro de quinta teria te importunado ainda mais!
Brunna: - Verdade! - Suspirou apaixonada. - Acho que posso te recompensar por passar a noite ao meu lado, mesmo não estando tão confortável! - Mordeu os lábios.
Ludmilla: - É? - Fingiu não entender a malícia da esposa. - Me conte mais sobre isso? - Sorriu sapeca.
Brunna: - Precisa que eu te dê detalhes... - Levou sua mão até o membro da esposa que já pulsava. - Sempre pronta pra mim não é mesmo?
Ludmilla: - Sim... Ahhh Bru, tira sua mão daí, estamos quase chegando e você está de repouso, esqueceu? - Tentou controlar a respiração, tudo a negra menos precisava nesse momento, era entrar em casa de pau duro.
Brunna: - Isso não me impede de te chupar bem gostoso. - Sussurrou em seu ouvido.
Ludmilla: - Pa...ra...... Meu Deus! - Acelerou dentro das ruas do Condomínio. - Chegamos! - Saltou do carro rapidamente e tentou se recompor.
Brunna: - Meu corpo está em chamas. - Abraçou a negra por trás!
Ludmilla: - Vem vida, vamos entrar pelo amor de Deus! - Puxou a loira com delicadeza até a porta da mansão! Ao entrarem deram de cara com uma festinha de boas vindas organizada por Silvana que Ludmilla só tomou conhecimento naquela manhã!
TODOS: - SURPRESA!!!!!!! - Haviam bexigas, cartazes, confete e muita gritaria dos familiares e amigos do casal!
Mia: - Oi Bru. - Abraçou a loira e olhou para o ligeiro volume na calça de Ludmilla. - Nunca vou me acostumar com o tamanho da sua esposa. - Falou no ouvido da filha. - Oi Norinha, dá aqui um abraço. - Brunna afastou a mãe.
Brunna: - Sua safada!
Mia: - Que isso amor, não fiz nada! - Piscou e sorriu largo.
Brunna se pôs na frente de Ludmilla para disfarçar e lhe fazer cobertura. De longe viu os filhos correndo até alcança-las. Perola e Lucas agarraram a loira e Michael e Jasmine fizeram Ludmilla se sentar para ambos ficarem em seu colo. As crianças mal sabiam, mais tinham acabado de salvar as mamães de mais comentários maldosos.
Ludmilla: - Oi meus amores, que saudades!
Brunna: - Mamãe ama vocês, com toda a força deste mundo! - Olhou para todos que contemplavam aquela cena, com lágrimas nos olhos, enfim estava onde queria estar, ao lado das pessoas que mais ama. - Nossa família amor, minha maior riqueza são vocês!
Ludmilla: - Nós te amamos demais!
***
Capítulo fofinho e com o fecho no macho escroto hehe!
Beijosss, votem e comentem!!
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